Patriotismo sem ética

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

 

Caberá à História, no seu tempo próprio, repor, em seus devidos lugares, os muitos erros perpetrados por políticos, ministros e magistrados contra o ex-juiz Sérgio Moro. A única questão aqui é saber se isso ocorrerá ou não a tempo de corrigir os danos causados ao magistrado de Curitiba, por ter ousado enfrentar os mais poderosos grupos instalados nas mais altas esferas do Estado.

Num país em que tradicionalmente as punições da Justiça são aplicadas em doses inversamente proporcionais ao status do acusado, não surpreende que aqueles que deveriam estar sob a camisa de força apertada de réus enverguem, agora, a fantasia de promotores e de impolutos republicanos. De fato, mesmo depois de “cancelado” e moído pela máquina perversa de um Estado dominado, de alto a baixo, a sombra do ex-juiz ainda amedronta e causa calafrios aos corruptos e malfeitores de todos os calibres, perturbando-lhes o sono noturno.

Para tanto, é preciso não apenas atalhar-lhe o caminho, mas conceber, de imediato, leis ilegítimas e extrajurídicas, de modo a vetar quaisquer possibilidades de que ele venha a reaparecer, como uma espécie de vingador instalado, no mesmo Palácio do Planalto de onde se retirou, depois de sentir o mal cheiro exalado naquele lugar.

O temor daqueles que têm a ética pública como antípoda é que a população, num rasgo de racionalidade, sagre Moro nas urnas do ano que vem. De que outro modo, então, explicar o afinco com que os próceres da nova direita e da esquerda de sempre tecem, como centopeias, o que chamam, cinicamente, de novo projeto de reforma eleitoral?

Na verdade, de novo esse projeto só possui a astúcia e os mesmos maneirismos espertos, como é tecida à surdina. O novo Código Eleitoral, em tramitação agora na Câmara dos Deputados, ao incluir, na undécima hora, dispositivo que cria uma quarentena de cinco anos para que juízes, militares e promotores possam concorrer às eleições, atende, justamente, aqueles que, por vingança e despeito, querem tirar o ex-juiz do páreo de 22.

Para fugirem das interrogações que viriam, foi proposto até o instrumento maroto de regime de urgência, fugindo do escrutínio das comissões. Ficaria mais adequado, e direto a tal projeto, eliminar, logo de saída, toda a possibilidade de candidatura de uma possível terceira via, que venha a ameaçar as pretensões de Bolsonaro e de Lula para o próximo ano.

Experienciamos tempos estranhos e adversos, contrários ao bom senso e aos mais comezinhos conceitos de ética e de República. Fala-se muito em patriotismo, mas esquecem que essa é uma premissa que vem somente depois de respeitados todas as exigências impostas pela ética. Patriotismo sem ética refere-se apenas a um lugar onde podem amaciar-se, com segurança, os de sempre. Do mesmo modo que falar em retorno do lulopetismo, para salvar o país e suas estatais da sanha privatista, soa como escárnio e pesadelo.

O que acontece ao ex-juiz Sérgio Moro já aconteceu na Itália com o ex-juiz Antonio Di Pietro e também com o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón. Todos vítimas daqueles que deveriam estar condenados e presos, mas que, por um estranho fenômeno que parece pairar sobre todos nós de ascendência Latina, dá, aos poderosos e aos seus grupos, o cetro da lei e, aos operadores legítimos da Justiça, o opróbrio e a desfeita.

A frase que foi pronunciada:

A Suprema Corte decidiu que eles não podem ter um presépio em Washington, DC Isso não foi por motivos religiosos. Eles não conseguiram encontrar três homens sábios e uma virgem.”

Jay Leno

Jay Leno. Foto: Getty Images

Erramos

Na coluna de ontem, ENE foi escrito ENEM. Só o título estava certo. Nossas escusas aos leitores.

Curiosidade

Pergunta de uma leitora provoca curiosidade. Todos os parlamentares que compõem a CPI do Covid já foram vacinados?

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.

Insistência

Amigo nos alerta sobre manifestação em frente à embaixada brasileira em Praga contra incêndios na Amazônia. Deve ter sido um fiasco porque não ganhou uma linha nos jornais internacionais.

Conectas

Por falar nisso, a Revista Internacional de Direitos Humanos publicou um edital para escritoras negras ou indígenas e paga 5 mil reais para textos sobre questões atuais como pandemia, direitos humanos, povos originários. Veja no link Bolsa de Escrita – 31ª edição da Sur.

Cartaz: conectas.org

Desvio de função

Tem muita hipocrisia sobre a segregação de alunos com deficiência em salas de aula. É impossível uma professora, em uma turma com mais de 30 crianças, dar atenção necessária à criança especial. Nesse caso, a contratação de monitores é indispensável.

Foto: centraldeinteligenciaacademica.blogspot.com

História de Brasília

Isto, porque, se não fôr inaugurada logo, a Novacap construirá a definitiva, na área verde, entre a 108 e 508, e a primeira creche da cidade que entusiasmou o aluno passará para a história como sendo a única creche que não funcionou. (Publicada em 07/02/1962)

Sobre sal e pimenta; política e cidadania

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Charge do Jota. A.

 

Engenhosidades, mesmo as mais básicas, podem, em algumas circunstâncias, constituir elemento de grande valia, sobretudo quando servem para diluir projetos, que, em última análise, iriam prejudicar e complicar a vida da população no longo prazo. O Brasil, por sua formação cultural sui generis e inzoneira, conferiu à nossa gente uma capacidade também única para transformar as influências tanto externas, como aquelas introduzidas pelas elites, em algo inofensivo, de modo a diluir regras e modismos, transformando-as em algo verdadeiramente útil e consumido pela população em geral.
É o nosso jeitinho de encarar o dia a dia adverso e a indiferença secular do Estado em relação a sua gente. Assim é que o jazz, uma modalidade genuinamente norte-americana, foi transmutada aqui em bossa nova, ganhando logo o apoio interno e, posteriormente, o mundo. Por aqui, também, o requintado whisky virou cachaça.
O mesmo ocorre com as grandes marcas e grifes, que podem ser encontradas, fielmente copiadas e a preços camaradas, nas feiras populares de muambas e de contrabando. Regras e leis, por essas bandas, existem para serem desprezadas ou adaptadas aos distorcidos costumes locais. Fôssemos elencar a quantidade de produtos e de outros modismos importados e posteriormente modificados internamente, iríamos verificar que essa é praticamente uma lista sem fim.
Esse é um fenômeno que ocorre no cotidiano das pessoas comuns e espraia-se também por todo o Estado. Se há filas, há aqueles que guardam lugar na fila. Se há burocracia, há os despachantes que conhecem as pessoas certas em cada repartição pública e, assim, a coisa anda. Exemplo maior desse nosso modo de desvirtuar e degenerar tudo pode ser conferido no caso de investigações e condenação de políticos e outros personagens de altos escalões da República.
Para essa gente especial, as leis e punições geralmente não funcionam; e, quando funcionam, não resultam em penalidades. Assim é que, possivelmente, teremos, nas próximas eleições, um candidato recém saído da prisão, condenado nas três instâncias por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e toda uma lista de delitos, disputando, nada menos que a Presidência da República ou o comando da nação. E com chances de vencer, segundo pesquisas.
Em outras paragens, essa seria uma situação impossível de acontecer. Esse nosso jeito de distorcer o mundo e seus costumes a nosso favor faz de nós um modelo a não ser copiado pelo mundo civilizado. Essa tem sido uma receita que cabe somente a nós mesmos, ainda que isso custe o nosso próprio futuro. Somos o que somos porque degeneramos o mundo ao nosso redor.
Os partidos políticos, que em outros países representam o esteio da democracia, por aqui foram transformados em empresas, com proprietários, negócios e lucros, tudo amparado pela União, também transformada em uma espécie de viúva endinheirada e perdulária. Propósitos e orientação ideológica? Nenhuma dessas dezenas de legendas sequer conhecem a existência. Nossa democracia é assegurada justamente por essas agremiações políticas, povoadas de indivíduos cujo único objetivo é extrair o máximo de vantagens econômicas para si e para os seus, numa engrenagem perversa que conta com o apoio de larga parcela do eleitorado, que enxerga, nesse modelo, um reflexo de si mesmo no espelho.
Por certo, a anunciação de uma terceira via política, que poderá vir para resgatar os brasileiros do atraso, tão logo os prognósticos lhe proporcionem alguma vantagem, começará a ser assediada pelos mesmos parasitas, que encontrarão, nesse novo abrigo, um espaço e um modo de desvirtuá-la, transformando-a, também, na mesma farofa insossa e apimentada que temos.

A frase que foi pronunciada:

“Começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer.”
Graciliano Ramos
Graciliano Ramos. Foto: Arquivo público do estado de São Paulo
Lembrete
Se houvesse o voto eletrônico e o impresso concomitantemente, tudo funcionaria a contento. Quem esqueceu que durante uma votação na Casa dos representantes do povo apareceu um voto a mais? Sobram argumentos para a segurança do voto impresso ao lado do eletrônico. O que falta é boa vontade.
Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Ajufe
Tímida, mas comovente, a iniciativa da Associação dos Juízes Federais do Brasil que, pela Comissão Ajufe Mulheres, expressou, solidariedade, às juízas que trabalham no Afeganistão. Com várias cenas chocantes no país, onde uma multidão tenta fugir dos talibãs, mães jogaram os filhos pelo muro para os soldados norte-americanos os levarem dali. Momentos como esses nos fazem relembrar que a democracia, com ordem e liberdade, ainda é a melhor opção.
Foto: Instagram/ reprodução

–> Ajufe Mulheres manifesta solidariedade a juízas afegãs

A Associação dos Juízes Federais do Brasil, por meio da Comissão Ajufe Mulheres, emitiu nota pública, nesta quinta-feira (19/08), expressando solidariedade e preocupação com juízas que exercem a função no Afeganistão.

No documento, a Ajufe Mulheres afirma que os incidentes ocorridos recentemente no país “trazem à tona a importância de uma atenta vigilância sobre os limites impostos ao Estado Democrático de direito, para que, assim como no Afeganistão, o futuro para as mulheres não retorne ao passado.”

Leia abaixo a íntegra da Nota:

“A Associação dos Juízes Federais do Brasil, por sua Comissão Ajufe Mulheres, diante dos recentes acontecimentos no Afeganistão, vem a público prestar solidariedade e externar preocupação com as juízas mulheres que exercem a sua função no país.

As agências internacionais informam que há cerca de 270 magistradas que estão em risco por desempenharem uma função proibida para as mulheres pelo regime talibã e, adicionalmente, por terem julgado e condenado membros do regime, que retomou o controle do país.

Tornaram-se vulneráveis, portanto, porque são mulheres e porque exerceram a atividade jurisdicional.

O episódio expõe a fragilidade dos direitos fundamentais sob o comando de forças totalitárias, especialmente para os grupos mais vulneráveis, como as mulheres e meninas, colocando em xeque avanços civilizatórios recentemente conquistados por elas. Do mesmo modo, impõe lembrar que não há Poder Judiciário livre sob as forças de regimes autocráticos.

Os incidentes trazem à tona a importância de uma atenta vigilância sobre os limites impostos ao Estado Democrático de direito, para que, assim como no Afeganistão, o futuro para as mulheres não retorne ao passado.

A Ajufe se une a outras associações de mulheres juízas organizadas internacionalmente para apelar que a ajuda humanitária inclua também a retirada de juízas e juízes, porque “a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar” (Martin Luther King).”

Brasília, 19 de agosto de 2021.

História de Brasília
Efetivamente, não é função da Caixa Econômica a venda de selos. Mas, em virtude das dificuldades de Brasília, vinha sendo uma tradição interrompida antes do tempo, porque as nossas tabacarias não adotaram a praxe. (Publicada em 7/2/1962)

O canto da sereia

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Charge do Duke para otempo.com

 

Nessas próximas eleições, quanto mais se intensificar a polarização das forças políticas ao redor da esquerda e da direita, mais restarão espaços e terrenos vazios, por onde poderão crescer, livremente, as alternativas para a consolidação de uma terceira e vitoriosa via. Essa possibilidade viria com mais naturalidade e vigor se pudesse contar com um amplo apoio popular, o que, por hora, dadas as complicações da pandemia, parece incerto. O fato é que a polarização em torno de Bolsonaro e Lula é favorável ao caminho do meio, por forças livres, do que se convencionou chamar velha política.

Por certo que, a essa altura dos acontecimentos, dado o intenso grau de movimentações de bastidores desses dois candidatos ditos “naturais”, já perceberam essa possibilidade e começam a agir para não perderem tempo e ganharem, também, nacos desse espaço central que vai se abrindo. Inclusive, os próprios candidatos desses extremos já deram a partida para um processo de captação dessas forças que poderão surgir entre as fronteiras da esquerda e da direita.

A apatia com a pandemia, e os quase 550 mil mortos, pelo lado da direita, e a experiência traumática de treze anos de governo petista, com a formação do maior esquema de corrupção já visto em todo o mundo, servem, cada um com sua intensidade específica, para a formação de um mínimo de juízo, por parte do eleitorado, principalmente aquele formado por pessoas que enxergam, na ética humana e na ética com a coisa pública, as principais virtudes de todo e quaisquer governantes.

Os contratempos para a consolidação dessas novas forças centrais ficam aqui por conta da possibilidade real da utilização da máquina pública em favor do candidato da situação e do forte aparato organizativo que ainda existe das esquerdas, espalhados por todo o país. Em entrevista ao Correio, o presidente e dono do PSD, Gilberto Kassab, uma dessas notórias raposas da política nacional, demonstra que está à espreita e com o faro fino e bem afiado para a possibilidade da terceira via, e já não esconde de ninguém que aposta no nome do atual presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. Se conselho pode servir de alguma ajuda para o atual presidente do senado, mire-se no exemplo trágico do ex-juiz Sérgio Moro e faça ouvidos moucos à cantilena encantadora dessas sereias. Leia a Odisseia de Homero! No poema épico do século VIII a.C, pode estar a fórmula para livrar-se de apelos dessa natureza.

Ladinos como são, outros também têm feito acenos aos potenciais candidatos da terceira via, com as promessas de sempre e os distratos que lhes seguem.

O que se assiste, até com certa curiosidade, é o pânico, indisfarçável, que, a cada dia, vai tomando conta dos principais postulantes, muito antes da existência real dessa terceira via e da possibilidade dela vir a retirar-lhes o chão sob seus pés. Não será surpresa se, nessa marcha da insensatez, os movimentos que vão se alternando nas ruas, apoiando esses nomes da esquerda e da direita, vierem a se encontrar numa esquina que dá para uma rua sem saída e, por ação da razão, enxerguem que estão sós e sem alternativas, e com isso baixem as bandeiras.

A frase que foi pronunciada:

Cuba foi sustentada pela URSS, saqueou Angola, sugou o que pôde da Venezuela e passou 14 anos parasitando o Brasil. A crise cubana tem uma explicação simples: Com a falência da Venezuela e a queda de Lula, acabaram os hospedeiros.”

Dárcio Bracarense (@darciobraca), no Instagram

Para alma

Assinado pelo Comandante Geral dos Bombeiros, Cel William Augusto Ferreira Bomfim, o convite eletrônico para a live da Banda de Música do Corpo de Bombeiros Militar do DF, dia 28 às 20 h. O concerto será transmitido da Academia de Bombeiro Militar no Setor Policial Sul. Veja a seguir.

* Cartazes publicados nos histories do perfil oficial do CBMDF no Instagram

Transparência

Veja como o QRCode e o código de certificação digital, além do voto impresso, podem garantir uma eleição limpa. Pessoas com fé pública na conferência dos votos e a apuração imediata, sem transporte dos dados antes de aferidos. Isso sim é democracia. Ideia publicada no tik tok. Veja a seguir. Dia 1º de agosto, às 9h, presença pelo voto impresso no Museu da República.

 

Novo script

Saiu, no Diário do Poder, uma matéria de forma diferente das mesmas notícias, onde só apareciam com o lado negativo. “O Brasil superou nesta quinta-feira a marca de 7 milhões de pessoas curadas da Covid, o que representa 97,24% do total de casos encerrados”.

Foto: divulgação

História de Brasília

Ninguém pode dizer que o governo do sr. Jânio Quadros tenha sido proveitoso para o Brasil, mas autoridade, êle tinha, e ninguém se atrevia a insistir quando êle dizia não. (Publicado em 04.02.1962)

Emudecidos e inertes

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Charge do Duke

 

Aos poucos, o status quo, representado por aquela classe de políticos que encontraram, na representação popular, um modo de enriquecimento rápido e sem esforço para si e para seu grupo, vai pavimentando, pedra por pedra, seu regresso às cercanias dos cofres públicos, de onde haviam saído às pressas, tão logo ouviram soar as primeiras sirenes da Operação Lava Jato. Ocorre que, para essa volta ao seio farto da viúva perdulária, seria necessário, antes, desmontar, peça a peça, toda a legislação que passou criar embaraços e impedimentos à sanha criminosa desse grupo, espalhado pelas mais de três dezenas de legendas partidárias. Aliás, é graças à existência desse enxame de siglas, cuja a maioria não passa de partidos de aluguel ou valhacouto para políticos infensos aos mais rudimentares princípios da ética pública, que esses personagens ganham passe livre para saquearem os recursos da União.

Depois de retalharem, a golpes de facão, as Dez Medidas contra a Corrupção propostas pelo Ministério Público Federal e avalizadas por mais de 2 milhões de cidadãos de todo o país, esse pequeno grupo, mas muito bem articulado, que se diz representante do povo, conseguiu, com a ajuda prestimosa daqueles ministros parciais, instalados no Supremo, pelo lulopetismo, quebrar as pernas da medida, já em vigor, da prisão em segunda instância, carimbando com o selo de inocente o mais danoso conjunto de corruptos já surgidos na República.

Sob a presidência de um antigo advogado do Partido dos Trabalhadores, o Supremo, sem qualquer pudor legal, derrubou em 2019, a possibilidade de prisão de sentenciados em segunda instância, modificando uma decisão já adotada por essa mesma corte em 2016 e feita sob medida para beneficiar o chefão do PT. Note-se aqui que, sem a dobradinha STF/ Congresso, dificilmente essa verdadeira contrarreforma teria avançado em pautas que, sem qualquer dúvida, foram tecidas para permitir o regresso do antigo status quo, representado pelo Estado corporativista e infestado por sanguessugas.

Com essa decisão, muitos dos que se encontravam trancafiados por malversação dos recursos públicos ganharam novamente as ruas, onde juntaram forças para voltar ao antigo métier da pilhagem. Não pensem que a reação desses grupos ávidos por impossibilitar o combate à corrupção é feito de modo amador. Pelo contrário, existe nesse ardil, coordenação e articulação metódicas envolvendo os diversos atores desses intentos, muitas vezes realizadas em reuniões informais, jantares e confraternizações onde esses aficcionados do embuste entabulam suas melhores táticas, conferindo, a cada uma delas, uma falsa roupagem republicana para melhor serem deglutidas pelos incautos.

Depois da decisão marota do ministro Fachin, considerando o ex-juiz Sérgio Moro incompetente para processar e julgar o ex-presidente Lula, nos casos relativos ao Triplex do Guarujá, do Instituto Lula e do sítio de Atibaia, essas ações foram escandalosamente anuladas e remetidas para o baú sem fundo da justiça em Brasília, onde deverá ser recomeçada do zero.

Com isso, o grande intento de tornar Lula um Ficha Limpa se cumpriu, conforme já era tramado há tempos nos gabinetes da capital, entre a junta dos mais caros advogados do país, ministros do Supremo e todo o conjunto de parlamentares empenhados nessa trama. Com essa decisão e com a estampa provisória de inocente, o ex-presidente poderá concorrer e disputar os cargos que quiser até o fim desse século, uma vez que a condenação final por essa penca de crimes jamais ocorrerá até lá.

As pedras finais que vão configurando toda essa estrada de retorno dessa turma têm sido colocadas, cautelosamente, para inflar as ruas e melindrar o que ainda resta de indivíduos que creem em coisas como ética pública e probidade. Depois desses descalabros tramados à noite e adotados à luz do dia, em horário de expediente, os ministros parcialistas do Supremo puderam, finalmente, dar o tiro de misericórdia na Operação Lava Jato, ao julgar a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, feita por esse magistrado de primeira instância e confirmada por uma dezena de outros juízes posteriormente.

Assim, foi feito um rombo nas decisões anteriores, abrindo uma enorme brecha para a anulação de todas as condenações anteriores de Moro, relativas às estripulias de Lula e de seu grupo, num veredito tão e espantoso surrealista, que nem mesmo os magistrados italianos da Operação Mãos Limpas, que passaram pelo mesmo processo de desmanche, poderiam imaginar existir.

Do outro lado da Praça dos Três Poderes, os parlamentares simpatizantes dessa contrarreforma, cuidaram, ainda, de afrouxar a Lei de Improbidade Administrativa, considerando que a punição dos maus gestores públicos só ocorrerá quando houver intenção de dolo, comprovadamente feito. Abrindo oportunidades ainda para a volta do nepotismo e outras práticas antiéticas já banidas da vida pública. Sob o argumento de que a Lei de Improbidade deixava os gestores “engessados”, o próprio presidente da Câmara dos Deputados cuidou, pessoalmente, para que os pontos positivos dessa lei fossem afrouxados ou perdessem sua eficácia.

Nesse mesmo plenário, os parlamentares cuidariam ainda de aprovar modificações pontuais na Lei da Ficha Limpa, de modo a impedir que seja declarado inelegível por oito anos o político que tiver suas contas rejeitadas, transformando essa punição em uma multa simbólica. Fica o dito por não dito, e voltamos todos ao passado que imaginávamos ter deixado num passado não muito distante. Há ainda uma série de outras medidas, claramente regressivas e antirrepublicanas, que também devem entrar nas pautas de votação do Congresso e em julgamento no plenário do Supremo, e que cuidarão de aplainar todo o trajeto para o retorno triunfal do antigo regime, sob o olhar complacente de todos os cidadãos votantes, emudecidos e inertes.

História de Brasília

Em Brasília, o sr. Presidente do IAPI. Ao tomar posse, o sr. Valdemar Alves apresentou como base de seu programa, três itens: assistência médica, casa própria para o contribuinte e desburocratização dos serviços de benefícios. (Publicado em 03.02.1962)

O mal cheiro vindo da cova rasa da Lava Jato

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Imagem: portal.stf.jus

 

Motivos para a população considerar a atual formação do Supremo Tribunal Federal como a pior de todos os tempos existem de sobra e, por isso, os índices de credibilidade dessa alta corte, junto aos brasileiros, sempre se mantiveram baixos. E essa, diga-se de passagem, é consequência direta da, já apontada pela imprensa, suspeitíssima performance que a turma de ministros indicados pelo Partido dos Trabalhadores vem tendo desde a condenação e prisão do chefão e dono dessa sigla.

Com a decisão agora do plenário, encabeçada por esses mesmos ministros e por Gilmar Mendes, declarando a parcialidade do então juiz Sérgio Moro na condenação do ex-presidente Lula, no caso do triplex do Guarujá, o que restava de complacência da população, em relação ao Supremo, foi enterrada juntamente com a última pá de cal lançada por esses magistrados na cova rasa, onde sepultaram, sem cerimônias, toda a exitosa Operação Lava-Jato.

Por certo que esse julgamento derradeiro não teve o dom de declarar inocente o ex-presidente, desse e dos muitos outros crimes por ele praticado com sua turma. E isso deixa claro que nem mesmo a Suprema Corte, com todas as firulas e filigranas destrinchadas, teriam a capacidade de libertar, da emaranhada teia de crimes em que se envolveu, o ex-presidente e outras centenas de cúmplices, nesse que foi o maior e mais estrondoso caso de corrupção do planeta, em toda a história da civilização.

Com isso, todo o imenso e laborioso trabalho realizado por dezenas de juízes que, anteriormente, haviam condenado Lula, com o labor de outras centenas de procuradores, promotores, investigadores, técnicos do Ministério Público, Polícia Federal, Polícia Civil, além das centenas de pessoas ouvidas, entre elas os delatores que buscavam minorar suas penas e outros muitos anônimos que colaboraram para desvendar toda essa trama, e, cito aqui, os jornalistas investigadores, que acompanharam todo esse caso de perto, desde o primeiro dia, ou seja, todo o empenho dessa verdadeira multidão que apontou, sem hesitar, o dedo para esse político delinquente, foi descartado no lixo apenas para tornar elegível aquele que os brasileiros de bem querem ver bem trancafiado numa cela.

Nunca, em tempo algum, um mesmo personagem, por suas delinquências, ocupou tantos debates, tanto empenho e tantos meses de discussão da Suprema Corte, como esse caso envolvendo Lula da Silva, em tempo extraordinário.

Se houver algum traço de racionalidade minimamente inteligível e à luz do que dizem acreditar esses mesmos ministros em seus pareceres, muitos deles formatados graças à ajuda de suas equipes de gabinetes, recrutados a peso de ouro, o passo seguinte de toda essa trama jurídica e burlesca será a devolução de toda essa dinheirama fabulosa, desviada das estatais, dos fundos de pensão, do FAT, dos aposentados e de muitas outras empresas, bem como dos pagadores de impostos, aos seus “legítimos proprietários”.

Ou será assim, ou não fará sentido algum deixar de enxergar essa sequência de crimes, vista a partir do cume dessa montanha de dinheiro. O interessante é observar que o mal cheiro exalado pela cova rasa, onde o Supremo buscou enterrar toda a Operação Lava-Jato, denuncia um crime maior que a história do país deverá manter insepulto por longo tempo, o crime de lesa-pátria.

A frase que não foi pronunciada:

Se o STF ou o TSE querem que Bolsonaro prove que foi eleito em primeiro turno é porque confirmam que não há como auditar as urnas. Como ficamos?”

Dona Dita, pensando no óbvio escondido na manobra vernacular do jurisdiquês.

Charge: almirquites.blogspot.com.br

Segredo

Com o prefácio do ex-presidente Sarney, o cidadão naturalmente de honra de Brasília, Geraldo Vasconcelos, terá sua biografia publicada em julho. Escrita pela competente jornalista Sueli Navarro, e publicada pela Editora Letreria. Um pedacinho da história de vida desse pioneiro extraordinário foi contada pelos amigos e transformada em leitura fluente e agradável pela jornalista Navarro. São três as características inusitadas desse lançamento. 1. Não será festivo 2. O livro não será vendido 3. Um exemplar autografado será entregue na residência dos amigos de Brasília. Geraldo é parte cativa na Confraria dos Cearenses. Ari Cunha ficaria feliz com a empreitada do amigo.

Geraldo Vasconcelos

 

Fundo do baú

Nunca mais o Ecad ocupou as páginas dos jornais com os escândalos dessa entidade criada pela Constituição.

 

Lex Nexter

Nas prateleiras de uma farmácia, uma embalagem de água oxigenada é idêntica a de amônia. Risco total para clientes mais distraídos. Aí está uma sugestão de legislação para proteger os consumidores. Veja a imagem a seguir.

História de Brasília

Nomeado Procurador da República, Laerte Paiva. Participante da equipe pioneira do Correio Braziliense, Laerte tem sido o advogado sempre presente, sempre atento em todas as causas de seus ex-companheiros. Estudioso, competente, arguto e inteligente. Tem todas as características que o cargo exige. (Publicada em 03.02.1962)

Vacina contra ismos e istas

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Charge do Amarildo

 

Analistas dos quatro quadrantes da política nacional, aos poucos, vão convergindo para uma avaliação consensual que os leva a crer que a próxima eleição para presidente da República, a ser realizada em 2 de outubro de 2022, mais do que um simples pleito rotineiro para a escolha do próximo chefe do Poder Executivo, significará um ponto de inflexão capaz de transformar a nossa remoçada democracia numa espécie de Frankenstein, que se voltará contra o próprio Estado Democrático de Direito e as liberdades individuais.

Trata-se aqui de mais uma encruzilhada histórica, preparada pela mão invisível de um destino, que cuidamos de desenhar para nós mesmos, passo a passo. Isso se, até lá, não surgir uma alternativa que trafegue pela via racional do centro e do bom senso. Não no sentido de aglutinação de forças do já conhecido e nefasto Centrão, capaz de tudo, mas de grupos comprometidos com a ética pública e com o futuro do país. E é aí que reside o perigo, uma vez que esse seria um passo possível apenas com uma qualificação do eleitor e de todo o processo eleitoral, o que, convenhamos, ainda é uma miragem.

Por certo, o vácuo deixado pela não realização de uma verdadeira e profunda reforma política pesará neste instante em que a nação reclama por um modelo que livre o Brasil do impasse maniqueísta, em que parece ter mergulhado desde 2003 e que prossegue agora, na margem oposta desse rio de insensatez, desde 2018.

Caso se confirme uma opção ou outra nessa disputa extremada entre cara e coroa, o que teremos será representado pela mesma moeda sem valor de face ou lastro, incapaz de honrar os custos e o preço de uma democracia pra valer. Colocada de modo estratégico no centro da ação política, como se fosse um agente ativo, capaz de direcionar as medidas adotadas pelo governo, o que é absolutamente falso, a população, que parece não perceber esse mecanismo maroto, utilizado pelos populistas, é usada apenas como massa de manobra e responsabilizada, no final, por toda e qualquer medida tomada pelo presidente, mesmo as mais absurdas e prejudiciais.

É essa justamente a face cruel do populismo, seja ele de esquerda ou direita. A qualificação do eleitor seria o melhor caminho para impedir o avanço desses extremos fundados na exaltação de personalismos, que fazem falsamente, desses indivíduos, figuras muito acima de partidos e de ideias políticas, de modo a fundir seus nomes próprios à falácia de movimentos de transformação da sociedade. Daí o surgimento do Lulismo, Bolsonarismo e outros ismos, a confundir a pessoa com alguns movimentos de transformação.

Para historiadores, a experiência popular de provar das maçãs verdes e vermelhas, estaria inserida no próprio processo de aprendizagem de uma nação e seria necessário para uma evolução natural da sociedade democrática. Pelo sim, pelo não, o que se sabe é que, enquanto forças de centro democráticas não se apresentam, o caminho mais longo e seguro seria o investimento em educação de qualidade, sem ideologias, capaz de fornecer ao cidadão todo o potencial para o desenvolvimento da capacidade de reflexão, de modo que ele possa visualizar a realidade como ela é, não como querem que a vejam, podendo assim, ser livre para agir. Essa é, por enquanto, a única vacina eficaz contra comunistas, fascistas e outros istas e ismos a nos infectar.

A frase que foi pronunciada:

Basta que o povo saiba que houve eleição. As pessoas que votam não decidem nada. As pessoas que contam os votos decidem tudo.”

Josef Stalin

Josef Stalin. Foto: super.abril.com

Muito estranho

Já está na hora de o GDF tomar as rédeas dos serviços públicos. Usar a pandemia para não atender pessoalmente os cidadãos não justifica mais. Se mercados, igrejas, escolas estão abertas, não faz sentido o cidadão precisar de um serviço e ter que sofrer com telefonemas que nunca atendem ou sites que nunca funcionam. A não ser que os impostos pagos pelos cidadãos tenham um desconto proporcional aos dias não trabalhados.

Foto: Francisco Aragão/Agência Brasília

Vai entender

Então os espectadores passam uma hora inteira aguardando um show e a organização é multada, mas quem recebe o dinheiro pelo infortúnio da plateia é o Procon. Isso parece o tempo em que a nobreza terceirizava as penitências recebidas. Nesse caso, o público que pagou a entrada não recebe nada. O projeto é da deputada tucana Edna Henrique e recebeu parecer favorável do relator na comissão, deputado Alexandre Frota, do mesmo partido. O texto ainda vai passar pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Deputada Edna Henrique. Foto: camara.leg

História de Brasília

E mais: o hospital está situado exatamente na rua, na separação das duas quadras. O caso não vem sendo notado pela Novacap, que mandou passar o meio fio em frente à rua, em frente ao hospital. (Publicada em 02.03.1962)

Refazendo os caminhos

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Charge: Oficina do Sinistro

 

Com a polarização política que se anuncia para as eleições presidenciais de 2022, curiosamente antepondo dois extremos que, de tão apartados um do outro, tocam-se em suas radicalidades, o que fica de certeza concreta é a imagem de um país que insiste em permanecer preso no tempo, como quem não conseguiu estabelecer as pazes com um passado conturbado. É nessa fronteira da irracionalidade ideológica que multidões parecem ir em busca de remendar algo, como uma xícara de fino alabastro esmigalhada. A exemplo do que ocorreu com outros países em tempos diversos, quando a opção final de um pleito desembocou para a encruzilhada bifurcada entre o ruim e o pior, qualquer dos caminhos escolhidos conduziu sempre ao precipício.

A tão esperada imunidade de rebanho, pretendida agora por especialistas em medicina sanitária, poderia, com muita propriedade, ser aplicada e estendida também ao rebanho formado por eleitores, conferindo-lhes a capacidade de manter-se distantes e infensos aos apelos encantatórios desses seres das profundezas.

A oportunidade para que os eleitores reflitam é dada pelas consequências auferidas ao final, nos governos de um e de outro, o que, em si, pode se constituir em um poderoso alerta do que virá. O problema aqui é colocar na mesma balança a baixa qualificação dos eleitores e, por inércia, de seus candidatos. Em país algum, submetidos no passado aos rigores e traumas, seja de uma extrema-direita ou extrema-esquerda, candidatos com esse perfil jamais ousariam apresentar-se ao público.

Mas, em se tratando de Brasil e sua estranha mania em autoflagelar-se em penitências inócuas, tudo parece possível. A opção entre candidatos tão assemelhados em seus vícios, com os mesmos perfis anacrônicos, moldados num personalismo populista e vazio e que já não deveria ter lugar em pleno século XXI, faz do Brasil um laboratório aberto não apenas para o estudo epidemiológico do Covid, mas também para um estudo dos efeitos colaterais de uma democracia jamais levada a sério neste país.

Exemplo desses extremos a se tocar nas pontas pode ser facilmente constatado nas semelhanças que unem o negacionismo científico e desdém apático pela pandemia de um, e a defesa feita pelo outro, da importância maior que teriam a construção de gigantescos e dispendiosos estádios de futebol, em comparação aos hospitais. Não por ironia do destino e, talvez como um alerta aos eleitores, muitos desses estádios fantasmas, a relembrar a derrota vexaminosa da seleção para a Alemanha, servem hoje como espaços surreais para a instalação dos hospitais de campanha, numa tentativa de suprir a deficiência histórica de nossos centros de saúde, sucateados e constantemente lotados.

Até mesmo a escolha racional baseada num caminho do meio, de consenso e de concertação, e que parece não existir no horizonte, tem mostrado como é difícil, neste país, sair do impasse e das opções pelo caos. Quem poderia, dentro das possibilidades que temos à mão do eleitor, apresentar-se como tal, certamente, viria sob uma roupagem ou um cavalo de Troia a esconder um Centrão sempre pronto a tudo em troca de vantagens. É nesse ponto que vamos sentir o desejo de voltar atrás, em busca, quem sabe, de refazer todo o trajeto, a começar por uma profunda reforma política e eleitoral.

A frase que foi pronunciada:

Se vais sair à frente para descrever a verdade, deixa a elegância para o alfaiate.”

Einstein

Arthur Sasse/Nate D Sanders Auctions/Reprodução

#EuLiParaVocê

Osmar Arouck, da Biblioteca do Senado, gravou um pequeno trecho da obra “O Carnaval dos Animais”, de Moacyr Scliar. Postamos o link no Blog do Ari Cunha para você ouvir. Que boa ideia Arouck! Inclusive o lado social e inclusivo dessa iniciativa.

Correios

Com administração eficiente, o resultado mostra a retomada dos Correios. R$ 1.53 bi que representam 84% de aumento no patrimônio líquido em relação a 2019. No início de julho do ano passado, divulgamos a intenção do general Albuquerque de implementar os lockers em Brasília. Já foram inaugurados na Agência Central dos Correios, da Administração do Paranoá, no Conjunto Nacional, no Shopping Popular de Ceilândia, no Home Center Castelo Forte, em Vicente Pires e no Jardim Botânico, no Shopping Plaza Alto do Sol. Lockers são armários onde os clientes contratam para receber a correspondência ou produtos fora do domicílio.

Foto: L.C. Leite/Folhapress

Elo

Pneu de Ferro é o nome da operação da PF para desmontar o tráfico internacional de armas. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os mandados de prisão temporária fecharam as investigações que se iniciaram desde 2019. Tudo começou no Galeão, quando fuzis e outros apetrechos foram apreendidos. A ligação com as cidades de Kissimmee, Orlando e Tucson nos Estados Unidos era o elo que deu a partida nas pesquisas investigativas.

História de Brasília

O ponto de táxi da Igrejinha está sem telefone. Presta relevante serviço a uma área muito grande, e bem que merecia um aparelho. Merecia, também, a fiscalização de Serviço de Trânsito a propósito do uso de taxímetro. (Publicado em 02.02.1962)

 

 

Passado que não passa

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Foto: divulgação

 

Quem acompanha o noticiário nacional, mesmo superficialmente, observa que o Brasil, ao contrário do resto do mundo, parece congelado no tempo, como embalsamado numa espécie de cápsula à espera de um futuro que teima em não chegar. Chama a atenção nesse caso a foto, um tanto oportunista, mostrando os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula com o já tradicional cumprimento, trazido pela pandemia, que antepõe punho contra punho.
Fôssemos analisar com mais acuidade a foto, como fazem os investigadores, em busca, quem sabe, de algumas evidências que estariam postas naquela reunião, por detrás das lentes e nos bastidores desse encontro estratégico, muitas pistas saltariam aos olhos.
De cara, é possível notar que, nesse cumprimento, FHC aparece usando o braço direito e Lula o esquerdo. Mostra ainda que FHC usa um suéter na cor vermelha e sugestiva de algum gosto, ideológico, por esse matiz, enquanto Lula parece metido num velho paletó na cor cinza azulado, indefinível como uma esfinge.
Na foto, FHC, a despeito da diferença de idade com Lula, aparenta ser mais novo e conservado, enquanto o cacique, do que ainda resta do Partido dos Trabalhadores, se mostra envelhecido e corroído pelo tempo e pelos excessos, que não foram poucos.
No olhar de ambos, também se nota uma diferença básica. Enquanto FHC parece exibir um olhar mais risonho, talvez de deboche, Lula tem nos olhos aquela expressão de desconfiança, próprio daqueles que não confiam em ninguém, talvez já nem em si próprio.
O tempo passado na prisão, deu a Lula aquele ar assustado próprio de ex-prisioneiros temerosos de que algum dia possam voltar à cela. O fato é que o tempo passou para ambos, mas apenas Lula não viu.
Em sua época, enquanto os holofotes ainda iluminavam sua figura, FHC teve a chance de ouro de fazer, como todo o presidente, seu sucessor, abrindo caminho para a consolidação de uma economia do tipo liberal, como proposta por sua equipe econômica. Preferiu seguir como um tipo de ativista universitário, dando passagem para Lula e para tudo o que ocorreu em seguida.
Nesse sentido, FHC é um dos artífices do Lulopetismo, embora tenha sido perseguido e renegado pela turma que o ajudou a colocar no poder. Há quem diga que, hoje, Lula mais se parece com um Maluf de esquerda, embora o que lhe falte em capacidade de trabalho, sobre em perspicácia e malabarismos políticos.  Nesse caso, é preciso notar que Lula, em sua época, também foi cumprimentar Maluf, dentro do que se pode conceber como um falso jogo de cintura política, já que ambos são cara e coroa da mesma moeda fundida em São Paulo.
No almoço, em que foram seladas possíveis estratégias para derrotar Bolsonaro em 2022, patrocinado pelo onipresente e ex-ministro Nelson Jobim, um sucessor de Márcio Thomás Bastos, nas táticas de livrar Lula de enrascadas com a lei, o cardápio servido foi, como não podia deixar de ser, a pavimentação para um possível retorno de Lula ao Palácio do Planalto, quem sabe, levando a tiracolo José Dirceu, Jean Willis, filiado ao PT, Gleisi e toda trupe, numa espécie de revival do inferno zodiacal do Brasil, a aprisionar o país num passado que não passa e num futuro que não chega.
A frase que foi pronunciada:
“Há heranças malditas que viram benditas e benditas que viram malditas.”
Dona Dita, achando graça no BBB da política.
Cahrge: oestenewsorg.wordpress.com
Perigo
Com todas as discussões sobre áreas verdes, bandidos estão se aproveitando para se passarem por agentes da Agefis. Pedem para entrar no terreno para averiguar a demarcação e cuidados.
Reprodução da internet
Deu no Deutch Welle
Quem pesquisou foi o pessoal do Greenpeace. Enquanto a Alemanha critica o Brasil pelos maus-tratos ecológicos, despacha para esse mesmo Brasil, que aceita tudo pelo imediatismo das vantagens, agrotóxicos proibidos na própria Alemanha. As frutas brasileiras pesquisadas eram exportadas para o país germânico.
Charge: Arionauro Cartuns
Partida
Sálvio Medeiros Costa e José da Costa Oliveira. Dois servidores exemplares do Ministério da Fazenda. Hoje, nos despedimos de Sálvio, que encontra o amigo José em outra dimensão.
Experiência
Juliana Seidl é doutora no assunto e está espalhando conhecimento para diminuir o sofrimento das pessoas com etarismo, ageismo ou idadismo. Esteriótipos e discriminação embutidos no preconceito tendo a idade como referência. Leia mais sobre o assunto no link https://www.instagram.com/p/CPJKpsxF1SU/.
História de Brasília
O que há com o ensino em Brasília é isto: Há 13 alunos para cada professora, e o prefeito mandou sustar o concurso, e as novas admissões. (Publicada em 02.02.1962)

As ruas espelham a economia

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Foto: Lula e Bolsonaro | Arquivo Google

 

Para uma esquerda que se acreditava morta e enterrada, desde a deposição da ex-presidente Dilma e da prisão do também ex-presidente Lula, as seguidas trapalhadas políticas cometidas por próceres dessa nova direita, sobremaneira os desatinos ciclotímicos do atual chefe do Executivo, ao minarem a credibilidade do atual governo, vai emprestando combustível para o soerguimento do que parecia impossível: a volta do lulopetismo e da sua trupe ao poder daqui a pouco mais de anos e tudo o que isso possa significar para o país. Para aqueles que observam a cena de perto, essa é uma possibilidade mais remota do que um retorno das esquerdas ao Palácio do Planalto.

Do mesmo modo que foi possível a Bolsonaro surfar na onda do antipetismo e se eleger presidente, para a surpresa de muitos, Lula e seus seguidores estão sendo claramente favorecidos pelos desacertos do atual governo e podem vir também a aproveitar a mesma onda. A diferença, desta vez, é que essa onda ou maremoto pode ser formada por centenas de milhares de mortos pela Covid-19. Como tragédias e dramas políticos parecem ser o nosso forte, assim como de todo o nosso continente, o pano de fundo é sempre formado pelas populações que amargam os desacertos, sejam de governos da direita ou da esquerda.

Nesse caso, pouco importa o matiz ideológico de quem venha a comandar o país, é a população que é chamada a pagar a conta dos seguidos estragos operados na economia. Da herança deixada por Lula e Dilma, depois de mais de uma década no poder, e que, por baixo, estimava-se em 12 milhões de desempregados em 2014, hoje foram acrescidos mais 2,3 milhões de brasileiros. O Brasil vai se aproximando rapidamente dos 15 milhões de desempregados. Trata-se do maior contingente nessas condições desde 2012.

Com a pandemia, que vai se prolongando sine die, esses números, segundo alguns economistas, serão ainda maiores, o que poderá gerar problemas econômicos e sociais que se estenderão ainda por, pelo menos, uma década. Graças à informalidade e a outros tipos de ocupações paralelas e emergenciais, muitas famílias brasileiras têm conseguido, dia a dia, livrar-se da pobreza extrema. Não é necessário ir aos números mostrados pelo IBGE e outros órgãos de pesquisa para entender o problema do desemprego e do subemprego. Uma volta pelo centro de Brasília dá uma mostra dos resultados de uma economia que encolhe diante de nossos olhos. São mendigos, pedintes, malabaristas, camelôs e outros brasileiros lotando as ruas da capital, em busca de algum trocado, algum auxílio, emprego ou alimento.

 

A frase que foi pronunciada:

Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam.”

Platão

Foto: © Steve Bisgrove—REX/Shutterstock.com

ATL

Luta incessante para a permanência da Academia Taguatinguense de Letras. Recebemos a notícia de que o GDF está querendo ocupar a sede para a Gerência de Cultura da Administração Regional. Há tradição que precisa ser respeitada. Veja mais no perfil oficial da Jaqueline Silva, no Instagram.

 

Notícia boa

Até agora foram 11.074.483 casos de pessoas que tiveram Covid-19 no Brasil e escaparam com vida.

Cartaz publicado no perfil oficial do Governo do DF no Instagram

Botânico

Aline De Pieri é uma entusiasta pelo Jardim Botânico de Brasília. Projetos de revitalização da área, a volta da arte entre a natureza, loja de souvenirs e as portas abertas para estudos científicos são os passos dados. A diretora do Jardim Botânico quer que as pessoas percebam que ali não se trata de apenas um parque dentro da cidade, mas de um local onde a arte e a ciência convivem em harmonia.

Café da manhã no Jardim Botânico em tempos em que nem se pensava em pandemia. Foto: cantinhodena.com.br

 

De olho

Qualquer analista sabe muito bem que, se as Leis Anticorrupção fossem aplicadas conforme o desenho desejado pelos cidadãos, praticamente todos os partidos políticos seriam varridos do cenário nacional. O que poucos sabem é que a corrupção que, à primeira vista, parece favorecer alguns grupos políticos é, na verdade, uma ferrugem poderosa que irá corroer as bases nas quais se assenta, levando-os a derrocada, cedo ou tarde, de forma irreversível, transformando-os em zumbis a vagarem pelos corredores do poder.

Charge do Jota.A

Público

No dia 8 de abril, às 16 horas, pelo Youtube, a população da capital poderá acompanhar a 6ª edição do Café com Governança e Compliance. O foco da discussão será a transparência da gestão pública com o objetivo de fortalecer as políticas de compliance. A transmissão será ao vivo pela TV CGDF, no Youtube. Já confirmada a presença do advogado Daniel Lança e Rejane Vaz de Abreu, subcontroladora de Transparência e Controle Social da Controladoria-Geral do Distrito Federal (CGDF). O controlador-geral do Distrito Federal, Paulo Martins, fará a abertura do encontro, que será conduzido pela subcontroladora de Governança e Compliance, Joyce de Oliveira.

 

História de Brasília

Se há um homem em imprensa que sempre agiu com o máximo de lisura, respeito e ética profissional tem sido Wilson Aguiar. À frente do “O Cruzeiro” internacional, na crônica parlamentar, na secretaria de imprensa do Brasil em Washington, ou no “O Povo”, do Ceará. Sempre um profissional equilibrado e honesto, sendo injusta, a adjetivação dos nossos confrades.(Publicada em 28/01/1962)

IP Lava Jato

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Foto: laurochammacorreia.jusbrasil.com

 

Desde que reavaliou a possibilidade de prisão em segunda instância, o Supremo, sobretudo aqueles ministros que entraram na conta dos treze anos petistas, vinham aplainando os caminhos que possibilitariam o retorno do ex-presidente Lula da Silva ao cenário político. Essa era uma avaliação, até primária, para aqueles que acompanham as idas e vindas dessa alta corte. Anteriormente, outras manobras jurídicas já haviam sido postas em prática para relaxar a prisão de Lula, concedendo-lhe benefícios e outras indulgências que nenhum outro brasileiro, mesmo diante do que manda o Art. 5º Constituição, jamais poderia alcançar em vida.

Foram mais de 400 recursos apresentados à terceira instância pela milionária banca de advogados que defende o ex-presidente. Um privilégio que escarnece aqueles que ainda acreditam em igualdade de direitos perante as leis. Todos, diga-se de passagem, invariavelmente acolhidos de pronto, o que demonstra não apenas a subserviência de boa parte desses atuais ministros a diretrizes do Lulopetismo, mas, sobretudo, comprova a que ponto chegou a contaminação política partidária nessa última instância.

A recente e ainda inexplicável decisão do ministro Fachin, anulando as condenações impostas ao presidente pela justiça do Paraná, abriu a clareira por onde as chicanas “rabulescas” se tornariam letra viva da lei. Indignados, os brasileiros não puderam reagir à altura, por conta das dificuldades impostas pelos rigores de uma pandemia que vem ceifando milhares de vidas a cada 24 horas.

Seguiu-se a tudo essas artimanhas montadas unicamente para costurar uma espécie de justiça sob medida para o presidente, comandado pelo já notório ministro Gilmar Mendes, que, por intermédio da suspeita 2ª Turma do STF, arrastou o ex-juiz Sérgio Moro para a arena dos leões, imputando-lhe a absurda prática de parcialidade no julgamento de Lula.

Com isso, voltam, à estaca zero, todos os processos que passaram pelas mãos daquele juiz, principalmente do ex-presidente Lula. Trata-se aqui de uma multidão de condenados que, por certo, terão direito a restituição do butim, com juros e correção.

Para os maiores escritórios de advocacia do país, que em sua maioria defendem os acusados pela Operação Lava Jato, foi uma terça-feira de muita comemoração, já que fica assegurada a continuidade dessas bancas nesse caso bilionário. Tivessem os brasileiros a oportunidade, a mesma que foi gentilmente dada aos hackers que forneceram e embasaram esse último julgamento do STF, munindo-os com material roubado, que diálogos comprometedores travados entre esses ministros, condenados e seus defensores escutariam os cidadãos logo após o veredito exótico? Por certo e tomando uma flagrante ilegalidade para se fazer uma espécie de justiça manca, não sobraria pedra sobre pedra.

 

A frase que foi pronunciada:

A partir de agora, se me prenderem, eu viro herói. Se me matarem, viro mártir. E se me deixarem solto, viro presidente de novo.”

Luiz Inácio Lula da Silva

Participe

Marcado para hoje o debate sobre o Plano Nacional de Imunização e o cumprimento dos respectivos prazos com o ministro da Economia. Online no Senado, com a participação dos cidadãos. Veja, no link Debate sobre o Plano Nacional de Imunização, como dar sugestões ou fazer perguntas.

Foto: Reprodução

 

Sem comunicação

Havia muita reclamação sobre a fortuna que se gastava com campanhas publicitárias. Interessante que, em plena pandemia, não se vê nem o governo local ou federal investindo em campanhas educativas.

Leitura

Le Monde trazia uma matéria sobre o senhor Luiz Inácio Lula da Silva. Intitulada “A esquerda brasileira às raias do poder”, a reportagem fazia uma retrospectiva da biografia do candidato do PT e de suas derrotas eleitorais anteriores, a fim de dimensionar o momento de expectativa e ansiedade vivido pela esquerda tupiniquim. À certa altura da reportagem, lia-se o seguinte: Em privado, Lula, aos 58 anos de idade, confessa em alto e bom som que a eleição é uma “farsa” [a matéria coloca aspas de citação e itálico, indicando tratar-se de termo do próprio Lula] pela qual é preciso passar a fim de se chegar ao poder.’ (Pág.19. A Corrupção da Inteligência – Flávio Gordon)

Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)

 

Câmara

Interessante a colocação dos deputados federais durante uma discussão na Comissão de Orçamento. Segundo os parlamentares, é preciso haver uma revisão na legislação que trata da fiscalização de obras públicas, inclusive a Lei Orgânica do TCU (8.443/92).

Foto: n3w5.com

 

Sem freios

Sem sombra de dúvidas, o poder das redes sociais extrapola a liberdade de expressão de forma acintosa sem que haja qualquer instituição que se manifeste. Médicos que são a favor do tratamento preventivo do Covid-19 passaram a circular a própria foto de vermelho. Explicam para a população a importância de cuidados com o sistema imunológico. Resultado: estão sendo banidos um a um.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O pessoal do Departamento Federal de Segurança Pública não está recebendo “dobradinha” porque não e FEDERAL. O Departamento é, mas o pessoal não. Quando tem que ser punido, o é pelo Estatuto do Funcionário Público, mas quando é para receber vantagem, ninguém sabe por que via a recebe. (Publicado em 27/01/1962)