Desfiles 2024

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

facebook.com/vistolidoeouvido

instagram.com/vistolidoeouvido

 

Ala da Vai-Vai que representou policiais como demônios. Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

 

          Não é de hoje que a população brasileira, mesmo aquela que não acompanha o carnaval e não presta atenção na evolução das escolas de samba pelas avenidas do país, sabe que essas agremiações, por razões históricas, geográficas e mesmo por pressão de todo o tipo, mantêm estreito relacionamento com o mundo da contravenção e mesmo da criminalidade.

         Não se descarta aqui, nessas relações atuais, a proximidade com o tráfico e com as milícias. Antigamente esses relacionamentos ficavam apenas restritos aos banqueiros do jogo de bicho. Mas é preciso entender que o crime em nosso país tem evoluído muito, ganhando até status de empresas multinacionais. Dizer que as escolas de samba são infensas a essa proximidade, pode parecer até eufemismo, quando se percebe que muitas dessas escolas já estão literalmente sendo comandadas por sequazes do crime.

         Por certo os carnavalescos mais tradicionais, não aprovam essas relações. Mas o que podem fazer, diante do poderio da grana e das ameaças de morte, que essas facções fazem? As secretarias de turismo e os governos locais, mesmo na esfera federal, fingem que nada disso existe. Afinal essa infiltração dos criminosos nas escolas de samba, são realizadas de modo discreto e longe da observação do grande público.

         Toda essa situação pode até parecer surreal, mas o que representa isso, quando se verifica que mesmo nos poderes legislativos de muitos estados da federação essa presença hoje já é uma realidade? Extensas áreas geográficas de muitas metrópoles brasileiras, dominadas pelo crime organizado, são consideradas regiões proibidas para todos aqueles candidatos, que não são apoiados pelos criminosos.

         Quem se elege nessas regiões, possui, no mínimo, a bênção dessas organizações. Essa situação e outras relativas à realidade nacional têm produzido um efeito negativo sobre as escolas de samba e mesmo sobre o carnaval tradicional, afastando, dessas folias, as famílias e grande número de antigos foliões.

         O carnaval não é mais o que era, reclamam muitos saudosistas, que desistiram dessas festas. A criminalidade em geral, que hoje anda muito segura de si e que até é saudada por carnavalescos, como vítimas da sociedade e truculência da polícia, aproveita as festividades de Momo para praticar mais crimes, em meio ao tumulto geral estabelecido e diante da má vontade de agir das autoridades.

         Ir para as delegacias, registrar boletins de ocorrência sobre crimes ocorridos nas folias, é perda de tempo. Ricos saem como culpados de derem parte. Para completar essa realidade, que em si já é fora da curva da normalidade civilizatória, registre-se ainda que às vésperas do carnaval, em todo o país, caravanas e mais caravanas de ônibus lotadas são vistas nas ruas de todo o país, liberando em baciadas, presos e condenados por diversos crimes, todos beneficiados pelo instituto da saidinha, livres para curtir, ao modo deles, os dias de folia.

         É a escola do crime que pede passagem. Também pudera. Situação inusitada como essa só poderia acontecer mesmo num país onde autoridades, do mais alto nível de importância política destinam milhões de reais para que escolas de samba criem enredos especiais elogiando esses padrinhos. Pensar que nos estados de origem desses personagens políticos folclóricos, por falta de recursos, nem mesmo saneamento básico é encontrado. É o Brasil desmiolado do samba no pé que sai às ruas desfilando seus trapos e suas mazelas.

A frase que foi pronunciada:

“Há pessoas que usam máscaras de janeiro a janeiro. O carnaval não se acaba na quarta- feira de cinzas. Dói saber !”

Leônia Teixeira

Sem doença

Hora de redefinir ‘vacinação’. O que está acontecendo contradiz a terminologia. O significado é claro: “Ato ou efeito de vacinar visando gerar uma imunidade ativa, específica contra uma doença.”

Foto: Takeda/Divulgação

 

Inferno

Ao se aposentar, o trabalhador é identificado por bancos que ligam pelo menos 18 vezes ao dia oferecendo empréstimo consignado ou outros serviços. Mais ligações do tipo spam desligam imediatamente ao serem atendidas.

Foto: Divulgação/ALEMS

 

Carnaval

No Parque Olhos D’Água, as Lagartixas Chorosas deram um show de bom humor e musicalidade. Carnaval assim dá gosto!

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

Precisamente

Daniel Brian parecia ter uma bola de cristal. Na sexta-feira, primeiro dia em que a cidade pretendia aquecer os tamborins, o francês fechou as portas. Parece que sabia sobre a quantidade de água que cairia do céu.

 

História de Brasília

A última vítima das guarnições de Rádio Patrulha foi o jornalista Caio Caiubi representante da “Visão” do Distrito Federal.

Campo da esperança e paz

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

facebook.com/vistolidoeouvido

instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: gov.br

 

         Não foram poucas as vezes em que o Governo do Distrito Federal alertou o chefe do Executivo para o perigo tanto da construção de um presídio de segurança máxima nos arredores da capital, como da transferência de presos de alta periculosidade para as prisões de Brasília. Não foram poucas também as justificativas dadas para que a capital do país ficasse resguardada do convívio próximo de lideranças do crime organizado.

         Pelo fato de abrigar, em seu território, todas as representações diplomáticas e organismos internacionais com os quais o Brasil se relaciona, a capital, desde sua criação, foi considerada como área de segurança. Além disso, é aqui também que estão sediados os 3 Poderes da República, todos os ministérios e demais órgãos da administração nacional, alguns deles de vital importância para o controle de todo o Estado.

         Por essa e outras características próprias, o Distrito Federal não pode, de forma alguma, experimentar e vir a sofrer ataques do crime organizado, como os observados rotineiramente em outras partes do país, com saques ao comércio, queima de ônibus, guerras entre gangues e outros atentados de grande monta perpetrados por essas quadrilhas, que, em muitos casos, chegam a decretar a paralização total das atividades urbanas.

         Para Brasília, isso seria uma calamidade, com repercussões em todo o mundo. Com a vinda desses líderes do crime para a capital, não ficariam descartadas também a possibilidade de sequestro e mesmo a morte de autoridades. Depois de fazer ouvidos moucos aos seguidos pedidos feitos pelo governo local para manterem as organizações criminosas e suas lideranças bem longe do quadrilátero da capital, o Governo Federal não só construiu um gigantesco complexo penitenciário de alta segurança nos arredores de Brasília, como ainda trouxe para essas prisões os maiores chefões do crime organizado em operação no país, instalando-os por aqui, sem dar a mínima explicação para essa perigosa atitude.

         Agora, segundo aqueles que acompanham o desenrolar desse caos anunciado, é tarde demais para aceitar que o GDF estava coberto de razões. Não é demais reconhecer agora que as principais facções do crime brasileiro estão atuando não só em 24 estados da Federação como estão operando aqui também, bem no coração do Brasil.

         A vinda desses chefões para a capital foi seguida também por todo o staff do escritório do crime, formado por pombos correios, travestidos de advogados, familiares, contadores, olheiros e demais hierarquias do crime, que passaram a se instalar nos arredores da capital, prontos para executarem as ordens vindas diretamente de dentro do presídio de alta segurança.

          O poderio dessas facções criminosas é surpreendente. Seus representantes, disfarçados em lideranças sociais, conseguem até agendar encontros com autoridades do governo, como foi o caso recente da chamada “Dama do tráfico amazonense”, que esteve no Ministério da Justiça. A imagem de bandido pés de chinelo ficou no passado.

          Hoje, essas organizações do crime reúnem em torno de dezenas de milhares de comparsas, movimentando bilhões de reais por ano. Contando com armamentos de última geração, que chegam fácil nas mãos dos bandidos por meio de nossas extensas e mal policiadas fronteiras, esses bandos começaram também a se submeter a intensos treinamentos paramilitares e estão prontos para tudo.

          Não se sabe ainda como essa situação delicada vai terminar por aqui, mas seja como for, a cada dia fica mais difícil para a capital se desvencilhar dessa proximidade perigosa e cortar esse mal pela raiz.

 

A frase que foi pronunciada:

“Apurou-se que parte dos comandos que chegava aos faccionados soltos – que, no PCC, integram a chamada ‘sintonia da rua’ – era transmitida por faccionados presos.”

Da Polícia Civil para o Correio Braziliense

Foto: Lucio Bernardo Jr.

 

Mãos à obra

Campus da UnB está fervilhando com novas construções. Ao todo, são 9 edificações para a faculdade de agronomia, biotecnologia, medicina veterinária e saúde. “Propusemos a criação da Comissão Permanente de Infraestrutura para melhorar esse aspecto que é tão sensível na nossa Universidade e no serviço público em geral. Uma das atribuições dessa comissão é acompanhar as obras que estão em curso e isso tem acontecido periodicamente. A comissão é bastante atuante”, afirmou a reitora Márcia Abrahão ao jornal da UnB.

Foto: Mozaniel Silva/Secom UnB

 

Surpresa

Por falar em UnB, com milhares de alunos em Brasília, o jornalista Paulo José reuniu o apreço de duas gerações quando foi a uma festinha de formatura do Ensino Fundamental. Pais e avós das crianças o reconheceram e não deixaram de lhe dar um abraço.

Jornalista Paulo José. Foto: editoracontexto.com

 

História de Brasília

Nós, que queremos ajudar a administração do DCT, temos um caso a citar hoje. A Casa da Louça, de Itabana, Bahia, mandou uma carta, pagando 10 cruzeiros de selos para a Mercantil Garboggini Ltda, em Salvador. (Publicada em 28.03.1962)

Novos colarinhos

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

facebook.com/vistolidoeouvido

Charge do Nani

         Não é de hoje que parte da imprensa e alguns operadores da Justiça têm chamado a atenção para o lento e progressivo movimento do crime organizado em direção à máquina do Estado, não só em instâncias como o legislativo municipal, estadual e federal, mas nas esferas do Judiciário e no próprio Poder Executivo. Trata-se de um processo que não começou agora, mas que vem ganhando intensidade à medida em que essas organizações crescem em poderio e em eficiência como qualquer grande empresa.

          A sofisticação e os métodos de ação vão se aprimorando a cada mudança no comando desses grupos. As novas gerações de criminosos, alguns com formação universitária, enxergam esses negócios com olhos de empresários e sabem que o melhor a fazer, nesses tempos de tecnologia avançada, é organizar-se com métodos e critérios, criando ramificações no lado sadio da sociedade, sem que ninguém perceba.

          Obviamente que, para essa empreitada, o primeiro passo é qualificar seus integrantes, financiando seus estudos, contratando gente especializada nos diversos ramos de atividade empresarial e tudo mais. O passo seguinte é adentrar a máquina do Estado, instalando-se no coração do poder. Para isso, financiam candidatos a diversos cargos públicos. Em seguida, partem para cima da atividade política, financiando candidatos comprometidos com essas atividades ilícitas ao mesmo tempo em que impedem outros candidatos de concorrer na vasta área dominada pelo crime organizado.

          Como o próprio nome diz, o crime organizado vai, a exemplo dos bicheiros, abandonando as antigas atividades ilícitas e buscando novos negócios mais lucrativos e mais diversificados. Noutra ponta, os criminosos partem diretamente para o suborno de autoridades e mesmo de juízes, comprando a liberdade entre outros benefícios. Para os que não aceitam suas ofertas, os criminosos ameaçam e matam.

         Não são poucos os juízes do nosso país que necessitam de segurança armada 24 horas por dia, dormindo cada noite num local e vivendo uma vida de prisioneiro de fato. Também a imprensa tem mostrado que não são poucos os casos de juízes apanhados vendendo sentenças. A transformação do Brasil em corredor internacional do tráfico de drogas e armas, facilitado pela imensidão de milhares de quilômetros de fronteiras secas e pouco vigiadas, deu aos integrantes das diversas quadrilhas do crime organizado, insumos fartos para suas atividades ilegais.

         O crescimento e a lucratividade desse tipo de negócio são facilitados e até insuflados pela leniência com que o poder público lida com a questão. Leis de progressão de regime, saidinhas, visitas íntimas, bolsas concedidas aos familiares de presos, liberalização das drogas, advogados não revistados e muitas outras aberturas e facilidades são postas à serviço da bandidagem, em nome de uma falsa humanização dos condenados.

         Mas é, na política nacional, principalmente aquela parte que vive à base do toma lá, dá cá, dos orçamentos secretos e dos escândalos rotineiros, que os neófitos oriundos do mundo do crime, também chamados de colarinhos novos, encontrarão os adversários à altura de suas ousadias.

          Aí, nesse Olimpo, terão muito o que aprender para chegar ao status de um autêntico colarinho branco, intocável, impávido e impoluto. O problema com essa infiltração do crime organizado no mundo da política é que, nesse novo ambiente, nem os maiores especialistas do planeta em criminologia saberão quem é quem.

 

A frase que foi pronunciada:

“Temos de colocar esse problema no radar: violência, criminalidade organizada, como impedir a sua infiltração nas instituições e como o Estado reocupar espaços que estão perdidos para o crime organizado. E isso ocorre no Rio de Janeiro e na Amazônia. Portanto, é um fenômeno nacional, continental”.

Ministro Luís Roberto Barroso

Foto: Nelson Jr./STF/Divulgação

 

Barbaridade

A manchete que nunca saiu: “Ministro de Bolsonaro recebe a dama do tráfico em seu gabinete.” Imaginem! Dois pesos e duas medidas. Isso não é democracia.

Ex-presidente Jair Bolsonaro, em 12 de maio de 2021. Foto: Joédson Alves / EFE

 

Debate

Interessante a discussão na audiência pública que discutiu o papel do hidrogênio verde no Brasil e no mundo, em Brasília. O evento, promovido pela Subcomissão Especial de Hidrogênio Verde e Concessões da Câmara dos Deputados, conduzido pelo deputado Leônidas Cristino (PDT/CE), contou com a presença do presidente do Conselho Regional de Química da 21ª Região, Alexandre Vaz Castro. Na Europa, as plantas de hidrogênio não são mais feitas onshore, em terra, e sim no mar, por questão de segurança.

 

História de Brasília

A ressalva em tôrno dos frangos foi feita a propósito, porque as autoridades deviam saber que a granja do Torto, onde reside o presidente da República, tem uma excelente criação de frangos, e era quem fornecia para todos os banquetes realizados em Brasília. (Publicada em 27.03.1962)

Samba ou Réquiem

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Cazo

 

          Se, no século passado, era a saúva o inseto apontado como uma verdadeira ameaça ao Brasil, hoje esse posto ganhou novos protagonistas, seres de uma espécie muito mais evoluída e cujos estragos à existência do país e da nação se elevam a um altíssimo nível, impossível de calcular. A situação adquiriu um tal grau de emergência e periculosidade que hoje é possível afirmar, parafraseando Saint-Hilaire em 1800: Ou o Brasil acaba com o crime organizado e suas vertentes, ou esses grupos acabarão com o Brasil.

          Vivemos uma situação limite, na qual o ponto de inflexão está dado, quando se verifica que o crime organizado está estendendo seus braços para dentro do Estado, ocupando posições estratégicas, ameaçando instituições e, com isso, ganhando um novo status e poder, substituindo a antiga sandália havaiana branca com bermuda pelo terno de corte italiano de colarinho branco.

         Têm sido cada vez mais frequentes os noticiários, em todo o país, dando conta do espraiamento do crime organizado para dentro de empresas municipais e de prestação de serviços públicos, de onde lava o dinheiro do crime e ainda ganha posição de pressão sobre os governos locais.

         Em outra vertente, os criminosos, agrupados em organizações cada vez mais profissionais, bem estruturadas e com protocolos sofisticados, passaram a controlar vastas áreas dentro da cidade, onde a população é ameaçada e pressionada a votar apenas nos candidatos apontados por esses marginais, ao mesmo tempo em que proíbem a campanha de outros políticos.

         Fazer campanha pela moralização do Estado, com combate ao crime e outras propostas éticas dentro dessas comunidades, é assinar um decreto de morte. Os prefeitos e vereadores dessas localidades dominadas são acompanhados de perto e, não raro, só adotam medidas com a benção desses bandidos. Ao estender seu domínio sobre o Legislativo local, como parece estar acontecendo agora na Assembleia de São Paulo, onde um deputado é acusado de colaborar com o crime organizado, as novas gerações desses chefes do crime aprenderão que é, dentro da máquina do Estado, que estão as maiores oportunidades de enriquecimento. Nessa posição, os meliantes, cujas candidaturas foram financiadas pelo dinheiro dessas organizações, adquirem a prerrogativa do foro, que lhes fornecem a blindagem necessária para roubar em paz, longe das bisbilhotices da lei.

         É preciso atentar que o crescimento dessas organizações só foi possível graças a fatores como o aumento da corrupção no meio policial, da leniência da Justiça, da frouxidão das leis e do pouco empenho das autoridades, desanimadas com a tarefa de enxugar gelo. De todos esses fatores, que favorecem o crescimento dessas organizações criminosas e sua infiltração no Estado, nenhum outro tem sido mais importante do que a própria corrupção política, entranhada em nosso país, desde seu nascimento.

         A corrupção política e sua contrapartida, a impunidade generalizada, têm sido, nesses últimos anos, o principal incentivo e modelo que os criminosos passaram a incorporar, para ter uma verdadeira vida de foras da lei, sem serem importunados pela lei. Como diz a letra do samba “Homenagem ao malandro”, de Chico Buarque: “Agora já não é normal/O que dá de malandro regular, profissional/Malandro com aparato de malandro oficial/Malandro candidato a malandro federal/Malandro com retrato na coluna social/Malandro com contrato, com gravata e capital/Que nunca se dá mal…” Lirismo à parte, a situação atual não dá enredo para samba. No máximo, ajuda a compor o réquiem de uma nação.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Educar com marxismo é como amamentar com álcool.”

Armando Ribas, cubano.

Armando Ribas. Foto: OnCubaNews

 

Inovação

Chega à Brasília, no dia 21 deste mês, um evento importante para quem acompanha inovações em tecnologia. O 2° Innova Summit acontecerá até o dia 23, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Há inscrições e serão gratuitas. Arena Games é a área mais disputada pela meninada. Eduardo Moreira é o idealizador do encontro e presidente do Instituto Conecta Brasil.

 

Desde pequenino

Não são só o maior índice de crimes contra os idosos na cidade que preocupam. O descaso com os mais velhos, desde a infância, mostra, pelo comportamento dos adultos, que a nossa sociedade não valoriza a experiência. No estudo de Silvia Masc, da Universidade de Juiz de Fora, ela afirma que, “na China e no Japão, a velhice é sinônimo de sabedoria e respeito. O fenômeno envelhecer é natural e inerente a toda espécie e tem sido preocupação constante da chamada civilização contemporânea. Os idosos são tratados com respeito e atenção pela vasta experiência acumulada em seus anos de vida.  A família é o Porto Seguro do idoso.”

Autor — Foto: Marcelo Camargo/ABr (valor.globo.com)

 

Participe

Por falar em idosos, Juliana Seidl convida pessoas com 50 anos ou mais que continuam trabalhando a participar de uma pesquisa da professora Lucia de F. P. França. A decisão da aposentadoria é o mote da pesquisa. Acesse o link a seguir.

–> Tomada de Decisão na Aposentadoria sob a Perspectiva Ibero-Latino-Americana

Foto: Getty

 

História de Brasília

Os jardins da W-3, à altura das estações de TV, estão sendo pisados pelo público, que está formando trilhas. Não seria o caso de colocação de cercas porque enfeitaria demais, mas de vigilância da Polícia Florestal. (Publicada em 01.03.1962)

Bem-vindo à selva cabocla

Publicado em Deixe um comentárioÍntegra

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Foto: PF/Divulgação

 

Não é nada fácil a vida de delegados, juízes, promotores ou quaisquer outros profissionais da justiça, que fazem, da lei, o objetivo central de suas funções, e que por, força do cargo, se veem obrigados a residir e exercer suas tarefas na imensa e nada amistosa região amazônica.

Há muito se sabe que essa região e, sobretudo, os milhares de quilômetros de fronteira seca, entre o Brasil e os países da América Latina, representam um teste para todo profissional da justiça, incluindo policiais e militares, devido aos perigos e desafios que ocorrem rotineiramente naquela parte do Brasil. Esses abnegados profissionais da justiça sabem muito bem que estabelecer os ditames da lei numa região selvagem e hostil pode lhes custar a própria vida.

Quadrilhas numerosas e fortemente armadas e com ramificações variadas na sociedade e no establishment local fazem desse trabalho uma missão para poucos. O intenso comércio ilegal de produtos das mais variadas espécies, capaz de enriquecer um indivíduo da noite para o dia, é um chamariz natural para toda sorte de aventureiros e de gente disposta a tudo para fazer fortunas fáceis.

Definitivamente esse não é um lugar seguro para operadores da justiça ou outros profissionais medrosos. São inúmeras as histórias de juízes e outros operadores da justiça que passam 24 horas do dia sob intensa proteção policial, dormindo cada noite num lugar, muitas vezes na própria delegacia, porque ousaram enfrentar o crime organizado da região. Mesmo assim, muitos deles perderam a vida ao primeiro descuido.

Fosse esse o único perigo que enfrentam, ainda estaria tudo sob controle. O pior, nesse mundo sem lei, é que muitas vezes o inimigo se esconde do lado de dentro da muralha, sob a forma de um policial cooptado pelo crime ou mesmo de empresários e políticos cujas fortunas provêm muitas vezes de atividades ilícitas e outras empreitadas ilegais rendosas.

O perigo maior para todo o xerife honesto que se aventura nesse faroeste caboclo é saber identificar o verdadeiro chefão e operador dessas quadrilhas, que agem como fantasmas na noite, mas que deixam um rastro de destruição e mortes por todo o lado. Escondidos nas mais altas posições sociais e institucionais locais, esses cidadãos insuspeitos utilizam do status que alcançaram para dar livre trânsito ao trabalho das quadrilhas, quer facilitando-lhes o exercício do crime, ou livrando-lhes da perseguição da justiça.

Usam da influência que possuem para dinamizar e dar uma certa aparência legal a seus negócios escusos. Da exploração ilegal de madeira, ouro, pedras preciosas, minérios raros, até do furto e exportação de espécies exóticas da flora e fauna é que vêm boa parte dessas fortunas mal explicadas, além, é claro, do contrabando de armas e drogas. Com essa gente poderosa e com trânsito livre na capital e no Poder, todo o cuidado é pouco.

Qualquer bisbilhotice maior que possa revelar ou mesmo indicar a possibilidade da existência desses negócios escusos, operados por essa elite local, pode custar aos representantes da justiça ou o cargo, com sua transferência imediata e sem aviso prévio ou motivo, ou, em último caso, a cabeça do próprio ousado. É essa a realidade que há décadas temos naquela parte do Brasil e que muitos fingem não enxergar.

A frase que foi pronunciada:

Ninguém é dono da multidão, ainda que creia tê-la dominada.”

Eugène Ionesco

Eugène Ionesco. Foto: wikipedia.org

Será

Leitora nos envia um lembrete. Alguém está monitorando o Sr. Deputado Jean Willys?

Jean Willys. Foto publicada em seu perfil oficial no Instagram.

Amplidão

Estava mesmo precisando de uma boa reforma, o Setor de Rádio e TV Sul. Parte tão antiga da cidade estava esquecida no tempo. Novas calçadas dão conforto e segurança aos pedestres e motoristas.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Sempre Verde

Um quadro iluminado, na avenida W3, que definia a velocidade ideal para o motorista pegar todos os sinais abertos era de uma tecnologia simples e ideia inteligente. O acidente de ontem na W3 mostra que, se ainda existisse o aparato, as pessoas estariam mais seguras.

Prova cabal

Uma casa sem hierarquia vira anarquia. Um povo sem instituições que se respeitem perde todo o respeito pelas regras. É o caso do lockdown. STF, STJ, PGR, Governo Federal e governo local não se entendem e o cidadão fica completamente perdido. Estamos definitivamente sem segurança jurídica.

Charge do Amarildo

História de Brasília

Outro dia, o sr. Ibrahim Sued dizia em sua coluna sobre um baile no qual não serão aceitas máscaras: para quê, se somos mascarados o ano inteiro? (Publicada em 31.01.1962)

Eleições de criminosos ameaçam nossa frágil democracia II

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Duke para domtotal.com

 

Já foi mencionado, aqui neste espaço, o grande perigo para a frágil democracia do Brasil que o avanço de representantes do crime organizado e das milícias vem empreendendo sobre o aparelho do Estado por meio do processo eleitoral. Em cidades como o Rio de Janeiro, esses sinais são bem claros para todo mundo e ocorrem sobre os cadáveres de muitos candidatos, abatidos, um a um, em plena luz do dia.

A pavimentação com o sangue daqueles postulantes, que não interessam aos criminosos, dá uma pista do que está se armando no horizonte, fazendo com que nossa atual situação transforme as sete pragas do Egito Bíblico num conto infantil.

Uma vez atingida a posição de mando dentro do Estado com suas ramificações posteriores, apanhar esses malfeitores será tarefa de difícil execução, pois esses facínoras terão as facilidades do cargo para se manterem impunes até o trânsito em julgado, o que nunca acontecerá.

De uma tempo para cá, o crime organizado vem se especializando na lavagem de dinheiro e, não por acaso, tem encontrado, nos labirintos das instituições públicas, um recanto tranquilo para expandir seus negócios, ao mesmo tempo em que branqueiam e oficializam a origem de seus butins.

Já se foi o tempo em que obras de arte, cavalos, fazendas, times de futebol e outros meios, eram usados para lavar dinheiro. Também não é segredo para ninguém que o crime organizado muito tem aprendido com os mestres da corrupção, travestidos de políticos, quase sempre impunes, mesmo depois de saquearem bilhões de reais dos cofres públicos a cada ano. Apenas nesses últimos meses, 14 candidatos às eleições municipais no estado do Rio de Janeiro foram baleados. Oito morreram, todos disputavam o pleito pela Baixada Fluminense, área de disputa entre traficantes e milicianos. Em outras regiões, os casos se repetem. Nessas e em outras áreas, só fazem campanhas políticas os candidatos com licença prévia dos bandidos que comandam o local.

A lei do silêncio é total. Também a população, em meio ao fogo cruzado, é assediada e coagida a votar apenas nos candidatos apontados pelos quadrilheiros. Uma investigação séria em qualquer dessas câmaras legislativas mostra, facilmente, indivíduos envolvidos com essas facções. Essas eleições têm apontado que o crime organizado já arrombou a porta do Estado de onde comandam seus negócios, dentro e fora dessas instituições. Alguns analistas dessa situação não têm receio em afirmar que o Brasil vive um processo de “colombialização”, nos mesmos moldes em que eram vistos naquele país sul americano na década de oitenta.

Para coroar uma situação que em si já é por demais dramática, está em curso um amplo movimento apoiado, inclusive, pelo atual presidente da República e muitos de seus ministros e apoiadores, para o retorno dos cassinos ao Brasil. Caso isso venha a ocorrer, estarão dados todos os elementos para a criação de um Brasil paralelo, comandado por uma espécie de organização formada por políticos corruptos, crime organizado e um tipo de forças armadas que, em seguida, também virá constituída, exclusivamente, para dar proteção a essa gente poderosa e abafar quaisquer tentativas de moralização do Estado.

Em tempos de pandemia e de profunda crise econômica, com milhões de desempregados, fechamento de milhares de estabelecimentos e de incertezas políticas de toda a ordem, está dado o caldo ideal para a fermentação desse Brasil que não podemos aceitar nem nos mais sinistros dos pesadelos. Os brasileiros de bem sabem que o que o país necessita é de boas escolas, hospitais eficientes, segurança, trabalho e assistência adequada do Estado, e não de cassinos e outros tipos de negócio cuja única função é enriquecer a bandidagem e aumentar, com isso, a criminalidade e a violência, já em níveis de guerra civil não declarada.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:   

“Quando eu saí em direção ao portão que me levaria à liberdade, eu sabia que, se eu não deixasse minha amargura e meu ódio para trás, eu ainda estaria na prisão.”

Nelson Mandela, advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999

Nelson Mandela em Johannesburg, Gauteng, em 13 May 2008. Foto: wikipedia.org

 

Mais conforto

No total, 14 paradas de ônibus entregues pela Secretaria de Transporte e Mobilidade. Lago Norte, Trevo Triagem Norte, Sol Nascente, Ceilândia, Planaltina e Samambaia. Algumas forçam a parada dos carros que estão atrás dos ônibus, por falta de recuo. Mas os passageiros estão mais seguros em lugares mais confortáveis. A grande novidade é o acesso para os cadeirantes, com rampas que facilitam a mobilidade.

Parada nova em folha na avenida principal do Sol Nascente / Pôr do Sol | Foto: Semob

 

Interessante

Há mais de 15 dias, a imprensa mostrava as praias do Rio de Janeiro lotadas. Nenhuma tragédia covidiana aconteceu. Aqui em Brasília não é diferente e o reflexo disso é claro: como o hospital de Santa Maria, que transformou leitos para pacientes do Covid para pacientes com outros tipos de atendimento.

Foto: Leandro Cipriano / SES

 

Crimes

Não é novidade nenhuma que, em países ricos, as mulheres podem decidir pelo próprio corpo, ignorando o corpo de um embrião, ou uma criança que ainda não nasceu. O que vem à tona, mais do que as feministas gostariam, é o assunto sobre a venda de órgãos e tecidos de bebês abortados. Leia mais em Imagens chocantes denunciam tráfico de órgãos de bebês humanos nos EUA.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Na homenagem dos “Diários Associados” ao prefeito Sette Câmara, um detalhe muito comentado foi o sapato e a boca da calça do prefeito completamente enlameados. (Publicado em 16/12/1961)

Eleições de criminosos ameaçam nossa frágil democracia

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Imagem: bncnoticias.com

 

Com os atentados aos candidatos nessas eleições municipais se sucedendo num ritmo constante, principalmente em localidades onde o crime busca se consolidar, também, como força política, alguns fenômenos de muito mau agouro despontam no horizonte. O que o crime organizado busca defender nas tribunas legislativas nada tem de valores cristãos e éticos.
Isso, obviamente, todos sabem muito bem. Mas, nem assim , ouve-se falar em adoção de medidas enérgicas, para frear esse fenômeno nefasto, que vai se instalando devagar, bem debaixo de nossos olhos. O risco é que, uma vez instalado no poder, dificilmente conseguiremos barrar o seu avanço. E,  lá chegando, essas bandas podres da nossa sociedade ganharão voo próprio, com blindagens de foro e a segurança dada pelos chamados garantistas, instalados nas mais altas Cortes, como vem acontecendo em variados casos, envolvendo outros ramos da ilegalidade, representados pelos chamados bandidos do colarinho-branco.
É tudo uma questão de lógica e de encadeamento dos acontecimentos, tais quais vêm ocorrendo à luz do dia, em cidades como o Rio de Janeiro e algumas localidades no Nordeste e na região Norte do país. A cada eleição, seja em que nível for, mais e mais esses grupos, representando traficantes, milicianos, contrabandistas e outros especialistas nas artes do mal, financiados pelo dinheiro farto dessas atividades, vão consolidado suas posições dentro do aparelho do Estado.
Nenhum Poder está a salvo ao avanço dessas forças. Legislativo, Executivo e o próprio Judiciário vão sendo, paulatinamente, tomados. Não se trata, aqui, de previsão de mau agouro, a apontar a consolidação de um Estado totalmente distópico, capaz, inclusive, de modificar a legislação penal, mas de uma realidade que se arrasta como uma serpente traiçoeira e que só vai ser notada pelos incautos quando o bote já tiver sido dado.
Em algumas localidades do Brasil, como é caso do Rio de Janeiro, onde a área urbana está dividida entre as diversas correntes do crime organizado, a morte de uma quantidade assustadora de candidatos é apenas prenúncio do que está por vir, também, em outras partes do país, onde os assassinatos e o dinheiro sujo farto estão presentes. A senha para o avanço dessas forças das sombras, logicamente, foi dada pelos grupos formados por políticos envolvidos nos mais variados casos de corrupção contra o erário.
Um Estado moralmente solapado por um ciclo de corrupção endêmica é porta aberta e estrada pavimenta à chegada de criminosos de todo o calibre. Essa, na verdade, é uma história há muito anunciada. É preciso saber, no entanto, que essa via de entrada para a instalação do crime organizado no aparelho do Estado não pode, em hipótese alguma, ser detida pela Justiça Eleitoral, simplesmente, porque essa filial exótica do Judiciário não possui, nem de longe, os mecanismos necessários para coibir esse avanço, ainda mais quando ele é feito por pessoas com capacidade de organização muito acima dos juízes eleitorais.

O importante é que o processo contínuo das eleições em todos os níveis não venha a se transformar em mais um caso de preocupação para os cidadãos do país. Caso as eleições se transformem em porta de entrada para criminosos comuns que irão se juntar aos corruptos já aqui instalados, o Brasil deixará de existir como nação. E essa não é uma previsão feita em bola de cristal. Basta olhar pela janela de sua casa. Está tudo aí. Quem tem olhos que veja.


A frase que foi pronunciada:

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.”
Nelson Mandela, advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999
Nelson Mandela em Johannesburg, Gauteng, em 13 May 2008. Foto: wikipedia.org
Exterminador
Pombos de Brasília sofrem com a arquitetura e engenharia, ou mesmo administração do Museu Nacional de Brasília. Dezenas desses animais, ao entrar numa abertura atraente para construir ninhos, não conseguem sair e, ao se debaterem, caem numa vala. Os vigias se acostumaram com o visual macabro.
Foto: Michael Melo
Agenda 1
O maior acervo de brasilianas fora do Brasil, a Biblioteca Oliveira Lima, que conta com mais de 60 mil itens fundamentais para a história e a cultura brasileiras, será um dos temas tratados por Duília de Mello, vice-reitora de estratégias globais da Universidade Católica da América de Washington, DC, durante o webinar A Educação na era pós-pandemia: o papel da diáspora brasileira de ciência, tecnologia e inovação.
Foto: Divulgação
Agenda 2

O evento, promovido pela Embaixada brasileira em Washington, DC, na próxima segunda-feira (16), será transmitido pelo canal da embaixada no Youtube e contará, ainda, com a participação do embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Foster Jr, do secretário de educação superior do MEC, Wagner Vilas Boas, da representante do Conselho para Colaboração Internacional da Universidade de Maryland Baltimore, Isabel Rambob, e de Benhur Gaio, reitor do Centro Universitário Internacional Uninter.


História de Brasília

Há o caso de vários operários de uma obra, que pediram as contas e foram para a fila da Novacap.(Publicado em 16/12/1961)

Aproximação fatal

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

 

Ironia do destino ou não, o fato é que uma das principais facções do crime organizado, nascida em São Paulo, vai, à revelia das autoridades e contra todos os prognósticos oficiais, pouco a pouco se instando de mala e cuia na capital do país.

Entre os objetivos desse grupo que se expandiu em número, fortuna e ousadia nesses últimos anos, pode estar a criação de uma espécie de Estado Paralelo, fincado bem no coração da capital, de onde passaria a controlar outras regiões. A intenção desse grupo em se fixar na capital é antiga e vem sendo acompanhada pelas autoridades desde 2002, quando integrantes da cúpula dessa organização estiveram presos no complexo da Papuda.

De lá para cá, a polícia tem efetuado, com certa regularidade, várias prisões de integrantes da facção que formariam núcleos embrionários do crime organizado no Distrito Federal e principalmente nas áreas do entorno. Informações passadas à imprensa dão conta de que em regiões administrativas como o Paranoá, São Sebastião e outras já estariam abrigando vários indivíduos aliciados pelo bando, numa mostra de que essa facção possui planos ambiciosos, que vão muito além da prática de crimes comuns.

Suspeitas nesse sentido foram levantadas pelas próprias investigações, mostrando que membros dessas organizações vêm comprando casas, terrenos e lojas no Distrito Federal e nas cidades goianas limítrofes. Investimentos dessa natureza, feitos em imóveis, revelam que os planos desse grupo para se fixar no Centro-Oeste são ambiciosos e devem, portanto, despertar o olhar mais apurado das autoridades que tiverem interesse em cortar o mal pela raiz.

Com a chegada agora, e de surpresa, do principal chefe dessa organização para mais uma estadia no Presídio de Segurança Máxima de Brasília, as autoridades de segurança, inclusive o próprio governador Ibanez, protestaram de forma enérgica, condenando a decisão do Ministério da Justiça. Esse fato revela o nível de preocupação com a vinda desse líder e de outros ligados à cúpula criminosa para a capital.

Obviamente que virão também familiares, amigos e advogados dos contraventores. A crise financeira e a falta de investimentos nas áreas de segurança têm enfraquecido o poder de combate ao crime em todo o Brasil e em Brasília não tem sido diferente.

Com poucos recursos humanos, escasso material, como armamentos e com uma força de inteligência necessitando de grandes investimentos, controlar as múltiplas atividades desse grupo criminoso aqui no DF será uma tarefa das mais delicadas, ainda mais quando se conhece as especificidades da capital como sede dos Poderes da República e sede de todas as representações diplomáticas.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Fortalecem organizações criminosas pela educação e segurança deficientes, propiciando o aumento da violência e da marginalização.”

Thiago Soares Garcia, em artigo publicado no portal Âmbito Jurídico.

Clique no link para ler o artigo completo: A seletividade penal pela perspectiva do combate aos crimes de colarinho branco

Charge de Nani Humor

 

Nova legislação

Casos de pessoas que largaram o emprego para vir fazer o concurso da Sedest, gastos, privações sociais de todos os tipos durante meses para manter o ritmo dos estudos. É desumano cancelar qualquer concurso. É preciso haver a previsão no edital sobre multas no caso de suspensão das provas de concurso, como as licitações. Assim, haveria mais segurança, capacitação dos fiscais e a logística precisaria ser infalível. Caso contrário, multa e jamais a possibilidade de novos contratos.

Foto: concursos.correioweb.com.br

 

Eficiente

Correspondências enviadas ao presidente da República são respondidas com brevidade pela Diretoria de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal do presidente Bolsonaro. O Sr. Marcelo da Silva Vieira assina as correspondências.

 

 

Muito boa

Quem lê com mais acuidade estranha que Rodrigo Maia tenha pedido para o líder do Executivo, presidente Bolsonaro, ter mais empenho na aprovação de uma proposta do Governo Federal. Se a aprovação é dada no Legislativo, onde os parlamentares representam a vontade do povo, o natural seria o contrário. A observação é de Ascânio Seleme.

Charge do Izinho

 

Esperança

Com recursos do FNO do Banco da Amazônia, a linha de crédito para Energia Verde apoia a produção de energias renováveis na região com obras que têm como princípio beneficiar a população local com saneamento básico, telecomunicações, transporte e empregos. Outros fundos na operação: são eles o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia, BNDES e Orçamento Geral da União.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E para terminar: é comum uma telefonista reclamar para a gente, o salário que ganha, o número de horas que trabalha, as dificuldades que a Novacap lhe transfere com relação à habitação, transporte e local de alimentação. (Publicado em 15.11.1961)

Entre a caneta e o fuzil

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960 Com Circe Cunha e Mamfil

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Dum

 

Assim no céu como na terra. Tal parece ser o enredo que vai se desenrolando há algumas décadas em nosso país tanto no combate à corrupção, como na luta contra o crime organizado. Os entraves, encontrados pelas autoridades judiciais para pôr termo às ações desses grupos, tanto dentro de palácios, como dentro de presídios, são imensos e só não foram ainda deixados de lado devido à grande pressão popular, sobretudo aquelas manifestadas nas ruas e nas redes sociais.

Batalhões dos mais caros escritórios de advocacia, ações de juízes, complacentes e com ligações com esses personagens, além de campanhas feitas por um tipo de imprensa e blogs muito suspeitos, tornam a tarefa de saneamento do país uma missão tão ou mais árdua quanto os doze trabalhos de Hércules. Mesmo que aparentemente não existam, ainda, fatos que liguem diretamente corruptos do colarinho branco e grupos e facções criminosas que agem nos presídios e em muitas cidades espalhadas pelo país, o fato é: tanto um como o outro são extremamente nocivos ao país, sendo que, em muitos casos, estão na raiz do nosso eterno subdesenvolvimento.

Combater crimes praticados por indivíduos de alto coturno, como pelos chamados pés de chinelo, deve, portanto, merecer igual e persistente esforço. Buscar semelhanças tanto nas ações delituosas praticadas por ambos, como nas consequências dessas atuações é tarefa fácil. De saída, é possível identificar que ambos grupos trabalham contra o Brasil e contra os brasileiros, a favor exclusivo de seus interesses ou de pessoas a eles ligadas. Para tanto, são capazes das mais reprováveis ações para alcançarem seus intentos. A rigor, não deveria existir diferenciação entre esses dois grupos, tanto na condenação, como no confinamento e tratamento desses delinquentes. Pelo poder financeiro que possuem, e que amealharam nesses anos todos, a capacidade de contornar os rigores da lei, subornando e ameaçando pessoas, é imensa e sem paralelo em nossa história. A diferença está no tipo de arma empregada para atingir seus feitos. Enquanto uns usam da caneta e do cargo para fazer o crime acontecer, outros recorrem aos fuzis e à violência explícita. Nesse caso é possível afirmar que uma canetada mata tanto ou mais que as próprias balas de fuzis.

Perigo real desses dois grupos que agem tanto dentro da máquina pública como na periferia de todas as nossas metrópoles deve merecer atenção redobrada, principalmente quanto ao endurecimento da legislação penal. Nesse sentido, bem faria o governo se empenhasse todos os esforços no sentido de fazer aprovar o conjunto de leis apresentado pelo ministro da justiça, Sérgio Moro, inclusive fortalecendo os mecanismos de combate às fraudes nesse sistema. Resta saber se os legisladores concordarão com os eleitores.

A notícia de que um poderoso chefão do crime organizado e mais alguns comparsas acabam de ser transferidos para o presídio de Brasília, enquanto outros presos seguem para o Rio de Janeiro ou permanecem em Curitiba, demonstra não só a periculosidade desses indivíduos, deslocados a todo instante pelo país por motivo de segurança, mas revelam a dificuldade que as autoridades enfrentam para manter esses grupos vigiados ou mesmo presos. De sandália havaiana ou de sapato italiano, esses indivíduos, ao fim, ao cabo, prejudicam o país na mesma medida.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Eis o âmago da questão suscitada por Radbruch: a consciência(…) não há consciência no homem que frauda, desvia, comete peculato, descaminho(…)”

Sérgio Cruz, membro do IBDFAM

Michel Temer no momento da prisão pela Polícia Federal (Ueslei Marcelino/Reuters/TV Globo)

 

Seletiva

Recebemos, da fonoaudióloga da Telex, uma solicitação de divulgação onde fundamenta a importância de o ser humano usar a tecnologia para poder ouvir, já que é um ser social. Com crianças e adolescentes pode ser diferente, mas quem convive com idosos sabe que, em 70% do dia, eles preferem o aparelho desligado. Por que será?

 

 

Encontro

Moradores do Lago Norte são convidados para uma reunião no dia 27 desse mês, no Colégio do Sol, às 19h30. Essa será a primeira reunião com o presidente da Novacap, Declimar Azevedo. Na ocasião, os moradores poderão reivindicar melhorias estruturais da região.

 

Responsabilidade civil

Crotalária é o nome da semente usada para adubar o solo. Estava misturada com a ração que matou dezenas de cavalos no DF e GO.

Misturadas aos grãos da aveia, as sementes da crotalária são visíveis, mas podem passar despercebidas /Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

 

Para ontem

Com o Paranoá Parque e Itapuã Parque, é preciso considerar a ponte entre o Setor de Mansões do Lago e a UnB. Basta fazer uma projeção para compreender que as estradas da região não suportarão o fluxo de carros.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

E há mais, quanto ao serviço telefônico: as telefonistas ficam discutindo, brigando e se xingando em código com as telefonistas do Rio, sem ter o cuidado, sequer, de tirar o assinante da linha. (Publicado em 15.11.1961)

Fator violência urbana ajudou na eleição de Bolsonaro

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960 Com Circe Cunha  e Mamfil

jornalistacircecunha@gmail.com

Facebook.com/vistolidoeouvido

Instagram.com/vistolidoeouvido

 

Charge do Camaleão

Com mais de 730 mil presos, o Brasil possui a terceira maior população carcerária do planeta e o que é pior, esse número não para de crescer. Existe ainda um outro complicador nesse quadro representado pelo grande número de pessoas condenadas e prontas para ser detidas, mas que, por problemas em sua localização ou mesmo pela falta de vagas nos presídios, ainda se encontram em liberdade.

Fossem resolvidas todas essas pendências, o número de presos no país poderia ultrapassar, com facilidade, a casa do milhão. Trata-se de um dado preocupante e que necessita de uma solução urgente, que comece justamente por dentro dessas instituições, sanando suas muitas deficiências.

Na questão da restrição de liberdade, talvez a maior de todas as penalidades impostas ao ser humano, exceto a pena capital, a permanência de presos dentro dessas instituições penitenciárias tem como objetivos, além do cumprimento das leis e reparação do dano causado à sociedade, oferecer ao detento todas as possibilidades legais para que ele possa ser reinserido no seio social e, com isso, readquirir sua condição de cidadão, útil para a comunidade.

Ocorre que, no Brasil do jeitinho, essa reinserção social do aprisionado foi transformada numa espécie de cadeia semiaberta, onde facilidades e condições amenas foram tomando lugar de ações corretivas e pedagógicas. Com isso, a implementação de visitas íntimas ou levando e trazendo mensagens para muitos criminosos, além dos seguidos saidões ao longo do ano, permitiram a muitos presos viver em condições até melhores do que muita gente em liberdade.

A essas regalias foram acrescidos os chamados auxílio-reclusão, que é pago aos dependentes dos presos. Note-se, no entanto, que esse benefício não é estendido aos filhos das vítimas, numa clara demonstração de justiça à moda brasileira. Para alguns estudiosos do problema, essas foram algumas das medidas paliativas adotada pelas autoridades para contornar e amenizar a situação de total precariedade da maioria das cadeias brasileiras.

Ocorre que a adoção dessas medidas, para alguns muito justas por seu caráter compensatório, nem de longe têm servido para minorar os problemas com a enorme população carcerária e seus custos econômicos para sociedade, como tem contribuído, de forma sensível para o aumento da violência no país.

 

A frase que foi pronunciada:

“A exageração degenera os sentimentos, desvirtua os fatos, desfigura a verdade.”

Joaquim Manoel de Macedo

 

Só para compartilhar

São tantas as expressões ditas por Ari Cunha, que a família criou um grupo para que todos pudessem postar as frases ditas no dia-a-dia pelo nosso filósofo de Mondubim feito em casa. Veja algumas no blog do Ari Cunha.

 

Caravana

Quilombos do Brasil receberão a caravana do Grupo Cultural e Social Grito da Liberdade com o espetáculo “Quilombo da liberdade, origens” e oficinas de capoeira para os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Foto: Ricardo Pereira Ek -4

Educação

A montagem aborda aspectos da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional. O intuito é que, a partir do espetáculo, haja uma reflexão sobre a condição do negro na época da colonização e na de hoje, e o papel desse povo na formação da identidade brasileira.

 

Visitas

A primeira comunidade a ser visitada é perto de Brasília. A Comunidade Quilombola Kalunga, de Cavalcante – GO. O projeto ficará por lá nos dias 16, 17 e 20 desse mês. Daí em diante, o grupo segue para a Comunidade Quilombola Tia Eva, em Campo Grande – MS, e depois em Mato Grosso, onde se apresenta no Museu da Imagem e Som de Cuiabá e na Comunidade Quilombola de Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento.

Programação das apresentações

Goiás

16, 17 e 20/01 – 17h
Local: Comunidade Quilombola Kalunga

Cavalcante – GO

Mato Grosso do Sul
4, 5 e 6/2 – 17h
Local: Comunidade Quilombola Tia Eva
Campo Grande – MS

Mato Grosso

9/2 – 17h

Museu da Imagem e Som de Cuiabá (MT)

10/2 – 17h, Comunidade Quilombola de Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento – MT

 

Saúde

“Diabetes não tira férias! Desafios da insulinização aumentam no período. Adolescentes estão entre os que mais têm dificuldade.” A Sociedade Brasileira de Diabetes, associada à International Diabetes Federation (IDF), chama a atenção para a dificuldade do diabético em manter uma dieta rica, variada e saudável durante as férias.

Versão em português da charge da Natural Health News & Self-Reliance

 

Em vão?

A oferta de sódio e açúcar nos alimentos no Brasil precisa ser reavaliada com a máxima urgência. Os índices são altíssimos, muito além do que sugere a Organização Mundial de Saúde. Ano passado, o governo fez um acordo para reduzir até 62% do açúcar em biscoitos e em mais de mil produtos. Mas até agora não há efeito prático para essa parceria com as indústrias.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O presidente da Novacap, dr. Laranja Filho, assinou, ontem, contrato com diversas firmas, para a construção de mais de cem quilômetros de meio fio, e quase igual quantidade, de calçadas nas avenidas e superquadras. (Publicado em 08.11.1961)