O Brazil não merece o Brasil

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: revistadeagronegocios.com

 

Para turbinar a escalada de preços, aumento de demanda mundial por alimentos, restrições de ofertas e outras incógnitas de difícil solução, o aquecimento global e as consequentes mudanças climáticas elevam às alturas tanto as incertezas sobre o futuro como os preços do pão de cada dia.

Além dessas variáveis de características globais, pode ser acrescentado ainda o aumento exponencial da população mundial, acima dos sete bilhões de habitantes. A maioria sem recursos e com fome, muita fome. O agronegócio envolve uma cadeia de produção, que pode ser dividido em três grandes atividades básicas. Num primeiro patamar estão os grandes produtores de insumos como sementes transgênicas ou híbridas), adubos químicos e agrotóxicos e as empresas que fabricam as máquinas agrícolas.

No segundo estágio estão os produtores propriamente ditos, que aram a terra, adubam, plantam, pulverizam as plantações e colhem as safras, e que dentro do mundo fabuloso do agronegócio, se assemelham aos antigos peões ou trabalhadores da roça e que, obviamente, ficam com a menor parte do lucro ou com os prejuízos.

Num terceiro estágio estão outras enormes atividades, responsáveis pela recepção da produção, armazenamento, distribuição dos produtos para o mercado interno e externo, além das indústrias de transformação dos alimentos para a produção de óleos, rações, combustíveis, etc. Existe ainda um outro setor ligado a esse estágio que é mercado financeiro, que transforma os alimentos em ações a serem vendidas nas bolsas, especulando e elevando os preços dos alimentos.

Quem controla a primeira etapa, dos insumos, são multinacionais gigantescas e oligopolistas como a Monsanto-Bayer; Dow-Dupont e a Syngenta-Chem China-Adama, além dos dois fabricantes de máquinas como a Jhon Deere e New Holland. No estágio final da distribuição logística está outro pequeno grupo de multinacionais como a ADM; Bunge; Cargil e Dreyfuss. Finalmente na etapa final ficam as indústrias de alimentos, também formada por um conjunto de multinacionais poderosas com a Nestlé, Kraft, Coca-Cola, Unilever, Pepsico e outras.

A parte verdadeiramente nacional dentro do vasto mundo do agronegócio é formada por empresas brasileiras e familiares que trabalham, como se diz, da porteira para dentro. Por fora agem as multinacionais que ficam com a maior parte dos lucros. O governo, que conduz uma economia com uma das maiores cargas tributárias do planeta, fica com a outra parte gorda. Também os bancos e financeiras cuidam de lucrarem especulando com alimentos. O que sobra mal dá para pagar os custos de produção.

Correndo por fora desse gigantesco mercado podem ser encontrados ainda outros que direta ou indiretamente acabam lucrando com o agronegócio. São especuladores de todo o tipo, políticos das bancadas ruralistas e lobistas prontas a colherem o que não plantaram. Para os produtores, que formam a parte verdadeiramente nacional do agronegócio e que realmente são os responsáveis por colocar diariamente alimentos no prato de milhões de brasileiros, há ainda um indicador preocupante que é a possibilidade de venda de extensas áreas agricultáveis à estrangeiros conforme prevê o projeto (PL 2963/2019).

Quando isso acontecer, todo o agronegócio vai estar nas mãos de estrangeiros, internacionalizando em 100% todo o setor. Nesse ponto o governo perderá totalmente a capacidade de regular e fiscalizar o setor. Nesse estágio da evolução acelerada do agronegócio os brasileiros perderão a posse da terra o que pode marcar o início de um outro país, um Brasil com Z.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:            

“A consciência fala, mas o interesse grita.”

Jules Petit-Senn, de Genebra. Poeta.

Imagem: Reprodução da Internet

 

 

Regulado

Dado interessante divulgado pelo Ipea. Ipea: trabalho doméstico é exercido por mulheres mais velhas. Em 2018, 80% das domésticas no Brasil tinham entre 30 e 59 anos.

Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

 

 

Aos poucos

É possível ver por Brasília diversos meios de transporte elétricos. Dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa, do Observatório do Clima, apontam para 430 milhões de toneladas de resíduos no ar no ano passado. Desse total, 48% foram emitidos por transportes.

Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

 

 

Consumidor

Foi uma catástrofe geral o trabalho de encomendas para o Natal na padaria Pães e Vinhos do Lago Norte. Uma fila enorme, pessoas alteradas com o atendimento sofrível e muitos produtos pagos com antecedência não estavam prontos na hora marcada.

Foto de viajante enviada por: Vinny491, em agosto de 2019 (tripadvisor.com)

 

 

SUS

Sem fonte de custeio, não foi possível aprovar o projeto do deputado Marconi Perillo que garantia a oferta de sangue, hemoderivados, medicamentos e demais recursos necessários para o diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças, a todos os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Imagem: Reprodução da Internet

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Rush do Trânsito, contra o excesso de velocidade nas avenidas de Brasília. O dr. Valmores Barbosa voltou disposto dos Estados Unidos. (Publicado em 13/12/1961)

Tanta terra e tudo tão caro

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Foto: blog.aegro

 

São tantas e tão complexas as variáveis que envolvem o chamado agronegócio, que seria necessária a convocação, pelo Congresso Nacional, de uma longa e bem detalhada audiência pública, que discutisse em profundidade, ao longo de toda uma legislatura, apenas essa questão. Razão para uma tão prolongada discussão existe aos milhares, sendo que a maioria ainda está suspensa no ar.

É absolutamente necessário ouvir atentamente todos os envolvidos nesse tema, que é muito mais do que o carro chefe da economia nacional, responsável pelos ganhos na balança comercial. Trata-se de um setor que tem ligação direta com o futuro das próximas gerações de brasileiros e do país, e isso já é mais do que o suficiente. O açodamento que faz com que as autoridades cedam paulatinamente às exigências desse poderoso setor apenas para fazer caixa, tapar rombos e combater a crise econômica, pode comprometer não só a viabilidade dessa atividade, mas trazer prejuízos incalculáveis e irreversíveis ao meio ambiente e aos futuros brasileiros.

A terra, ao longo da história humana, tem sido, desde os primórdios, o primeiro e o principal capital de todas as civilizações, responsável direto pela sobrevivência da espécie. Sem a garantia de posse e controle desse bem natural, sociedade alguma ousou sobreviver. Foi das margens férteis do Vale do Rio Nilo que floresceu a civilização egípcia. Foi do encontro das águas dos Rios Eufrates e Tigre que outros humanos alcançaram o estágio de civilização, com a Mesopotâmia. Tem sido assim desde sempre.

O imenso legado, em forma de um continente quase inteiro, deixado pelos colonizadores portugueses aos brasileiros, requer, de nossa parte, uma enorme e crucial responsabilidade, pois é essa a nossa maior riqueza e possivelmente o salvo-conduto para a sobrevivência de nossa gente, num mundo cada vez mais populoso e faminto.

Portanto essa é uma responsabilidade que transcende governos de plantão, se estendendo até o horizonte do futuro. Colocado apenas dessa forma, fica difícil entender, de fato e tecnicamente, a profundidade do tema. É preciso deixar claro, no entanto, para toda a população, que essa é verdadeiramente uma questão vital para todos os brasileiros. O agronegócio, conforme vem sendo aceleradamente estruturado ao longo dessas últimas décadas, nem de longe é compreensível pelos brasileiros, que desconhecem seus mecanismos, seu alcance e o quão profundamente essa atividade está associada a questões vitais como soberania, meio ambiente, sobrevivência.

O que a maioria sabe vem de propagandas oficiais ou não e outras veiculações puramente comerciais, que ressaltam as maravilhas de um setor que adentra pelo Bioma Cerrado, pelo Pantanal e pela Floresta Amazônica, pondo em destaque a expansão interminável das fronteiras agrícolas, com a soja, o milho, o algodão e outras espécies oleaginosas substituindo e dizimando a vegetação nativa.

Atrás desse “progresso” ou do avanço da poeira, vem o gado, penetrando pelas matas, transformando florestas em pastagens. O que a maioria das donas de casa sabem sobre esse gigantesco negócio, que está transformando o País num grande celeiro mundial, vem justamente nos preços estratosféricos desses produtos vendidos no mercado interno. A carne é um grande exemplo desse fabuloso negócio, que sob o nome de commodities é vendida nos mercados do país pelo preço do dólar daquele dia.

A culpa é sempre da alta demanda externa por alimentos. A China é a responsável. Especialistas no assunto já preveem que, num futuro próximo, a demanda do país asiático elevará ainda mais os preços dos alimentos. É na gôndola do mercado que as razões para a subida nos preços dos alimentos são mais sentidas e menos compreendidas. É aí que entram as tais múltiplas variáveis que fazem do agronegócio, uma caixa preta, cheia de surpresas.

Para turbinar essa escalada de preços, aumento de demanda mundial, restrições de ofertas e outras incógnitas de difícil solução, o aquecimento global e as consequentes mudanças climáticas elevam às alturas tanto as incertezas sobre o futuro como os preços do pão de cada dia.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Os interesses particulares fazem facilmente esquecer os interesses públicos.”

Montesquieu, escritor, filósofo e político francês

Reprodução da Internet

 

 

Rádio

Professor Nagib Nassar compartilhou um link espetacular que permite ouvir qualquer rádio do mundo. Acesse no link Radio Garden.

 

 

Agenda

Super disputada pelas crianças a Casa do Papai Noel da CAIXA. Muitos espaços para brincar e colocar todos os sentidos em atividade. Vale a visita com a meninada.

Foto: divulgação

 

 

Pirata

Louvado e adorado pela população de Brasília, o transporte pirata ganha cada vez mais espaço na cidade. Não fosse a raridade de ônibus e a impontualidade, os passageiros estariam mais seguros.

Foto: Antonio Cunha

 

 

Viagem

Antes de comprar passagem esteja certo da documentação relacionada às crianças.

Foto: aeroportoguarulhos.net

 

 

BRASÍLIA

É comum o cancelamento de voo por deficiência técnica. (Pouco passageiro para embarcar). É comum o atraso de aeronaves, durante horas. É comum a substituição de equipamento à última hora. Tudo isto, sem que a empresa relapsa se sinta na obrigação da mínima explicação ao passageiro. (Publicado em 12/12/1961)

Houve um juramento

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Foto: Vem pra Rua/Facebook/Reprodução

 

Por seus objetivos e alvos, tanto a Operação Mani Pulite, como a Lava Jato eram idênticas. As descobertas feitas pelo Ministério Público, lá e cá, revelaram um profundo e bem urdido esquema de corrupção que se alastrava por toda a máquina do Estado e que envolvia, nessa empreitada, os mais altos escalões políticos e os mais poderosos empresários do país, reunidos, no que seria uma bem estruturada organização criminosa, para dilapidar o erário.

Obviamente que lidar com forças tão extraordinárias como essas não seria um trabalho para apenas poucas e comprometidas personagens da lei, devotadas em fazer justiça e punir a sanha dos corruptos. Na Itália, como no Brasil, foi preciso o apoio incondicional da população. Sem esse suporte e esteio quase diário, nem uma e nem outra operação teria prosseguimento e revelado tantos ilícitos.

Aqui no Brasil a Operação Jato, iniciada em 2014, já vinha, na verdade, no rastro do que foi deixada pelo escândalo do Mensalão de 2005. Nos dois países de formação Latina, as empresas e empreiteiras mandavam mais que os representantes da população, enfeixando mais poderes que o próprio governo. Tanto em um como em outro país, os partidos diretamente envolvidos nos escândalos de corrupção e nos propinodutos viraram fumaça e perderam importância e credibilidade junto aos eleitores.

Nesses episódios, ocorridos em continentes diferentes, dois juízes representaram papeis fundamentais na condução dessas operações. Antonio Di Pietro na Itália e Sérgio Moro no Brasil. Também ambos trocaram a magistratura pela política como forma de prosseguir, em outros níveis, no combate contra o roubo aos cofres públicos.

A saída desses magistrados da frente de combate dessas investigações trouxe prejuízos consideráveis às operações. Na Itália, foi o início do fim da Mani Pulite, precipitadas pelas investidas contra a força-tarefa, feitas pelo próprio ministro da justiça e por outros ministros do governo, que acusavam os homens da lei de irregularidades, fatos esses jamais provados.

Ameaças de morte e outras pressões foram decisivas para enterrar a famosa operação na Itália. No Brasil o roteiro que busca atingir mortalmente a Lava Jato vem sendo seguido. Na Itália a confecção de leis para dificultar investigações de poderosos, e outras para tornar mais suaves a represália contra os criminosos do colarinho branco, vem sendo também copiada, par i passo, aqui no Brasil.

A relação de novas legislações erguidas para blindar políticos é extensa e conhecida de todos. Do outro lado da Praça dos Três Poderes, o STF tem feito o que pode também para favorecer os políticos envolvidos diretamente nesses episódios, afinal grande parte desses juízes foram indicados pelos mesmos protagonistas desses delitos, A própria imprensa, na Itália e no Brasil, tomou posições idênticas. Uma parte se aliou à velha política a fim de continuar recebendo favores enquanto outra se manteve firme no esclarecimento dos fatos.

No Brasil, esses episódios causaram maior susto e desânimo na população quando o Supremo começou a trabalhar para retirar as investigações de caixa dois dos partidos, endereçando-as à justiça eleitoral, como mero delito de campanha. Em seguida suspendeu todos os inquéritos onde havia compartilhamento de dados entre os órgãos de inteligência, como COAF, Receita, e Bacen. Depois, num golpe quase de misericórdia, acabou com a prisão em segunda instância, soltando, praticamente, todos os presos da Lava Jato.

O Legislativo editou medidas em desfavor ao endurecimento das leis anticrimes. Muitos analistas acreditam num fim melancólico da Lava Jato, a exemplo do que ocorreu na Itália, com o regresso paulatino dos velhos políticos e do velho Brasil. A diferença hoje entre as operações Mani Pulite e Lava Jato é que a mais antiga está definitivamente sepultada, apesar dos resultados extraordinários alcançados. No Brasil, a Operação Lava Jato segue cada dia mais enfraquecida e cheia de entraves. Não morreu, mas, pelo andar dos acontecimentos, parece muito um cadáver anunciado.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O homem sem urbanidade é como a terra sem estrume.”

Provérbio muçulmano

 

 

TTN

Volta e meia há batidas de veículos no Trevo de Triagem Norte. Justamente porque não há triagem. Quem quer mudar de um lado para outro segue sem segurança. A seleção dos destinos é caótica.

Foto: Toninho Tavares/GDF/Divulgação

 

Por quê?

Por falar nisso, as obras nas tesourinhas da Asa Norte estão de vento em popa apenas quando há grande fluxo de carros. Em época de férias, não se vê um trabalhador por ali.

 

 

Altruísmo

Na esperança de melhorar o estoque de sangue, o Hemocentro visita escolas para esclarecer sobre a importância da doação. Doadores do Futuro é o nome do projeto. No Centro Educacional 3 de Sobradinho, o professor de artes Ediney Felix é grande entusiasta da iniciativa.

Estudante do CEd 05 de Taguatinga (Foto: Luis Tavares, Ascom|SEEDF)

 

 

Poluição

Já está fora de controle o número de propagandas estampadas nas ruas de Águas Claras. Sem critérios e sem fiscalização, a Administração Regional fecha os olhos para a poluição visual, campeã de reclamações dos moradores.

Águas Claras (Foto: jornaldebrasília.com)

 

 

Bezerrão

2020 é um ano de grandes expectativas em relação ao Bezerrão. O Elefante Branco do Plano Piloto não deu certo, mas o Gama sabe que possui um estádio de boa qualidade e mais fácil de manter. Por isso a população aguarda grandes disputas por ali.

Foto: Edilson Rodrigues/CB/D.A. Press

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E mais: aquela buraqueira que está sendo aberta nas quadras da Caixa Econômica é, também, em seu benefício. É a tubulação para encanamento d’água que abastecerá os aspersores que manterão os jardins em tempos de seca. (Publicado em 12/12/1961)

Uma imagem vale mais que mil palavras. Até na medicina.

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Foto: epoca.globo.com

 

Por trás de tantos pedidos de exames, está o mercado da medicina, representado pelos laboratórios e pelas clínicas, pelos hospitais pelos planos de saúde e por muitos médicos ligados a esses esquemas bilionários que encontraram, em nosso país, um paraíso e uma mina de ouro para essas rotinas duvidosas.

Nos últimos anos, um fator muito específico, e de ordem estrutural, vem contribuindo não só para esses números exagerados de exames que são solicitados aos pacientes, como para o aumento de casos de erros médicos. Trata-se obviamente da má formação dos médicos, principalmente daqueles oriundos das inúmeras faculdades que foram criadas em todo o país nos anos mais recentes. Não é de hoje que médicos e especialistas em exames laboratoriais e de imagens alertam para os perigos causados aos próprios pacientes pelo excesso e banalização desses procedimentos.

Por falta de uma regulação mais precisa pelos órgãos de vigilância de saúde, o Brasil se tornou campeão mundial em exames de imagens e exames laboratoriais. Com isso muitos pacientes são submetidos à uma bateria de procedimentos clínicos, muitos deles, absolutamente desnecessários e inócuos do ponto de vista do diagnóstico.

A mercantilização da medicina, representada pela ganância das clínicas de exames laboratoriais e de imagens, dos planos de saúde, dos hospitais particulares, aliadas à má formação profissional de uma imensa geração de novos médicos, oriundos de escolas sem qualidade atestada, resultaram nesse descalabro que faz com que no Brasil o número de pedidos de exames médicos sejam o triplo dos requeridos em países como França, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido.

Para se ter uma ideia, enquanto em países da Europa a média anual de exames como a ressonância magnética representava, em 2016, 52 pedidos para cada mil habitantes, aqui esse número chega a mais de 149 para cada grupo de mil brasileiros. De fato, muita gente já pode perceber, durante as curtíssimas consultas médicas que, cada vez mais, esses profissionais, por insegurança e pela deficiência de formação, já não conhecem os segredos e a importância da etiologia, ou seja o estudo das causas e origem de uma doença.

Na raiz do problema está o fato de que muitos médicos já não conversam mais com seus pacientes. Há casos, inclusive de profissionais que, sequer, olham nos olhos de seus pacientes, permanecendo, durante toda a consulta de cabeça baixa, fazendo anotações. Muitos desses profissionais apoiam seu trabalho de diagnose exclusivamente com base nos resultados mostrados pela pilha de exames pedidos. A relação médico/paciente, fundamental para a boa prática da medicina, desaparece e passa a ser substituída pelos o que dizem os números e as imagens.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Se o vosso médico não aprova que façais coisas que vos são agradáveis, que bebais vinho ou que tomeis tal ou tal alimento, não vos de isso nenhum cuidado: eu vos procurarei outro, que não será do mesmo parecer.”

Michel de Montaigne, filósofo, escritor e humanista francês.

Crédito: Wikimedia Commons/Wikipedia

 

 

Energia

No Natal a falta de luz, que se iniciou na véspera, permaneceu em algumas localidades de Brasília. Como o serviço é terceirizado, não havia tanta esperança de solução. Sem geladeira e chuveiro funcionando, a CEB se fez presente de forma marcante nas festas natalinas. E a conta ó!

Foto: portalvarada.com

 

 

Taguatinga

Mais reforço policial é necessário na Praça do Relógio. Quando os habitantes e trabalhadores do local já se acostuma com os casos de furtos e vadiagem, é porque alguma coisa está errada. O local é de grande circulação e precisa de policiamento ostensivo.

Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

 

 

Consumidor

É bom que os consumidores saibam que pessoas físicas podem perfeitamente fracionar embalagens de mercados que forçam a compra total do produto. Outro dia, em um grande supermercado, um cliente separou uma cartela de ovos que vinha em uma caixa com duas cartelas e provou no caixa que era seu direito levar apenas uma bandeja.

 

 

Até hoje

Ainda em outubro desse ano, alunos lesados pelo Alub tinham que ser recebidos pelas escolas. Graças à Promotoria de Justiça de Defesa da Educação do Consumidor, a parte lesada pode ser acolhida. Já o Alub vem há anos lesando estudantes e até agora ninguém conseguiu impedir.

Fotos: Vitor Mendonça/Jornal de Brasília

 

 

Inteligente

Propaganda mal organizada é praga para o visual. Nada como os telões de led em grandes cidades do mundo. Organizados em área que não agridem e mostram até áudio visual sincronizado. Temos muito chão pela frente para compreender o que é uma cidade mundialmente visitada.

Foto: jornaldebrasilia.com.br

 

 

E nada

Incêndios na Amazônia já foram esclarecidos. Mas as praias brasileiras continuam agonizando sem que culpados sejam punidos. Já acabaram com rios inteiros do Brasil, incendiaram florestas, despejaram óleo pelo mar e a população geme enquanto a soberania nacional lamenta.

Foto: Simone Santos/Projeto Praia Limpa

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Apenas, dessa vez não disse que o Lago está inundando a W-3 e o Palácio do Planalto, como disse certa vez. (Publicado em 12/12/1961)

No Bolsa Família convivem ingênuos e velhacos

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Charge do Lailson

No futuro, quando os cronistas de nosso tempo resolverem sair por esse Brasil afora, percorrendo alguns desses lugarejos distantes e perdidos entre os milhares de municípios existentes pelo país, dispostos a narrar unicamente os fatos e as transformações ocorridas com o advento do programa Bolsa Família na vida de milhões de brasileiros, uma infinidade de histórias saborosas, e outras nem tanto, irão emergir desse garimpo humano para compor um quadro do realismo fantástico nacional, mostrando que personagens do tipo Pedro Malasartes, João Grilo, Macunaíma e outros ainda estão bem vivos, e atuantes e pregando suas peças.

O Brasil, por sua continentalidade, ainda é um país que pouco se conhece. As distâncias e a realidade interestelares entre a capital, as metrópoles e o restante da nação, perdida nos confins de interior miserável e esquecido ainda são as mesmas dos séculos passados. Mesmo no caso dos municípios, onde reside o Brasil real, o alheamento mútuo entre governo e população persiste, apesar da televisão e das redes sociais.

São dois mundos apartados por estradas intransponíveis ou quase inexistentes. É nesse interiorzão, sufocado pela poeira, o calor e a pobreza que as histórias surreais, dignas de um escritor como Dias Gomes, sucedem-se dia após dia mostrando o quanto o Bolsa Família alterou a vida modorrenta dessa gente, criando personagens reais que usam a vida agreste como pano de fundo, onde os espetáculos de aldrabice vão se desenrolando, separando ingênuos, de um lado e velhacos, de outro.

Nesses confins do mundo, pequenas vilas, onde todo mundo sabe mais da vida alheia do que da própria, dia de pagamento do Bolsa Família é fácil de ser percebido. Lá vão os ingênuos, e outros não tanto, para as longas filas das agências. O dinheiro, que para os primeiros é vital e merecido, já vem com o destino certo. Outros, cuja a sorte malandra quis aquinhoá-los com um abono extra, veem recursos irem direto para as mãos do dono do bar da esquina. Em muitos casos são os donos dessas cachaçarias que ficam com a guarda do cartão, como condição para vender fiado o álcool diário.

Por certo, a economia desses pequenos lugarejos fervilha por conta do dinheiro que chega com hora marcada. A população mais idosa, com auxílio dos mais próximos, corre para quitar as dívidas. O que sobra vai para dentro da lata de biscoito à espera das muitas aves de rapina que certamente irão aparecer.

Tão logo ficam sozinhos em suas residências, sem a vigilância dos poucos parentes honestos, aparecem de mansinho os mascates, vendendo de tudo pelo triplo do preço em prestações que se estendem por todo um ano ou mais.

Nessas ocasiões negociam tudo o que os ingênuos não necessitam. O que sobra do minguado dinheiro, parentes e filhos sem coração dão um jeito de arrancar. Os velhacos, sempre à espreita correm atrás do lucro fácil, emprestando a juros impagáveis, vendendo e comprando terras alheias, gado, bezerros, cabras e tudo mais.

Vendem, mas não entregam a mercadoria. Os prefeitos, que também são filhos de Deus, usam e abusam desses recursos para alavancar negócios, comprar consciências e apaniguar eleitores e puxas sacos. Parentes de políticos locais e outros funcionários, cuja a renda não permite esse tipo de auxílio social, também são comumente agraciados com o dinheiro do Bolsa Família. Todos fazem a festa.

O governo federal, ou mais precisamente o próprio presidente da República, que orienta a distribuição desses recursos, fundamentais para a consolidação da sua base eleitoral, cuida de estender esses benefícios, incluindo aí o pagamento de um inédito décimo terceiro salário aos bolsistas. O governo ouve falar desses descaminhos, mas não ousa mexer nesse emaranhado de trambiques, com medo de por todo o curral em debandada.

Nesse quiprocó com o dinheiro da nação, considerado o maior programa de distribuição de renda do planeta, os maiores ingênuos são justamente os contribuintes que financiam dois brasis: um que merece e outro que se locupleta. Dessa forma, ingênuos e velhacos convivem muito bem dentro da enorme e generosa Bolsa Família chamada Brasil.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A maioria dos homens são maus juízes quando seus próprios interesses estão envolvidos.”

Aristóteles, filósofo grego

FOTO: CREATIVE COMMONS

 

Turismo Cívico Pedagógico

Iniciativa simples que desperta talentos: Kayo Magalhães foi um dos vencedores do projeto Turismo Cívico Pedagógico e agora quer ser fotógrafo. Estudantes da rede pública do DF visitaram diversos pontos da cidade com o compromisso de registrar a melhor imagem. O projeto foi desenvolvido em parceria pelas Secretarias de Turismo e Educação durante o segundo semestre de 2019, contando com 200 estudantes da rede pública do DF. A secretária de Turismo, Vanessa Chaves de Mendonça, também participou do evento.

Um dos vencedores, Kayo Magalhães quer ser fotógrafo | Foto: Divulgação / Secretaria de Educação

 

 

Votos

Sempre com um toque de contato humano, o ex-governador continua o mesmo. Rodrigo Rollemberg não está no poder, mas continua desejando votos de Feliz Natal aos amigos. Os de Brasília, entendem melhor a cidade.

Foto: agenciabrasilia.df.gov.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O sr. Ibrahim Sued, ex-manequim da Ducal, demitido por deficiência física (também), continua extravasando sua bílis contra Brasília, em arremetidas sem fundamento e sem valor. (Publicado em 12/12/1961)

O que será dos bons velhinhos?

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Charge: pt.linkedin.com/pulse/envelhecimento-populacional-cuidado-e-cidadania-velhos-marques

 

Com mais pessoas idosas do que jovens, a reestruturação total de todos os serviços públicos, incluindo mudanças na infraestrutura das cidades oferecidas à população, será uma necessidade. Pelas estimativas do IBGE, a razão de dependência da população atualmente é de 44%, o que equivale a dizer que 44 indivíduos com menos de 15 anos e com mais de 64 anos dependem de cada grupo de 100 em idade de trabalhar.

Nas próximas três décadas, a população brasileira continuará a crescer, atingindo, ao final do ano 2047, 233,2 milhões de pessoas. Daí para frente o número de brasileiros cairá gradualmente, chegando a se estabilizar em 228,3 milhões de pessoas no ano de 2060. Pelo menos é o que apontam os estudos contidos na revisão 2018 da Projeção de População elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por essas projeções, um em cada quatro brasileiros terá mais de 65 anos em 2060 e é aí que o país terá pela frente que enfrentar novas realidades e novos desafios. Nesse caso tudo dependerá das medidas que vier a adotar desde agora, para não vir a ter surpresas desagradáveis e até trágicas quando esse futuro chegar. Além da queda média na taxa de fecundidade, haverá paralelamente um aumento na expectativa de vida dos brasileiros, passando dos atuais 72 anos para os homens e 79 anos para as mulheres, para 77 para os homens e 84,5 para as mulheres em 2060. O envelhecimento da população será um fato, com a população com mais de 65 anos chegando a 25,5% da população em 2060.

Em 2039 essa razão será de 51,5%, aumentando para 67,2% em 2060. Apenas com base nesses dados, ficam patentes que reformas no sistema de previdência e de seguridade social, que até o momento não foram realizadas por questões políticas e eleitoreiras, terão que retornar à pauta, sob pena de simplesmente colapsar todo o sistema, empurrando uma imensa legião brasileiros para a miséria. É preciso notar que o envelhecimento da população brasileira poderá acarretar uma redução sensível no Produto Interno Bruto potencial. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), parte do crescimento potencial do país, nas últimas décadas, derivou da força de trabalho que ainda crescia.

Com a mudança acentuada desse cenário daqui para a frente, a situação deve se inverter, com o crescimento econômico encolhendo, assim como a força de trabalho e de contribuintes. Especialistas no assunto recomendam a busca e a exploração por novas fontes de crescimento, como é o caso de mais investimentos e de uma forte poupança externa. Questões simples como a requalificação dessa mão-de-obra mais idosa terão que ser pensadas, de modo a reinseri-las no sistema. Fora das variáveis econômicas, que são fundamentais, também questões mais simples e que dizem respeito ao dia a dia dessa população mais idosa deverão ser repensadas com urgência, como saúde, mobilidade, segurança, moradia, adaptação das cidades às necessidades específicas desse público entre outros problemas.

O século XXI, pelo que já deu para observar, trará desafios ainda maiores para os brasileiros e sobretudo para os próximos governos. É possível mensurar a importância crescente no instituto do voto. Votar agora, de forma esclarecida, em candidatos sérios, é mais do que necessário, é uma questão vital e irá dizer muito sobre nosso próprio futuro.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Ergui um monumento mais duradouro que o bronze, mais elevado que as pirâmides dos reis. Nem a chuva cortante nem o vento devastador; nem a sequência inumerável dos anos nem a passagem das eras conseguirão destruí-lo. Não morrerei de todo, pois de Libitina (deusa da morte) grande parte de mim escapará.”

Horácio, poeta e filósofo. séc. I a.C., da Roma antiga.

Imagem: oexplorador.com

 

 

Nunca

Outra reclamação chega sobre o cartão para transitar no metrô. Apenas uma pessoa para atender a massa de passageiros. Ainda sobre transporte, o pessoal que mora na Asa Norte reclama demais da demora do ônibus que vai para Taguatinga. Infelizmente o portal que dá essa informação com os horários está sempre desatualizado.

Foto: Pedro Ventura / Arquivo

 

 

Descriminação

Conversando com uma atendente no shopping, vislumbramos todas as possíveis razões para que um funcionário não tenha a permissão de concorrer a prêmios divulgados no local de trabalho. Conclusões absurdas! O fato é que a comunicação resolve tudo. Eles estão fazendo dobradinhas com os colegas que trabalham em outros shoppings. Resolveram o problema.

Exemplo de uma das promoções de fim de ano. Cartaz: conjuntonacional.com

 

 

Desrespeito

De extremo mau gosto o humor do grupo Porta dos Fundos sobre a fé cristã. Sem mais comentários, para não dar cartaz, conclui-se que o nome do grupo diz tudo. Pela porta da frente, jamais irão conseguir entrar.

Postagem na página oficial do ator Carlos Vereza no Facebook

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

As passagens estão caríssimas, para que os passageiros tenham o tratamento que recebem. E fiquem sabendo, que tratamento não é aeromoça sorridente, uísque em viagem de meia hora. Tratamento é respeito pelo direito do passageiro, é avião em hora certa, é equipamento equivalente ao da passagem, é consideração ao passageiro nas ocasiões excepcionais. (Publicado em 12/12/1961)

 

O caminho do meio para as universidades brasileiras

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Foto: Marcela D’Alessandro

 

Em resposta à atenciosa carta enviada a essa coluna pela leitora Maria Celeste Dominici e que reproduzimos abaixo, rebatendo algumas afirmações contidas no editorial “As universidades e o caminho do meio”, publicado em 14 de dezembro, esclarecemos que em momento algum classificamos alunos e professores da Universidade de Brasília como “manada”, quando dissemos que: “A abdução de entidades representativas tanto dos trabalhadores na educação como dos próprios alunos pelos partidos de esquerda contribuíram para um maior distanciamento entre a sociedade e essas instituições, fato esse que acabou servindo de pretexto também para um certo clima de animosidade entre o atual governo de direita e as universidades.” Na realidade, e isso é do conhecimento público, tanto os diretórios estudantis como os órgãos representativos dos professores, não só das universidades, mas dos ensinos de base e fundamentais, vêm, há anos, sendo controlados e orientados pelos partidos de esquerda, ligados à CUT e a outros sindicatos de classe.

O que o editorial destacou como fundamental para uma instituição pública de ensino, financiada muitas vezes por aqueles que jamais terão condições de frequentá-las, é que ela se mantenha equidistante das ideologias dos governos de plantão, pelo simples fato dessas entidades serem permanentes, ao contrário de governos que vêm e vão ao sabor da predileção dos eleitores. A questão da pluralidade política dentro das universidades ainda é uma questão a ser resolvida entre professores e alunos, até para que essas instituições alcancem a sua verdadeira universalidade. Segue a missiva que compartilhamos com os leitores.

“Quero comentar uns pontos de tua coluna de 14 de dezembro, “Universidades e o caminho do meio”. Uma universidade com espírito verdadeiramente científico lida com todas as correntes de pensamento se não, deixa de ser uma universidade. Considerar que os estudantes e professores podem ser abduzidos por partidos de esquerda (ou de direita, ou de centro) é considerar que são uma manada, e não pessoas com senso crítico.

Se há identificação maior com uma ou outra corrente é necessário entender quais são as razões. Talvez as gritantes desigualdades sociais, raciais, de gênero e etc. levem as pessoas a questionarem mais e serem menos propensas a apoiarem o sistema gerador de tudo isso. Você disse que as universidades estão em permanente confronto com as autoridades. Acho que sempre há divergências, o que é totalmente normal, principalmente em um país que, entra governo, sai governo, a administração é sofrível. Não diga que estudantes e professores são militantes!!! A universidade tem a obrigação de levar ao estudante o espírito crítico, para que não seja, como se dizia na minha época, uma vaca de presépio. Precisamos cada vez mais de massa crítica. Para se chegar à verdade, científica, política ou qualquer verdade é necessária capacidade de análise, de reflexão, de crítica. Impossível a maturidade sem capacidade de crítica. Esse governo que se instalou nos deixa em depressão, porque é difícil encontrar alguma ação positiva. Abraços, Maria Celeste Dominici.”

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“É uma exigência da natureza que o homem de tempos em tempos se anestesie sem dormir; daí o gosto de fumar tabaco, beber aguardente ou fumar ópio.”

Goethe (1820), poeta alemão

Goethe in the Roman Campagna (1786) by Johann Heinrich Wilhelm Tischbein | Reprodução

 

 

Aptidões

Dib Francis acaba de criar um grupo no WhatsApp, onde pessoas preocupadas com o destino da Cultura na cidade têm a oportunidade de discutir e amadurecer ideias sobre o assunto, para arregaçar as mangas e trazer de volta à Brasília a arte de todas as formas. Silvestre Gorgulho e Luizinha Dornas fazem parte do grupo como destaque. Pela história, pelas ideias e principalmente pela acolhida dos que conhecem o trabalho deles.

 

 

Fé demais

Contendas sobre o museu da Bíblia começam. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal não reconhece o Museu da Bíblia como sendo de autoria de Oscar Niemeyer. Isso é um problema, já que a responsabilidade técnica do projeto precisa de um nome. A pedra fundamental foi lançada.

Museu Nacional da Bíblia. Foto: Divulgação

 

 

Embrapa-DF

Celso Luiz Moretti assume oficialmente a Presidência da Empresa. A decisão foi anunciada pela ministra da agricultura, pecuária e abastecimento, Tereza Cristina.

Foto: Robinson Cipriano/Embrapa

 

 

Novidade

TJ-TO fez mais do que pediu a apelante. Investigação de paternidade. Reconhecimento de paternidade. Retificação para acréscimo do patronímico paterno sem prejuízo da paternidade socioafetiva.

 

 

Parceria

Muita gente reclama que para colocar crédito no bilhete único só é possível com dinheiro vivo. O GDF tem suas razões. Mas seria interessante que o BRB, CAIXA e BB disponibilizassem caixas eletrônicos perto das centrais com a possibilidade de sacar pequena quantia em trocado.

Foto: TV Globo/Reprodução)

 

 

Emocionante

Coisa boa é para ser divulgada. Em horário especial, a criançada diagnosticada com autismo é recebida pelo Papai Noel do Brasília Shopping. Sem aglomeração de pessoas, os pequenos ficam mais à vontade para realizar o sonho de trocar algumas ideias com o bom velhinho.

Karen Catite tira foto do filho, João, com o Papai Noel — Foto: Nicole Angel/ G1

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

É comum o cancelamento de voo por deficiência técnica. (Pouco passageiro para embarcar). É comum o atraso de aeronaves, durante horas. É comum a substituição de equipamento à última hora. Tudo isto, sem que a empresa relapsa se sinta na obrigação da mínima explicação ao passageiro. (Publicado em 12/12/1961)

OAB e o reflexo no espelho

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Foto: diariodopoder.com.br

 

Curioso notar que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), uma entidade que, por seu estatuto, deveria, além de representar, defender e disciplinar o exercício dos profissionais da advocacia, vem, nesses últimos anos, se transformando, aos olhos de todos, num órgão político-partidário em defesa claramente de uma ideologia de partido. Notem que esse tipo de grave afirmação não vem apenas por parte de alguns veículos independentes da imprensa, que há muito já notaram esses desvios, mas parte principalmente de dentro da própria instituição, mais precisamente de advogados incomodados com a mudança de rumos e de objetivos.

O que eleva essa questão a um patamar de preocupação máxima e que requer medidas extraordinárias, para fazer esse organismo retornar aos trilhos da normalidade institucional, é que a OAB passou a enfeixar em si um conjunto de tamanhas responsabilidades que fez dela mais do que uma corporação profissional, situando-a até como defensora da Constituição, do Estado Democrático de Direito e dos Direitos Humanos.

Como já foi notado por alguns de seus membros, a OAB se transformou numa espécie de órgão público federal, muito embora goze de ampla independência, apta, inclusive, a ajuizar ação direta de inconstitucionalidade (Adin). É preciso reconhecer que na maior parte de sua história, a OAB se posicionou de maneira isenta e do lado certo, quer lutando pelo restabelecimento da democracia ou contra os abusos das autoridades nos casos de flagrante violação dos direitos humanos.

Ocorre que essa é uma história que ficou num passado distante e já não serve mais como uma bússola para essa Ordem, abduzida, há tempos, pelos ventos nefastos de uma orientação ideológica, estranhos a sua formação e ao que esperam os cidadãos desse país. Afirmar ser a OAB uma entidade política é uma coisa natural e legítima. Outra é se certificar que a OAB, se transformou numa espécie de filial partidária, submetida a uma ideologia de partido, centrada na defesa da cartilha daqueles partidos de esquerda.

A partir de 2005, com o estouro dos escândalos do Mensalão e de outros que se seguiram num ritmo alucinado, é possível acompanhar, de forma nítida, cada um dos posicionamentos da OAB com relação a essas descobertas, sua omissão, sua defesa velada aos envolvidos naqueles episódios e seus ataques inexplicáveis a todos aqueles operadores da justiça que buscavam esclarecimentos e punições aos criminosos.

A trincheira escolhida pela OAB nesses acontecimentos deixou claro para todos a estranha metamorfose às avessas, voltando ao estado de larva. As declarações recentes do seu atual presidente não deixam dúvidas sobre essa guinada a uma esquerda anterior à queda do Muro de Berlim. O calvário vivido pela OAB matiz explica em parte o descrédito dessa instituição junto aos brasileiros e diz muito sobre a necessidade de reformas nessa e em outras entidades que se tornaram decadentes e anacrônicas por força de suas próprias escolhas.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“Après moi, le délugue.”

Bolsonaro parafraseando Luís XV, ao imaginar os cofres do governo em mãos erradas.

 

Tinta

Quem atravessa o Eixão Norte já está acostumado com o espaço e trafega sem problemas. Mas para os visitantes, a tinta no asfalto delimitando a largura das faixas de rolamento seria o natural.

Foto: Joana (kekanto.com)

 

 

Recursos

Bruna Rosa Barreto Fonseca Dias Nunes e Marina Santana, da Secretaria de Administração e Economia Criativa do DF, foram designadas para acompanhar o projeto da Revista Traços. Caberá a elas a elaboração minuciosa de um relatório que informará se a parceria com o governo é produtiva. Logo deverão ser publicados os valores dos recursos públicos aplicados pela Oscip.

Foto: revistatracos.com

 

 

Disque 100

Muito fácil denunciar qualquer caso de violência. Seja doméstica, contra o idoso, crianças, contra a mulher, contra migrantes e refugiados. Basta ligar para o número 100. A ligação também pode ser feita de celular e é gratuita. O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos mantém o número ativo por 24h/dia.

Arte: divulgação

 

 

Novos tempos

Médicos antenados nas mídias sociais são os preferidos do público internauta. Geralmente a marcação da consulta pelo portal da clínica é amigável e rápida.

Arte: prodoctor.net

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os HP-3 mais bem localizados são os dos senhores Helvécio Bastos e Waldomiro Slaviero. Quando chove as duas casas ficam cercadas por um belo lago vermelho, habitação ideal para mosquitos. (Publicado em 14/12/1961)

Papai Noel errou

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Queima de fogos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no réveillon de 2017 — Foto: Dênio Simões/GDF/Divulgação (g1.globo)

 

Brasília tem sido o berço de grandes nomes da música popular. Talentos reconhecidos não só no Brasil, mas no mundo inteiro por sua virtuose e técnica. A relação com esses nomes é extensa e conhecida de todos. Muitos desses artistas tiveram que, obviamente, migrar para o eixo Rio de Janeiro e São Paulo, onde o mercado é maior, as gravadoras possuem suas sedes e as chances de sucesso no mercado interno e externo são certas.

Com tanta variedade e qualidade reconhecida, surpreende que, mais uma vez, essa plêiade de cantores, instrumentistas e compositores tenham sido preteridos pelo Governo do Distrito Federal para abrilhantar a festa de Réveillon 2020. Com isso, fica confirmado o ditado que repetia o filósofo de Mondubim: “santo de casa não faz milagre”.

Mesmo não sendo a primeira vez que um fato dessa natureza ocorra na capital do país, fica sempre a impressão que, pelos justos protestos e até pela falta de conhecimento da riqueza musical da cidade, essa será a última vez que tal gafe acontece. Embora muitos desses nomes que conheceram a glória além dos limites da capital não residam mais nesse quadrilátero, é certo que a fama e fortuna que construíram prescinde desse tipo de convite, por isso mesmo vão tocando o barco longe de uma Brasília que, dia após dia, vai ganhando fama, mas infelizmente não pelos talentos que aqui surgiram. É uma pena!

O pagamento de um cachê de mais de R$ 500 mil para que o cantor mato-grossense, Luan Santana, seja a principal atração da festa de Réveillon 2020, valor esse devidamente publicado no Diário Oficial, por meio de carta convite, pode até não ser muito para ele ou para quem aprecia seu repertório e é seu fã, como é o caso do governador, mas seria muito melhor empregado caso o governo empenhasse esses recursos em shows de pequeno porte por todas as cidades do entorno, onde residem e trabalham centenas de artistas talentosos e pouco valorizados pela mídia.

Na realidade, o montante que será gasto nas festas de Ano Novo será de R$ 2 milhões apenas na região central de Brasília. Um investimento, sem dúvida nenhuma, bom para os turistas que aqui estarão, mas, com certeza, um recurso público que seria mais democraticamente aplicado na promoção de nossos músicos e dos nossos valores locais. Da Casa do Cantador à Orquestra Sinfônica, passando pelas bandas e coros.

Para os brasilienses que para cá vieram ainda no início da construção da capital, esses recursos, cobrados a peso de ouro dos contribuintes, poderiam muito bem servir para reformar o Teatro Nacional, o Museu de Arte Moderna e outros monumentos à cultura, esquecidos por anos e que muita falta fazem aos moradores da cidade. Esse sim seria um presente de fim de ano que todos queriam receber.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Nas entrelinhas e com ferina ironia, o governo diz: O povo há que empobrecer, mas sem perder a ternura, jamais.”

Mauro Santayana, jornalista

Foto: jornalja.com

 

 

Canabis

Ministro da Educação recebe representação de deputados, sindicatos e central de estudantes por declarações sobre a UnB e sua relação com a maconha. Senhor ministro Weintraub, veja isto. Recém-admitida na UnB, uma aluna vinda do Ceará, tentou cursar Filosofia. Preferiu trancar a matrícula quando a mãe disse que queria conhecer a universidade em que estudava. Era a UnB. – “Deus me livre minha mãe andar nesse ambiente. Ela vai achar que é o fim do mundo!”  Isso foi em 2013. Será que alguma coisa mudou?

 

 

Sativa

Freiem os cavalos! É óbvio que a Universidade de Brasília tem desenvolvido pesquisas destacadas pelo país, que há professores sérios, alunos com discernimento, diretores responsáveis. Mas entrar com representação contra o ministro porque ele disse a verdade, aí é o cúmulo da hipocrisia! Veja a seguir vários vídeos disponibilizados sobre as algazarras acadêmicas. Só vendo para crer.

 

 

Brazuka

Constrangedor. Essa foi a palavra escolhida pelo amigo Álvaro Costa, do Brasília Urgente, para exprimir o cambalacho do aplicativo Uber, prestes a desistir do nosso país. Motoristas contra os usuários do serviço! O golpe mais recente flagra motoristas do aplicativo que, ao receberem uma chamada de um usuário, fingem não ter recebido, ignorando-a, só para ganhar uma taxa por cancelamento estipulada pelo aplicativo a quem cancela. Neste caso, o cancelamento feito pelo usuário é necessário, por constatar pelo GPS que o motorista recebeu o chamado, mas não saiu do lugar. O usuário, prejudicado, ainda é alertado pelo aplicativo que pagará uma taxa pelo cancelamento (que é repassada ao motorista chamado) a ser acrescida em sua próxima chamada. Este novo golpe é bem “brazuka”, atesta nosso leitor.

Foto: tecnoblog.net

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Outra coisa que precisa aparecer é um deputado que não tenha passe de passageiro convidado, e que tenha autoridade para reformar o Código de Aeronáutica Civil. (Publicado em 12/12/1961)

A sabedoria vem com o silêncio

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Foto: Rafael Carvalho (exame.abril.com)

 

Analistas do atual cenário político, sejam eles simpatizantes da direita ou da esquerda, são unânimes em reconhecer que a principal fonte das crises políticas deriva das falas intempestivas do presidente Jair Bolsonaro. Por sua multiplicidade e diversidade, não caberiam aqui recordar toda a coleção de declarações desastrosas que acabaram, pela força natural da palavra, empurrando o atual chefe do Executivo para os extremos da política, transformando-o numa espécie de personagem que, aos poucos, vai se fechando em torno de um pequeno núcleo.

Nada contra a sinceridade. Ocorre que em política, e principalmente do alto da presidência da República, as palavras adquirem um tal poder de repercussão imediata em muitos meios, que acabam gerando incompreensões, ressentimentos e interpretações diversas. Infelizmente e de acordo com a liturgia do cargo, cabe ao chefe do Poder Executivo exercer um papel de conciliador e mediador de conflitos, tal o número de desentendimentos e rinhas existentes atualmente no campo político.

Esse exercício de parcimônia nas declarações, medindo e pesando cada palavra, além de fundamental, é exigido nesse momento de extremismos políticos. Naturalmente que esses destemperos momentâneos nas falas do presidente Bolsonaro são aproveitados, um a um, pelas oposições, que tratam de conferir-lhe ainda maior veneno ao passar cada frase adiante. Também ao fazer questão de se mostrar inamistoso a todos aqueles que ousam dele discordar, o presidente Bolsonaro passa a colecionar uma legião crescente de inimigos figadais que, muito mais do que opositores políticos, são aqueles que buscam a ruína e não apenas a derrota pura e simples do oponente.

O pior é que todo esse atual cenário ganha ainda mais instabilidade quando o presidente trás, para a frente do seu governo, seus três filhos, permitindo e até incentivando que eles se entreguem a uma espécie de rinha política com todos que se mostram avessos a esses traços de personalismo. Aliás, é justamente esse modelo personalíssimo de fazer política que levou esse clã a maquinar a ideia de construir um partido totalmente moldado aos desejos da família, materializando assim uma sigla política que poderia muito bem ser definida como a primeira legenda do “homem cordial”, tal qual descreveu um dos inventores do Brasil, o historiador e crítico literário Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982).

Caso venha a ser definitivamente inscrito entre as dezenas de outras legendas, a Aliança pelo Brasil já nascerá com prazo de validade datado, devendo durar enquanto o patriarca ocupar os espaços políticos. Será também um partido de família: da família Bolsonaro, numa confusão entre o público e o privado. A consanguinidade será o requisito para ascender no partido. Não admira que, diante de um quadro instável dessa natureza, a área política não acumule tantas vitórias como a área econômica.

Também o enfraquecimento proposital do PSL, levado a cabo exclusivamente pela família Bolsonaro, pode muito bem ser qualificado como motim a bordo, quando revoltosos tentam tomar à força o comando do navio. Somente por esse pequeno episódio, é possível ter uma ideia mais precisa do que o clã Bolsonaro é capaz de realizar quando o que está em jogo é a manutenção do poder.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Não amemos de palavra, mas por obra e em verdade.”

1, João, 3:18

Imagem: formacao.cancaonova.com

 

 

Novidade

Chico Vigilante Lula da Silva, como está grafado no Diário Oficial do DF, instituiu o Dia de Nossa Senhora da Glória, padroeira da região administrativa de Ceilândia. Será no dia 15 de agosto e será incluída no calendário oficial de eventos da cidade.

Paróquia Nossa Senhora da Glória, em Ceilândia (foto: facebook.com/pnsgdf)

 

 

Feirarte

Também foi sancionada pelo governador Ibaneis a lei do deputado Reginaldo Sardinha, que regulamenta Feiras Especiais de Arte. Vai facilitar a comercialização e divulgação pelo Brasil e exterior dos trabalhos dos expositores de Brasília. A autorização para uso de área de domínio público é pessoal e intransferível, com a exceção do cônjuge, pai, mãe, filho, irmão, neto e avô, bastando comprovação de habilitação técnica para o exercício.

Deputado Reginaldo Sardinha (foto: cl.df.gov)

 

 

Opinião do leitor

Carlos Romeiro, leitor assíduo dessa coluna, chama a atenção do GDF para a situação das árvores em tempos de chuva. Além do perigo de queda em carros e pessoas, geralmente são plantadas sem que se pense no visual geral dos monumentos por perto, interrompendo o espaço aberto que é a marca de Brasília.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Neste ponto, aliás, vale chamar a atenção das autoridades: as companhias vivem solicitando aumento de tarifas, e quase todas elas, hoje, estão anunciando 45 por cento de redução nessas mesmas tarifas. Isto é fazer o governo de palhaço. Pede o aumento, o governo concede, e depois a própria empresa determina a redução. (Publicado em 12/12/1961)