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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Tivessem os presidentes brasileiros, com algumas exceções, sido bons alunos de história, principalmente do Brasil, muitos dos equívocos na gestão da coisa pública seriam evitados. E por um motivo claro: conhecendo erros e acertos do passado, em questões que são corriqueiras e repetidas na maioria dos governos, independentemente do tempo, fica mais fácil seguir por uma trilha já experimentada e mais difícil se embrenhar por caminhos arriscados, impulsionado por voluntarismos do momento.
Correr riscos desnecessários é uma característica comum aos governos imprevidentes. O problema é que por essas más escolhas, toda a nação acaba prejudicada, inclusive as futuras gerações. Desnecessário mencionar aqui a importância do estudo da história para a formação de cidadãos conscientes, conhecedores de seu passado e, portanto, preparados para os desafios vindouros.
Infelizmente, história é uma disciplina que tem sido relegada a segundo plano nas grades curriculares de nossas escolas. O banimento gradual dessa importante disciplina e sua substituição por outras, chamadas “matérias mais concretas”, tem tido o poder de fazer diluir o que deveria ser o principal objetivo do ensino: fazer o indivíduo pensar e refletir sobre o mundo à sua volta. Não se iludam: as crises institucionais que assistimos hoje, até de modo enfadonho, têm suas raízes lá atrás nos bancos escolares, época em que as atuais lideranças políticas do país iam para as aulas, não em busca de conhecimento, mas para fazer dentro dos estabelecimentos de ensino o que fazem agora dentro do governo.
Se lá prejudicavam a aprendizagem da turma, da mesma forma hoje prejudicam milhões de cidadãos. Eis aí o que poderia ser um resumo frio e sem psicologia de nossas mazelas cotidianas, obrigados que somos a suportar que esses maus alunos do passado assumam agora funções para as quais o currículo pretérito aponta como não habilitados.
Sobram, nesse rebotalho, aqueles indivíduos que eram bons alunos, ao menos em história, e que demonstraram, desde cedo, apresentarem bons princípios éticos. Isso por uma razão também singela: é por demais sabido, e a história da humanidade tem confirmado isso, que uma má pessoa jamais será um bom profissional. Somos o que somos e carregamos esse fardo leve ou pesado ao longo de toda nossa vida, distribuindo-o ao redor.
Dessa longa digressão fica, ao menos, algumas razões a serem buscadas quando se deseja entender o Estado brasileiro, sobretudo suas lideranças do passado e do presente. Fica ainda a perspectiva de que, pelo o que temos visto até aqui, ainda teremos pela frente governos que necessariamente nos levarão ainda a saborear o gosto amargo de nossas escolhas. Melhor um pessimista, com os pés findados na realidade, do que um otimista a acreditar em promessas e ficções vindas de nossa astuta classe política.
A falta que uma boa escola faz, tanto para eleitores quanto para os eleitos, está aí bem na nossa frente, para quem tem olhos de ver. Desperdiçamos nosso futuro ao não darmos atenção a escola do presente. Estamos condenados a sermos assistidos por toda a classe de aventureiros e embusteiros. Tudo isso porque deixamos de aprender o certo, no lugar certo e no tempo certo. É preciso aprender que só existe um lugar onde é possível reverter esse ciclo maléfico. Esse lugar, como um ponto de inflexão de nossa história malsã está na escola e, se quiserem ir mais atrás ainda, nas famílias. Temos que olhar para trás se quisermos ir adiante com segurança. Ou é isso ou é o que temos agora.
A frase que foi pronunciada:
“Vocês, americanos, são tão crédulos. Não, você não aceitará o comunismo de uma vez, mas continuaremos alimentando-o com pequenas doses de socialismo até que você finalmente acorde e descubra que já tem o comunismo. Não teremos que lutar com você. Vamos enfraquecer sua economia até que você caia como uma fruta madura em nossas mãos.”
Nikita Khrushchev, primeiro secretário do partido comunista de 53 até 1964.

–> Tragédia Americana
“Professor reprova a turma inteira”
Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira.
Essa classe em particular havia insistido que o comunismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza,
ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.
O professor então disse:
“Ok, vamos, experimentalmente, “socializar” nesta classe.
Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas.”
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam ‘justas’. Todos receberão notas iguais, o que, teoricamente, ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um “10”.
Após calculada a média da primeira prova todos receberam “7”.
Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos porque, de qualquer forma, tirariam notas boas, beneficiados pelas notas dos que haviam estudado bastante.
Como resultado, a segunda média das provas foi “4”.
Ninguém gostou.
Os que tinham estudado se sentiram injustiçados e os que não tinham estudado, ficaram revoltados porque não foram beneficiados.
Depois da terceira prova, a média geral foi um “1”.
As notas não voltaram a patamares mais altos mas, as desavenças entre os alunos, a busca por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe.
A busca por ‘justiça’ era a principal causa das reclamações, das inimizades e das brigas que passaram a fazer parte daquela turma.
Ninguém mais queria estudar para beneficiar os outros …
Resultado: Todos os alunos foram reprovados naquela disciplina …
O professor então explicou:
“O experimento comunista falhou porque quando a recompensa é grande o esforço pelo sucesso individual é grande”.
Mas quando são eliminadas todas as recompensas tirando-se dos que produziram para dar aos que não batalharam para tê-las, então ninguém mais vai querer fazer seu melhor.
Tão simples quanto o exemplo de Cuba, Coréia do Norte, Venezuela…
E o Brasil e a Argentina, estão chegando lá”…
1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade dos mais ricos;
2. Para cada um que receber sem ter que trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;
3. Não se consegue dar nada a quem não produziu, sem que se tire de quem produziu;
4. Ao contrário do que prega o comunismo, é impossível multiplicar as riquezas tentando dividi-las;
5. Quando metade da população perceber que não precisa trabalhar, porque a outra metade irá sustentá-la, a outra metade percebe, também, que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade.
Chegamos então ao começo do fim de uma nação.
Esse é o mais puro exemplo do que querem fazer no Brasil.
Não acabe com o nosso país.
Faça a sua parte, repasse esta informação.
Ensine a aqueles que não entendem, o que realmente é o comunismo….
É um buraco sem volta!!!
Leu com atenção?
Então repasse … para o bem do país !!!
Como ninguém
Pode ter qualquer defeito, mas numa coisa a senadora Katia Abreu é uma fera: ela defende o que acredita. E é tão boa nisso que deixou os alemães encantados com os produtos da agricultura brasileira. Aqueles mesmos alemães que tanto rangem os dentes com o desmatamento. Na comitiva, também foram o senador Irajá Abreu, e os deputados: Marília Arraes, Evair de Melo, Isnaldo Bulhões Jr., Hugo Mota e Sergio Souza

Imperícia
De Alto Paraíso para São Jorge, são mais de 10 quebra-molas na estrada. São tão mal estudados que há quebra mola até numa curva.
História de Brasília
Foi construído, e não funciona porque ninguém é responsável, não se definiu sôbre quem o manteria. A Fundação Brasil Central acha, e com muita razão, que assistência médica a índio só se presta com remédio dado de graça. (Publicada em 13/02/1962)
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–> A NEOENERGIA E O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
Paulo Cardoso de Oliveira*
Vivemos atualmente uma realidade na qual os serviços públicos aos poucos vão deixando de ser prestados pelo Estado e passam a ser delegados à iniciativa privada, fato esse que tem provocado uma evolução no pensamento jurídico, especialmente no tocante à própria noção de serviço público.
Desde a escola francesa fundada por Léon Duguit, o serviço público vem sofrendo mudanças conceituais, passando da noção de toda e qualquer atividade que atendesse às necessidades coletivas, para a de atividade prestada direta ou indiretamente pelo Estado sob regime de direito público.
Nos EUA, apesar da concepção liberal daquele país, algumas atividades de forte interesse social são submetidas a um poder de polícia mais intenso realizado por um Estado preponderantemente regulador, são as public utilities. O elemento diferenciador entre essas atividades e a antiga noção de serviço público está no fato de serem titularizadas pela iniciativa privada com limitações estatais nas quais se exerce o denominado Poder de Polícia pelo Estado.
Percebe-se, atualmente, no Brasil que os serviços públicos, mais e mais, saem da órbita de prestação estatal direta e migram para a execução por particulares, exigindo a presença do Estado na regulação deles, por conta do denominado interesse público.
Um princípio essencial que se tem mantido imutável na noção de serviço público é a noção de que sua prestação deve ser ininterrupta, traduzida no princípio da continuidade, garantidor da regularidade na prestação dos serviços de interesse coletivo.
A legislação trata disso, desde a Constituição até as leis infraconstitucionais, como o Código do Consumidor, Lei n. 8.078/1990, norma que possui dispositivo voltado aos concessionários e permissionários dos serviços públicos, o artigo 22, segundo o qual tais empresas delegadas são obrigadas a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e quando essenciais, contínuos.
Não há dúvidas de que o serviço de fornecimento de energia elétrica é essencial e sua interrupção poderá causar impacto em direitos fundamentais dos consumidores. Isso, todavia, vem sendo ignorado pela empresa Neoenergia, que assumiu os serviços no Distrito Federal anteriormente prestados pela CEB.
A qualidade da prestação caiu repentinamente, sendo notório que semáforos de áreas de tráfego intenso passam semanas desligados por falta de energia e que residências ficam sem energia por mais de 24 horas, em face de transformadores que queimam e que não são reparados.
Recente episódio é bastante revelador: um pombo chocou-se com um transformador causando curto-circuito e desligando a energia de várias residências no Lago Sul. Isso ocorreu por volta das cinco horas da manhã de sexta-feira. Houve acionamento da empresa em vários momentos: pelo sistema SMS (torpedo) que era oferecido no passado pela CEB, pelo Whatsapp e via telefone, sem qualquer providência. No final da tarde daquele dia, estiveram no local servidores da empresa que identificaram o poste onde o transformador estava localizado e repassaram os dados para a concessionária. Apenas às sete horas da manhã do dia seguinte, sábado, a Neoenergia iniciou o conserto e regularizou o problema por volta das oito horas.
A descontinuidade foi flagrante e reveladora da ineficiência da empresa; os prejuízos incalculáveis.
A causa é simples: a Neoenergia ignorou o princípio da continuidade. Tão logo assumiu, ofereceu aos antigos funcionários da CEB um Plano de Desligamento Voluntário (PDV), levando boa parte dos trabalhadores, alguns técnicos experientes, a se desligarem da empresa. Fez isso sem que tivesse pessoal treinado para tal, começando a preparar pessoas só após a debandada dos antigos funcionários. Obviamente, a razão da ineficiência está escancarada: o serviço passou a ser descontinuado por falta de pessoal especializado.
O episódio é revelador: a empresa priorizou o lucro esquecendo-se de que assumiu um encargo público de prestação de um serviço essencial, devendo realizar as mudanças de forma gradual. Faltou bom senso, razoabilidade. Pelo visto inexistiu no plano de desligamento de colaboradores um planejamento que evitasse a descontinuidade.
A situação é grave e tende a piorar: há notícias de estão previstos mais dois Planos de Desligamento Voluntário na Neoenergia: um em novembro deste ano e outro em março de 2022.
Com a palavra o estado concedente.
*Advogado e professor.

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Em imagens publicadas na capa do Jornal Estado de S. Paulo, na edição dessa sexta-feira, 15 de outubro, professores da rede pública local exibem o corpo completamente pichado, inclusive o rosto, com mensagens pedindo mais valorização, respeito e amor pela categoria, num apelo desesperado pelo reconhecimento de uma profissão que, nos últimos anos, passou a ser incluída como um trabalho em que o risco de agressões e morte é cada vez mais presente.
Aparentemente, as fotos mostrando profissionais da educação teriam alcançado o objetivo de chamar a atenção para o desprestígio com que o magistério sempre foi tratado pelo estado e pelas autoridades políticas. A prova desse desprezo é que, entra ano e sai ano, as manifestações contra os salários e as condições de trabalho aos quais os professores são submetidos em todo o país persistem sem solução à vista.
Ocorre que, numa análise mais detida e sem o falso sentimentalismo, que muitas manifestações suscitam, o que as imagens mostram, com pessoas com o corpo coberto de rabiscos e de pichações, inclusive os rostos, passa uma ideia de total desrespeito pela figura humana, submetendo o corpo e a própria imagem às agressões que muitas vezes enxergamos nas garatujas espalhadas por toda as cidades brasileiras e que denotam desejos niilistas de destruição e de desprezo urbano.
Pichações são agressões urbanas, que devem ser combatidas tanto pela justiça como por processos educativos. A violência urbana, em todas as suas formas, físicas ou não, podem ser confirmadas e estampadas em prédios e muros nos territórios dominados por gangues de delinquentes. O que os professores não perceberam de imediato, talvez incentivados por marqueteiros e propagandistas de estúdio, no afã de mostrar o produto apelativo para algum veículo da mídia, é que, ao exibirem seus corpos cobertos de garatujas, no melhor estilo pichação, e que, afinal, retratam o próprio submundo do crime, serviram como modelo para uma atividade ilegal, promotora da poluição e do stress urbano e que faz de nossas cidades um lugar a ser evitado.
O respeito aos professores pode ser reclamado usando-se daquilo que lhes é sua principal ferramenta de trabalho, a saber, a educação. Ao se permitirem ser pichados, em nome do que quer que seja, esses professores se colocaram em segundo plano, desrespeitando-se a si próprio e, portanto, perderam as condições mínimas de reclamarem das péssimas condições de trabalho atuais. Quem a si não respeita, não pode exigir tratamento respeitoso.
O que as imagens mostram, de forma ostensiva e sem qualquer reflexão das consequências, é a repetição do abominável modelo de bullyng, presente em toda a parte, nas escolas e que está por detrás, inclusive, de crimes de morte. Ao se permitirem ser enxovalhados dessa forma, submetendo a própria face à desonra dos rabiscos, como que marcados a fogo e ferro, o que esses professores podem, até subliminarmente, ter alcançado, na mente de muitos, é que vale a pena prosseguir nesse desprezo contra uma categoria que não usa da imagem e da força da educação para ensinar o que, pelo menos, não se deve fazer. É uma pena e fica aqui a lição no Dia dos Professores de 2021.
A frase que foi pronunciada:
“O verdadeiro professor defende os seus alunos contra a sua própria influência.”
Amos Alcott

Editora Telha
Por sugestão do amigo Silvestre Gorgulho, anunciamos o lançamento do livro de Márcia Turcato, “Reportagem – da ditadura à pandemia”. Histórias desde 1964 aos segredos dos bastidores da política candanga, enriquecidas com o jogo de cintura exigido do bom jornalista em momentos surpresas. São 112 páginas e custa apenas R$ 35,00.

De olho
Viviane Becker, 2ª vice-presidente do Conselho Comunitário do Lago Sul (CCLS), compõe a liderança da União dos Conselhos Comunitários do DF: Luiz Guilherme Jaganu, presidente do CCLS; Natanry Osório, 1ª vice-presidente do CCLS e ex-administradora do Lago Sul; Antônio Matoso Filho, prefeito da Prefeitura Comunitária da Península Norte; Francisco Sant’Anna, presidente da Associação dos Moradores e Amigos da Região do Parque Ecológico do Córrego do Mato Seco – AMAC/Park Way; e José Jofre Nascimento, presidente da Associação Comunitária do Setor de Mansões Park Way. A discussão da LUOS está crescendo. Acompanhe os líderes da sua região.

Antonio Veneri
Excelente programação de terça a domingo. Exposição sobre refugiados venezuelanos terá visita guiada com o fotógrafo Antonello Veneri, aos finais de semana, no CCBB. A Exposição Fotográfica “Acolhidos: O Percurso Da Venezuela À Integração No Brasil” vai até o final do mês, de 9 h as 21 h, entrada franca e livre. Dê uma espiada nas fotos a seguir.
–> Exposição sobre refugiados venezuelanos terá visita guiada com o fotógrafo Antonello Veneri, aos finais de semana, no CCBB
A mostra ACOLHIDOS retrata o percurso migrantes que estavam abrigados em Roraima e conquistaram a autonomia financeira, a partir de oportunidades de trabalho no Brasil.

BRASÍLIA (DF) – Nos próximos dois finais de semana, a exposição fotográfica Acolhidos: o percurso da Venezuela à integração no Brasil, em cartaz no CCBB Brasília, disponibilizará visitas guiadas exclusivas com o fotógrafo Antonello Veneri, para falar sobre o trabalho realizado durante a sessão fotográfica com refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil.
O tour guiado será realizado aos sábados e domingos, nos dias 16, 17, 23 e 24/10, com grupos formados por ordem de chegada, no período da manhã, das 10h às 11h, e à tarde, das 15h às 16h. A duração de cada percurso é de 30 minutos. Não havendo grupos na sequência, esse tempo pode ser estendido.
Todos os protocolos preventivos contra a Covid-19 estão previstos. O uso de máscara é obrigatório durante todo o trajeto e os grupos serão organizados com limite de participantes para prever o distanciamento adequado e conforto para todos os visitantes.
SOBRE A EXPOSIÇÃO
A exposição Acolhidos: o percurso da Venezuela à integração no Brasil, é uma realização da AVSI Brasil, que implementa o projeto Acolhidos por meio do trabalho. As fotos ilustram o trajeto realizado por centenas de famílias venezuelanas desde que chegam ao Brasil e são recebidas nos abrigos da Operação Acolhida, em Roraima. A jornada segue rumo a diversas cidades no Brasil onde, amparados pelo projeto, conseguem oportunidades de emprego junto à iniciativa privada. Estima-se que cerca de 8 mil migrantes venezuelanos estejam vivendo em abrigos temporários em Roraima.
Na exposição, o visitante irá contemplar cerca de 120 fotografias e retratos; ler depoimentos de pessoas entrevistadas, além de contar com recursos audiovisuais que proporcionam uma reflexão sobre refúgio, migração e acolhimento no Brasil. A mostra também conta com uma sala educativa, onde são realizadas atividades para jovens e crianças e apresentação de vídeos com depoimentos sobre os bastidores desta experiência, além de depoimentos de colaboradores da AVSI Brasil, acerca do trabalho humanitário realizado nos centros de acolhida.
O PROJETO
O projeto Acolhidos por meio do trabalho é implementado pela AVSI Brasil e Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) e conta com recursos financiados pelo Bureau de População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM) para fortalecer as ações da Operação Acolhida no Brasil. Durante os primeiros dois anos de atividades, o projeto já intermediou a interiorização de 1.143 venezuelanos, de Roraima para nove estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, sendo que 543 foram contratados por empresas parceiras. Cada pessoa contratada pode levar seus familiares para um novo recomeço na cidade de acolhida e contam com acompanhamento social e moradia nos três primeiros meses após a contratação. O projeto também atua com a população brasileira em situação de vulnerabilidade, com capacitações profissionais e a inserção no mercado de trabalho. Para mais informações acesse: www.avsibrasil.org.br
O FOTÓGRAFO
Fotógrafo e jornalista, nascido em 1973 na Itália, Antonello Veneri mora e trabalha no Brasil desde 2009. Colabora com a agência internacional de notícias AFP (Agence France Press) e com o coletivo EverydayBrasil. Suas fotos estão em jornais e revistas internacionais, livros, exposições, museus e galerias. Realizou 13 exposições individuais: Galleria Civica/MART (Itália), Brown University e Virginia Tech (EUA), Instituto Italiano di Cultura de São Paulo, entre outros, e exposições coletivas. Em 2015 iniciou a colaboração com a AVSI Brasil, documentando projetos como as APACs, cuja exposição “Do amor ninguém foge” circulou em várias cidades do mundo.
SERVIÇO:
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA ACOLHIDOS: O PERCURSO DA VENEZUELA À INTEGRAÇÃO NO BRASIL
Local: Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB Brasília (SCES Trecho 2 – vão central da Torre 4, térreo)
Data: até 31 de outubro de 2021, de terça à domingo
Horário: 9h às 21h
Entrada: Gratuita Classificação etária: Livre
VISITAS GUIADAS EXCLUSIVAS AOS FINAIS DE SEMANA:
Data: 16, 17, 23 e 24 de outubro
Horário: 10h às 11h e 15h às 16h
OBS: A organização dos grupos será por ordem de chegada e não é preciso retirar ingressos antecipados
Assessoria de imprensa:
Michelle Souza (Ela Fala Comunicação) – 61 9387.1010 elafala.assessoria@gmail.com
Fabiana A. Vieira (AVSI Brasil): 61 99874.9730 – acolhidos@avsi.org.br
História de Brasília
Com esta numeração, a pessoa, de posse do endêreço, conceberia a localização da quadra procurada, pela numeração da superquadra, que seria equivalente. (Publicada em 10/02/1962).
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Agito
O tempo dos shoppings parece, com a informatização e com as compras online, ter chegado a um limite e a uma exaustão. Por isso o renascimento das avenidas W3 Norte e Sul podem representar uma nova era de prosperidade para a cidade em que todos sairão ganhando, não só os comerciantes, mas os consumidores, incluindo aí os amantes da noite, os artistas, os galeristas, os boêmios, os turistas e uma infinidade de outros brasilienses, carentes de um lugar que não tenha hora para fechar.

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Em meio a uma pandemia, que daqui a pouco estará completando dois anos, muitos brasileiros confessam estar não só cansados da clausura forçada, mas também se sentem alienados da realidade do mundo à sua volta. Para muitos, o mundo que conheciam, antes da pandemia do Covid-19, está definitivamente morto. É em meio a esse sentimento que mistura a síndrome da caverna, provocada pelo isolamento social, que pais, alunos e professores pressentem que o futuro que planejavam para si e para os seus começou a ruir, sem que algo novo e seguro tenha sido colocado em seu lugar.
A incerteza quanto ao porvir tem trazido insegurança e desconfiança a essa parcela da sociedade, tornando ainda mais incerto que caminhos a educação de seus filhos irá tomar daqui para frente, num mundo em acelerada e tumultuada transformação. É nesse cenário em que as dúvidas sobram, que vai sendo implantado, em todo o país, a toque de caixa, os currículos do Novo Ensino Médio (ENEM), proposto pela Medida Provisória nº 746 de 2016.
É preciso lembrar que a prolongada pandemia e as incertezas quanto ao real calendário de retorno às aulas ocasionaram um outro fenômeno físico nas escolas públicas. Muitos desses estabelecimentos, ou ficaram abandonados, ou entraram num processo indefinido de reformas, sendo que boa parte desses edifícios, simplesmente, não estão preparados para receberem os alunos.
Quanto à implantação nessas escolas do novo material didático exigido pelo ENEM, como é o caso de computadores e rede de informática, nada ainda foi feito. É nesse ambiente de incertezas e improvisações que os alunos, quando retornarem, de fato, às escolas, terão que conviver. De cara, terão que aceitar que a tal reformulação do ensino médio, no que pesem as possíveis boas intenções do legislador, excluiu universidades, docentes, escolas, pais e alunos de todo esse processo de renovação, o que pode conduzir toda essa estratégia a um ponto de inflexão, forçando toda as mudanças ao ponto original de partida.
Alheios à toda essa transformação dos currículos, pais e alunos poderão se ver em meio a um novo modelo, elaborado para funcionar na prática, sobretudo, quando se verifica que a ausência de protagonismo dos professores é o que mais tem pesado para fazer, dessas mudanças, algo que vá de encontro à realidade do ensino público e acabe atropelando toda a política educacional proposta pelo ENEM.
Apenas para se ter uma ideia sobre o assunto, a página do Congresso Nacional que trata sobre essa questão apurou que, por meio de consulta pública já encerrada, dentre os cidadãos que foram ouvidos pela pesquisa, 73.554 disseram não ao ENEM. Somente 4.551 aprovaram as novas propostas para o ensino médio. Trata-se de um retrato pequeno para o universo nacional, mas diz muito sobre essas inovações relâmpagos. Também a exclusão dos alunos de todo esse processo tem pesado sobre sua aceitação e contradiz o que prega o próprio eixo do ENEM que afirma serem os alunos os principais protagonistas dessas alterações.
Com relação aos professores, a situação é ainda mais incerta. Para muitos deles, o ENEM deveria ser precedido de formação de professores, que ainda é feita por áreas de conhecimento e não, como prega o novo currículo, por competências e habilidades. Muitos professores alertam ainda para o perigo do aumento do distanciamento entre as escolas públicas e privadas, já que essas continuaram a oferecer itinerários formadores com vistas ao ensino superior, ao passo que as escolas públicas correm o risco de, por falta de recursos, transformarem-se em estabelecimentos voltados para a formação de mão de obra, para o mercado de trabalho e para o ensino profissionalizante. É a tal história mal contada pelo atual ministro da educação de que as universidades são para poucos brasileiros. Há inda muito chão pela frente a ser percorrido por essa proposta, caso queira, o governo, que ela tenha um mínimo de aceitação e longevidade.
S.O.S – S.U.S
Hoje é dia de as clínicas de hemodiálise apagarem as luzes em protesto relacionado ao baixo valor pago pelo SUS aos serviços prestados. Enaltecer o SUS é, de fato, uma ação meritória. Mas hospitais e clínicas que se desdobram para que tudo funcione a contento não são devidamente reconhecidos.

Sem neura
Difícil não estranhar o vermelho compartilhado nas bandeiras verde e amarelo espalhadas pela Esplanada dos Ministérios. Quem lê jornal logo pensa que a esquerda resolveu aprontar alguma antes de 07 de Setembro. Nada disso! Agora todos conhecemos a bandeira de Guiné Bissau, mesmo que a estrela não esteja visível. Até o dia 28, Umaro Sissoco Embaló, presidente daquele país, estará em visita na capital.

Duas vias
Bela matéria no Globo Rural mostrava uma fazenda com um cultivo diferente: água. Depois de muitos anos, resolveram estimular a volta das águas que secaram pelo mau uso da terra. E a natureza respondeu de braços abertos. No DF, um projeto incentiva produtores rurais a reflorestar áreas e criar cobertura vegetal que aumente a infiltração da água na terra. Também está dando certo.
Valores
Financiado pelo Governo Federal, o Consultório de Rua é uma boa ideia. Andarilhos, pedintes e pessoas vulneráveis podem ser assistidas pelo programa. Cabe, aos governos, a inscrição para acesso à verba. Dona Maria do Barro, se estivesse viva, ficaria feliz com a iniciativa. Estava sempre pensando em uma forma de tornar a vida dos moradores de rua menos sofrida. Foi uma pessoa que Brasília nunca deverá esquecer.

História de Brasília
Como já faz muito tempo que foi inaugurada, e ninguém se lembra mais, é tempo de inaugurar novamente a Creche da 108, desta vez acrescida de mais oito portas. (Publicada em 07/02/1962)
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Para um país que, ao longo da maior parte de sua história, nunca deu a devida atenção à educação e ao ensino público de qualidade, assimilar lições e torná-las práticas usuais do cotidiano é também uma tarefa difícil, senão impossível. Reter lições do passado e do presente é fundamental para evitar o cometimento dos mesmos erros e ter alguma previsibilidade quanto ao futuro. E é também uma das lições que se aprende nas escolas.
Com isso, fica evidente que um povo devidamente instruído não se torna presa fácil nas mãos dos prestidigitadores políticos, muito menos se deixa levar pelos discursos encantatórios de demagogos e populistas da hora. Ensinar a pensar talvez seja a primeira e mais importante missão que cabe à educação. A segunda, talvez seja ensinar a pensar de modo próprio, depois de perscrutado o ambiente em volta. Sem essas premissas, um povo se torna alvo fácil para a investida dos chamados “peritos em habilidades”, os mascates de vãs esperanças.
Essa talvez seja a principal característica que falta à média dos cidadãos desse país, sobretudo aos eleitores. O que a prática demonstra é que, desde a redemocratização, não parece haver sinais de que o eleitorado venha aprendendo com as seguidas eleições. E isso é ruim, pois traz reflexos negativos para toda a nação, mesmo para aqueles que dizem desprezar a política. Pelo menos, é o que as atuais urnas mostram.
No embate em que nos vemos metidos agora, açulado de modo proposital pelo chefe do Executivo, contra parte das altas cortes do Judiciário, a parte que se dizia ser: “briga de cachorro grande” deveria render lições proveitosas para a elevação na qualidade de nossa democracia.
Não basta a um Estado ser democrático, é preciso que essa democracia tenha um mínimo de qualidade. Ocorre que essa melhoria na qualidade só pode advir de eleitores cônscios de sua importância nesse sistema. Ou a população aprende com erros cometidos por seus representantes, banindo-os definitivamente da vida política, ou estaremos fadados a experienciar crises e mais crises, com efeitos danosos sobre todos.
É nesse contexto que se insere a atual crise, gestada no Palácio do Planalto e ampliada no Supremo. Trata-se de uma contenda em que nenhuma das partes possui razão. Fôssemos julgar essa querela atual, à luz da racionalidade e dos episódios que foram se sucedendo num crescendo insano, o veredito, por certo, levaria à condenação de ambas as partes. Apenas à guisa de exemplo, tomemos a faxina ou o remendo ilegítimo, feito à meia sola, no currículo de Lula, de forma apenas a torná-lo apto a concorrer às próximas eleições.
De cara, trata-se aqui de um acinte contra o cidadão de bem e uma violação contra a própria democracia. Caso a população não entenda, de uma vez por todas, que o desmanche forçado da Operação Lava Jato foi um atentado contra a democracia e um crime de lesa-pátria, mais uma vez, estaremos sendo impelidos a repetir erros sérios.
É esse upgrade que nos falta e que só poderá vir por meio das boas escolas públicas e de um ensino que leve o brasileiro a reconhecer, em qualquer ocasião, o valor preciosíssimo de uma democracia de qualidade, em que a razão suplante a emoção.
A frase que não foi pronunciada:
“Por falar nisso, o finado Bruno Maranhão arrebentou o Congresso Nacional. O que aconteceu com ele?”
Dona Dita, enquanto tricota.

Ordem e progresso
Se existe um colégio que desperta a ira dos maus professores e administradores escolares, esse é o Colégio Militar. Primeiro, porque as crianças que o frequentam já são educadas em casa, só vão para a escola pela instrução. Segundo, porque em qualquer olimpíada de conhecimento, o Colégio Militar é imbatível. Essa ira de alguns deveria se transformar em humildade para copiar a fórmula. Essa celeuma sobre a filha do presidente estudar no Colégio Militar é inútil. A escola é ótima e quem pode, pode!
Divulguem
Veja, a seguir, as obras da afegã Shamsia Hassani. Descreve bem a situação da mulher no atual Afeganistão. As fotos foram enviadas para um grupo de jornalistas pelo colega Fernando Ladeira. Sigam a artista na sua página oficial no Instagram: @ShamsiaHassani.
À flor da pele
Uma das sequelas dessa fase pandêmica é a falta de paciência de pais que não estavam acostumados a conviver com os filhos. Outro dia, uma mãe gritando com o pequeno o obrigava a colocar a máscara antes de entrar no carro. É o mesmo que obrigar alguém a passear a pé atado em um cinto de segurança.

História de Brasília
No supermercado UV-1 faltavam, ontem: cebola, carne, batata, verdura, arroz e álcool. Muitos outros produtos faltavam, igualmente. Estes, porém, são de um rol de uma dona de casa. (Publicada em 07/02/1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Dizer que a educação pública continua a ser o calcanhar de Aquiles do Brasil não chega a ser nenhuma novidade surpreendente. Tem sido assim ao longo de toda a nossa história, com exceção de alguns períodos curtos, como foi o caso dos projetos criados por educadores como Anísio Teixeira, Paulo Freire e outros, mas que não chegaram a amadurecer o suficiente a ponto de possibilitarem a superação desse problema secular.
O que surpreende, de certa forma, e isso é apresentado, inclusive, no mais recente relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é o fato de o Brasil possuir, em tese, gastos até superiores a muitos países que compõem esse clube de ricos e, mesmo assim, mostrar-se incapaz de promover um ensino público de qualidade, minimamente comparável aos que apresentam os países desenvolvidos. Talvez esse fato explique o que dizia outro grande educador brasileiro e também vítima das forças do atraso, Darcy Ribeiro: A crise da educação no Brasil não é uma crise; é um projeto.”
É o que a nossa trajetória histórica tem demonstrado. Entre essas sístoles de diástoles ou entre compressão e expansão, vamos lidando com esse problema, contando sempre com a má vontade dos governos e o desinteresse da maioria de nossas elites, para quem essa questão nunca é prioritária. Com isso, vamos amargando e avolumando ciclos e mais ciclos de decadência da escola pública, num processo contínuo que pode resultar no total descarte de um projeto de educação de qualidade para os cidadãos desse país, conforme orienta a nossa própria Carta Magna. Nesse sentido, não surpreende que estejamos experimentando, agora, o que poderia ser classificado como o mais preocupante e medíocre ciclo de gestores, jamais postos à frente do combalido Ministério da Educação. Por sua irrelevância e mesmo invisibilidade para o atual governo, pouco se ouve falar sobre essa pasta. O presidente sequer menciona esse ministério em suas infinitas lives e pronunciamentos, o que demonstra que, para esse governo, a pasta e seus problemas, sequer existem.
Uma olhada no perfil dos ministros indicados pelo presidente, para comandar a pasta da educação, ajuda a dar uma ideia da importância desse ministério para o atual governo. Ao colocar, por último, no comando do ministério da educação, não um educador com larga experiência no setor, como deveria ser, o governo achou por bem nomear um pastor presbiteriano, acostumado, na lida, a apascentar rebanhos de fiéis. Depois das desastrosas administrações de Ricardo Vélez, Abraham Weintraub, Carlos Decotelli e Renato Feder, que recusou o convite, o presidente parece ter encontrado, em Milton Ribeiro, um outro nome “terrivelmente evangélico” para tocar a pasta.
Desde então, o ministério da Educação andava sumido do mapa. Quando muito, a gestão do Milton Ribeiro aparecia nos jornais apenas pelas declarações infelizes do pastor ministro. Em entrevista que deu à TV Brasil, estatal de comunicação do governo, Milton Ribeiro não se avexou quando afirmou, com todas as letras, que a inserção dos estudantes com deficiência, em sala de aulas normais, atrapalhava o aprendizado dos outros alunos, porque a professora, por sua inexperiência com esse problema particular, não tinha conhecimento adequado para cuidar dessa questão. Esqueceu o ministro de que o ensino inclusivo, há muito, é uma questão já regulamentada por lei e que a limitação de matrícula nesses casos é proibida. Tanto escolas públicas quanto privadas são obrigadas a receber estudantes com deficiência. Até mesmo a cobrança de taxas especiais, pelas escolas privadas, é vetada por lei. Uma gafe desse tamanho jamais sairia da cabeça e da boca de um verdadeiro educador.
Tudo isso, depois de afirmar que as universidades públicas deveriam ser uma opção para poucos, já que não serão tão úteis para a sociedade no futuro, como serão os institutos federais que formarão mão de obra técnica e especializada. Enquanto cuidam de assuntos dessa natureza, perdendo tempo e dinheiro em embates contra a posição política e ideológica que parece dominar o ensino, sobretudo as universidades, a qualidade da educação vai se deteriorando a olhos vistos, não sendo prioridade nem da direita, nem da esquerda.
A frase que foi pronunciada:
“A importância do caráter de um professor é diretamente proporcional aos valores que ele ensina.”
Dona Dita, pensando enquanto tricota

Tem futuro?
Toda opinião é válida ao conhecimento. A juíza de Direito Andréa Barcelos compila a origem da teoria de gênero. Veja a seguir.
Idosos
Com a desculpa de pandemia, as visitas em asilos estão proibidas. Mas quem tem vistoriado os serviços? Há inúmeros elogios a profissionais dedicados, mas também há casos de maus tratos. Melhor evitar surpresas e manter a vigilância.

História de Brasília
Há mais de dois meses a Caixa Econômica da rua da Igrejinha não possui selos para venda ao público, nem trata de se restabelecer. Faça-se justiça ao trabalho que vem fazendo o Banco da Lavoura, o único lugar onde se compra estampilha, presentemente, no Plano Pilôto, à exceção da Recebedoria, na Esplanada dos Ministérios. (Publicada em 07/02/1962)
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Depois da pandemia que assolou a Educação no país, todo o processo de recuperação levará tempo. Mais tempo do que o despendido num processo normal de ensino sem interrupções bruscas e prolongadas. Ou seja, para cada ano sem escola, são necessários, pelo menos, o dobro do tempo para recuperar, atualizar e reinserir o aluno no curso normal de aprendizagem. A desmotivação e o abandono da escola é o que os especialistas preveem com o fim da pandemia. O horizonte, que já era de preocupação, agora vai se transformando em caos completo.
A falta de renda das famílias tem obrigado que essas crianças sem escola entrem para o mercado informal de trabalho. Algumas delas para a criminalidade. Fazer com que essas crianças regressem para a escola é uma tarefa quase impossível, dizem os educadores. O tempo perdido em educação é praticamente irremediável. São cidadãos que terão, pela frente, poucas perspectivas como baixos salários, más condições de vida, mais oportunidades para entrarem para o mundo do crime, mais doenças, mais desajustes sociais e que engrossarão as periferias perigosas das grandes cidades, intensificando os casos de violência tão presentes em nossas metrópoles.
Aqui mesmo em Brasília, quem se der ao trabalho de percorrer algumas dessas áreas periféricas da capital, como Sol Nascente e outras, notará que as ruas nessas localidades estão constantemente tomadas de crianças e de adolescentes que perambulam sem destino durante todo o dia e parte da noite também. O que esperar de uma situação como essa no futuro, se não há projetos para reverter essa situação?
O nosso apagão como nação perante o mundo, notado nos últimos anos em decorrência da decadência paulatina que tomou conta da escola pública, parece agora se transformar num alerta e numa ameaça para o mundo civilizado. A Unesco tem alertado para os efeitos negativos que o fechamento prolongado das escolas trará para o país. Alguns deles são: aprendizagem interrompida, má nutrição, confusão e estresse para professores, pais despreparados para a educação à distância, lacunas nos cuidados com as crianças, aumento do custo econômico, pressão não intencional no sistema de saúde, maior pressão sobre as escolas que permanecem abertas, aumento de taxa de abandono escolar, maior exposição à violência e exploração e isolamento social. Além disso, a Unesco calcula que o prejuízo desse fechamento das instituições educacionais públicas durante a pandemia poderá se estender por até quinze anos.
Nesse período, os impactos se farão sentir de forma evidente até no Produto Interno Bruto (PIB), sendo possível que influenciem negativamente a economia pelo menos até 2038. Escolas fechadas hoje, significam, segundo a Unesco, um país mais pobre no futuro. É preciso lembrar que, somente com a evasão escolar, um fenômeno anterior à pandemia, o Brasil perdia cerca de R$ 214 bilhões ao ano. Com a pandemia, esses números poderão chegar para algo próximo a R$ 1,5 trilhão em prejuízos.
Para um país que caminha a passos largos para um envelhecimento precoce da população, a situação poderá chegar a um perigoso patamar lá pelo ano 2060, quando um em cada quatro brasileiros terá 65 anos ou mais, sendo necessário que, para cada um deles, haja, pelo menos, um jovem em idade produtiva para custear o sistema de seguridade. Num mundo onde o referencial de riqueza há muito passou a ser a escolaridade da população e seu grau de eficiência técnica e científica, resta saber que papel caberá ao Brasil nesse contexto.
A frase que foi pronunciada:
“Brigar por política no atual cenário é o mesmo que ter uma crise de ciúmes na zona!”
Carregado por Jüh Nascimentto, no Instagram.

Boas novas
Em todo o Brasil, o número de pessoas internadas por Covid em UTIs diminui consideravelmente.

Depende
Para quem está de fora do Departamento Penitenciário Nacional, parece fácil acabar com o acesso de internos a celulares. Se as famílias são revistadas, os advogados também deveriam ser. Mas se não são revistados e cometem o ilícito de entregar celular para o preso, nada que uma antena bloqueadora de sinais não resolva.

Golpes
Por falar em penitenciária, veja, no link Atitudes para segurança pessoal e de dados, a cartilha elaborada pelo Ministério Público de Pernambuco com dicas para prevenção a golpes virtuais e presenciais.
História de Brasília
O dr. Afrânio Barbosa da Silva passou quase o dia inteiro na usina, e tem dado à obra o espírito de Brasília. (Publicada em 07/02/1962)
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Se hoje nossos cientistas e pesquisadores têm que buscar, no exterior, meios para prosseguirem suas pesquisas, foi porque deixamos de dar a atenção devida e o valor que merece a educação, sobretudo a pública. Hoje, nossas escolas públicas, apesar dos volumosos recursos que o governo diz alocar para o ensino, estão, em sua maioria, sucateadas ou simplesmente fechadas pela pandemia, deixando milhares de alunos sem aulas e sem perspectiva de retorno. Esse atraso, dizem os especialistas, será mais sentido ainda no futuro, quando a situação atingir um nível crítico, comparável aos países mais pobres do planeta.
A cada cinco crianças e adolescentes, quatro estão matriculados em escolas públicas, em sua maioria, ainda fechadas. Falar em recuperação da aprendizagem, perdida em 2020, é uma falácia. O mesmo se pode dizer da aprendizagem perdida no primeiro semestre de 2021. As escolas particulares estão ocupando esses espaços vazios, atendendo apenas os alunos de famílias da classe média para cima, deixando uma legião de brasileiros, filhos de famílias de baixa renda, no porão escuro do analfabetismo.
Esse vácuo deixado pela escola pública, por conta da pandemia, traz reflexos não apenas ao binômio ensino-aprendizagem, estendendo-se também para à saúde, ao desenvolvimento mental e emocional, à segurança e à assistência social, já que muitas crianças deixam de ser atendidas nessas importantes áreas de seu crescimento como ser humano. Os mais atingidos são, sobretudo, aqueles alunos de famílias mais pobres das periferias das cidades.
Não bastasse a acentuada queda na renda familiar, a questão da segurança alimentar é também importante, já que muitas crianças ficam sem a merenda escolar diária. São impactos que trarão problemas duradouros no futuro desses cidadãos. Esse é um tempo irrecuperável, do ponto de vista do desenvolvimento humano. Infelizmente, essa não é uma preocupação que o cidadão observa nas autoridades responsáveis por essas áreas. Não há um mutirão nacional em prol do ensino. Não há propagandas educativas abordando esses problemas e suas consequências, muito menos orientando a população como proceder para enfrentar essa crise vivida na educação dos brasileiros. Nem mesmo as manchetes diárias abordam esse assunto. É como se ele não existisse, ou fizesse parte apenas do cotidiano daqueles que se ocupam realmente com essa questão.
Se, antes da pandemia, esse já era um problema demasiado sério, agora, com o prolongamento da quarentena, ele adquiriu proporções deveras catastróficas. Autoridades que estão em posição de influência, que poderiam mudar essa situação de paralisia, possuem filhos matriculados em escolas particulares e, portanto, não sentem o problema na pele e não possuem ideia, sequer, das repercussões negativas que o fechamento das escolas tem par o futuro do país.
São justamente essas crianças e adolescente, da periferia, que mais sentem os efeitos da pandemia e são os que, no presente, são os mais esquecidos. Isso simplesmente retira-lhes qualquer chance de alcançar um futuro minimamente decente. Não é difícil prever que essa defasagem irá aumentar, além das desigualdades educacionais já altas, as desigualdades econômicas entre ricos e pobres, tornando nosso país, que já é um campeão nesse quesito, um exemplo a ser evitado a todo custo.
De certo essa é uma questão que, num país sério e comprometido, deveria ser transformada num verdadeiro esforço de guerra conjunto. Para aquelas crianças que estão ficando quase dois anos sem escola, há um duplo prejuízo cognitivo: a perda de novos conhecimentos e a perda daqueles que já tinham sido aprendidos, mas não apreendidos, que restaram apagados na memória.
Por outro lado, o afastamento prolongado faz aumentar, ainda mais, o desinteresse dessas crianças pela escola, isso sem falar que já havia anteriormente uma grande evasão escolar. Também para aquelas crianças em fase de alfabetização, os prejuízos são incalculáveis e, em alguns casos, irreversíveis.

História de Brasília
Falta na Asa Norte: telefone, táxi, hospital, escola, jardim da infância, mercado e parede sem rachadura. (Publicada em 06/02/1962)
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Não é segredo para ninguém que nossa produção artística, no variado e sofisticado mundo cultural, foi, no passado, muito mais presente e elogiada no cenário internacional que nos dias atuais. Nossos músicos, cineastas, arquitetos, escultores, pianistas, compositores, e uma infinidade de outros artistas de todas as áreas eram modelos a serem copiados e seguidos e, por consequência disso, nosso país despertava a atenção do mundo, que enxergava, na existência de uma plêiade tão grande de talentos, a possibilidade do surgimento de uma promissora e nova potência cultural. Isso tudo, acreditem, foi outrora. Também é do conhecimento de muitos que, até recentemente, a nossa escola pública, apesar de algumas carências pontuais, era considerada de muito boa qualidade, sendo a responsável pela formação de uma boa parcela de brasileiros que hoje ocupa postos de alto nível, tanto na administração pública quanto nas empresas.
Toda uma geração de brasileiros que hoje desponta por sua atuação profissional passou pelos bancos escolares das escolas públicas, sendo que muitos obtiveram excelente formação estudando, durante todo o ciclo de ensino, indo do antigo primário até a universidade, sempre pelas mãos de professores do Estado. Por certo, o progresso e, principalmente, desenvolvimento humano, não vêm naturalmente, apenas por ação do passar do tempo. É preciso um esforço diário para ir avançando aos poucos de cada vez, e isso não é segredo algum.
Foi aí que as coisas parecem ter desandado em nosso país. Ficamos como que atados ao passado. Ou, pior ainda, retrocedemos aos primórdios. Pelo fato de o nosso ensino público ter perdido a qualidade que exibia num passado recente, toda uma geração, que poderia hoje brilhar com seu talento, contribuindo com sua formação, para um mundo melhor, ficou apenas na promessa de acontecer. Quem sabe esse seja o significado hodierno de “país do futuro”. Definitivamente, perdemos a chance de sermos o país do presente. E tudo por que deixamos de lado a capacidade e o potencial, que somente um ensino público de qualidade possui para alavancar toda uma geração, fazendo-a sair da terra, como um broto que busca a luz. Apenas porque fechamos os olhos para a escola pública, todo um país deixou de acontecer. Se hoje nossa classe artística, com honrosas exceções, já não consegue mais aquele brilho especial que, no passado, despertava a atenção do mundo civilizado, é por que fizemos pouco caso da escola pública.
A frase que foi pronunciada:
“Do atrito de duas pedras chispam faíscas; das faíscas vem o fogo; do fogo brota a luz.”
Victor Hugo

Democracia
Quem articula as mudanças para o voto impresso na Câmara é o deputado Felipe Barros. Relator da proposta, o que ele quer é o que o voto passe a ser “conferível em meio impresso pelo eleitor e apurado em sessão pública.” Parece que a causa está em perfeita harmonia com a Constituição.
Cálculos
Um passeio pela W3 Norte e Sul é o suficiente para registrar o número de obras que invadem o espaço aéreo. São esses puxadinhos que se tornam um risco. Por falar nisso, ontem na 713 Norte, parte de uma comercial desabou. Assista o vídeo no link Desabamento na 713 Norte.

Caso estranho
Dizia Rui Barbosa: “Justiça tardia nada mais é do que injustiça institucionalizada.” Basta ver o caso dos concurseiros que abdicaram de, no mínimo, 2 anos da vida para se trancar em bibliotecas e estudar para o concurso da SEDES e, até hoje, debatem-se com a injustiça que vem acontecendo nas barbas do Ministério Público. Primeiro a absurda mudança das regras do jogo no meio do caminho, ao que parece, para favorecer quem não atingiu a pontuação e, agora, ignorar os aprovados que podem ser chamados e contratar pessoal que não fez o concurso. Essa última iniciativa foi interrompida com uma manifestação dos aprovados, que, mobilizados, só querem o que lhes é de direito (clique aqui).
–> Veja mais sobre a manifestação em: Ato do dia 05/08/2021.

Verde
É um bom lugar para a compra de todos os tipos de plantas. Vale conhecer o Polo Verde, na subida de Sobradinho. O problema sempre foi o estacionamento. Um lamaçal ou poeirada constante, depende da época. Já tem gente do DER por lá para melhorar essa situação. Ao que parece, tudo vai melhorar.

História de Brasília
As eleições em Brasília vão ser responsáveis pelo rompimento de muitas amizades. Os candidatos estão excitados e apavorados. Da janela a gente vê muito bem o estrebuchamento lá em baixo. (Publicada em 06/02/1962)







