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ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
com Circe Cunha e Mamfil;
colunadoaricunha@gmail.com;
Possuir competências exigidas na vida profissional, principalmente aquelas requeridas por um mercado de trabalho em constante mudança e onde a tecnologia é um fator cada vez mais presente. Essa é apenas uma das condições mínimas para se estabelecer hoje uma ponte segura entre o ensino e mercado de trabalho. O laço que une empresas e escolas tem sido, desde muito tempo, um dos elementos que explicam, em grande parte, o sucesso dos países desenvolvidos, tanto na qualidade do ensino como nos altos índices de emprego e absorção de mão de obra qualificada.
A escola é, por sua origem, um espaço de integração plena do cidadão na vida econômica de um país. Daí a razão de os investimentos feitos corretamente em educação resultarem na melhoria dos índices econômicos de um país. Essa é uma das fórmulas mais conhecidas e testadas pelos países de primeiro mundo. Obviamente que não se trata aqui de preparar mão de obra apenas para girar a máquina do Estado e das empresas, transformando cidadãos em robôs sem autonomia, mas de garantir que o indivíduo possua as ferramentas intelectuais corretas para sobreviver de forma digna, seja ele empregado ou empresário, dono de suas vontades, senhor de seu próprio talento.
Estudo elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 46 países, demonstra que mais da metade dos jovens brasileiros ou 52% da população entre 25 e 64 não concluíram o ensino médio. O estudo intitulado “Um Olhar sobre a Educação” ressalta que essa realidade está associada, de forma clara, com a maior desigualdade de renda, quesito no qual o Brasil aparece como segundo colocado, atrás apenas da Costa Rica.
No Brasil o número de pessoas que não cursaram o ensino médio chega a ser mais do dobro da média da OCDE. É preciso destacar que o ensino médio é hoje o mínimo de escolaridade exigida para ascensão social e econômica na maioria das sociedades modernas. Especialistas no tema chamam a atenção para o fato de que os indivíduos sem essa graduação média, quando empregados, além de receberem os menores salários, demonstram menores competências cognitivas, como habilidade motora, atenção, memória e outras.
O fator complicador desse caso é que o alto índice de repetência e a grande evasão escolar, aliados à falta de atratividade da escola, principalmente no ensino médio, contribuem para esse quadro desolador. Estudos recentes sobre esse mesmo tema revelam que apenas metade dos estudantes que ingressaram no ensino médio, conseguiram concluir essa etapa nos três anos exigidos.
Para alguns pedagogos, o problema começa ainda no ensino básico que não consegue preparar adequadamente os alunos para a etapa seguinte, criando um gargalo de difícil transposição. Segundo o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), de 2017, mostra que sete em cada dez alunos do 3º ano do ensino médio apresentam níveis insuficientes em português e matemática.
No Distrito Federal, dos jovens que concluíram o ensino médio, apenas 33% chegam às universidades, contra apenas 8% no estado do Maranhão. Essa imensa desigualdade regional é também um fator a se levar em conta nos problemas relativos ao ensino médio. A medida em que ascendem os níveis de educação, mais os percentuais de jovens nas escolas decrescem. No Brasil apenas 17% dos jovens entre 24 e 34 anos chegam às universidades. Mesmo destinando 5% de seu PIB à educação, o Brasil continua na rabeira quando o assunto é ensino, do básico à universidade.
O problema aqui passa a não ser exatamente uma questão de recursos, mas de correta aplicação, de gestão adequada, incluindo aí problemas antigos como a corrupção e a malversação desse dinheiro, perdidos entre os descaminhos burocráticos e a incompetência marota de nossos gestores.
A frase que foi pronunciada:
“No dia que a universidade me deu um diploma e uma ciência que estava longe de carregar no cérebro. Confesso que me senti ao mesmo tempo enganado e orgulhoso.”
Memórias póstumas de Brás Cubas
Honra e mérito
Mestre Woo continua na Praça da Harmonia como professor de Tai Chi Chuan. Aí está um estrangeiro que mudou a vida de muita gente na capital do Brasil, trazendo paz de espírito e mente mais evoluída.
Artesanato
A partir do dia 20 desse mês, uma oficina interessante para os brasilienses. Rose Mendes comandará as aulas de artesanato Flor do Cerrado e Juão de Fibra, em novembro, ministrará as aulas de trançado em fibras. Mais informações pelo email brasiliaflordocerrado@gmail.com.
Inscrições gratuitas em: https://goo.gl/forms/6gG8ZwGKAAz9eF5C2.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Usando métodos próprios, o comissário conseguiu diminuir os crimes praticados. Não espanca, e quando aparece alguém que espancou a esposa, ele veste-lhe uma saia e blusa, decotada e extravagante e manda o valentão dar uma voltinha pela cidade. (Publicado em 29.10.1961)
ARI CUNHA
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Exemplos vindos de todos os países do globo que vivem sob autênticos regimes democráticos, demonstram que no longo aprendizado para se construir uma sociedade verdadeiramente bem representada, eficiente, igualitária e justa, o primeiro passo é dado em direção a qualificação progressiva e segura do voto. Para tanto, os cidadãos começam, desde cedo, a ser educados e esclarecidos para a importância do voto e da participação cívica de cada um para a construção de uma sociedade democrática.
Somente o voto exercido com inteligência e consciência é capaz de mudar a realidade de um país e de um povo. Para muitos especialistas no assunto, é justamente nesse ponto que nossa jovem democracia encontra ainda os mais evidentes e difíceis obstáculos. Cientes do pouco cuidado com que muitos brasileiros encaram o ato de votar, boa parte da elite política, oportunista e sem compromisso com a comunidade, usa dessa brecha para manter o poder, perpetuando assim uma estrutura de Estado que sobrevive historicamente às custas da excessiva exploração dos contribuintes, atados para sempre nos níveis inferiores da pirâmide social.
Preocupados com a eternização do quadro político atual, gerador de crises e de instabilidades de toda a ordem, o Movimento do Ministério Público Democrático (MPD), uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em 1991, acaba de lançar a campanha “Vote inteligente! Eleições 2018”. A iniciativa, apoiada também pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), visa chamar a atenção da sociedade para o valor do voto pautado na escolha de candidatos confiáveis e honestos.
A proposta, segundo seus organizadores, objetiva mobilizar os brasileiros para o processo eleitoral de 7 de outubro desse ano, incentivando a abertura de discussões sobre o voto consciente. Para tanto, a proposta visa despertar nos eleitores o interesse pela busca de informações confiáveis para a escolha correta dos candidatos. Entende o MPD e o MPDFT que em meio aos muitos políticos que se apresentam nessas eleições, existem igualmente pessoas sérias, honestas e que podem realizar um bom trabalho representativo.
Para alcançar especificamente esses candidatos é preciso, no entanto, que o eleitor se informe de maneira segura e inteligente, pesquisando a vida de cada um, quem são, o que fazem e o que pretendem para o país. Só dessa forma o cidadão irá eleger bons candidatos, honestos e competentes.
O uso correto do voto é, para essas entidades, a melhor forma de combater a corrupção. Nas redes sociais, os eleitores podem encontrar ferramentas importantes para a avaliação de cada um dos candidatos, com currículos, notícias, eventuais processos na justiça, declaração de bens na justiça eleitoral, bem como posições desses postulantes sobre assuntos de interesse geral da comunidade.
Em anúncios que estão sendo veiculados na TV, os organizadores da campanha alertam os eleitores para não se iludirem com promessas, não trocarem seus votos por nenhum bem, como cesta básica e outros itens prometidos por candidatos sem escrúpulos. O voto de cada um, diz os reclames, resulta em escolas decentes, hospitais eficientes, transporte e emprego para todos.
Para a consecução do voto inteligente é necessário que o eleitor participe ativamente do processo eleitoral, discutindo com sua comunidade o perfil de cada candidato, tomando cuidado sobretudo com as notícias falsas, que nesse período transitam de um lado para outro com muita facilidade. Iniciativas como essa, visando a melhoria na qualidade da nossa democracia, caso fossem estendidas também às escolas de todo país, desde o ensino básico, dariam aos futuros eleitores a noção exata da imensa responsabilidade do voto de cada um para a manutenção da democracia e do bem-estar coletivo.
A frase que não foi pronunciada:
“A democracia é uma forma de governo que prevê a livre discussão, mas que só é atingida se as pessoas pararem de falar.”
Clement Attlee
Pedalada
Nasceu na Câmara dos Deputados o projeto que institui o Programa Bicicleta Brasil (PBB) para incentivar o uso da bicicleta visando a melhoria das condições de mobilidade urbana. Entre nove artigos, as cidades com mais de 20 mil habitantes devem adotar a pedalada como mobilidade urbana, cercada de segurança e facilidades.
Novidade
Com relatoria da senadora Ana Amélia, foi estabelecido por um projeto o procedimento licitatório simplificado para Estados, Municípios e Distrito Federal, que agora podem adquirir diretamente dos laboratórios fabricantes medicamentos e material penso hospitalar destinado a suprir as necessidades de desabastecimento das Secretarias de Saúde em ações voltadas ao atendimento gratuito da população pela rede pública de saúde, e dá outras providências.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O comissário dos Afogados, no Recife, é Noberto, conhecido como “Nezinho”. Na sua delegacia não há impressos para intimar as pessoas. Ele manda, então, ao intimado, o seu chapéu de abas largas, e pede para que a pessoa o traga ao seu gabinete às tantas horas. (Publicado em 29.10.1961)
ARI CUNHA
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Desde o retorno à normalidade política, ocorrido em 1985, com a chamada redemocratização, o Brasil vem experimentando e aprendendo com os sucessivos governos eleitos pelo voto popular. Ao longo desses 33 anos, nosso regime democrático foi submetido a todo o tipo de experiências. Algumas dessas experiências se mostraram exitosas, outras aventureiras e outras absolutamente irresponsáveis e que culminaram na mais profunda crise política, social e econômica de toda a história do país. O que parece não ter mudado muito ao longo de todo esse período que se inicia lá atrás, com a institucionalização do voto popular, é o perfil do eleitor médio brasileiro, principalmente aquele formado pelas camadas populares de baixa renda e que, segundo dados do IBGE, formam um contingente de aproximadamente 50 milhões de brasileiros vivendo na linha da pobreza.
É justamente nesse nicho, formado por pessoas carentes, que a maioria dos políticos em campanha centram suas atenções e onde a agenda do tipo populista mais encontra receptividade. É de Mariano Grondona a frase “os populistas amam tanto os pobres que os multiplica”. Nesses redutos, situados não só no Brasil profundo, mas também nas periferias de todas as cidades espalhadas por esse país, é que muitos candidatos, peritos em habilidades retóricas, fazem a festa a cada quatro anos. Colhendo as simpatias dos desesperançados que ajudaram a aumentar, esses políticos conhecem as necessidades básicas dessa gente. Transforma o desespero em mercadoria e negocia cada um por um voto.
Nesse Brasil esquecido pelos brasileiros, o espaço para o afloramento do voto inteligente e consciente praticamente inexiste. O entusiasmo exercido pelo eleitor que se sente empoderado pelo próprio voto dura apenas um mês antes das eleições. Depois disso são quatro anos de sofrimento que se arrastam até o próximo sufrágio. Com isso, perdura, desde sempre, a cultura do voto pragmático, calcado unicamente no atendimento das necessidades cotidianas e urgentes de cada um, individualmente. Da relação biunívoca envolvendo o analfabeto político e midiático e o político populista e carismático é que se pode avaliar a qualidade de nossa democracia.
Mudar essa característica histórica de nossas eleições exigiriam, além de uma educação sistemática da população, todo o rigor da lei, punindo igualmente eleitores venais e candidatos mercenários. Como isso não poderá acontecer, pelo menos a curto prazo e ainda nessas eleições, a única solução é assistir, mesmo inconformado, a perpetuação desse modelo de democracia iletrada, erigida não por sábios, mas por sabichões que fazem da política apenas um meio de enriquecimento pessoal, mesmo que seja sobre os escombros da miséria da população.
Para uma democracia sem qualidades éticas, costurada inclusive por candidatos encarcerados, o que se espera é a repetição da mesmice, encenada por indivíduos que só trocaram de fantasias, mas que permanecem com a mesma alma obsessora.
A frase que foi pronunciada:
“Não se tira nada de nada, o novo vem do antigo, mas nem por isso é menos novo.”
Bertolt Brecht
Anvisa
Quem tem saúde não faz ideia de como é desesperador não confiar na Anvisa no que tange a importação de medicamentos garantindo qualidade, eficácia e segurança. Duas instituições que manifestaram preocupação com esse assunto foram o Centro Infantil Boldrini e a Coordenadoria do Grupo Brasileiro de Tratamento da Leucemia Linfoblástica Aguda em Crianças, com sede em Campinas, São Paulo.
Incrível
Mais de 25% da população brasileira utiliza planos de saúde. No setor suplementar de saúde, os dados são os seguintes: 273 milhões de consultas, 7,8 milhões de internações, 796,7 milhões de exames complementares, 176,9 milhões de atendimentos odontológicos.
Publicação
A Escola Amadeus Carvalho no Assentamento Marrecas, localizada no município de São João do Piauí, ultrapassou as metas projetadas para este ano, tanto no 5º quanto no 9º ano, séries nas quais é aplicada a Prova Brasil realizada a cada dois anos.
Muda já
Ao pagar o IPTU, o que se vê estampado no recibo é “GDF conta arrecadação”. Mesmo que venha com o código de barras, valor e data, o mínimo seria especificar o que está sendo pago para facilitar a identificação. “GDF conta arrecadação IPTU” seria o ideal.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Uma bela viagem se inicia hoje com destino à região da COMARA. Roteiro: Bananal, Belém, Santarém, base aérea fronteiriça à Venezuela e Colômbia, Acre, e Cachimbo. Será uma exposição do que a Aeronáutica vem fazendo para desbravar as regiões de florestas do Brasil. Os passageiros serão jornalistas de Brasília. (Publicado em 29.10.1961)
ARI CUNHA
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Do incêndio que devastou o prédio do Museu Nacional, levando consigo boa parte do acervo material que conta a história do Brasil, pouquíssimos vestígios, perdidos entre os escombros carbonizados, restaram para compor parte essencial de nossa memória relativa ao Brasil pré-colonial. Com isso, ficou ainda mais difícil saber, com certa precisão, como era o Brasil antes da chegada da esquadra trazendo os navegadores portugueses. Boa parte da riqueza cultural pertencente a esses primeiros habitantes da terra e que são fundamentais para o levantamento arqueológico e antropológico, capaz de dar coerência científica à essa proto-história, desapareceu em questões de horas. Se já era difícil montar esse intrincado quebra-cabeças, composto de pequenas e delicadas peças, com o sinistro, essa tarefa tornou-se praticamente impossível.
Ao lado dessa catástrofe irreparável para o entendimento de nossa formação cultural, resta esperar que as perícias feitas, tanto pela Polícia Federal quanto pelos pesquisadores do Museu, possam trazer conclusões precisas que indiquem concretamente não só as responsabilidades de cada um nesse episódio, mas também como resgatar dos montes de entulho queimado pequenos objetos que ainda sirvam como acervo histórico.
Para os cientistas, há a possibilidade de que pequenos objetos como os zoólitos indígenas, feitos de pedra ou osso, tenham sido preservados do fogo, assim como alguns poucos objetos de cerâmica que tenham eventualmente sido cobertos pelos escombros. A maior parte dos materiais extraídos dos chamados sambaquis, com mais de seis mil anos de existência e que fornecem pistas sobre esses povos primitivos, foi praticamente perdida.
Para os estudiosos, a perda de grande parte desse acervo de sambaquis, considerado o maior do mundo, é uma verdadeira tragédia para o povo brasileiro e para o país e deixa-nos, de certa forma, sem identidade histórica e sem as pistas que nos conduziam seguramente de volta ao nosso passado.
Peças antigas de cerâmica marajoaras, provenientes de povos antigos de cultura refinada e que foram dizimados em contato com os europeus, também podem ter desaparecido para sempre, o que abrirá uma grande lacuna para entender parte de nossa formação histórica. A questão de como saber, cientificamente, como era a Amazônia pré-colonial tornou-se ainda mais complicada. Itens frágeis que contavam a história indígena, como adornos de penas, materiais de palha, pequenos tecidos e artefatos de madeira também se perderam no incêndio e levaram consigo as pistas que identificavam essas importantes culturas.
Com o incêndio, parte dessa recuperação da nossa memória também foi lambida pelas chamas. Reconstruir um acervo dessa magnitude, iniciado há quase dois séculos pelo próprio imperador D Pedro II e que se tornou o mais importante do país, já não é possível de forma alguma. Para os pesquisadores e para todos os que se interessam pela verdadeira história do Brasil, o incêndio do Museu Nacional queimou muito mais do que os registros de nosso passado, reduzindo a cinzas principalmente a identidade do Brasil, tornando ainda mais difícil, para todos nós, ir rumo ao futuro sem parte do passado.
A frase que foi pronunciada:
“Um grande sacrifício é fácil, os pequenos sacrifícios contínuos é que custam.”
(Goethe)
ICTCor
Quem manda a notícia é Tamara da Destak Comunicação. Os portadores de marcapasso serão recebidos no auditório do hospital Anchieta, no dia 20 de setembro. Além de palestras várias atividades serão desenvolvidas no local, além da distribuição de uma cartilha sobre o assunto. A iniciativa é do Instituto do Coração de Taguatinga.
Amarelo
Várias iniciativas de prevenção ao suicídio até o final de setembro em Brasília. Veja as diversas programações no blog do Ari Cunha.
>>> Professor da UnB que dá aula sobre felicidade faz palestra de prevenção ao suicídio
Palestra: A busca da felicidade como prevenção da ansiedade e da depressão
Quando: terça-feira (11), às 8h
Local: Auditório do ParlaMundi da LBV
Endereço: Quadra 915 Sul, Lote 74 – (Ao lado do Templo da Boa Vontade)
Entrada gratuita
Telefone: (61) 3114 – 1070
Roda de conversa no HUB
Quando: quarta-feira (12), às 13h
Local: Auditório 1 do HUB
Endereço: SGAN 605, Av. L2 Norte
Entrada gratuita. Não é preciso se inscrever.
(Link de acesso à notícia na íntegra: g1.globo.com/df/SetembroAmarelo)
>>> A Associação Médica de Brasília (AMBr) apresenta:
PEC-AMBr: Suicídio: Conhecendo para Prevenir
?: 20 setembro
⏰: 19h às 21h
?: CACC – Associação Médica de Brasília
?: Entrada Franca (inscrições em: www.pecambr.com.br)
Outras informações: (61) 2195-9706 / 16
Nova medicina
Só notícia boa. É a ideia que Rinaldo de Oliveira semeia há anos. Vale conhecer o trabalho do jornalista. Ontem soube pelo portal que Manuela Lemos, estudante de medicina que atende em uma unidade de saúde em Belém do Pará, resolveu o problema de um paciente analfabeto. Usou fitas adesivas para marcar a embalagem dos medicamentos e na receita colou os mesmos adesivos descrevendo o horário da administração do remédio. Inteligência, boa vontade e solidariedade em uma futura médica.
Veja o link da notícia no blog do Ari Cunha: Analfabeto tem receita adaptada por estudante de medicina.
Eneagrama
Leonardo Martins de Oliveira abre novo grupo para discutir o Eneagrama e seus mistérios harmoniosos e pessoais. Trata-se de uma ferramenta que abre a caixa misteriosa dos padrões da personalidade. Inscreva-se!
Telefone: (61) 9 9908-7288.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Para que essas casas tenham sido construídas, deve haver um alvará autorizado por alguém, e para maior respeito do Plano Piloto é preciso que se definam as responsabilidades. (Publicado em 29.10.1961)
ARI CUNHA
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Talvez ainda não esteja devidamente compreendida e mensurada, pelos habitantes da capital e do Brasil, a enorme importância que o bioma cerrado possui para todo o país. Para se ter uma ideia, basta dizer que as três maiores reservas subterrâneas de água, correspondendo aos aquíferos Guarani, Bambuí e Urucuia, estão, na sua maior parte, situados dentro dessa imensa área de 2 milhões de quilômetros quadrados.
O cerrado abastece nada menos do que oito das 12 regiões hidrográficas do país. Suas águas subterrâneas respondem por 90% da vasão dos rios desse bioma. O chamado de berço das águas, que os cientistas aos poucos vão conhecendo em sua inteireza, é tão fundamental ao país que a simples suposição de que ele venha a ser degradado de forma irreversível equivaleria a decretar também o colapso ambiental de grande parte do Brasil e do continente sul americano.
A expansão agropecuária feita de forma descontrolada e visando unicamente ao lucro a qualquer preço, desde a década de 70, tem provocado estragos incalculáveis ao cerrado. Estudos e levantamentos recentes dão conta de que cerca de 50% do bioma original, incluindo aí não apenas espécies raras de plantas, mas um grande número de espécies animais, simplesmente desapareceram para sempre.
A substituição irresponsável da vegetação nativa por pastos para o gado e para o plantio de grãos em enormes latifúndios, tem provocado, ao lado do aquecimento global, uma sequência contínua de severas crises hídricas em toda a região, sobretudo na própria capital do país, que passou a sofrer intensamente com seguidos períodos de cortes e racionamentos no abastecimento de água.
Cientistas, há tempos, vêm alertando: o berço das águas está secando e necessita urgentemente ser reflorestado e protegido antes que seja tarde demais. Nessa última semana, realizou-se em Brasília o Seminário regional intitulado Integração Para Proteger as Águas do País, com representantes dos estados do Centro-Oeste, instituições e sociedade civil para discutir um efetivo programa nacional de revitalização de bacias hidrográficas dessa região. A meta, dizem, é conservar, preservar e recuperar os rios brasileiros.
A frase que foi pronunciada:
“O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter.”
(Cláudio Abramo)
Discurso & Prática
É bom abrandar tantos escândalos noticiando o que faz Reguffe representando Brasília no Senado. Economizou sozinho R$ 16,7 milhões aos cofres públicos. Isso só de economia direta, sem contar a indireta. Se fosse multiplicar a iniciativa por 81 senadores, R$ 1,3 bilhão de economia. Discurso e prática vão além. PECs projetos, votos e os recursos destinados para o DF. Foram compradas 7.000 unidades do Sorafenibe, medicamento para quimioterapia oral. Por emendas, o DF recebeu também 14 ambulâncias novas totalmente equipadas para o SAMU.
Absurdos
Está na hora de passar o DF a limpo. Parada de ônibus feita em cima de uma ciclovia no Jardim Mangueiral, paradas de ônibus sem recuo apresentando perigo constante enquanto força ultrapassagens perigosas, faixas de pedestres sem tinta.
Tecnologia
Há falta de tecnologia na Saúde para controlar o paciente desde sua entrada, presença dos médicos, uso dos medicamentos, verbas aplicadas, aparelhos comprados, instalados e usados, profissionais capacitados. Nas cadeias, a mesma coisa. Scanners na Papuda para evitar entrada de objetos proibidos e revista íntima, um terminal com a chegada do preso e a data de saída para a preparação necessária à liberdade.
Relembrando
Joel Sampaio nos envia o seguinte email: Tragédia anunciada desde 1960 por Ari Cunha, que advertiu que a explosão demográfica não se resolveria com violência contra os pobres, e em 1972 por Juscelino Kubitschek, que ao chegar aqui ficou horrorizado com a anarquia urbanística. E disse, que o que viu não foi o que sonhou para Brasília.
Crise hídrica
E os deputados distritais acham pouco e ainda entregam, à especulação imobiliária de grandes empreiteiras, zonas de proteção ambiental, com dezenas de nascentes, como é o caso do Mangueiral! Primeira medida necessária: proibir a Terracap de fazer loteamento e expansão urbana em Brasília e fazer loteamento no RIDE, destinado à população pobre do Distrito Federal.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Pouca chuva, tempo frio, falta de vento e mormaço na beira do Lago. Dia de tilápia. (Publicado em 28.10.1961)
Personalismo transforma os partidos políticos em pessoa física
ARI CUNHA
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Por maiores e mais inspirados que sejam os poderes da imaginação em compor um enredo ficcional, nenhuma genialidade literária é párea para nossa realidade diária. Nas últimas décadas, o desenrolar agitado dos fatos vem tirando o fôlego de muitos brasileiros que acompanham de perto nossa trama histórica e surreal. Até mesmo os analistas mais argutos se veem em dificuldades para explicar, de forma didática, a sequências de eventos inusitados e fantásticos.
Para o espectador comum, desde a primeira hora que marcou o regresso da democracia, não houve um dia sequer sem que fatos extraordinários e fora do normal acontecessem, numa espécie de roda gigante. Para os observadores externos nosso cotidiano é intraduzível e segue a mesma dinâmica exótica dos países longínquos, perdidos no tempo e no espaço.
De fato, desde 2003, quando a estrela vermelha foi hasteada no cimo do Palácio do Planalto, enfeitando inclusive os jardins do Alvorada, o protagonismo central dos acontecimentos nacionais foi, numa primeira etapa, do Partido dos Trabalhadores, e mais tarde, após os mega escândalos do mensalão e do petrolão, passou a ficar focado apenas no líder supremo, que transformou e reduziu os esforços da esquerda em um movimento personalíssimo, com carteira de identidade e impressão digital.
Com isso, o lulismo, ao substituir a pessoa jurídica da legenda por uma pessoa física, tomou a dianteira de um partido ferido de morte, assumindo, praticamente sozinho e diretamente de dentro do cárcere, todo o protagonismo dessa que é a mais agitada eleição de toda a nossa história. Engana-se quem acredita que, com as últimas decisões dos ministros do STF, o lulismo tenha saído definitivamente do jogo. Pouco antes de ser preso, o próprio Lula já avisava que ele era resistente como uma jararaca e não seria qualquer golpe que o tiraria do jogo político.
Depois disso, um outro aviso mais enigmático surpreendeu a todos. “Eu não sou um ser humano, sou uma ideia”, proclamou um Lula onipotente. Com isso o que se observa é que a Operação Lava Jato, de fato, não prendeu um personagem físico, mas uma ideia. Daí talvez venha a facilidade para continuar a expor suas orientações.
Seguindo a trilha desse realismo fantástico, não seria de todo espantoso se o ex-presidente, numa cartada final, viesse a lançar novamente o nome de Dilma Rousseff como cabeça de sua chapa, deslocando Haddad para vice. Com o poder de votos maior do que o do próprio Haddad, Dilma retornaria como uma espécie de vingadora, voltando ao centro do tabuleiro político, embaralhando e transformando em pó uma trama complexa e surpreendente.
Fosse o ex-prefeito de São Paulo, seguramente, um campeão de votos, há muito teria recebido a benção final de seu padrinho e partido para a disputa renhida. Mesmo faltando pouco mais de vinte dias para as eleições, do ponto de vista de nossa realidade surpreendente, muito ainda pode acontecer, mudando a direção dos ventos e comprovando, uma vez mais, que a realidade de nosso país supera a força da imaginação.
Nesse contexto, mesmo o impensável atentado sofrido agora pelo candidato da direita, com toda a repercussão que pode provocar nessas eleições, acaba por se transformar, nessa trama principal, apenas num subenredo, que corre paralelo, rumo ao final dessa saga, que certamente será inusitada e impensável, mas que explica boa parte dessa nossa democracia lunática.
A frase que foi pronunciada:
“Democracia com fome, sem educação e saúde para a maioria, é uma concha vazia.”
Nelson Mandela
Intercâmbio
Maior feira de intercâmbio da América Latina, o Salão do Estudante chega ao Brasil no mês de setembro, em sete capitais do País. O objetivo do evento é proporcionar contato direto entre os estudantes e representantes de reconhecidas instituições de ensino internacionais e escolas de idiomas de diversas partes do mundo, bem como com as melhores agências de intercâmbio do Brasil. O atendimento personalizado facilita tirar todas as dúvidas antes de tomar uma decisão. Em Brasília, no sábado, 22 de setembro, das 14h às 18h30, no Centro de Convenções Brasil 21.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Queremos denunciar à Assessoria de Planejamento da Prefeitura, e ao serviço de Fiscalização, a existência de casas de alvenaria na Superquadra 304. É preciso que se investigue de quem partiu a ordem para a construção dessas casas num canteiro de obras. (Publicado em 29.10.1961)
ARI CUNHA
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Levantamento recente feito pelo Ministério da Educação (MEC) mostrou que apenas uma parcela mínima dos estudantes brasileiros, sobretudo os matriculados no ensino médio, detém conhecimento esperado para a série que estão cursando.
Segundo o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), no 3º ano do ensino médio, apenas 4% dominam os conteúdos adequados para essa etapa em Matemática. Em Português, esses números são ainda piores. Apenas 1,7% estão em nível adequado. O próprio ministro da Educação, Rossieli Soares, reconheceu que o ensino médio está no fundo do poço, considerando ainda como desastrosos os resultados das escolas públicas levantadas pelo MEC.
Com isso, fica patente para todo mundo que a mais alta autoridade do Estado para assunto de Educação reconhece, abertamente, a falência do ensino público, que para ele é um grande produtor de desigualdades, engessado, inflexível e excludente. Diante de uma realidade dessas, que há muito é do conhecimento das famílias brasileiras de baixa e média renda, fica, para dizer o mínimo, complicado ao Estado e principalmente aos órgãos de justiça, obrigarem os pais a matricular seus filhos na rede de ensino.
Outro aspecto que tem despertado a atenção e a ira de muitas famílias, levando inclusive a protestos calorosos, é com relação aos novos currículos escolares, mais precisamente no desenvolvimento atabalhoado e sem critérios de assuntos de natureza sexual e de gêneros. Neste tocante, a maioria dos próprios professores reconhece publicamente que não se sente devidamente habilitada para desenvolver, junto a crianças e adolescentes, assuntos dessa natureza e que não raro essas aulas acabam se transformando numa grande confusão e não rendem benefício algum do ponto de vista didático e pedagógico.
Além desses problemas de ordem estrutural do ensino, outras questões seríssimas têm preocupado muitas famílias por todo o país, como é o caso da violência cotidiana envolvendo alunos contra alunos, alunos contra professores e pais contra professores. A cada dia, temas como esse e outros ligados ao consumo e venda de entorpecentes dentro das escolas ganham as mídias e assustam, cada vez mais as famílias.
Diante da omissão e covardia histórica do Estado para tratar a questão com autoridade no setor da educação, muitos lares vêm adotando o chamando “Homeschooling” que é a instrução empreendida em casa pela própria família.
O crescimento no número de famílias que têm adotado esse regime caseiro de ensino não para de crescer e por isso tem chamado a atenção das autoridades, com o envolvimento inclusive do Poder Judiciário nessa questão. O assunto por sua dimensão já chegou inclusive ao Supremo Tribunal Federal. Estava previsto para ontem, a discussão do assunto na Corte, na forma de Recurso Extraordinário (RE) nº 888815.
Na oportunidade e sob a relatoria do ministro Roberto Barroso, o STF irá debater se pode ser considerado meio lícito de cumprimento, pela família, do dever de prover a educação dos seus filhos. A Procuradoria-Geral da República e a Advocacia-Geral da União já se posicionaram contra o homeschooling, considerando que nenhum núcleo familiar será capaz de propiciar à criança e ao adolescente o convívio com tamanha diversidade cultural presente nos ambientes escolares. Mesmo que hoje em dia isso não seja tão vantajoso assim.
A questão de fundo irá colocar a atual realidade das escolas públicas, invadidas por ideologias de todo o tipo, estranhas ao meio. Com o sucateamento dessas instituições, milhares de famílias que passaram a ver, nesses locais, um ambiente desestruturado técnica e moralmente.
A frase que foi pronunciada:
“A pobreza não nasce da diminuição dos haveres, mas da multiplicação dos desejos.”
(Platão)
Alerta vermelho
Mais de 100 milhões de receitas para antidepressivos são prescritas todos os anos nos Estados Unidos. Aqui no Brasil ninguém se atreve a publicar as estatísticas. A Novartis já se pronunciou sobre o uso indiscriminado da Ritalina para crianças e adultos. “A Novartis repudia veementemente o uso indevido do cloridrato de metilfenidato e enfatiza que o medicamento deve ser usado somente conforme as indicações em bula e mediante a prescrição de um médico especializado”. Apesar do repúdio as consequências já começaram a aparecer. E assustar.
Privatizado
Câmara Legislativa, Senado Federal e Câmara dos Deputados já discutiram a carceragem no Brasil exaustivamente. Foram pontuadas as iniciativas para aperfeiçoar o sistema e declarada, como fundamental, a união de esforços para garantir a ressocialização dos internos. De prático, só o complexo em Ribeirão das Neves consegue ser case de sucesso.
Impressionante
Chegou às vias de fato. Na fila do BRB Convenience, no supermercado Gomes, do Paranoá, a moça chegou depois que as senhas foram distribuídas. Serpenteando entre a fila, conseguiu alcançar um guichê, onde foi atendida mesmo sem mostrar o cartãozinho de espera na fila. Quem deveria ter sido atendida não aguentou. Estourou um tapa de mão cheia no rosto da espertinha e a briga começou feia. Os seguranças apareceram e contornaram a situação. Ficou a impressão que esse tipo de agência deveria ficar dentro de delegacias e não de supermercados.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O manifesto dos oficiais de Fortaleza, que valeu a prisão de vários dos signatários, trouxe à baila o nome de um bairro da capital cearense: Jacarecanga. (Publicado em 28.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
com Circe Cunha e Mamfil;
colunadoaricunha@gmail.com;
Qualquer que seja o destino dado ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, uma coisa é certa: os contribuintes brasilienses permanecerão como os maiores prejudicados dessa aventura. Os prejuízos causados à população de Brasília na construção escandalosamente superfaturada desse Estádio, jamais serão devidamente reparados, assim como não haverá benefício algum para a sociedade de sua transferência, decidida agora de forma eleitoreira e rápida, para a iniciativa privada.
De fato, o que resultou desses recursos aplicados de forma acintosa foi a edificação de um verdadeiro elefante branco, transformado à vista de todos, no mais acabado exemplo de gestão criminosa dos recursos públicos, de toda a história da capital. Como uma espécie de pau que nasce torto, o Estádio foi concebido com um propósito específico de carrear lucros escusos e vultosos para a mesma turma de políticos locais que há décadas vêm flagelando a cidade. Espantoso que esse portento ao nada, tenha seu destino acertado muito antes da justiça se pronunciar sobre as consequências penais que poderão advir sobre os responsáveis por essa obra.
Em meio ao tumulto das eleições mais bizarras de todos os tempos, os deputados distritais foram atraídos de volta ao plenário da Câmara para votar a flexibilização da chamada ArenaPlex, pela primeira vez, desde o fim do recesso, graças a possibilidade aberta de mudanças de emendas parlamentares para destinação de recursos para outras áreas diferentes dos originais. Não fosse esse chamariz, seguramente não haveria quórum algum até finais de outubro.
Com a aprovação legislativa da flexibilização da chamada ArenaPlex, que engloba, além do Estádio, o Ginásio Nilson Nelson e o Complexo Aquático Cláudio Coutinho, mais de 700 mil metros quadrados de área, valiosíssima e encravada bem no centro da capital, serão repassadas a agentes da iniciativa privada, que poderão empreender alterações no parcelamento desses terrenos, inclusive com aumento do potencial construtivo. Com isso, uma área que originalmente era destinada ao esporte e ao lazer público será modificada para receber um complexo de entretenimento, com restaurantes, lojas, cinema e academias, exploradas de forma privada, onde a população de baixa renda, certamente será excluída.
Deputados do PT não perderam a oportunidade de condicionar a aprovação dessa flexibilização à concessão, não onerosa, do imenso estacionamento do local para servir de garagem para os ônibus interestaduais que ali aportam para descarregar manifestantes, os chamados mortadelas e outros mercenários e figurantes da pantomima política.
A frase que foi pronunciada:
“Se começássemos a dizer claramente que a democracia é uma piada, um engano, uma fachada, uma falácia e uma mentira, talvez pudéssemos nos entender melhor.”
José Saramago
Instalações
Ainda sobre o trágico incêndio ocorrido no Museu Nacional do Rio, vale destacar as falas do ministro da cultura, Sá leitão, e de outras autoridades, buscando justificativas incidentais para o triste ocorrido. Na avaliação de suas Exmas., um curto circuito
Outros tempos
Incrivelmente, vale destacar que durante aproximadamente 100 anos esse edifício foi iluminado por velas, candeeiros, lamparinas e outros apetrechos que utilizavam diretamente o fogo como elemento para debelar a escuridão. Além disso, a cozinha e alguns aposentos também utilizavam diretamente o fogo, na elaboração de alimentos e no aquecimento dos ambientes.
Manutenção
Para um edifício dessa magnitude, construído basicamente com madeira de lei em 1803, é de se admirar que durante quase um século nenhum incêndio tenha ocorrido naquele prédio, provocado pela falta de manutenção.
Abandono
A energia elétrica e o uso de lâmpadas só apareceriam por essas bandas nos fins do século XIX. Esse pequeno detalhe demonstra, na prática, que o incêndio foi obra sobretudo da negligência.
No mínimo
Espanta que um museu com tamanho acervo não possuísse uma simples equipe treinada e permanentemente de plantão para combate a incêndios e outros acidentes. Fosse num país sério, todo o pessoal ligado direta ou indiretamente a esse museu deveria pedir demissão, incluindo o próprio ministro.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O sr. Afrânio de Oliveira, falando na Câmara, em aparte, disse que o sr. Oscar Pedroso Horta foi o correio do sr. Jânio Quadros. (Publicado em 28.10.1961)
ARI CUNHA
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Jornais de todo o mundo noticiam em suas primeiras páginas o trágico incêndio que consumiu por completo o Museu Nacional do Rio, transformando em cinzas, em pouco mais de seis horas, 200 anos da história do Brasil. O interesse demonstrado pela imprensa internacional sobre este triste fato se explica em razão da importância que a grande maioria desses países confere aos seus museus e a todas as instituições, privadas ou do Estado, que possuam a guarda de seu patrimônio histórico e cultural.
A atenção e proteção que esses países dão às suas fontes históricas podem estar ligadas, em parte também, ao sucesso econômico, social, cultural e político desses povos. Somente nações que mantém presente seu passado, sabem, com certeza, o que querem para o futuro e não erram nas escolhas. É justamente esse falso entendimento que possuímos de que nosso passado é um caso encerrado e que deve ser esquecido em algum escaninho do arquivo morto que nos acorrenta aos erros e nos deixa às voltas, em círculos infinitos, sem sair do lugar.
Somos o que somos pelo esquecimento fácil e cômodo do nosso passado. Nesse sentido, as perdas materiais com cerca de 20 milhões de peças históricas, fontes originais de pesquisa para estudantes e cientistas que deixaram de existir, são muito mais do que perdas materiais. São testemunhos vivos que autenticam nossa história, afastando dela tudo o que é fantasia e alucinação.
Em mais esse triste episódio, há pouca serventia em buscar culpados diretos e indiretos. Se fosse esse o caso, e para ser rigoroso, acredito que todos temos nossa parcela de culpa. Obviamente que primeiro é preciso constatar que nenhuma autoridade do governo, principalmente seu ministro da cultura, se fez presente por ocasião das comemorações dos 200 anos do Museu Nacional, o que torna ainda mais sintomático esse descaso oficial.
A questão aqui é porque não aprendemos com episódios semelhantes ocorridos recentemente e que feriram de morte parte de nossa cultura. Em dezembro de 2015 chamas gigantescas engoliriam também o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo. Em 2010 o fogo havia consumido o Instituto Butantã, também em São Paulo. Em 2007, 900 cédulas e moedas raras e outros itens históricos de grande valor foram furtados do Museu do Ipiranga, que permanece fechado desde 2013. Também o Liceu de Artes e ofício de São Paulo teve parte de seu acervo destruído em um incêndio em 2014. Outra tragédia foi a destruição, por incêndio também, do Teatro Cultura Artística em 2008. Em 2013, outro incêndio destruiu completamente o auditório Simón Bolívar no Memorial da América Latina, somente a reforma desse prédio custou R$ 41,5 milhões aos contribuintes. Aqui mesmo, na capital do país, o Teatro Nacional Cláudio Santoro e a sala Martins Penna, além do Museu de Arte Moderna, se encontram fechados há anos, aguardando por reformas que nunca iniciam.
Para piorar uma situação que em si já é calamitosa, o candidato a presidente da República, Bolsonaro, anunciou agora em um comício sua intenção de acabar com o Ministério da Cultura. Dessa forma, vai se concretizando a previsão do antropólogo Claude Lévi-Strauss de que o Brasil passaria da barbárie à decadência, sem conhecer a civilização. O desaparecimento desses vestígios de nossa história, fruto do descaso de todos, prenuncia esse vaticínio.
A frase que foi pronunciada:
“Sem o mito do amanhã não existiríamos. Não fora o amanhã e secaríamos à beira dos caminhos, esboroaríamos como um cascalho no deserto. O amanhã é que fermenta o hoje, que fermenta o ontem.”
Affonso Romano de Sant’Anna
Dívidas & Dúvidas
Em parceria com o Itaú, Bradesco, Net/Claro, Losango, Tricard, Porto Seguro Cartões e Ipanema Credit Management, foi lançado um aplicativo Serasa Limpa Nome. Pode ser acessado pelo celular ou computador. Consultado o CPF, gera-se um boleto para pagamento à vista ou a prazo. O total de inadimplentes ou devedores no Brasil chega a 61,6 milhões. Lucas Lopes, gerente de produtos do Serasa Consumidor, diz que os perfis dos consumidores são constantemente acompanhados, principalmente quando o assunto é negociação de dívidas.
Tabagismo
A Secretaria de Saúde do DF oferece gratuitamente, já há algum tempo, à população encontros com profissionais capazes de apresentar métodos de comportamento e conscientização que auxiliam no corte à dependência do tabaco. Veja o link no blog do Ari Cunha.
Link para mais informações: www.saude.df.gov.br/tabagismo
Projeto
Com o aumento do número de idosos no país, regras começam a se adaptar à nova realidade. Um projeto analisado na Comissão de Assuntos Sociais do Senado sugere que empresas reservem vagas para pessoas com mais 55 anos de idade de forma proporcional ao número de funcionários. A ideia é do senador Cidinho Santos que vê a necessidade de o mercado valorizar a experiência.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Acobertar funcionários faltosos é tirar sua responsabilidade, jogando na administração central, é caso para o Conselho estudar, julgar e decidir. Mantenho tudo o que disse. (Publicado em 28.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
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com Circe Cunha e Mamfil;
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Um fato evidente e perigoso vem ocupando, cada vez mais, a preocupação de muitos brasileiros nesses últimos tempos. Trata-se da constatação de que o Judiciário, mais precisamente a mais alta corte do país, tem se tornado, aos olhos de todos, a fonte primária e de geração de grande instabilidade jurídica.
Quando um assunto tão delicado como esse acaba sendo reconhecido até por muitos membros internos do Poder Judiciário é que a situação e o ambiente de insegurança, provocada por decisões dessa instituição, já chegaram aos limites do razoável, ameaçando inclusive toda a estrutura do Estado e pondo em risco a própria democracia.
É constrangedor ter que reconhecer que a mais alta corte abandonou seu papel de estabilizadora e pacificadora do país para se transformar em fator de crise institucional. Essa deformação recente que vem acometendo parte da alta magistratura, se deve, segundo o eminente jurista e professor universitário de renome internacional, Ives Gandra Martins, basicamente ao exacerbado protagonismo, de cunho individual, apresentado por alguns magistrados que, repetidamente, vêm tentando de impor suas opiniões pessoais sobre assuntos gravíssimos e de interesse direto de toda a nação.
Para o jurista, essas demonstrações constantes de imposição de opinião pessoal, até como se legislador fossem, além de não se fazer justiça, provocam instabilidades às próprias instituições e ao país. Em sua avaliação, a contaminação de parte do judiciário e que pode ser denominada de neoconstitucionalismo, consequencialismo, judicialização da política ou politização do judiciário, pode ser resumida numa clara invasão de competência de outros poderes, principalmente quando esses demais poderes passam a ir contra certas convicções pessoais desses magistrados.
Lembra o jurista Ives Gandra que o judiciário, contrariamente ao Legislativo, sempre foi o legislador negativo, com isso, diz “passou o judiciário a ser o legislador positivo, legislando no vácuo e nas discordâncias desse poder, bem como administrando ações do Executivo de acordo com suas preferências jurídicas e ideológicas.”
Com uma postura dessas, ressalta, a Constituição é ferida seriamente. “Reza o artigo 103, § 2.º, da Lei Suprema que nem mesmo nas ações diretas de inconstitucionalidade por omissão pode o Supremo Tribunal Federal legislar em nome do Congresso, cabendo-lhe determinar ao Legislativo que produza a lei que por omissão inconstitucional não produziu, numa clara demonstração de que a função do Judiciário é apenas não dar curso a leis inconstitucionais, mas não legislar na omissão legislativa”, ensina o magistrado. A continuação desses casos de invasão de competência, pode, segundo o professor Ives Gandra, produzir episódios de desobediência do Legislativo com recurso, inclusive ao uso das Forças Armadas (artigo 142 da Constituição), o que pode levar o país à uma brutal insegurança jurídica. Mais sintomático é que todas essas consequências graves e negativas para o país são produzidas basicamente por apenas três personagens, isoladamente.
A frase que foi pronunciada:
“A causa que defendemos, não é só nossa, ela é igualmente a causa de todo o Brasil. Uma República Federal baseada em sólidos princípios de justiça e recíprocas conveniências uniria hoje todas as Províncias irmãs, tornando mais forte e respeitada a Nação Brasileira.”
Bento Gonçalves
Multa certeira
Engana-se quem pensa que os pardais, depois da saída da ponte JK, nos dois sentidos, estão programados para 80km/h. São arrecadadores contumazes. O motorista deve permanecer a 60km/h até que a placa indicativa com velocidade diversa apareça.
Feira do Paranoá
Todos os domingos, a feira do Paranoá estava cheia de promoções e legumes soltos à escolha do freguês. A maioria dos feirantes preferiu se igualar aos supermercados vendendo os produtos mais caros dentro de saquinhos. Uma pena.
TJDFT
São muitas as formas de interatividade do Tribunal de Justiça do DF com a comunidade. Uma delas é o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Brasília, comandado pela juíza Dra. Camille Gonçcalves Javarine Ferreira. A meta é realizar as mediações e as conciliações relacionadas aos processos oriundos dos Juízos de Brasília, com processos das áreas cível, família, fazendária e previdenciária, tanto em 1º como em 2º graus de jurisdição. Leia a 6ª Edição do Manual de Mediação Judicial, no blog do Ari Cunha.
Link de acesso ao manual: Manual de Mediação Judicial – 6ª edição
Crianças
Outra publicação interessante no portal do TJDFT é a cartilha dedicada a crianças de pais separados. Sensibilidade produzir um material desses, justamente quando a instituição família passa por drástica transformação e os pequeninos sofrem. No blog do Ari Cunha, o link do material.
Link de acesso à cartilha: Cartilha do Divórcio para os Filhos Adolescentes
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Houve, sim, funcionários que foram ao Rio, passaram doze dias, e receberam os vencimentos integrais. Governo não pode dar informação capciosa. Errar e reconhecer é muito mais bonito, do que tentar iludir a opinião pública. (Publicado em 28.10.1961)