A Luos e os interesses políticos

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Imagem: lagosul.com.br

 

Desde que foi alçada, por interesses diversos e difusos, à condição de capital do país com plena autonomia política, Ari Cunha, nesta coluna, que teve sua estreia exatamente no mesmo dia em que Brasília foi inaugurada, em 21 de abril de 1960, passou a acompanhar, com um misto de desconfiança e maus presságios, o que veria a ser a tal maioridade política do Distrito Federal, tão festejada por políticos e empresários, isso há 32 anos.
Permanecem as razões que levavam, e ainda levam, esse espaço a acreditar que a emancipação política da capital, feita de modo açodado e sem um debate público aprofundado, não seria um bom negócio para seus habitantes. Primeiro, porque o próprio idealizador da capital, o urbanista e arquiteto Lucio Costa, por diversas vezes se posicionou contra essa possibilidade, que desvirtuava as ideias de seu projeto original: também porque, de lá para cá, o que se viu, a cores e ao vivo, foram sucessões de escândalos cabeludos, envolvendo políticos e empreendedores lo cais, com prisões de alguns, flagrados com dinheiro de corrupção nas mãos, mas principalmente com a tão conhecida impunidade, que, a exemplo do que sempre aconteceu no resto do país, veio também a fazer parte do cotidiano candango.
Fossem esses os únicos problemas que passaram a assolar a ca pital e seus habitantes, a solução poderia ser resolvida com eleições. O fato, e essa coluna apontava desde o começo, é que, como se viu, interesses econômicos, aliados a má índole política de nossos representantes, concorreriam para desfigurar o projeto e a ideia originais contidos na proposta vitoriosa de Lucio Costa.
Desde o primeiro dia dessa emancipação, os jornais passaram a estampar em suas manchetes uma torrente de denúncias, mostrando, por um lado, a transformação dos espaços públicos e das áreas de preservação em moeda política de troca, dentro da concepção torta de “um voto por um lote”. Com isso, a capital começou a experimentar um inchaço urbano sem igual, com áreas ocupadas da noite para o dia, invasões a terras públicas e estabelecimento de bairros sem quaisquer projetos de impactos.
A vontade política passou a prevalecer sobre os anseios da população de bem, o que gerou um descompasso tal que, em pouco tempo, o que deveria ser a Casa do Povo – o Legislativo – ganhou a alcunha, nada lisonjeira, de “Casa do Espanto”.
Problemas urbanos que, antes só haviam em outras metrópoles do país, passaram a ser presenciados também na capital, como engarrafamentos constantes, aumentos da violência e da mendicância, deterioração e decadência dos espaços coletivos, com sobrecarga incontrolável na prestação de serviços públicos de saúde, educação, transporte, segurança e outros. O aumento estratosférico nas despesas para custear a enorme e inchada máquina administrativa criada foi outra herança da emancipação política. Os gastos passaram a ser cobertos pelo aumento de impostos e tributos arrancados dos contribuintes. Houve, assim, aumento no custo de vida dos brasilienses e piora acentuada da qualidade de vida dos habitantes.
Por conhecer a história e a índole política dos homens públicos deste país, esta coluna viu suas piores previsões se transformarem em realidade. Uma realidade que desagrada todos. É preciso lembrar que, desde o início, antevíamos que a emancipação seria um excelente negócio para alguns poucos, principalmente gente que vimos desfilando nas páginas policiais dos nossos jornais. Quando se anuncia que, na próxima semana, será votada a nova Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) na Câmara Legislativa, é bom que a adormecida população acorde para o que está por vir nesse pacote que altera, mais uma vez, a ocupação e a destinação das áreas que ainda restam dentro do polígono do Distrito Federal.
De nossa parte, vínhamos alertando, desde os anos 1990, para os perigos de deixar em mãos dos políticos locais as discussões e decisões sobre as terras da capital. Com a palavra dos urbanistas e outros brasilienses atentos.
A frase que foi pronunciada:
“Se os políticos falassem apenas por suas atitudes, por certo muitos deles seriam varridos do cenário nacional e da história do país.”
Filósofo de Mondubim
30/09/2013 Crédito: Monique Renne/CB/D.A Press. Brasil. Brasília – DF. Jantar Prêmio Engenho. Ari Cunha.
Eficiente
Mais rápido e eficiente. O aplicativo Maria da Penha Virtual foi usado só no Rio de Janeiro, por 850 mulheres em pouco mais de um ano. As petições de medida protetiva de urgência por violência doméstica, ou familiar, aumentaram durante o isolamento social. Mas a solução dada foi prática e efetiva. Confira no link: https://www3.tjrj.jus.br/mariapenhavirtual/
Ilustração: tjrj.jus
Conhecimento e cacife
Disputa em leilão rende a Dib Franciss uma Bíblia raríssima. Vendida, como um objeto qualquer, a publicação, provavelmente, veio da coleção de algum bibliófilo que faleceu e seus descendentes sequer sabiam do que se tratava. A descrição no catálogo do leilão mostrava o desinteresse pela obra (veja as imagens a seguir). Foi uma disputa acirrada de 48 lances durante o pregão. Dib Franciss venceu.
–> Trata-se de um dos primeiros raricíssimos exemplares da Bíblia, impresso em 1579 em Wittenberg (Alemanha) por Hans Lufft (1495 – 1584), o mais importante “mestre impressor” da Reforma Protestante. Ele entrou para a história como “O Impressor da Bíblia”. Foi ele quem realizou, em 1534, a 1ª edição completa da Bíblia de Lutero, e esse que eu adquiri é exatamente essa tradução para o alemão de Martinho Lutero, o primeiro compêndio com as correções feitas pelo próprio.Contém o Antigo e o Novo Testamentos e traz ilustrações em xilogravura de Lucas Cranach (1515 – 1586). Ela tem ainda a encadernação de época, do sec. XVI.

Essas Bíblias são raríssimas no mundo e quase todas estão em bibliotecas ou museus ao redor do mundo. Uma exatamente igual a essa encontra-se no Museu da Reforma Protestante, em Genebra.
Ainda estou em estado de graça pela aquisição desse tesouro da civilização ocidental.

Imaginem quantos acontecimentos históricos se passaram no mundo ao longo desses 543 anos de existência desse importante compêndio. Quantas guerras, quantas pestes, quantas invasões, tragédias da natureza e etc. Essa Bíblia ter chegado até os nossos dias é realmente algo inacreditável.

Jotapê F
João Paulo Florêncio está se firmando no jornalismo esportivo de forma exponencial. Confira no link: https://www.instagram.com/jpflorencio/.
–> Fala, galera! Tô botando na praça o meu podcast. O Joga Solto vem sendo gestado desde o ano passado e é fruto de uma mudança de chave na minha vida. ⠀

O assunto é esporte, suas inúmeras modalidades e reverberações. Toda semana um convidado e um episódio novo no YouTube e no Spotify. Conto com a torcida de vocês. Valeeeu 👊🙌

História de Brasília
E mais: quando uma pessoa pede para ir para o Palace Hotel, os motoristas alegam que fica longe, que é mau para o hóspede, e que lá é lugar de turismo e de exploração. É uma concorrência desleal e descortês. (Publicada em 20/2/1962)

As janelas quebradas da capital

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Foto: Carlos Vieira/CB/DA Press

 

Desde os anos sessenta, que o filósofo de Mondubim dizia que a desordem conduz, obrigatoriamente, à desordem. Esse é um tema conhecido de todos aqueles que observam as interações sociais, sobretudo numa cidade populosa, onde a aglomeração de pessoas tem reflexos diretos na qualidade de vida de todos, indistintamente. Não duvide: as atitudes de seu vizinho, ou o que é feito em bairros limítrofes ao seu, tudo possui o poder de repercutir em ações visíveis ou invisíveis na sua própria rua. E tudo será capaz de alterar, significativamente, a qualidade de vida em sua comunidade. O todo está intrinsecamente conectado, numa rede viva e dependente.

O experimento conhecido como “Teoria das Janelas Quebradas”, desenvolvido pelos pesquisadores da Escola de Chicago, nos Estados Unidos, James Q. Wilson e George Kelling, demonstrou, naquela época, que um carro abandonado, num bairro de classe rica ou pobre, tem maiores possibilidades de ser vandalizado ou mesmo furtado, caso uma de suas janelas esteja quebrada. O mesmo ocorre em edifícios, onde as janelas ou partes dele estejam danificadas por um tempo e não passem por pronta manutenção. Logo, logo esse prédio começa a ser depredado, invadido, passando, em pouco tempo, a se constituir em local de moradia de desocupados, sem tetos ou de usuárias de drogas.

A partir desse ponto, toda uma série de crimes passam a ocorrer, afetando não só a população que por ali circula, mas outros pontos da cidade. Exemplo desse fenômeno pôde ser confirmado no antigo Torre Palace Hotel, próximo à Torre de TV, que, a partir de 2014, gerou uma série de acontecimentos negativos e perigosos, não só para o Setor Hoteleiro Norte, onde se localizava, mas para toda a área adjacente. A situação chegou a um crescendo tal que foi necessária uma verdadeira estratégia de guerra para esvaziar o local, com a utilização de helicópteros e de um conjunto de forças de segurança jamais vistas para desocupar o imóvel. Isso depois de muita reclamação, muitos crimes e muitos prejuízos, para o turismo, já que o local onde está a edificação é no Setor Hoteleiro. A imagem de capital moderna acabava por ali.

O mesmo ocorre hoje na conhecida Cracolândia, fincada bem no centro de São Paulo, gerando problemas que nenhum governo foi capaz de sanar nesses últimos anos. O setor Comercial Sul, também possui a sua Cracolândia, sendo formada bem debaixo dos olhos das autoridades e já representa um enorme prejuízo para toda essa antiga e ainda valorizada área da cidade. Também as W3 Norte e Sul, depois da consolidação do modelo dos shoppings fechados, foi perdendo sua importância ao logo dos anos, com muitas lojas sendo fechadas e abandonadas.

A deterioração paulatina dos edifícios nessa localidade também confirma a Teoria das Janelas Quebradas, demonstrando que a falta de zelo e, principalmente, de fiscalização pelos órgãos encarregados desse serviço serviram para aumentar, além da decadência física do local, um atrativo a mais para moradores de rua, viciados e criminosos de todo o tipo que trafegam nessas áreas de dia e de noite.

Nesse particular, a W3 Norte tem sofrido, sobremaneira, nessas últimas décadas, tanto os efeitos da pouquíssima fiscalização pelos órgãos de segurança e vigilância, como dos serviços de postura e de engenharia, que simplesmente deixaram de olhar para essa importante parte da cidade. Outra ilustração clara e oposta à teoria da Janela Quebradas são as estações de metrô da capital. Todas impecavelmente limpas e organizadas e são mantidas assim pela população que, instintivamente, é levada ao desejo de preservação.

Com o desleixo das autoridades em relação aos imóveis da W3 e entrequadras e seguindo a Teoria das Janelas Quebradas, os proprietários desses imóveis passaram a agir e a construir seus puxadinhos à margem do que mandam os códigos de postura e de padrões urbanos, quer expandindo para as áreas públicas seus estabelecimentos comerciais, quer erguendo horripilantes terraços sobre as antigas edificações, não obedecendo questões de gabarito ou mesmo de sobrecargas.

Como resultado desse descaso, há poucos dias um prédio praticamente inteiro na quadra 713 Norte veio abaixo. Por sorte não deixou mortos. Agiriam corretamente as autoridades, se depois desse sinistro e de outros que vêm ocorrendo com certa frequência, mandassem demolir esses andares extras e todas essas obras ilegais, para o bem da população e para o futuro da cidade.

Apenas seguindo o que orienta o código de postura urbana já seria possível frear a decadência dessas vias de comércio. O que ninguém pode permitir, em nenhuma hipótese, é que sejam os próprios donos dessas edificações, junto à omissão da fiscalização, os responsáveis diretos por esses crimes contra a cidade e o futuro dos brasilienses.

História de Brasília

O governador Leonel Brizola chegou ontem pelo Viscount. No mesmo aparelho, viajou, também, o sr. Ranieri Mazzilli, que era o presidente da República à época da Campanha da Legalidade.(Publicada em 06/02/1962)

Brasília, capital do entorno

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Brasília. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

 

Por certo, os muitos problemas urbanos que o Distrito Federal enfrenta hoje, e cujas causas muito se comentou e criticou neste espaço, não estão, na sua maioria, concentrados apenas no Plano Piloto, mas é nessa área central da grande Brasília que estão localizados, hoje, as principais fontes de renda para centenas de milhares de brasilienses, quer em empregos formais, com carteira de trabalho assinada, quer em atividades de livre iniciativa ou em outras ocupações informais espalhadas por toda a cidade.

Apenas por essa característica econômica, que faz com que as populações do entorno se desloquem diariamente para o centro da capital, já seria um bom motivo para o Governo do Distrito Federal ter um olhar mais atencioso a essa área, afastando, assim, a possibilidade, observada em muitas capitais do país, desse centro vir a experimentar uma perigosa fase de decadência prematura.

O crescimento desordenado do entorno, feito sob a batuta de inegáveis interesses políticos e eleitorais, demanda, mais do que nunca, que o Plano Piloto receba atenção redobrada dos órgãos públicos, a fim de que essa área possa exercer, com eficácia, esse seu novo objetivo que é a manutenção dos empregos e de renda das populações circunvizinhas.

Já se sabe hoje que os antigos objetivos traçados pelos idealizadores da nova capital, nos anos iniciais da década de sessenta, quais fossem servir como centro administrativo do país, já, há muito, vêm deixando de ser o principal leit motiv que levou a transferência da capital para o planalto central. Hoje é possível afirmar que Brasília serve muito mais ao entorno, inclusive a estados vizinhos, do que ao país propriamente dito.

A intensificação das comunicações instantâneas via internet, ao criar o chamado “não lugar”, fez com que o espaço geográfico deixasse de ser um fator preponderante para a realização de serviços de toda a ordem. Hoje não há mais a necessidade, por exemplo, de o chefe do Executivo, ir a um determinado ponto do país, para fazer cumprir um projeto. Tudo pode ser realizado à distância, como prova o teletrabalho.

Apenas por esse aspecto, é possível afirmar que o centro das decisões nacionais perdeu muito de seus objetivos originais, restando à capital figurar mais como um símbolo da unidade nacional, da realização e força de um povo, em tempos passados. É assim em Brasília e é assim em todo o mundo. Com isso, fica mais do que evidente que Brasília precisa de uma espécie de ressignificação de seus desígnios, estratégica e administrativa.

Ao lado dessa inegável alteração de rumos, Brasília necessita voltar-se para si e para seu entorno imediato, a fim de manter esse processo irrefreável de conurbação iniciada em meados dos anos oitenta com a chamada emancipação política da capital.

É esse incremento que, do ponto de vista prático, pode ser estabelecido, por exemplo, com a modernização das vias W3 Norte e Sul, criando um eixo de excelência comercial, ou com a retomada dos polos de cinema, música, moda, tecnologia e outros. Ou por meio da construção de escolas técnicas variadas para capacitar a mão de obra jovem, preparando-a para os desafios das novas tecnologias e empregos que estão surgindo. Tudo isso com um adequado e moderno meio de transporte ferroviário, ligando esses pontos vizinhos ao centro da cidade. De fato, Brasília é hoje a capital do entorno e, com missão de tal importância, deve preparar-se para esses novos tempos que se anunciam.

A frase que foi pronunciada:

Não sei porque essa raiva da vida. Isso é criminoso: impedir as pessoas de se tratarem precocemente.”

Alexandre Garcia enquanto lê, no American Journal of Medicine, edição do dia 1º de junho, indicações para o tratamento precoce, aprovado pela FDA. Medicina e compaixão.

 

Hoje no ontem

Milton Montenegro conseguiu lançar o livro eletrônico “TV Brasília’’, com imagens de personalidades da política brasileira. A técnica utilizada dá um efeito de foto de antigamente.

Milton Montenegro. Foto: Reprodução/TV Globo

Direitos e Prerrogativas

Está dando o que falar a campanha do dr. José Lima como candidato da Procuradoria Geral do Trabalho. Parece um pouco demais converter em pecúnia os plantões e licenças-prêmio. Talvez precise de uma explicação mais detalhada. Para o cenário de reforma administrativa, o que se interpreta não é bom.

Só para lembrar

No dia 08 de janeiro de 2019, a gasolina custava R$2.831.

Chargeonline.com

Inacreditável

Não havendo manifestação popular, a energia limpa será mais cara do que a energia comum. Lobby, mobilização e argumentos não estão conseguindo reverter a opinião dos parlamentares.

Imagem: portalsolar.com.br

História de Brasília

Vamos começar pelas invasões. A W3 está horrível. Infestada de barracos habitados, em muitos casos, por marginais e vagabundos. Os setores residenciais HP3 e HP5 estão uma lástima. (Publicada em 03/03./1962)

Enchentes na capital

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Especialistas em urbanismo, uma ciência que engloba uma ampla variedade de técnicos em todas as áreas relativas à vida em grandes cidades, vêm, desde sempre, alertando para riscos que representam, para toda a população, as construções feitas de maneira açodada, tanto de edifícios como de quadras residenciais, praças e toda e qualquer obra que implique em impermeabilização do solo, movimentação de terra, escavação e outras modificações.

Para tanto, torna-se necessário um estudo prévio e minucioso de impacto que esses empreendimentos podem gerar. Não é por outro motivo que os alertas feitos por esses especialistas quase sempre encontram dificuldades em serem aceitos tanto por parte dos empreendedores como por parte daqueles que irão se beneficiar com essas obras. Sem esse conjunto de estudos de impacto, toda e qualquer obra é um risco em potencial.

O poderoso lobby dos construtores junto à classe política, principalmente aquela com assento na Câmara Distrital, tem sido, desde a emancipação política do Distrito Federal, um entrave, quase intransponível, para a aceitação dos pareceres dos técnicos. São constantes os embates entre especialistas em urbanismo, tanto dos que cuidam do Patrimônio Histórico, como outros que lidam diariamente com as questões urbanas.

Contra essa turma poderosa, os técnicos pouco podem decidir. Em Brasília, o preço das projeções dos poucos lotes que ainda restam no Plano Piloto, torna essa questão uma luta de Golias contra o Gigante. A intervenção política nas questões urbanas transformou os pareceres técnicos em meros instrumentos burocráticos, ao mesmo tempo em que deu aos grandes empresários o poder de decisão sobre o que vai ser construído e de que forma. Com isso, quem padece é o cidadão de bem, que paga seus impostos e quer uma cidade segura e com seus espaços livres respeitados, conforme projeto de seus idealizadores. Trata-se aqui de uma questão que afeta a vida de todos e que passou a ser resolvida pelo poder da grana e não da razão. O prejuízo trazido por essas obras, tocadas sob a batuta dos políticos, vem, pouco a pouco, não apenas desvirtuando o projeto original da capital, um dos mais admirados do mundo, mas gerando grandes prejuízos em vidas e patrimônio.

As enchentes que, nessa semana, alagaram as quadras residenciais no começo da L2 Norte, com prejuízos para todos os moradores, têm sua origem em mega construções erguidas naquela área além ainda da famigerada construção do estádio Mané Garrincha.

São obras feitas a toque de caixa, que desmataram o local, impermeabilizaram o solo e, pelo visto, não apresentaram bons estudos de impacto prévio. Com as chuvas copiosas deste mês de fevereiro tanto esses moradores quanto outros no final da Asa Norte estão padecendo com os alagamentos.

No final da Asa Norte, o problema é o mesmo e resulta das obras de construções do Noroeste, repetindo-se a cada ano. A questão é: Quem indenizará os prejuízos sofridos por esses moradores? Quem será responsabilizado por essas obras? Quando essa coluna insiste em dizer que políticos não deveriam decidir ou legislar sobre questões urbanas, é por que sabe que esse é o pior caminho e aquele que só conduz ao que estamos presenciando agora.

Aí, quando as águas barrentas da chuva passam a invadir as casas, cobrindo carros nas garagens, os empreendedores jogam a culpa no governo, que, por sua vez, joga a culpa nos técnicos, que nada mais podem fazer.

 

A frase que foi pronunciada:

No Brasil do século 21, não importa o que diz a lei, mas QUEM diz a lei.”

Jornalista Caio Coppolla

 

Memória

Na 705 Norte, não há uma vez que, passando por aquela castanheira, não me lembre de Edgardo Ericsen. O que estaria falando da política atual? A Globo tinha um escritório ali.

Pix

Clientes de bancos sempre reclamam do limite imposto pela instituição para pagamento de contas, transferências etc. O argumento furado é a segurança do cliente. O que não é verdade, porque uma pessoa sequestrada que não pode entregar o ouro ao bandido é morta na hora. Para isso veio o PIX, que facilita a vida do ladrão. Os sequestros aumentam. A sugestão é que seja passado um código aos clientes para que, em momentos de perigo, como transferindo dinheiro para bandidos, possam digitar um número pedindo socorro. Não é para isso que o seguro é cobrado?

Livre, leve e solto

Andando pelo DF, é possível acompanhar várias invasões legalizadas. O procedimento é o seguinte: um grileiro invade a terra, vende para o cidadão e, mais tarde, na legalização, é o cidadão quem paga duas vezes. O grileiro, que todos sabem nome e endereço, sai tranquilo da história. Sem dívidas, sem débitos a pagar.

Foto: chicosantanna.wordpress.com

 

Trocados

No Big Box do Lago Norte, um cartaz quase como um pedido de socorro. O supermercado oferece uma caixa de bombom para quem trocar R$100 de moedas por cédula. Essa imagem ainda vai virar história. No tempo em que havia dinheiro…

Ilustração: reprodução

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um telegrama que nos chega com 124 palavras vem assinado pelo sr. Afonso Almino, a propósito de nossa denúncia sobre o ministério da Fazenda. Há a ressaltar que o telegrama foi taxado no dia 25, em Brasília, e nesta data o remetente estava no Rio. Mantida nossa tese. (Publicado em 27/01/1962)

Sonhar no escuro

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Protesto contra falta de luz no Amapá. Foto: Maksuel Martins /Fotoarena/Folhapress – 10.11.2020

 

Com o apagão geral no Amapá, completando agora exatos 30 dias, a escuridão e todos os males que dela decorrem para a vida de uma cidade de aproximadamente 860 mil habitantes, provocou, naquela população, um misto de desconfiança e de repúdio com o gerenciamento privado nas operações de transmissão de energia elétrica.

Trata-se aqui, e todos sabem disso, de um bem de utilidade pública, essencial para um mínimo de civilidade e cidadania em qualquer localidade, ainda mais numa capital desse porte. Atualmente, esses serviços vêm sendo realizados pela empresa Gemini Energy, que, há pouco, adquiriu a concessão de outra empresa espanhola privada, a Isolux. Essa passa atualmente por um sério processo de recuperação judicial.

A população local, que pouco era informada desses contratos, fechados em gabinetes políticos, mesmo pagando religiosamente altas tarifas em suas contas mensais por um serviço que muitos consideram de baixíssima qualidade, aguentou o quanto pôde sem reclamar. Não fosse o incêndio na subestação, atingindo um dos principais transformadores de energia da capital, a vida naquele distante estado seguiria em frente, com as eventuais reclamações sobre a prestação de luz elétrica amontoadas no fundo da gaveta, blindadas por interesses, sempre escusos, a unir políticos locais astutos e empresários gananciosos.

Essa é a realidade dos fatos, sustentada hoje pelos moradores daquela cidade. A demora e o descaso com uma situação tão grave, a paralisar a vida de centenas de milhares de pessoas, pouco comoveu as autoridades locais. Muito menos o governo federal, que, por aquelas bandas, fez uma aterrisagem breve, depois de mais de uma semana de apagão, sendo, na ocasião, fortemente vaiado pelos moradores onde desfilou.

Como se trata de um serviço prestado por operadora privada, as autoridades chegaram a desdenhar do problema, preferindo fazer cara de paisagem para a questão. Foi somente com o agravamento da situação nos hospitais e na economia local, e graças à repercussão nacional do caso, a ganhar manchetes dentro e fora do país, que as autoridades ensaiaram um movimento visando resolver o caso.

Nesse tempo, em meio ao breu da noite, tem refletido muito sobre a conveniência de entregar tão importante prestação de serviço a uma empresa privada, controlada por uma holding estrangeira de um país distante, que ninguém sabe, ao certo, quem são os donos, nem mesmo quem nela trabalha. Esses comentários vêm a propósito da privatização efetivada da Companhia Energética de Brasília (CEB), na esperança de que esse importante patrimônio do cidadão brasiliense, entregue à gestão da inciativa privada, não resulte na repetição desse lamentável caso que ainda ocorre no Amapá.

Para a maioria da população, que também não foi consultada sobre essa venda e que muito teme pelo futuro, fica aqui o triste exemplo vindo do Norte do país e a torcida para que a prestação dos serviços melhore e as tarifas sejam reduzidas, o que, em nosso país, é apenas um sonho distante. Ao menos fica o consolo de que o melhor ambiente para dormir e sonhar é na escuridão.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Eu não vejo a política como ambição, enxergo como missão. Se eu pedir a legenda e não me derem, considero como livramento.”

Dra. Janaína Paschoal, advogada

Foto: odia.ig.com

 

Reclame aqui

É bastante arriscado para o Banco do Brasil relaxar na forma de atendimento aos clientes da maneira como está ocorrendo. Com os bancos digitais em alta, a arrogância pode levar o BB para a cova. Depois de uma hora aguardando na fila da agência da Câmara dos Deputados, o cliente, que pleiteava financiamento imobiliário, foi descartado com argumentos que fogem a todos os protocolos.

 

Charge: tribunadainternet.com.br

 

Aproveite

Hoje é o último dia de feira no Parque da Cidade. Das 9h às 16h, direto dos produtores, os consumidores podem comprar biscoitos, hortaliças, geleias, pães, flores, sorvetes, pimentas, artesanato, tudo produzido no DF.

Foto: Emater-DF/Divulgação

 

Celeuma

Engana-se quem pensa que as eleições norte-americanas acabaram. Trump quer que o Congresso decida sobre o sufrágio. Trump é o que o filósofo de Mondubim chamava de Mucuim. Hoje é dia de fortes emoções sobre o assunto.

Presidente Trump. Foto: Brendan Smialowski / AFP

 

Sem pensar

Conhecida frase esconde muito mais do que um crime: “Sou dona do meu corpo”. O mote criado e repetido por mulheres assassinas esconde um submundo de tráfico de órgãos fetais que movimenta bilhões de dólares. Isso, ninguém fala. Veja no link: Imagens chocantes denunciam tráfico de órgãos de bebês humanos nos EUA.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Uma solução parcial para o problema das invasões em Brasília seria a instituição, novamente, de acampamentos nas obras, hoje proibidos pela Novacap. (Publicado em 20/01/1962)

Rodoviária e o pavão

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Obs.: o vídeo foi divulgado em 10 de set. de 2019, no canal Agência Brasília no Youtube.

Lembrava com propriedade o filósofo de Mondubim sobre as aparências superficiais e enganadoras que “o pavão de hoje, pode ser a alegoria do carnavalesco ou simplesmente o espanador de amanhã”. Essa imagem vem a propósito da beleza arquitetural de Brasília, admirada em todo o mundo como exemplo acabado e bem-sucedido da arquitetura moderna. Depois de percorrer os vários cantos da cidade, onde despontam exemplos do bom urbanismo e da arquitetura, idealizados num tempo em que o respeito pela escala humana e pela harmonia guiavam livremente os desenhos sobre as pranchetas, o visitante que terminar seu périplo na área central da capital, ou mais precisamente na Rodoviária do Plano Piloto, tem um choque de realidade, redescobrindo-se em pleno terceiro mundo.

Nesse ponto ficam bem visíveis os pés do pavão, mostrando o poder do tempo e do descaso em desfazer o sonho de cidade que se quis patrimônio cultural da humanidade. Não há como esconder que o principal terminal rodoviário de Brasília, que forma a junção dos quatro primeiros eixos de integração, e que deu partida para sua construção, apresente-se hoje, aos olhos de todos que por ali passam, como um dos mais feios e mal-acabados cartões-postais da capital.

Abandonada, suja e perigosa. Esses são os principais adjetivos aplicados à Rodoviária, não só pelos turistas que por ali se arriscam, mas por aqueles que têm esse terminal como ponto obrigatório de chegada e partida diária. Não é por outra razão que muitos brasilienses simplesmente evitam aquela região. Ao longo dos anos, no entra e sai de governos, a Rodoviária foi sendo submetida a um rotineiro exercício de obras emergenciais, mas que nunca conseguiram devolver seu aspecto inicial, quando a capital ainda contava com uma população pequena.

O aumento demográfico acelerado e sem planejamento, que se seguiu logo após a emancipação política da capital, cuidou para que, em tempo recorde, todo e qualquer esforço de revitalização daquela área resultasse em nada. Perto de completar sessenta anos, de todos os pontos dentro do Plano Piloto, a rodoviária é, de longe, o sítio que apresenta hoje o maior desgaste e deterioração.

Para essa região central da capital, parecem confluir, de uma só vez, todos os problemas da cidade. Numa fiscalização ocorrida nessa quinta-feira, representantes da Rede de Promoção da Mobilidade Sustentável e do Transporte Coletivo, chamada Rede Urbanidade, constataram que as condições de infraestrutura e acessibilidade do local continuam reprováveis.

Isso depois da realização de mais uma obra naquele local recentemente e que consumiu milhões de reais dos contribuintes. O grupo, criado em novembro de 2019 para a articulação da rede de promoção da mobilidade sustentável, constatou que os problemas daquele terminal persistem e vêm se agravando ao longo do tempo.

De acordo com o que foi vistoriado, os técnicos observaram que os elevadores e as escadas rolantes continuam quebradas. Os banheiros estão deteriorados, assim como as caixas de incêndio sem mangueiras. Faltam bicicletário e redes de conexão com as ciclovias existentes nas proximidades. Há deficiência de sinalização. A presença de ambulantes em locais de circulação ainda é intensa. O transporte “pirata” continua a operar nas barbas das autoridades. A precariedade das calçadas no entorno da rodoviária continuam visíveis, além de uma série de outros problemas.

Tudo isso sem falar na falta de segurança, não só no terminal, mas em toda a área do entorno. Quando a noite cai, nenhum brasiliense que conhece a região se atreve a circular dentro e fora da rodoviária. Persistem o consumo e tráfico de drogas na área. Também são comuns os assaltos e roubos de transeuntes. Menores abandonados são vistos com frequência naquele local perambulando sem rumo.

Esses são alguns dos problemas que cresceram e se firmaram naquele local e que parecem sem solução à vista. É o lado feio do pavão.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Os lugares mais quentes do Inferno são reservados aos omissos.”

Dante Alighieri, escritor, poeta e político florentino (1265-1321)

Imagem: reprodução da internet

 

Cabeleira

Quebrar o ar sisudo das reuniões no Senado é praxe quando o senador Amin está presente. Nas notinhas abaixo, um pouco de cada dia para que o leitor tenha a oportunidade de ver que há sorrisos por ali. Essa foi do senador Omar Aziz, brincando com o senador Esperidião Amin e Confúcio Moura: “Vocês estão dando prejuízo para os cabeleireiros dos seus Estados”! Ao que o senador Esperidião completou: O Confúcio compensa! Ele é um falso exemplar. Ele ainda trata no cabeleireiro dos acostamentos…

Fotos: senado.leg

 

Toma lá, dá cá

Só para registrar o ocorrido. Nenhuma gota de maldade, mas que foi engraçado foi. O senador Jean Paul Prates pediu a mudança de ordem no pronunciamento. Trocou com o senador Humberto Costa que seria o 4º a falar e o senador Jean Paul seria o 13º, coincidentemente o número de seu partido. Presidindo a comissão, estava o senador Dário Berger. Ao atender à solicitação do colega na mudança de ordem da fala, ponderou que aguardasse, já que havia passado a palavra ao senador Confúcio. Ao que o senador Jean Paul responde: “Eu aguardo, com prazer. Esse é o preço pela troca”.

Foto: senador Jean Paul Prates (senado.leg)

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Um defensor ferrenho das vantagens do pessoal do Banco foi o dr. Geraldo Carneiro que, morando em Brasília, conhece bem a situação dos funcionários, e fez uma brilhante exposição. (Publicado em 15/12/1961)

Papai Noel errou

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Queima de fogos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no réveillon de 2017 — Foto: Dênio Simões/GDF/Divulgação (g1.globo)

 

Brasília tem sido o berço de grandes nomes da música popular. Talentos reconhecidos não só no Brasil, mas no mundo inteiro por sua virtuose e técnica. A relação com esses nomes é extensa e conhecida de todos. Muitos desses artistas tiveram que, obviamente, migrar para o eixo Rio de Janeiro e São Paulo, onde o mercado é maior, as gravadoras possuem suas sedes e as chances de sucesso no mercado interno e externo são certas.

Com tanta variedade e qualidade reconhecida, surpreende que, mais uma vez, essa plêiade de cantores, instrumentistas e compositores tenham sido preteridos pelo Governo do Distrito Federal para abrilhantar a festa de Réveillon 2020. Com isso, fica confirmado o ditado que repetia o filósofo de Mondubim: “santo de casa não faz milagre”.

Mesmo não sendo a primeira vez que um fato dessa natureza ocorra na capital do país, fica sempre a impressão que, pelos justos protestos e até pela falta de conhecimento da riqueza musical da cidade, essa será a última vez que tal gafe acontece. Embora muitos desses nomes que conheceram a glória além dos limites da capital não residam mais nesse quadrilátero, é certo que a fama e fortuna que construíram prescinde desse tipo de convite, por isso mesmo vão tocando o barco longe de uma Brasília que, dia após dia, vai ganhando fama, mas infelizmente não pelos talentos que aqui surgiram. É uma pena!

O pagamento de um cachê de mais de R$ 500 mil para que o cantor mato-grossense, Luan Santana, seja a principal atração da festa de Réveillon 2020, valor esse devidamente publicado no Diário Oficial, por meio de carta convite, pode até não ser muito para ele ou para quem aprecia seu repertório e é seu fã, como é o caso do governador, mas seria muito melhor empregado caso o governo empenhasse esses recursos em shows de pequeno porte por todas as cidades do entorno, onde residem e trabalham centenas de artistas talentosos e pouco valorizados pela mídia.

Na realidade, o montante que será gasto nas festas de Ano Novo será de R$ 2 milhões apenas na região central de Brasília. Um investimento, sem dúvida nenhuma, bom para os turistas que aqui estarão, mas, com certeza, um recurso público que seria mais democraticamente aplicado na promoção de nossos músicos e dos nossos valores locais. Da Casa do Cantador à Orquestra Sinfônica, passando pelas bandas e coros.

Para os brasilienses que para cá vieram ainda no início da construção da capital, esses recursos, cobrados a peso de ouro dos contribuintes, poderiam muito bem servir para reformar o Teatro Nacional, o Museu de Arte Moderna e outros monumentos à cultura, esquecidos por anos e que muita falta fazem aos moradores da cidade. Esse sim seria um presente de fim de ano que todos queriam receber.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Nas entrelinhas e com ferina ironia, o governo diz: O povo há que empobrecer, mas sem perder a ternura, jamais.”

Mauro Santayana, jornalista

Foto: jornalja.com

 

 

Canabis

Ministro da Educação recebe representação de deputados, sindicatos e central de estudantes por declarações sobre a UnB e sua relação com a maconha. Senhor ministro Weintraub, veja isto. Recém-admitida na UnB, uma aluna vinda do Ceará, tentou cursar Filosofia. Preferiu trancar a matrícula quando a mãe disse que queria conhecer a universidade em que estudava. Era a UnB. – “Deus me livre minha mãe andar nesse ambiente. Ela vai achar que é o fim do mundo!”  Isso foi em 2013. Será que alguma coisa mudou?

 

 

Sativa

Freiem os cavalos! É óbvio que a Universidade de Brasília tem desenvolvido pesquisas destacadas pelo país, que há professores sérios, alunos com discernimento, diretores responsáveis. Mas entrar com representação contra o ministro porque ele disse a verdade, aí é o cúmulo da hipocrisia! Veja a seguir vários vídeos disponibilizados sobre as algazarras acadêmicas. Só vendo para crer.

 

 

Brazuka

Constrangedor. Essa foi a palavra escolhida pelo amigo Álvaro Costa, do Brasília Urgente, para exprimir o cambalacho do aplicativo Uber, prestes a desistir do nosso país. Motoristas contra os usuários do serviço! O golpe mais recente flagra motoristas do aplicativo que, ao receberem uma chamada de um usuário, fingem não ter recebido, ignorando-a, só para ganhar uma taxa por cancelamento estipulada pelo aplicativo a quem cancela. Neste caso, o cancelamento feito pelo usuário é necessário, por constatar pelo GPS que o motorista recebeu o chamado, mas não saiu do lugar. O usuário, prejudicado, ainda é alertado pelo aplicativo que pagará uma taxa pelo cancelamento (que é repassada ao motorista chamado) a ser acrescida em sua próxima chamada. Este novo golpe é bem “brazuka”, atesta nosso leitor.

Foto: tecnoblog.net

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Outra coisa que precisa aparecer é um deputado que não tenha passe de passageiro convidado, e que tenha autoridade para reformar o Código de Aeronáutica Civil. (Publicado em 12/12/1961)

A ideia é deles o problema é nosso.

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Foto: pelomundodf.com

 

Todo esse empenho do governo de Brasília para a criação de um novo bairro para assentar milhares de famílias, por mais humanitário que possa parecer à primeira vista, não funciona quando se percebe que, sem um minucioso planejamento urbano de infraestrutura de suporte, o projeto fica solto no espaço e capenga.

Em linhas gerais, esse tem sido o processo recorrente e decidido por nove em cada dez governantes da capital, respaldados claramente e por razões óbvias, pelas bancadas com assento no Legislativo local.

O que decorre desse jeito especial de administração é também sentido por todos. Deixando de lado as questões de carência e mesmo inexistência no abastecimento de água, de rede de esgoto, de asfalto, segurança, e de escolas, para ficar apenas nesses quesitos, esses novos bairros, surgidos do nada, passam a pressionar os serviços públicos que servem às outras regiões, criando o caos no atendimento.

A ideia irracional de se criar um problema e depois as soluções para esse problema, ao inverter a lógica, deixa para todos os habitantes, indiscriminadamente, só aperto. Para se ter uma ideia das consequências desse tipo de política, feita de trás para a frente, e apenas para focar no problema específico do atendimento público de saúde.

Basicamente todos os hospitais e postos de saúde das administrações regionais vivem superlotados, sem um número de profissionais adequados. Pacientes continuam a morrer nas filas de espera. Não há leitos, não há medicamentos. Os atendimentos são precários.

Apesar dessas mazelas as cifras dispendidas no funcionamento da rede de saúde local são altas e sempre crescentes. A demanda por saúde é tão intensa que nem mesmo a criação de novos hospitais daria conta do recado. O ministério Público local, diariamente tem que recorrer e fiscalizar para o sistema não entrar em colapso. E pensar que todo esse drama diário poderia ser evitado lá atrás com a adoção de um simples e consistente planejamento urbano, tantas vezes menosprezado e negligenciado.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O Brasil vive a síndrome do impasse. Exageramos de tal maneira nossos problemas que estamos perdendo a obrigação de enfrentá-los”

Jaime Lerner, urbanista brasileiro

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

 

 

Pesquisa

Gabriel Vasconcelos, doutor em Engenharia Elétrica pela PUC-Rio, pesquisador na Universidade da Califórnia, Irvine, Yuri Fonseca, doutorando em Decisão, Risco e Operações na Universidade de Columbia, NY, João Madureira, doutorando em Modelagem Computacional, pela Universidade Federal de Juiz de Fora, elaboraram uma pesquisa minuciosa sobre os boots e ataques coordenados no movimento de impeachment de Gilmar Mendes. Todos os detalhes desse material podem ser vistos, na íntegra, a seguir.

Análise de dados do Twitter para campanha de impeachment contra Gilmar Mendes

 

Twitter

Ao todo, foram analisados 17.913 tweets #GilmarMendesVaiCair, no dia 15 de novembro de 2019. Esse número foi fixado dentro das limitações de download da API do Tweeter. As conexões entre os usuários são realizadas com o conceito de seguir (são unilaterais). A API do Twitter permite que diversos aplicativos se conectem a ele para os mais variados fins. A partir de sua API, o Twitter começou a ser utilizado em aplicações rodando em dispositivos móveis, periféricos, entre outros.

 

 

Total

Bot, diminutivo de robot, também conhecido como Internet bot ou web robot, é uma aplicação de software concebido para simular ações humanas repetidas vezes de maneira padrão, da mesma forma como faria um robô. Gráficos da pesquisa apresentada pelo blog do Ari Cunha mostram que dos 17939 tweets analisados foi identificado um total de 5479 usuários, ou seja, uma taxa de 3,27 tweets por usuário. Em um universo de 300 mil tweets, o número de pessoas participando seria próximo de 100 mil. 99,8% dos tweets com #GilmarMendesVaiCair não são de bots.

Foto: AFP / EVARISTO SA

 

 

Universo

Interessante notar sobre os retweets dessa campanha contra o ministro do STF. Chegam a 72%. Exatos 1794 pessoas replicaram a mensagem, o que na matéria da vortex mídia parece que esse número ficou limitado aos que se manifestaram a favor da saída do ministro. Na verdade, o universo de internautas é de quase 100 mil.

Veja a matéria na íntegra: Campanha no Twitter por impeachment de Gilmar Mendes tem marcas de ação coordenada

 

 

Veja só

Artistas por toda parte do país mostram com humildade que se arrependeram do voto dado nas últimas eleições. Veja a seguir alguns vídeos disseminados pela Internet. As razões do arrependimento, as dicas e o amor pelo país. Regina Duarte, mantém o que sempre disse: foi firme na tempestade e agora mostra a razão.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Outro argumento, para acabar com a história: governo quando é bom, tanto faz aqui como na China. É bom em toda a parte. (Publicado em 06/12/1961)

Brasília, de quem?

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Foto: jornaldebrasilia.com.br

 

Desde 1960, os leitores que acompanham o dia a dia dessa coluna, sabem que desde o primeiro momento de sua publicação, a defesa dos interesses da capital do país tem sido um norteador e uma prioridade absoluta desse espaço. Mesmo após o falecimento de seu fundador, o jornalista Ari Cunha, essa tem sido a bandeira defendida e seguida pela coluna Visto, Lido e Ouvido. Obviamente que, ao se colocar de forma incisiva e intransigente na defesa do Distrito Federal, da sua população e dos ideais que guiaram seus idealizadores, não foram poucas as vezes que contrariamos pessoas e grupos poderosos, cujos os interesses não coincidiam com os mesmos professados pelos brasilienses, pelos pioneiros, pelos candangos e outros grupos que para aqui vieram em busca de uma nova cidade que pudesse abrigar o novo homem, conforme proposto e sonhado por aqueles que projetaram e construíram a nova capital do país.

Para essas paragens selvagens, vieram os brasileiros movidos pela coragem e desapego, em busca apenas de uma oportunidade para viver com dignidade junto a sua família. Não foi por outro motivo que, quando se anunciou a tal da maioridade política para a capital, nos mesmos moldes em que eram realizados em outras unidades da federação, essa coluna foi tomada por um misto de desalento e premonição de que essa inovação na administração do Distrito Federal não resultaria em ganhos para a seus habitantes, mas, e sobretudo, em lucros e favorecimento para os políticos e todos os grupos a eles ligados, como era prática corrente em outros estados brasileiros.

O temor era que os ideais políticos e partidários viessem a se sobrepor aos reais interesses da capital e de sua gente. Hoje, passadas quase três décadas dessa experiência, infelizmente temos que considerar as premonições eram não só acertadas, como ultrapassaram aos mais pessimistas vaticínios. Em boa hora e como uma graça dos céus, quis o destino que Brasília fosse incluída no rol das cidades monumentos tombados pela Unesco, o que, de certa forma, deu uma visibilidade internacional a capital, dificultando, em certo ponto, que viesse a ser completamente desfigurada como pretendido por muitos.

O inchaço da cidade e a superlotação dos serviços públicos, a criação de bairros inteiros sem infraestrutura e sem planejamento, o esgotamento dos recursos hídricos, a invasão de terras públicas, a corrupção desenfreada, a construção de verdadeiros elefantes brancos sem utilidade para a população, a precariedade nos transportes e na segurança pública estão entre algumas heranças deixadas pela experiência trazida pela representação política imposta à capital.

Embora se saiba que essa situação jamais será revertida, essa coluna vai continuar insistindo para que os ideias que orientaram a construção de Brasília permaneçam vivos. Nesse sentido, repudiamos e alertamos para o perigo representado pela declaração feita pelo atual governador Ibaneis, que classificou o tombamento de Brasília como “hipocrisia boba”. A fala foi feita durante a entrega à iniciativa privada do complexo composto pelo estádio Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson e o Centro Aquático Cláudio Coutinho. Lembrando que, com relação ao Mané Garrincha, considerado um dos estádios mais caros do planeta e cujos os políticos e empreiteiros estão sendo processados na justiça, foi justamente uma dessas heranças malditas legadas pela administração política da capital.

Para o atual governador a cidade, em função do tombamento, “vive atrasada”. Não se sabe o que o governador quis dizer exatamente com essa afirmação. O fato é que declarações como essa mostram a necessidade de ficarmos ainda mais alerta e atentos para que novas heranças malditas não possam ser deixadas por aqueles que estão apenas de passagem por essas bandas.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Deixemos entregues ao esquecimento e ao juízo da história os que não compreenderam e não amaram esta obra.”

Juscelino Kubitschek

Foto: Gervasio Batista/Arquivo Público do Distrito Federal

 

 

Alemanha

Depois da tragédia de Brumadinho, a empresa alemã TÜV SÜD parou de emitir certificações de segurança em barragens. Será que os alemães sabem que o acidente poderia ser evitado pelos germânicos? É só uma sugestão para o programa da TV alemã “Extra 3”.

Foto: Divulgação / TÜV SÜD

 

 

Noruega

Em Barcarena, no estado do Pará, fábricas norueguesas contaminavam a água causando diarreia e vômito na comunidade e o envenenamento dos peixes. Como tudo o que incomoda termina em morte no Pará, foi o que aconteceu. Paulo Nascimento, que organizava protestos sobre o assunto, morreu assassinado. E quem poderia falar alguma coisa disse apenas que isso era um caso para a polícia. É só para mostrar a autoridades da União Europeia que, antes de banir importações do Brasil, como sugerem os países nórdicos, saibam sobre os estragos que fazem por aqui.

Foto: Ascom/Semas

 

 

Amizade

Alemanha e Noruega são países amigos do Brasil. Se algumas empresas mancham nossa natureza muitas outras iniciativas alemãs e norueguesas, sem interesses comerciais, participam dando a mão para minimizar os problemas sociais do país com projetos que realmente mudam vidas, para melhor, é claro.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quando um homem nega socorro a um semelhante em dificuldades, quando um homem vê um à morte, ensangüentado, e se nega a transportá-lo, sendo, isto, além do mais, uma obrigação de sua profissão, é uma lástima. (Publicado em 29/11/1961)

Maioridade política e a destruição urbanística da cidade

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Foto: laboratoriobrasilia.blogspot.com

 

Desde que foi anunciada, há algumas décadas, a chamada maioridade política da capital, esta coluna já previa que a mudança no status administrativo do Distrito Federal traria consigo não apenas uma hoste de políticos com ganas de poder, mas um grupo determinado a transformar Brasília numa espécie de mina de ouro a enriquecer os mandatários de turno e sua agremiação de entorno.

É isso justamente o que tem ocorrido ao longo de todos esses anos. Cada grupo desse que chega ao Buriti e Câmara Legislativa, de quatro em quatro anos, vem cheio de ideias e projetos que, observados de perto, com mais cuidado, visam apenas ao fortalecimento econômico de sua grei, pouco se importando com assuntos complexos do tipo planejamento urbano ou respeito a diretrizes de tombamento e outros complicados e trabalhosos temas necessários à conservação urbanística e única da capital.

Interessante que desses grupos que se revezam no poder político local, curiosamente, nenhum deles é capaz de apresentar projetos sérios, exequíveis e necessários para urbanizar as muitas regiões administrativas da cidade, todas elas carentes de jardins, calçadas, iluminação e outras obras de infraestrutura. Curioso também que nenhuma dessas administrações políticas jamais tenham apresentado e realizado projetos de reurbanização das W3 Norte e Sul, obras essas que trariam um renascimento nesse que é o principal eixo econômico da capital e que, por si só, representaria uma nova revitalização em todos os setores ligados a essa importante avenida. O que se vê são calçadas quebradas como uma maquiagem passageira.

Com um projeto simples de uniformização dessa artéria, setores como os hoteleiros Sul e Norte, a Rodoviária Central e outras áreas ganhariam mais dinamismo e movimento, o que atrairia a atenção de novos investidores. Ao contrário desse que seria um projeto de bom censo, os ocupantes do Palácio do Buriti e da Câmara Legislativa, muitos dos quais sequer conhecem em profundidade e na sua totalidade a cidade de Brasília, parecem delirar com projetos, todos eles, sintomaticamente, mudando e alterando regras de gabarito e de tombamento, como guiados por mãos invisíveis daquelas que enxergam em cada canto da cidade uma oportunidade de lucro.

Depois dos projetos visando alterar e modificar áreas como o Setor Comercial Sul e adjacências, construindo moradias naquela localidade, sem qualquer planejamento de impacto e em flagrante confronto com o idealizado para aquela região por seus urbanistas e arquitetos, é chegada agora a vez de investir contra o Setor de Indústrias Gráficas (SIG), mudando-lhe o gabarito e aumentando a ocupação das construções, entre outras transformações. Também nesse caso é preciso lembrar que essa é uma área inclusa dentro do plano de tombamento. Como aconteceu em outras partes da cidade, é importante deixar aqui registrado que a maioria dos arquitetos, urbanistas, professores e especialistas consideram que essa é mais uma tentativa, vinda do setor especulativo e de empreiteiros da cidade, para lucrar com essas mudanças mesmo que elas arruínem, por completo, o projeto original da capital.

Para aqueles que entendem a importância de Brasília como patrimônio Cultural da Humanidade, a ser permitida essa mais nova investida contra a cidade, estarão abertas as portas para a descaracterização da capital conforme anseiam os políticos e os especuladores que surgiram com essa malfadada maioridade política de Brasília.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“E o espaço criado pelo capital é realmente um espaço muito sedutor – desde que você tenha o dinheiro.”

Alessandro Busà, PHD em planejamento urbano. Citação do livro The Creative Destruction, de Nova York: Engenharia da cidade para a elite.

Foto: facebook.com/creativedestructionofNY

 

 

Publique-se

Paula de Araújo Pinto Teixeira publicou timidamente o melhor livro para crianças que já li desde Sylvia Orthof. Com um texto absolutamente encantador, conta a história de um almoço na casa da vó Rute onde o menu do dia é o arco-íris. Educativo, instrutivo, delicado e marcante. Daqueles livros que não saem de você. Rasguem os livros de princesas que vem coisa ótima por aí.

 

Qualidade musical

Hoje é dia de Espaço Arte. O violonista brasiliense Jaime Ernest Dias e o pianista português João Lucas vão encantar o público no Clube do Choro de Brasília, com o álbum “Cerrado Atlântico – Uma conexão cultural pela música”. O álbum com repertório autoral celebra a relação cultural entre Brasília e Portugal.

Foto: facebook.com/jaimeernestdiasoficial

 

 

Novidade

Em 60 dias, os hospitais públicos e particulares estarão obrigados a acrescentar nos cursos de pré-natal informações sobre a ‘manobra de Heimlich’, que desengasga bebês.

Arte: otempo.com

 

 

Embrapa

Quem tem ideias para a Embrapa agora é a hora de se manifestar. Mais de 2 mil representantes de diversas iniciativas com ciência, tecnologia e inovação já foram consultados para subsidiar a produção do VII Plano Diretor da empresa.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O colegiado do IAPFESP esteve aí, e não tomou nenhuma providência quanto à construção de alvenaria no canteiro de obras. E não aparece, também, o responsável pelo uso de alvenaria para residências provisórias, o que encareceu demais a obra. (Publicado em 26/11/1961)