O antídoto ao pesadelo

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: poder360.com

          Nem bem ainda se viu livre dos efeitos conjuntos da pandemia e de uma consequente recessão econômica, o Brasil começa a se preparar para receber o que pode ser a dose fatal, capaz de pôr fim ao ciclo histórico iniciado em 1500 com o descobrimento dessa parte do mundo.

        Trata-se aqui de mais uma temporada de governos da esquerda. Não de uma alternância normal e civilizada de governo, mas a entrega do comando do país, pela quarta vez, ao Partido dos Trabalhadores, que muitos brasileiros de bem consideram não como uma legenda política, mas como uma verdadeira quadrilha organizada, tal a sucessão de crimes que praticou ao longo de mais de uma década e que culminariam com a prisão da maioria de suas lideranças e de seus apoiadores.

        Caso esse pesadelo venha a se repetir, virão juntas novas tentativas de imposição de controle e de censura das mídias, sobretudo daquelas que pensam em fazer alguma oposição. Virão ainda os mesmos modelos de cooptação parlamentar, a reestatização de empresas, para que sirvam ao partido, a escolha dos campeões nacionais, que também sirvam ao governo, a ajuda, com dinheiro público, às ditaduras do continente e de outros países, a dilapidação do que ainda resta do patrimônio dos trabalhadores, a imposição de modelos, pretensamente educacionais, que visam, ao final, destruir a escola, de acordo com os ditames gramscianos, além da quebra de tabus, como bem lembrou uma deputada federal pelo Distrito Federal, do incesto, dentro de um projeto, de longo prazo, de destruição do que chamam “família patriarcal”, entre outros “avanços” que objetivam desmontar a sociedade, deixando-a frágil e exangue diante do Estado monocrático.

        Esses são apenas alguns dos muitos pesadelos que estão prometidos para a Nação, caso essa turma volte a subir a rampa do Palácio do Planalto. Como se vê, não se trata aqui de meras suposições sobre o que virá, mas de todo um ideário trazido na algibeira por essa turma, que almeja não apenas governar o país, mas controlá-lo e submetê-lo aos seus desígnios inconfessáveis. De certo, que o retorno dessa turma irá encontrar um país ainda mais fácil de ser domesticado e subjugado.

         A possibilidade concreta da aprovação, pela Câmara dos Deputados, da volta dos cassinos, dos bingos e de todos os jogos de azar emprestará, a essas novas mentes da vida política, todos os instrumentais necessários para a lavagem de dinheiro e para o branqueamento da corrupção.

        A angústia dos homens e mulheres de bem desse país, com a possibilidade de repetição desse pesadelo, só não é maior do que a certeza de que todos esses males serão, de fato, repetidos, acrescidos de outras medidas, que também virão para favorecimento apenas desses oportunistas.          Estão inscritos, ainda dentro das pretensões desse grupo, o estabelecimento de uma série de medidas, visando transformar as Forças Armadas em forças auxiliares do partido, a exemplo do que ocorre com a vizinha Venezuela.

        É bem provável que o retorno desse grupo venha a ser reforçado por todas as experiências que acumularam nos governos passados, principalmente reciclando experiências frustradas, a fim de torná-las efetivas, como é o caso da perpetuação no poder. O pesadelo anunciado somente poderá ser quebrado através de um antídoto apropriado, que é o despertar da população e dos eleitores.

 

A frase que foi pronunciada:

O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo… Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é o roubo infinito.”

Mario Quintana

Esta escultura é obra do artista tcheco Martin Hudáček e se chama “Memorial a Criança Não Nascida”. A criança perdoa a mãe pelo crime do aborto. A mãe é mármore: o peso e a dor do arrependimento. A criança é translúcida: como o perdão.

 

Obsolescência

Enquanto, na Europa, o uso de máscaras já não é obrigatório, no prédio do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e outros prédios governamentais em Brasília, as Excelências exigem o cartão de vacina.

MPDFT. Foto: reprodução do Google Maps

 

Manutenção.

Os buracos da 710/910 sul fazem estragos constantes. Leitor lembra também da cratera na saída do Drive Thru da Mc Donalds da W3 norte. Veja as fotos a seguir.

 

Vida da cidade

Foi justa a homenagem, aos 60 anos, do Colégio Sacre Coeur de Brasília. A iniciativa foi do deputado distrital Jorge Viana, do Podemos.

Foto: redesagradobrasilia.com

 

Estranho

Não é mais possível encontrar, no YouTube, vídeos feitos em equipamentos tecnológicos avançados, onde mostram a reação dos fetos durante o aborto. Imagens fortes e que podem convencer muitas pessoas a desistir desse tipo de assassinato. Coincidentemente, o assunto da descriminalização do aborto está voltando.

História de Brasília

Diga presente, ao baile da cidade. Dia primeiro, no Teatro Nacional. Você estará prestigiando a cidade, e poderá dizer, depois, que já participou de um baile, onde não havia penetras. Será o primeiro baile de Brasília, no Carnaval, e marcará uma história que os outros contarão. AC. (Publicada em 17.02.1962)

Vacina contra ismos e istas

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Charge do Amarildo

 

Analistas dos quatro quadrantes da política nacional, aos poucos, vão convergindo para uma avaliação consensual que os leva a crer que a próxima eleição para presidente da República, a ser realizada em 2 de outubro de 2022, mais do que um simples pleito rotineiro para a escolha do próximo chefe do Poder Executivo, significará um ponto de inflexão capaz de transformar a nossa remoçada democracia numa espécie de Frankenstein, que se voltará contra o próprio Estado Democrático de Direito e as liberdades individuais.

Trata-se aqui de mais uma encruzilhada histórica, preparada pela mão invisível de um destino, que cuidamos de desenhar para nós mesmos, passo a passo. Isso se, até lá, não surgir uma alternativa que trafegue pela via racional do centro e do bom senso. Não no sentido de aglutinação de forças do já conhecido e nefasto Centrão, capaz de tudo, mas de grupos comprometidos com a ética pública e com o futuro do país. E é aí que reside o perigo, uma vez que esse seria um passo possível apenas com uma qualificação do eleitor e de todo o processo eleitoral, o que, convenhamos, ainda é uma miragem.

Por certo, o vácuo deixado pela não realização de uma verdadeira e profunda reforma política pesará neste instante em que a nação reclama por um modelo que livre o Brasil do impasse maniqueísta, em que parece ter mergulhado desde 2003 e que prossegue agora, na margem oposta desse rio de insensatez, desde 2018.

Caso se confirme uma opção ou outra nessa disputa extremada entre cara e coroa, o que teremos será representado pela mesma moeda sem valor de face ou lastro, incapaz de honrar os custos e o preço de uma democracia pra valer. Colocada de modo estratégico no centro da ação política, como se fosse um agente ativo, capaz de direcionar as medidas adotadas pelo governo, o que é absolutamente falso, a população, que parece não perceber esse mecanismo maroto, utilizado pelos populistas, é usada apenas como massa de manobra e responsabilizada, no final, por toda e qualquer medida tomada pelo presidente, mesmo as mais absurdas e prejudiciais.

É essa justamente a face cruel do populismo, seja ele de esquerda ou direita. A qualificação do eleitor seria o melhor caminho para impedir o avanço desses extremos fundados na exaltação de personalismos, que fazem falsamente, desses indivíduos, figuras muito acima de partidos e de ideias políticas, de modo a fundir seus nomes próprios à falácia de movimentos de transformação da sociedade. Daí o surgimento do Lulismo, Bolsonarismo e outros ismos, a confundir a pessoa com alguns movimentos de transformação.

Para historiadores, a experiência popular de provar das maçãs verdes e vermelhas, estaria inserida no próprio processo de aprendizagem de uma nação e seria necessário para uma evolução natural da sociedade democrática. Pelo sim, pelo não, o que se sabe é que, enquanto forças de centro democráticas não se apresentam, o caminho mais longo e seguro seria o investimento em educação de qualidade, sem ideologias, capaz de fornecer ao cidadão todo o potencial para o desenvolvimento da capacidade de reflexão, de modo que ele possa visualizar a realidade como ela é, não como querem que a vejam, podendo assim, ser livre para agir. Essa é, por enquanto, a única vacina eficaz contra comunistas, fascistas e outros istas e ismos a nos infectar.

A frase que foi pronunciada:

Basta que o povo saiba que houve eleição. As pessoas que votam não decidem nada. As pessoas que contam os votos decidem tudo.”

Josef Stalin

Josef Stalin. Foto: super.abril.com

Muito estranho

Já está na hora de o GDF tomar as rédeas dos serviços públicos. Usar a pandemia para não atender pessoalmente os cidadãos não justifica mais. Se mercados, igrejas, escolas estão abertas, não faz sentido o cidadão precisar de um serviço e ter que sofrer com telefonemas que nunca atendem ou sites que nunca funcionam. A não ser que os impostos pagos pelos cidadãos tenham um desconto proporcional aos dias não trabalhados.

Foto: Francisco Aragão/Agência Brasília

Vai entender

Então os espectadores passam uma hora inteira aguardando um show e a organização é multada, mas quem recebe o dinheiro pelo infortúnio da plateia é o Procon. Isso parece o tempo em que a nobreza terceirizava as penitências recebidas. Nesse caso, o público que pagou a entrada não recebe nada. O projeto é da deputada tucana Edna Henrique e recebeu parecer favorável do relator na comissão, deputado Alexandre Frota, do mesmo partido. O texto ainda vai passar pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Deputada Edna Henrique. Foto: camara.leg

História de Brasília

E mais: o hospital está situado exatamente na rua, na separação das duas quadras. O caso não vem sendo notado pela Novacap, que mandou passar o meio fio em frente à rua, em frente ao hospital. (Publicada em 02.03.1962)

O vírus da ideologia

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Palácio do Itamaraty. Foto: gov.br

 

Tão ou mais prejudicial para saúde e o futuro dos cidadãos está o vírus da ideologia. Ao infestar a máquina do Estado e suas instituições, com seu bafo fétido, irradia seus efeitos maléficos para os outros Poderes da República, fazendo, do país, um refém de orientações abstratas que, ao fim e ao cabo, compromete, seriamente, o futuro de todos.

O mais danoso é que toda essa contaminação é feita em benefício apenas de interesses pessoais e momentâneos de um pequeno grupo, que se coloca acima de todos e de tudo para a consecução de seus desígnios inconfessáveis. É isso que é, e não outra coisa. E é isso que tem atravancado o deslanche do Brasil rumo a uma modernidade que a todos pertence por um direito inalienável e que, jamais, poderia ser corrompido ou atalhado. Ou é isso, ou é o que temos tido ao longo dessas últimas duas décadas e que não basta.

Depois do lulopetismo, ou seja lá que outro nome pode ser pespegado àquela trupe de malfeitores camuflados de políticos, nem bem a nação tenha restabelecido algum sentido de lucidez, adentrou de súbito por um outro labirinto oposto, mas que também imbica rumo ao terreno árido e baldio, onde nada floresce, apenas o pó.

É nessa gangorra, que não sai do lugar, que vamos desperdiçando o tempo de décadas. Dos muitos exemplos que poderíamos trazer para ilustrar essa praga de gafanhotos que nos consome, ficamos com um apenas, mas que traduz, como nenhum outro, a imagem que o mundo possui de nosso país. E é nesse cenário que surge a figura do ministério das Relações Exteriores, também conhecido como Itamaraty ou Casa do Barão do Rio Branco. Outrora orgulhoso de seu desempenho positivo frente às questões que levaram a definição derradeira das fronteiras do Brasil entre outras ações que granjearam o respeito internacional, fazendo de nossa diplomacia um exemplo para o mundo civilizado, o que parece restar hoje do Itamaraty, como instituição, por certo, enrubesce os velhos e calejados embaixadores que, nesse caso, preferem ficar distante desse esfarinhamento.

Mesmo no período militar, pós 64, quando a ideologia castrense orientava um afastamento respeitoso da União Soviética e seus satélites, e uma aproximação cautelosa do Grande Irmão do Norte, havia ainda uma certa personalidade orgânica nessa instituição que ajudava o país a manter um rumo, sem maiores incidentes de percurso. A partir de 2003, já no século XXI, com a chegada dos primeiros construtores do labirinto sinistro, toma assento no leme do MRE, Celso Amorim, que chamava o então presidente Lula, um notório desorientado, principalmente dos caminhos da ética pública, de “nosso guia”. Deu no que deu.

Com ele à frente da instituição e sob a doutrina de uma cartilha que mandou imprimir e distribuir para todo o pessoal da Casa, o Brasil adentrava para o clube faminto do terceiro mundismo, abrindo embaixadas e outras representações no fim do mundo, estreitando relações com países ditatoriais de esquerda, para onde foram carreadas somas bilionárias do dinheiro público, via BNDES inclusive, para a Ilha dos Castros, uma espécie de paraíso lúdico do Caribe para patifes de toda a parte.

Com Amorim, o Itamaraty conheceu o inferno do Gulag, com perseguições e outras ações contra o pessoal discordante. Pouco refeito do sendero petista, que se viu obrigado a trilhar, e após um governo Dilma de igual esfacelamento do MRE, nem bem conheceu um estágio de restabelecimento do juízo e da plenitude da sanidade mental, eis que o Itamaraty envereda agora pelo labirinto oposto da destra mão, deixando-se navegar pelas águas também turvas de uma direita pouco esclarecida e que anseia estreitar relações com países que torcem o nariz para esses salamaleques oportunistas.

Com Ernesto Araújo, um jovem diplomata feito chanceler que, em tese, teria a oportunidade de colocar o Itamaraty nos antigos eixos de respeitabilidade, caso ouvisse os mais velhos e experientes da Casa, o Itamaraty muda o curso para estibordo, desfazendo com o pé direito o que o ex-ministro Celso Amorim fez com o pé esquerdo. Deu no que deu também. Este comportamento ciclo tímico da instituição, afetada sempre pelos ventos malcheirosos da ideologia, conduziram nossas relações com o exterior ao que é hoje: um arremedo do passado sem maior importância, como uma lama penada, a quem foi retirada a alma e a vida. É uma pena e um grande prejuízo para o país.

 

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A isso me proponho aqui. Fazer do Itamaraty um instrumento de amor pelo nosso país e pelo nosso povo”

Ernesto Araújo, no discurso de posse.

 

Caixa de Marimbondos

Chegou a hora de dar uma sacodida nessas Confederações, Federações de Esportes. Há reclamações por todos os lados de presidentes e diretores que não passam o bastão nem com reza braba. Ministério do Esporte, da Cidadania, instâncias que vão e voltam, TCU, sabem que a situação está bem desfavorável aos atletas.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Em Punta del Este, todas as bandeiras dos países participantes da Conferência foram hasteadas normalmente. A de Cuba enroscou-se no mastro e subiu à força. (Publicado em 25/01/1962)

Idiotização ideológica

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Professora Monique Emer. Fotomontagem: reprodução

 

Nada mais novo do que o dia seguinte. Com base nesse aforismo, que pode ser também aplicado para a confecção de leis, mesmo as mais hodiernas, fica evidente que a dinâmica da vida humana e dos acontecimentos podem, por sua força, mostrar a necessidade de rever algumas decisões legais, dentre elas, a que foi recentemente sepultada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), denominada “escola sem partido”.

Trata-se aqui de uma decisão, em última instância que, por seus efeitos deletérios, a longo prazo, poderá induzir, justamente, os efeitos contrários que os doutos juízes procuraram, em seus pareceres, justificar. Observado pelo lado da medicina, é possível que o movimento ESP, surgido da triste constatação do fracasso do ensino público, tenha sido vítima de catalepsia, ou de morte aparente, e com isso foi enterrado ainda vivo.

A inconstitucionalidade da proposta, que o Supremo foi levado a declarar e que, com todas as vênias, deve ser respeitada, parece não possuir, dentro dos infinitos caminhos da tábua de leis, uma solução capaz de levar a educação no Brasil ao seu ponto de equilíbrio e harmonia. Esse ponto, diga-se de passagem, só pode ser atingido com a opção do caminho do meio. Ao atender aos reclamos unilaterais das esquerdas, por meio de Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin 5537), apresentada pelo notório Partido Democrático Trabalhista e pela moribunda Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino, o que se decidiu foi a livre continuidade do proselitismo ideológico dessa vertente, mesmo contrariando os fatos pedagógicos que mostram que, por esse caminho, nossas escolas têm formado, até aqui, apenas militantes e não cidadãos aptos a encontrar um lugar ao sol, robôs correligionários e não seres humanos dotados de real humanismo.

Os acontecimentos em Caxias do Sul, onde a professora Monique Emer, de uma escola municipal local, declarou, abertamente, que ensina seus alunos e seus próprios filhos que indivíduos da direita devem ser mortos, ou por Covid-19 ou à bala, parece levar os brasileiros de volta à tumba da ESP, para exumação, não do corpo, mas das ideias iniciais que lá ainda estão e que merecem ser revisitadas em face do acontecimento que demonstra que, para as esquerdas, o caminho foi aplainado.

Uma simples comparação do que ocorre em nossas escolas, em contraposição a escolas na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos, pode dar o tom do que estamos querendo dizer. Os vídeos que mostram a retórica da referida professora, que estão em destaque na internet, falam por si. “Todos os alunos que passam por minha mão vão ser muito mais faca na bota”, afirma a militante, travestida de educadora. Para ela, a dita Confederação dos Trabalhadores em Educação e o próprio PDT não têm nada a declarar.

Ao agir comandando seus alunos para botar fogo em ônibus, quebrar mercados e bancos, saquear as lojas, esse exemplo de educadora, acobertada pelos seus pares insanos, exerce o “magistério” da mesmo forma que os Jihadistas agem ao doutrinar crianças para que se tornem terroristas ou pequenas bombas ambulantes.

A educação de verdade passa longe desse tipo de discurso e só pode apontar o caminho da vida e da concórdia. E isso só pode ser feito sem idiotização ideológica, sejam elas quais forem.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O que a escultura é para um bloco de mármore, a educação é para a alma humana.”

Joseph Addison, poeta e ensaísta inglês do séc.18

Joseph Addison. Imagem: wikipedia.org

 

Atentos

Caesb, CEB, Detran, funcionam nos diversos Na Hora do DF. Agendar pela internet é fundamental para o atendimento.

Foto: nahora.df.gov

 

Enfim

É longa a lista de reclamações sobre a infraestrutura do Parque da Cidade. Enfim, o GDF já contratou a empresa que irá reformar os banheiros, quadras de esporte, piscina, chuveiros externos entre outras obras. O revestimento das paredes projetadas por Oscar Niemeyer será apenas trocado, como garantiu a subsecretária de Projetos, Orçamento e Planejamento do GDF, Ery Brandi.

Piscina de Ondas – Parque da Cidade. Foto: Ed. Alves/CB/D.A. Press

 

Agenda positiva

O Prêmio Parentalidade: boas práticas de visitadores na pandemia, organizado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e pela Fundação Bernard van Leer, que valoriza os profissionais que não se abateram pela pandemia e que criaram estratégias para manter o apoio às famílias com crianças na primeira infância, premiou duas vencedoras que fazem contato com famílias inscritas no programa Criança Feliz Brasiliense, que tem por objetivo apoiar e fortalecer vínculos e estímulos às crianças que vivem em áreas de maior vulnerabilidade. As vencedoras foram Domingas Pereira Rabelo, de 28 anos, e Edna Firmino da Silva Marcena, de 40 anos.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Agora que a Novacap se prepara para um plano de defesa do produtor, dando-lhes lugar para vender seus produtos, há a reação, e os exploradores se fazem de vítimas. (Publicado em 20/01/1962)

Sabe de nada, inocente! 

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Luiza Erundina com Guilherme Boulos. Imagem: Folhapress

 

Anedota que corre pelas terras do sul do país diz que os eleitores gaúchos, por sua teimosia histórica, votam na esquerda, depois saem em massa em direção ao estado de Santa Catarina e do Paraná, em busca de empregos e melhores condições de vida. Pelo sim, pelo não, o fato é que muitos analistas acreditam, de olho nas pesquisas, que a candidata do PCdoB, Manuela D’Ávila, para prefeitura de Porto Alegre é quase certa. Com a ausência de boa parte do eleitorado gaúcho nas urnas, a esquerda, mais disciplinada, tem aproveitado a oportunidade e está quase chegando ao comando da capital, correndo paralelo aos acontecimentos que se desenrolam do outro lado da fronteira, na Argentina, onde a esquerda avança sobre um país em ruínas.

Em São Paulo, o mesmo fenômeno ocorre com a disputa entre os candidatos Boulos e Covas. A questão é saber que importância esses fatos, que vêm ocorrendo a quilômetros de Brasília, têm para o futuro político da capital. Isso depois que forçaram a cidade a entrar nesse jogo de disputas, onde quem mais perde é o cidadão, que é chamado a pagar as contas dos gastos astronômicos deixados pelos políticos.

Dois fenômenos trazidos pelas eleições em segundo turno, que hora se processam tanto no Rio Grande do Sul quanto em São Paulo, podem esclarecer melhor o que, hipoteticamente, está por vir em direção também a Brasília. Primeiro, é possível detectar que a posição um tanto inusitada, que coloca Manuela e Boulos com possibilidades de chegar ao comando das prefeituras dessas duas importantes cidades, pode ser explicada pela situação de vantagem que esses dois postulantes aparecem nas mídias sociais, talvez por conta de uma maior cumplicidade e intimidade que esses dois candidatos têm com essas mídias. Em segundo lugar, essa posição que, para alguns, pode prenunciar um retorno e um avanço das forças de esquerda no controle do país deve-se a um maior envolvimento dos eleitores jovens nessas campanhas, talvez até uma espécie de revanche contra as posições extremadas do bolsonarismo em relação às mulheres, às causas gays e outras bandeiras que a juventude enxerga e assimila constantemente nas universidades e nos movimentos culturais.

Também o apoio dado por uma coleção de artistas a esses candidatos de esquerda empresta certo peso às suas candidaturas e ajuda na identificação com a população mais jovem. Mas, contudo, não basta o fenômeno das mídias sociais e a adesão da classe artística para alavancar e tornar viável essas candidaturas, ainda mais bem no meio do mandato do atual presidente, com o cacife que ainda lhe resta.

De toda forma, um fato muito maior e de alcance planetário vem chamando a atenção de boa parte da classe política no Ocidente: cada vez mais, a população jovem em todo o mundo, principalmente em países de grande prosperidade econômica, está declarando sentimentos de afinidade com as ideias de socialismo, comunismo e outras de vertente esquerdista. Tanto na Europa Ocidental quanto nos Estados Unidos, mais e mais, os jovens se declaram simpáticos às esquerdas. Nos Estados Unidos, esse sentimento é mais observável, inclusive com parcela significativa dos militantes do tradicional Partido Democrático local, declarando-se abertamente adeptos da cartilha socialista.

O mais curioso é notar que esses jovens, vivendo na maior abundância material que o capitalismo pode proporcionar, e mesmo desconhecendo a verdadeira face do comunismo e o que esse regime provocou no mundo entre ruínas e mortes, ainda assim se empenham em reviver a esquerda em seus países. Para essa população que clama por menos liberdade de mercado e mais poder de intervenção do Estado, o futuro parece se desenhar com tintas escurecidas.

Para a geração de professores universitários que, durante a guerra fria, conseguiu imigrar para os países capitalistas, principalmente os economistas, sociólogos, estatísticos e outros letrados em ciências humanas e que viveram, sob esses regimes, anos e anos de agruras e falta de alimentos e oportunidades, ouvir seus jovens alunos pregarem a favor do comunismo soa como um retorno ao inferno. Para outros, como o professor de economia, o  romeno Rosíu Ovidiu Petre Octavian, essas pregações de seus pupilos eram acolhidas com um sorriso no canto dos lábios e um silêncio de quem diz para si próprio: “não sabem de nada, inocentes”.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:     

“Quanto mais o tempo passa, menos eu significo pras pessoas e menos elas significam pra mim.”

Charles Bukowski, romancista estadunidense nascido na Alemanha

Charles Bukowski. Foto: reprodução

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Hoje, é o aniversário de um homem tímido, inteligente, capaz, seguro, às vezes ingênuo, que confia nos homens, acredita nas palavras alheias. Hoje, é o aniversário de um homem simples, que tem tudo para ser orgulhoso. Hoje, é o aniversário de um gênio. Bom dia, doutor Oscar Niemeyer. (Publicado em 15/12/1961)

OAB e o reflexo no espelho

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Foto: diariodopoder.com.br

 

Curioso notar que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), uma entidade que, por seu estatuto, deveria, além de representar, defender e disciplinar o exercício dos profissionais da advocacia, vem, nesses últimos anos, se transformando, aos olhos de todos, num órgão político-partidário em defesa claramente de uma ideologia de partido. Notem que esse tipo de grave afirmação não vem apenas por parte de alguns veículos independentes da imprensa, que há muito já notaram esses desvios, mas parte principalmente de dentro da própria instituição, mais precisamente de advogados incomodados com a mudança de rumos e de objetivos.

O que eleva essa questão a um patamar de preocupação máxima e que requer medidas extraordinárias, para fazer esse organismo retornar aos trilhos da normalidade institucional, é que a OAB passou a enfeixar em si um conjunto de tamanhas responsabilidades que fez dela mais do que uma corporação profissional, situando-a até como defensora da Constituição, do Estado Democrático de Direito e dos Direitos Humanos.

Como já foi notado por alguns de seus membros, a OAB se transformou numa espécie de órgão público federal, muito embora goze de ampla independência, apta, inclusive, a ajuizar ação direta de inconstitucionalidade (Adin). É preciso reconhecer que na maior parte de sua história, a OAB se posicionou de maneira isenta e do lado certo, quer lutando pelo restabelecimento da democracia ou contra os abusos das autoridades nos casos de flagrante violação dos direitos humanos.

Ocorre que essa é uma história que ficou num passado distante e já não serve mais como uma bússola para essa Ordem, abduzida, há tempos, pelos ventos nefastos de uma orientação ideológica, estranhos a sua formação e ao que esperam os cidadãos desse país. Afirmar ser a OAB uma entidade política é uma coisa natural e legítima. Outra é se certificar que a OAB, se transformou numa espécie de filial partidária, submetida a uma ideologia de partido, centrada na defesa da cartilha daqueles partidos de esquerda.

A partir de 2005, com o estouro dos escândalos do Mensalão e de outros que se seguiram num ritmo alucinado, é possível acompanhar, de forma nítida, cada um dos posicionamentos da OAB com relação a essas descobertas, sua omissão, sua defesa velada aos envolvidos naqueles episódios e seus ataques inexplicáveis a todos aqueles operadores da justiça que buscavam esclarecimentos e punições aos criminosos.

A trincheira escolhida pela OAB nesses acontecimentos deixou claro para todos a estranha metamorfose às avessas, voltando ao estado de larva. As declarações recentes do seu atual presidente não deixam dúvidas sobre essa guinada a uma esquerda anterior à queda do Muro de Berlim. O calvário vivido pela OAB matiz explica em parte o descrédito dessa instituição junto aos brasileiros e diz muito sobre a necessidade de reformas nessa e em outras entidades que se tornaram decadentes e anacrônicas por força de suas próprias escolhas.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“Après moi, le délugue.”

Bolsonaro parafraseando Luís XV, ao imaginar os cofres do governo em mãos erradas.

 

Tinta

Quem atravessa o Eixão Norte já está acostumado com o espaço e trafega sem problemas. Mas para os visitantes, a tinta no asfalto delimitando a largura das faixas de rolamento seria o natural.

Foto: Joana (kekanto.com)

 

 

Recursos

Bruna Rosa Barreto Fonseca Dias Nunes e Marina Santana, da Secretaria de Administração e Economia Criativa do DF, foram designadas para acompanhar o projeto da Revista Traços. Caberá a elas a elaboração minuciosa de um relatório que informará se a parceria com o governo é produtiva. Logo deverão ser publicados os valores dos recursos públicos aplicados pela Oscip.

Foto: revistatracos.com

 

 

Disque 100

Muito fácil denunciar qualquer caso de violência. Seja doméstica, contra o idoso, crianças, contra a mulher, contra migrantes e refugiados. Basta ligar para o número 100. A ligação também pode ser feita de celular e é gratuita. O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos mantém o número ativo por 24h/dia.

Arte: divulgação

 

 

Novos tempos

Médicos antenados nas mídias sociais são os preferidos do público internauta. Geralmente a marcação da consulta pelo portal da clínica é amigável e rápida.

Arte: prodoctor.net

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os HP-3 mais bem localizados são os dos senhores Helvécio Bastos e Waldomiro Slaviero. Quando chove as duas casas ficam cercadas por um belo lago vermelho, habitação ideal para mosquitos. (Publicado em 14/12/1961)

Dewey, Gramsci e a Escola sem Partido

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Em alguma sala de aula desse Brasil (Foto: facebook.com/socialistadeiphone)

Democracia é essencial à humanidade por um simples fato: só ela é capaz de permitir uma verdadeira e eficaz relação de harmonia entre o indivíduo e a sociedade, colocando em equilíbrio e paz essas relações. A eleição agora, de um novo presidente e, consequentemente, a aprovação de sua plataforma de governo pela maioria da população, significa, entre fatores, que nesse momento, parcela majoritária dos brasileiros achou mais prudente tomar rumo totalmente contrário às medidas que vinham sendo adotadas dentro do receituário das esquerdas.

Isso não quer dizer que, lá na frente, a situação não venha a se modificar, afinal, isso é da natureza democrática. Até lá, é preciso ser realista para insistir num ponto fundamental: o início de uma nova orientação político administrativa do país não possui o condão de, per se, enterrar discussões e assuntos do interesse da sociedade.

Esse é especificamente o caso da discussão que vinha sendo travada entre aqueles que defendem e refutam a chamada Escola Sem Partido. O fato da discussão ter esfriado por uns instantes, não significa que ela deixou de existir ou foi banida para sempre dos meios acadêmicos. E por uma razão também simples: no pano de fundo dessa discussão, mesmo que muitos não tenham sequer notado, existe a figura do professor, que vem a ser a figura central de toda essa trama.

E é aqui que a discussão toma uma outra direção e foge tanto dos apelos ideológicos e fáceis dos partidos, como do desejo do Estado em preparar mão de obra obediente e alienada. A verdadeira escola, se isso pode existir, não está a serviço nem de um, nem de outro sujeito.

É sabido que no Brasil, por suas especificidades históricas e culturais, os grandes temas mundiais, tenham a natureza séria que tiverem, sempre acabam descambando para o lado pândego de nossas interpretações, compensando assim nossa pouca profundidade erudita em temas complexos. No caso da discussão em torno da ESP, a confusão foi estabelecida logo de saída pela nossa pouca informação do tema. No calor dos debates rasos, até mesmo a figura do filósofo e pedagogo norte americano, John Dewey, foi convocado para justificar, do ponto de vista intelectual, tanto um lado como o outro lado.

Interessante é que em nenhuma das partes era possível encaixar o pensamento de Dewey e mais uma vez por um simples detalhe: a ele, tanto os defensores como os detratores da ESP, interpuseram como figura catalisadora e central do tema, a figura do ideólogo e filósofo Italiano Antonio Gramsci. Com isso, o tema foi reduzido ao seu mínimo divisor comum, ficando prisioneiro dentro do labirinto de estratégias e táticas políticas para a tomada do poder. “Não tomem quartéis, tomem escolas e universidades”, teria recomendado Gramsci no início do século passado. Embora contemporâneos, Dewey e Gramsci tinham, por suas obras e reflexões, visões opostas sobre o papel da educação na vida do indivíduo e na formação da sociedade. Enquanto o filósofo americano via a educação não apenas como um processo social de desenvolvimento, mas como a própria vida, Gramsci via na educação um meio de formar e transformar pessoas em sujeitos aptos a dar prosseguimento ao socialismo.

Dewey, por sua vez, baseava suas ideias num compromisso com a cultura democrática. Para ele, a democracia não era apenas um jogo de regras políticas. Democracia como educação era um modo de viver, era a própria vida. Para tanto, as escolas eram um local de liberdade, onde se podia vislumbrar a possibilidade de ser livre, isso é, liberto das armadilhas do Estado ou de partidos, ou seja, do que for.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O objetivo da educação é o avanço do conhecimento e a disseminação da verdade.”

John Fitzgerald Kennedy, ex- presidente norte americano

 

Venezuela

Crente que tivesse apoio de outras ditaduras, o presidente Maduro não precisa esperar. Depois do PT, só a senhora Gleise Hoffmannn o apoiou corajosamente. Disse o amigo Alexandre Garcia: “Da União Soviética à Venezuela; não são as ditaduras socialistas que fracassam; é o próprio socialismo que não funciona, nem com poderes ditatoriais.”

Foto: facebook.com/alexandregarciaoficial

 

Perigo

No piscinão do Lago Norte, é possível ver, de vez em quando, jet ski entre os banhistas. Não se sabe se o perigo iminente é responsabilidade de quem aluga, no local, o veículo náutico ou do próprio condutor.

 

Boa ideia

Talvez pelo aluguel mais barato, a Polícia Federal tenha escolhido o Riacho Fundo para o atendimento da seção de passaportes. A experiência de quem não costuma sair do Plano Piloto é enriquecedora.

 

Experiência

Falando nisso, pode ser interessante, para a Secretaria de Educação, promover passeios de intercâmbio entre as escolas do Plano e RAs.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os jornais estão publicando a chamada geral de trabalhadores para o reinício das obras de Brasília. É uma notícia que está para nós, como a chuva está para o Nordeste. (Publicado em 09.11.1961)

Levar vantagem virou cultura

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Charge do Duke (dukechargista.com.br)

Uma checagem na lista dos maiores incentivadores (pessoa jurídica) dá conta de que a Lei Rouanet tem por detrás empresas públicas como BNDES, Banco do Brasil, Correios, Petrobrás e outras grandes estatais que se utilizam do dinheiro público para incentivar núcleos privilegiados e, em muitos casos, de renome nacional.

O mesmo se sucede com a distribuição desigual desses recursos, contados aos bilhões de reais, por regiões. Em 2015 os recursos aprovados em mecenato por região mostram o Sudeste com o quádruplo desses financiamentos em relação ao restante do país. Essa concentração regional é alvo de muitas críticas e de discussões entre os próprios artistas que criticam o apoio da Lei a projetos meramente lucrativos e a artistas de renome.

Muitos entendidos no assunto costumam afirmar que, pelo formato atual da Lei Rouanet, em que é estabelecida uma parceria público-privada, o dinheiro é público, mas a decisão em apoiar e selecionar os projetos ficam no âmbito particular, ao alvitre das empresas dentro de uma estratégia de lucro imediato. Diante dessa degeneração da Lei, sobretudo durante os governos petistas, a Lei Rouanet perdeu seu espírito original, transmutando-se numa porta escancarada para desvios e para a corrupção.

 

A frase que foi pronunciada:

“O planejamento é essencial, mas o plano é inútil.”

Einsehower

 

Mãos à obra

Se 3,3 milhões de pessoas morrem todos os anos por consequência do uso do álcool no mundo, como averiguou a OMS, está na hora de o Brasil tomar medidas similares ao tabaco como forma de proteger principalmente os jovens. Por aqui, o consumo do álcool por pessoa em 2016 foi de 8,9 litros, maior do que a média internacional, que chegou a 6,4 litros.

Foto: portaldoholanda.com.br

Mudanças

Não é só a imprensa que passa por uma transformação depois do advento da Internet. As próprias notícias postadas na Internet sofrem modificações de acordo com interesses, de forma parcial e irresponsável.

Tirinha da Nani (nanihumor.com)

Imbróglio da intolerância

O recente caso do Fernando Silva Bispo, mais conhecido como Fernando Holiday, é um exemplo. Para quem não o conhece, trata-se de um político brasileiro, novo, filiado ao Democratas e vereador da cidade de São Paulo. Foi eleito com 48.055 votos nas eleições de 2016, sendo o primeiro homossexual assumido a ocupar tal cargo.

 

Tristeza

Holiday é bem incisivo em seus discursos e incomoda bastante os partidos de “esquerda”. Onde há incoerências do PT, Holiday as aponta tirando todas as máscaras, mostrando que aqueles rostos nunca ficam vermelhos.

Foto: facebook.com/fernandoholiday.mbl

Movimentos

Na última audiência pública na Câmara de Vereadores de SP para tratar da reforma da Previdência, depois de uma reunião conturbada, com muita briga, empurrões, discussões acirradas, o pior aconteceu. Dia 26, no encerramento das atividades, manifestantes petistas tentaram derrubar o portão para invadir a câmara municipal. Foi preciso a polícia dispersar os manifestantes com água e bala de borracha.

 

Atentado

Acabada a votação da Reforma da Presidência, o relator Holiday apareceu na janela para ver os manifestantes, que o reconheceram de imediato, e gritavam palavras de baixo calão. Logo depois, um projétil atingiu a janela do gabinete. Feito o boletim de ocorrência, baseado no perigo de vida experimentado pelo parlamentar paulista e pela característica da perfuração feito por arma de fogo.

 

Troca

Interessante o aplicativo que une duas realidades. Dos mais abastados em doar e dos mais necessitados em receber. Trata-se do Cataki. Depois de fazer um breve cadastro há possibilidade de chamar uma equipe para recolher as doações que podem ser vidros, plásticos, eletrônicos, entulhos, móveis, baterias, óleos entre outros. O que está em desuso pode ser muito importante para alguém.

Foto: cataki.org

Curiosidade

Uma pesquisa interessante feita por curiosidade mostrou que nenhuma escola de inglês em Brasília tem uma telefonista que atenda o telefone e seja capaz de compreender o interlocutor norte-americano. Em compensação, todas tinham alguém por perto para socorrer a funcionária.

 

Necessidade

Antenado nas mídias sociais, o GDF de Rollemberg tem vários canais para manter contato com a população. Resta saber se o novo governador tem uma equipe para cuidar do assunto, que é fundamental se tiver interesse em interagir com os brasilienses.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Este, doutor Sette, é um pequeno balanço. Não mostro o mapa da mina, como fez o senhor, porque não sei onde ele está. (Publicado em 07.11.1961)

 

Prisioneiros das próprias contradições

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Charge: psdb.org.br

Em encontro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, que acontece nesse fim de semana em Brasília, lideranças de todo o país discutirão novos rumos para a legenda após a derrota sofrida nas últimas eleições.  É com base na análise detida da performance do partido em outubro passado que sua cúpula pretende traçar novas estratégias para esses próximos anos e para as eleições de 2022. Pelo menos é o que está previsto para acontecer.

No entanto, para aqueles que conheceram o partido por dentro e que hoje adotaram uma postura de distanciamento e de crítica, o encontro em Brasília é uma tentativa desesperada da legenda para não naufragar nesses próximos quatro anos, diante não apenas dos significativos 11 milhões de votos a mais colhidos pela direita, mas, sobretudo, pela grande rejeição demonstrada pela população em relação a legenda.

De fato, o que motiva esse encontro, mais do que táticas políticas na formação de frentes amplas de partidos da esquerda, é o temor de que o crescente antipetismo, expressado pela sociedade e verificado em todos os patamares da pirâmide social, acabe empurrando o Partido ladeira abaixo, transformando-o numa legenda significativa apenas nos grotões mais miseráveis do país. A tentativa de atrair nesse encontro a simpatia de partidos como o PDT, PCdoB e PSB para a formação de uma força conjunta contra o governo Bolsonaro, é, no presente momento, a única estratégia para dar uma sobrevida ao partido.

É claro que, nessa altura dos acontecimentos, os partidos de oposição que sempre tiveram um protagonismo periférico nos governos petistas desconfiam que temas como frente ampla e outros discursos do gênero escondam ainda a pretensão hegemônica do PT de soerguer-se individualmente e de maneira isolada e mesquinha. Nesse caso não seria surpresa se, mais uma vez, o lulopetismo utilizasse essas legendas apenas como tábua de salvação para não submergir a maré crescente do conservadorismo.

Uma observação pertinente que cabe não só aos petistas, mas sobremaneira a todos os partidos de esquerda é que todos eles ainda não compreenderam que o Brasil, por sua formação histórica e por diversos outros fatores, é um país conservador. Se isso é bom ou ruim, pouco importa. O importante é saber que nenhum partido possui o condão de mudar essa realidade factual. Analisado por esse viés, até mesmo o próprio Partido dos Trabalhadores é, por sua insistência em ser dirigido, desde sempre, pelo mesmo grupo, uma legenda conservadora.

É preciso notar aí, que a rigor, se fossem utilizados os dispositivos previstos não só na Constituição, como na legislação eleitoral, há muito essa legenda teria o seu registro cassado.

São evidentes e fartas as provas, em mãos da justiça, que atestam que, por anos, esse partido recebeu grandes somas de dinheiro oriundas de desvios nas estatais, via empreiteiras interessadas nesse nicho criminoso. A inutilidade de encontros e de discussões como essa torna-se patente quando se verificam que, por detrás de pregações de renovação, o partido não consegue ocultar o desejo de ver sua maior liderança, hoje condenado e preso, subir novamente a rampa do Planalto.

A insistência em manter, no controle da legenda, lideranças publicamente desgastadas e até mesmo repudiadas pela população é uma prova de que o PT, assim como seu fundador, estão todos juntos trancafiados numa cela da Polícia Federal em Curitiba. Vítima de suas próprias contradições, o petismo não consegue se libertar de seu passado recente e do fato de que é propriedade daquele que jura nada possuir em seu nome!

 

A frase que foi pronunciada:

“Bicudo combateu a ditadura militar e a do PT.”

Reale Jr, advogado

Foto: exame.abril.com.br

Valorização

Deputado federal Augusto Carvalho quer alterar um parágrafo de lei com uma proposta interessante. Um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério.

Foto: solidariedade.org.br

Sem nexo

É incompreensível que para a seleção de estagiários seja exigida experiência profissional.

Imagem: clubedebolsas.com.br

Dúvida

Ninguém estranhou que um general assessorasse o ministro Dias Toffoli? Mais que isso. Que um general fosse substituído por outro general para continuar a assessoria? Mais um pouquinho. Que o primeiro general que o assessorava viesse a ser nomeado Ministro da Defesa?  Devo estar vendo muitos filmes.

 

Novidade

Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação será obrigatório que as escolas e universidades divulguem os resultados obtidos em sistemas oficiais de avaliação.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Nunca foi tão alto o número de títulos protestados em Brasília. Em alguns casos, são aventureiros, mas em outros são comerciantes honestos e trabalhadores, que estão sufocados pela suspensão das obras da cidade. (Publicado em 07.11.1961)

A inutilidade crescente dos partidos políticos

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ARI CUNHA – In memoriam

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Foto: g1.globo.com/jornal-nacional

Ainda está a carecer de análises sérias e desapaixonadas sobre os fenômenos que propiciaram a eleição acachapante de Jair Bolsonaro para presidente da República. Pelo menos para que os ditos analistas possam entender o ocorrido à luz da ciência política.

Do ponto de vista da população em geral, não há essa necessidade. Ali, os fenômenos dessa magnitude são encarados como decorrentes de forças naturais que simplesmente ocasionam desgaste de pessoas e ideias ao longo do tempo, o que acabam por favorecer candidatos fora do espectro tradicional. Contudo, para o cidadão mais escolarizado e ligado na intensa movimentação política que tem sacudido o país desde 2005, quando estourou o escândalo do mensalão, esses novos fenômenos, de caráter social e global, necessitam ser melhor entendidos.

De saída sabe-se que muitas foram as causas que concorreram para a vitória de Bolsonaro, muitas, inclusive, já examinadas e reviradas por muitos analistas. Colocados sobre a mesa, os principais fatores que concorreram para a vitória de Bolsonaro podem ser reconhecidos a partir do grau de importância nessas eleições. Para surpresa geral, essa disputa eleitoral mostrou que grande soma de dinheiro, seja em malas, cuecas, apartamentos, caixa dois e outras modalidades ilícitas não tem o condão de se sobrepor à vontade livre das urnas. Outra constatação imediata advinda dessas eleições é que as televisões e os institutos de pesquisa de opinião perderam a antiga força de persuasão. Não se sabe ao certo ainda, mas, ao que parece, os bruxos do marketing político, que até aqui ganhavam fábulas de dinheiro fabricado em seus caldeirões políticos sob medida, estarão desempregados doravante.

De fato, o desencanto da população com os partidos e com a classe política atingiu níveis nunca antes experimentados, levando muitos brasileiros a optar por alternativas fora desses nichos tradicionais.

O que não resta dúvida é que foram justamente os partidos políticos, as instituições que mais perderam prestígio e poder nessas eleições. O motivo salta aos olhos. Transformadas, desde a redemocratização, em verdadeiras empresas do tipo “Tabajara”, os partidos políticos, nem de longe, conseguem atender hoje as demandas democráticas de uma sociedade que evolui muito mais veloz do que esses organismos monolíticos.

 

A frase que foi pronunciada:

“A ideologia instaura uma cisão entre a realidade e os conceitos, arranca as ideias de seu enraizamento orgânico na realidade, e assim petrifica o pensamento para controlar as pessoas.”

Ernesto Araújo, futuro ministro das Relações Exteriores

Charge: ouniversitario.saojeronimo.org

 

No mínimo

Ibram continua em silêncio em relação ao lixo do Paranoá Parque levado pelas águas da chuva até uma nascente no Setor de Mansões do Lago Norte. É preciso que o SLU amplie o projeto papa entulho naquela região para que os moradores descartem material em desuso em local apropriado.

 

Bem representado

Marcos Linhares, reconduzido na presidência do Sindicato dos Escritores de Brasília, vai criar o Instituto Distrital do Livro. Outra iniciativa é que escritores regionais sejam citados nas provas de vestibular. Há também a ideia de uma criação literária colaborativa na Biblioteca Maria da Conceição Moreira Salles. Veja as fotos da nova diretoria no blog do Ari Cunha.

 

Deu certo

Vale conhecer a simpática loja Bananika, na 205 Norte, bloco C, da arquiteta Priscila Martins Costa. Brinquedos inteligentes, ambiente agradável. O local abriga peças de diversos parceiros com venda colaborativa.

Fotos: facebook.com/lojabananika

 

Para inglês ver

Depois da urna eletrônica, o mais difícil de acreditar nas últimas eleições foi a cota para mulheres. Vale uma pesquisa acadêmica sobre a realidade do assunto. Os conchavos da base dos partidos e a vontade dos chefões das siglas se sobrepõem à qualidade dos candidatos.

 

De graça

Nessa sexta-feira, dia 23, por volta das 18h30, Oliveira das Panelas fará um show com entrada franqueada ao público na antiga Ascade, 610 Sul. A programação é do Sindilegis. O compositor, poeta, cantor e repentista será antecedido no palco por Nonato de Freitas, que fará um breve histórico sobre a cantoria: da Grécia à Serra do Teixeira, na Paraíba. Veja um pouquinho de Oliveira das Panelas no blog do Ari Cunha.

 

Greve

Alimentação dos alunos e limpeza das escolas comprometidas com a falta de pagamento. O GDF garante que o repasse foi feito e que o salário dos funcionários é de responsabilidade das empresas contratadas pelo governo.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Brasília tem tudo para possuir um serviço exemplar de Correios. Basta que o DCT compreenda isto, aumente o número de agências, humanize o trabalho, higienize o ambiente, e modernize a compreensão que os funcionários têm sobre suas atividades. (Publicado em 05.11.1961)