Laranjal e feminicídio mostram um Brasil que não respeita suas mulheres

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Charge do Moises Cartuns

 

Dados fornecidos pelo Núcleo da Violência da Universidade de São Paulo (USP), em conjunto com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostraram que a cada duas horas, aproximadamente, uma mulher é morta de forma violenta em nosso país. O grau de violência que tem nas mulheres, de todas as idades e das mais variadas camadas sociais, seu principal alvo, demonstra, de forma cabal, que existem em nossa população uma patologia e uma anomalia de tal proporção, que não seria exagerado considerar que a sociedade brasileira parece rumar para sua própria desintegração. Observem que esse é um dado verídico que apresenta apenas aqueles casos que culminaram com a morte, de forma absolutamente criminosa dessas mulheres. Se formos levar em conta também as denúncias feitas formalmente por mulheres que foram vítimas de violência doméstica, de ameaças e de assédios sexuais, de estupros e mesmo assédios morais praticados nos locais de trabalho, os registros não deixam dúvidas de que ser mulher nesse país é uma missão que envolve altíssimos riscos.

O que mais chama a atenção nesses dados é que esse tipo de crime vem aumentando a uma taxa de quase 10% ao ano, isso, de acordo apenas com as estatísticas oficiais. Ocorre que esse tipo de violência, quando praticada por pessoa da família, não chega, sequer, a ser denunciada às autoridades. Daí que muitos acreditam que os dados reais, relativos às práticas de violência contra as brasileiras são estarrecedores. De tão recorrentes e bárbaros, foi preciso o estabelecimento de uma nova tipicidade de crime, no caso o feminicídio, como forma de conter essa escalada de violência. Infelizmente, a criação de delegacias especiais para o atendimento de mulheres e mesmo o advento de Leis como a Maria da Penha e a inclusão do feminicídio como crime hediondo, com endurecimento severo nas penas, não tiveram o condão de abrandar os registros de violência praticada contra as mulheres no Brasil.

Além da violência física e moral, as mulheres são vítimas também de uma outra forma de crime, aceita por muitos como fatos de menor importância, mas que demonstram um certo comportamento misógino enraizado em nossa cultura há séculos. As discriminações no ambiente de trabalho com as diferenças salarias entre homens e mulheres e as oportunidades diferentes de crescimento dentro da profissão, evidenciam essas injustiças mesmo em pleno século XXI.

Um outro caso de flagrante discriminação contra as mulheres ocorreu durante as últimas eleições. Para burlar a lei eleitoral, que obriga uma cota mínima de 30% de mulheres na lista de candidatos ao Legislativo, muitos partidos, passaram a adotar a estratégia de candidaturas do tipo laranja, na qual mulheres são inscritas, não realizam campanhas e devolvem o dinheiro do fundo eleitoral e partidário diretamente para os caciques desses partidos, que dão a destinação que bem querem a esses recursos públicos. Com isso, a representação feminina no Congresso e nas Assembleias Legislativas permanecem desiguais, em torno de 30%, isso para um país onde em cada dez habitantes, 5 são do sexo feminino.

Esse fato não é apenas um desrespeito e um crime praticado contra as mulheres, mas um grave delito contra a própria democracia representativa e o futuro do país.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Ninguém é dotado de tamanho espírito filantrópico que se disponha a investir com o propósito de empregar. O empresário investe movido pela ambição de ganhar dinheiro. Entre o equipamento de alto rendimento que lhe amplia o lucro e o recrutamento, seleção, treinamento e administração da mão de obra instável, o empresário não vacila. Afinal, a máquina é fria, não tem aspirações, não reclama, não tem ideologia.”

Dr. Almir Pazzianotto, advogado, ex- ministro do TST, ex-ministro do Trabalho

 

 

Profissional

Deu o que falar a postagem de Paulinho Duque no Programa Bronca da Pesada de Ariquemes. O garoto, da APAE, com uma voz afinadíssima e suave, flutua como uma pena enquanto canta Hear me Now, do DJ Alok. A postagem tem, até agora, 728.530 curtidas no perfil do DJ no Instagram.

Print: Reprodução/Instagram

 

 

 

Agenda

Veja a seguir toda a programação do Cine Le Corbusier para o mês de março, na Embaixada da França. É bom lembrar que a sala só comporta 120 pessoas. Veja também a programação de março a junho do Circo Literário na Biblioteca Nacional.

–> Link para mais informações: Programação do Cinema Le Corbusier – Março 2019

 

–> Mais informações sobre O Circo Literário da Palhaça Biliska na Biblioteca Nacional

O Circo Literário da Palhaça Biliska na Biblioteca Nacional
Serão 15 apresentações, uma por semana, com contação de histórias, indicação de livros, mágicas, pintura de rosto para as crianças, teatro de bonecos, cantigas de roda e brincadeiras populares

Circo e literatura de mãos dadas com muitas atividades, com censura indicativa livre e com acesso gratuito, é a proposta do Circo Literário da Palhaça Biliska que terá sua primeira apresentação neste domingo (17/03), das 16h às 18h, no hall de entrada da Biblioteca Nacional de Brasília. Serão 15 apresentações, uma por semana, com contação de histórias, indicação de livros, mágicas, pintura de rosto para as crianças, teatro de bonecos, cantigas de roda e brincadeiras populares. Esse projeto conta com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cutura do DF (FAC/DF).

Por meio de parceria, o projeto foi incluído na programação do Movimento Brasília Leitora, criado em conjunto entre a Câmara do Livro do DF, o Instituto Latinoamerica e o Sindicato dos Escritores do DF.   

Palhaça Biliska
O projeto consiste em ocupação na Biblioteca Nacional de Brasília por meio de intervenções circenses da palhaça BILISKA interpretada por Daiane kelly Siqueira Santana, artista que em 2018 completou 10 anos de estudos, pesquisas e atuação na arte da palhaçaria. 

A ocupação é intitulada O CIRCO LITERÁRIO DA PALHAÇA BILISKA. Uma vez por semana a palhaça BILISKA montará seu circo poético na biblioteca.”A intervenção é livre para todas as idades e contará muito improviso e participação do público”, explica Daiane Kelly. 

A artista explica que o público alvo será de crianças/estudantes entre 04 e 13 anos, além de pais e familiares. 

“Será uma ocupação tranquila na área externa da biblioteca com sonoridade adequada para não atrapalhar a concentração dos frequentadores. 
A Intervenção terá a duração de 2 horas  com disponibilidade para atender algumas turmas de escolas que visitarem a biblioteca. Teremos no espaço além de cenário do circo, um baú com livros pra trocas, além de outros utensílios de palhaçaria, formando a imagem poética de um pequeno circo guarda-sol  A proposta visa estimular a produção, a fruição e a difusão das obras literárias com  com o apoio da arte circense”, finalizou a palhaça Biliska.

Cronograma das apresentações
Março: 17, 24 e 21
Abril: 07,14, 21 e 28
Maio: 05,12, 19 e 26
Junho: 02, 09,16 e 23
Serviço:
O que: 1a. apresentação de O Circo Literário da Palhaça Biliska na Biblioteca Nacional
Serão 15 apresentações, uma por semana, com contação de histórias, indicação de livros, mágicas, pintura de rosto para as crianças, teatro de bonecos, cantigas de roda e brincadeiras populares
Quando: Domingo (17/03), das 16h às 18h
Onde: Hall de entrada da Biblioteca Nacional de Brasília
Esse projeto conta com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cutura do DF (FAC/DF).

 

Assessoria de Imprensa
Marcos Linhares – (61)- 99905-5905

 

 

Pauta

Entre os dias 22 e 23 de março, acontece, na capital federal, a Jornada Brasil Central de Mastologia. O Congresso organizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia, que acontece no Centro Internacional de Convenções do Brasil – CICB, reúne diversos especialistas renomados da área de saúde. Entre eles, a médica oncologista Ludmila Thommen, que coordena umas das mesas redondas de debate no evento. Junto a outros profissionais, a oncologista irá falar sobre o processo de imunoterapia aplicado ao câncer de mama.

Link para mais informações: http://www.sbmastologia.com.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Creio na Lei, creio na Justiça, creio nos Homens, quando, longe de um instinto de vingança, ou de benefício pessoal, a determinação abrange a todos, seja qual for o sentido da lei, ou seja, qual for o poder material da pessoa atingida pelo benefício ou pela punição. (Publicado em 15.11.1961)

Por um novo modelo de educação

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Foto: Germano Lüders/EXAME

 

Uma das questões que tem preocupado muito os especialistas em Educação é saber se o Brasil terá tempo e condições para acompanhar e implementar algumas das profundas e rápidas transformações que estão sendo operadas no ensino em boa parte do mundo desenvolvido e que serão de vital importância nesses novos tempos. Quando se percebe que nem ao menos o básico, como salas de aulas decentes e professores bem remunerados, o país consegue manter, pensar em assuntos como globalização ou aquecimento do planeta e outros temas do cotidiano é colocar o carro à frente dos bois.

Em pleno limiar do século XXI, andamos às voltas ainda com problemas primários, como escolas sem teto, sem banheiro, sem refeição e sem professores. Enquanto isso, o mundo civilizado vai empreendendo profundas revoluções no ensino, criando escolas bem distantes do modelo tradicional, herdado ainda do século XVIII. Nesses países, o antigo modelo de ensino vai dando lugar a uma educação que valoriza mais as habilidades dos alunos do que as fórmulas prontas, aplica a tecnologia e estimula a curiosidade.

Nessas novas escolas, a preocupação é preparar indivíduos que possam ser devidamente inseridos num mundo em rápida transformação e onde muitas das atuais profissões simplesmente irão desaparecer. Educadores modernos concordam que num mundo dominado pela tecnologia, nenhum conteúdo educacional, mesmo aqueles ligados à linguagem de programação, terá valor prático se não for aplicado ao mundo real.

O ponto fundamental nessa nova escola é ensinar a criança a raciocinar, com base no pensamento crítico e a partir de problemas reais do dia a dia. Uma dessas novas metodologias  em países como a Holanda, Inglaterra, Finlândia e Estados Unidos e que tem chamado a atenção também da própria organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é o Ensino Baseado em Competências (EBC), que tem como objetivo desenvolver habilidades e o raciocínio das crianças, deixando de lado os velhos métodos da memorização de conteúdos.

Nessa nova modalidade de ensino, os alunos adquirem conhecimento à medida em que vão desenvolvendo projetos específicos. Deixam de existir também a divisão dos alunos por séries. Pesquisas diversas, ao longo das últimas décadas, têm demonstrado que o ensino tradicional, com currículos rígidos e lineares, desenvolvidos de forma rápida e num mesmo ritmo para todos, tem, na verdade, levado os alunos a um caminho oposto a uma educação hodierna de qualidade.

Para tanto, essa nova pedagogia foca em quatro habilidades centrais, necessárias para enfrentar os desafios próprios desse século e que são a comunicação, a colaboração, a criatividade e o pensamento crítico. Outro aspecto importante nessa nova abordagem é o desenvolvimento nas crianças do pensamento ético, visando as perspectivas sociais, de forma que o aluno possa adotar decisões pensando primeiro nos efeitos que produzirão para toda a comunidade.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.”

Içami Tiba, psiquiatra e escritor brasileiro.

 

 

45 anos

Professor Nagib Nassar nos lembra que leciona a disciplina Biodiversidade: formação, conservação e evolução para alunos de pós-graduação de Botânica, na UnB. Veja, no link disponível abaixo, as fotos do curso. O sucesso está na biodiversidade em espécies silvestres da mandioca Manihot Spp. Alto conteúdo proteico e resistência a doenças.

Link: https://www.geneconserve.pro.br

 

 

Muito boa

Sem o nome do autor, Luiz Saboia nos envia o texto de um nordestino trazendo em verso a chuva de xixi no carnaval. Leia a seguir.

 

Print: Reprodução/Twitter

–> Texto de um nordestino

“Mao Tsé Tung fez na China
Revolução Cultural;
Tentaram fazer na Rússia
Revolução social;
Querem fazer no Brasil
Revolução urinal.

II
Em vez de pegar em arma,
A esquerda dá sinal
De que vai subverter
Por meio do bacanal:
Dispara tiro de urina
No meio do carnaval.

III
Um artista estrangeiro,
Com o cabelo sem lavar
Já fazia cinco meses,
Quase perto de azedar,
Abaixou-se na avenida,
Pediu pro outro urinar.

IV
Foi uma confusão danada,
Com o mijo a borbulhar:
Correu do meio do cabelo
Um pediculus capilar
Que, se não fosse a reforma,
Já ia se aposentar.

V
Bolsonaro, revoltado
Com aquela depravação,
Divulgou pelo Twitter,
Em tom de reprovação,
E os mijões reagiram
Pedindo a deposição.

VI
– É uma obscenidade
Da parte do presidente! -,
Disse o líder do PT
De lá do Buraco Quente.
– A nossa somente obrava,
Mas era perto da gente.

VII
Disse um cara da direita,
Ajeitando o bacamarte:
– Dizem que é obsceno,
Mostrado da nossa parte;
Mas a esquerda mijando
É uma obra de arte.

VIII
Começa a mobilização
Com aura de “heroísmo”:
Zé Mijão da Guariroba,
Que é avesso ao civismo,
Já convocou um “Mijaço
De luta contra o fascismo”.

IX
Já fizeram até uma música
Que embala a revolução,
Que é caminhando e mijando
E dizendo “Ele não”,
Para ver se o povo esquece
Quem foi que meteu a mão.”

 

 

Sem atendimento

Depois de todas as garantias às empregadas domésticas, se os patrões tiverem qualquer dúvida sobre o ESocial, não há lugar físico para atendimento. Apenas o Fale Conosco ou pelo 0800.

Foto: aarb.org.br

 

 

Nota

Essa semana, em uma reunião no Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros do DF, foram discutidas as diretrizes para a implantação de um Grupo de Força Tarefa para o Programa SOS DF Saúde no combate ao Aedes Aegypti. Todas as Administrações Regionais estavam presentes.

Foto: saude.df.gov.br

 

 

Evolução?

No Brasil (e em Portugal) funcionou a “Roda dos Enjeitados” (ou dos expostos) na Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro, desde 1738; e em São Paulo de 1825 até 1950 (a última a tê-la), para receber as crianças abandonadas pela mãe, e cuidar delas até a adolescência. Hoje, a ideia é liberar o aborto.

Ilustração: gazetadopovo.com.br

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Até o momento, embora deferida, ainda não foi feita a reintegração de posse do apartamento ocupado por um antigo oficial de gabinete do dr. Jânio Quadros, já desligado de Brasília. (Publicado em 15.11.1961)

Brasil, dê motivos para os nossos cientistas voltarem

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Charge do Mariano

 

Ao lado do capitalismo financeiro, ainda muito forte em nossos dias, o mundo Ocidental passou a experimentar um novíssimo referencial de riqueza baseado, não mais em bens materiais, mas em algo mais abstrato como o conhecimento e tecnologia.

Hoje, considera-se como país rico, aqueles Estados que detém altos padrões de educação de seu povo e que, portanto, são detentores também de alta tecnologia, nos mais diversos ramos da atividade humana. Não é por outra razão que as maiores empresas do mundo de hoje, são justamente aquelas que exploram os ramos da tecnologia, da biotecnologia, da nanotecnologia, da robótica e outras que possuem seu capital cem por cento investidos em pesquisas avançadas. Vale o registro que são muitos os brasileiros que participam de pesquisas de ponta em outros países, dada a falta de estímulo por aqui.

Em todas essas fases de evolução do capitalismo, jamais o Brasil teve um papel de protagonismo, resumindo-se a uma atuação periférica, quer como exportador de matérias-primas, de mão-de-obra barata ou de consumidor dos produtos inventados e produzidos nos países desenvolvidos. Com isso, nosso país adentrou o século XXI praticamente como era no período colonial: exportador de commodities e de matérias-primas básicas e sem maiores destaques no aspecto de novas tecnologias.

O baixo nível escolar da maior parte da população está na base desse atraso em relação a outros países, os indicadores internacionais, que aferem nosso nível de educação e escolarização, nos colocam décadas atrás de outras nações e isso, pode ter certeza, tem reflexos diretos em nosso atual estágio de desenvolvimento.

Uma simples observação em nossos índices de desenvolvimento humano mostra que ainda permanecemos com os mesmos problemas de séculos passados. Nossa eterna crise em educação, como lembrou Darcy Ribeiro, não é propriamente uma crise, mas um projeto que nos mantém presos a um passado de atraso.

Quiser adentrar plenamente o século XXI, em condições de igualdade com outras nações, o Brasil só tem um caminho: colocar todos os brasileiros em escolas de qualidade, começando, do zero, um ciclo que outros países já experimentam há pelo menos meio século.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“As pessoas são as coisas mais importantes nessa vida. Trate-as como algo precioso, porque é exatamente isso que elas são. Assim como o nosso lindo Planeta, todos nós somos, ao mesmo tempo, insignificantes perante a imensidão do Universo, e muito especiais, pois cada um de nós é o Universo. Todos somos iguais em essência. Nós não estamos sozinhos e isolados, quando você fere alguém, você fere a si mesmo. Quando você ajuda a alguém, você ajuda a si mesmo.” 

Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Que fria

Bem mais barata que a obra do estádio de cadeiras vermelhas do DF, a Arena Pantanal está sendo administrada pelo governador Mauro Mendes, que pensa em reservar áreas para o esporte, a cultura e a educação. Durante a Copa, o padrão Fifa exigiu dimensão certa dos campos, estabeleceu capacidade de público, deu as diretrizes de iluminação, localização, segurança, acesso, vestiários, conforto, espaço para a mídia. O padrão Fifa não inclui você como investidor.

Foto: radioglobo.globo.com

 

Interpretações

No cafezinho da Câmara, um grupo de assessores comentava o que o Bolsonaro quis dizer com isso ou com aquilo. A um certo ponto da conversa, um deles chegou ao ponto final. Meu amigo, me diz a verdade. Você não consegue entender o que o Bolsonaro diz e nunca reclamou dos discursos da dona Dilma? Faça-me o favor! Como dizia o Filósofo de Mondubim, foi o mesmo que uma lata de caranguejos despejada. Cada um para um lado.

 

Decifra ou devoro

Ainda há uma dúvida quanto ao pagamento de contas. Água e Luz são concessionárias. Mas Net, Claro, Tim não. No Banco do Brasil, a cobrança de boletos é diferente de convênios. Pode parecer estranho, mas Celulares e Internet são tidas como convênio e não boletos.

 

 

Estranho

Volta e meia, o balão do Paranoá que leva ao Fórum, fica com um cheiro insuportável de esgoto. Há algo de errado por ali.

Foto: google.com.br/maps

 

Recorrer a quem?

Por falar em Paranoá, pior do que o pinheiral completamente devastado, são as festas madrugada a dentro. De sexta a domingo, o barulho é infernal. Não há amparo para os moradores incomodados, que trabalham cedo.

 

 

Ufa!

A alegria foi geral quando o concerto de hoje, 20h, da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, foi transferido para o Cine Brasília. Seria na Escola de Música, mas lá, é emoção demais para os motoristas. Muitos, enquanto estão no concerto, têm seus carros furtados, rodas levadas, vidros quebrados. Abandono total.

 

Cartaz: facebook.com/supremoencanto

 

Foto: Ed Alves/CB/D.A Press – 14/7/13

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A carta que transcrevemos abaixo, do dr. Geraldo Andrade Fonteles, é sobre a situação dos apartamentos ocupados ilegalmente. Os pobres ou ricos, mas desprestigiados, já foram despejados. Falta, agora, que se cumpra a Lei contra os poderosos. (Publicado em 15.11.1961)

Somos ricos mas não sabemos disso

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Foto: (exame.abril.com.br) iStock/Thinkstock

 

Numa análise simples, é possível verificar que o potencial da biodiversidade de região como a Amazônica é infinitamente maior do que a criação de gado, a mineração e outros. Para se ter uma ideia, o Guaraná, a Castanha do Pará, a Andiroba, a Copaíba e outros produtos, que antes tinham pequeno valor econômico, hoje são bem cotados dentro e principalmente fora do país.

O caso do Açaí é exemplar. Hoje essa fruta tem uma produção de 250 milhões de toneladas e é consumida em todo o mundo, gerando riqueza e, principalmente, mantendo a floresta em pé. Apenas com relação a esse único produto, já se sabe agora que a semente e o palmito do Açaí possuem também múltiplos e fantásticos usos, o que pode aumentar, ainda mais, o valor desse produto nos mercados internos e externos.

Essa fruta, até há pouco tempo desconhecida da maioria dos brasileiros de outras regiões, gera em divisa para a Amazônia US$ 1,8 bilhão ao ano. Na indústria mundial, esse valor, diz, é dez vezes maior. E esse é apenas um produto. Portanto é preciso entender essa diversidade biológica a partir do biomimetismo, ou seja, entendendo como a natureza resolveu certos problemas.

Nesse ponto o cientista Carlos Nobre cita o exemplo de uma colega da Amazônia, que através da observação da garra da formiga cortadeira daquela região, desenvolveu uma pinça cirúrgica muito mais eficiente e que hoje está sendo muito usada em outras partes do mundo. A Amazônia será, o grande celeiro de conhecimento da bioeconomia.

Para esse respeitado pesquisador, temos que ter um profundo orgulho nacional de criar um modelo de desenvolvimento e sermos o primeiro país tropical a vir a ser desenvolvido, graças à nossa própria biotecnologia. Temos ainda, segundo Carlos Nobre, que aprender e respeitar o valor, com repartição de benefício, do conhecimento tradicional, sobretudo das comunidades indígenas que possuem um grande conhecimento da riqueza dessa nossa biodiversidade.

Temos que ser descobridores da nossa biodiversidade e não copiar outros países, para tanto teremos que fortalecer muito nossa capacidade científica. O caminho é longo. É necessário ter essa autonomia, essa vontade, preparar o país, reforçando nossas pesquisas científicas interna.

Segundo Carlos Nobre, a pesquisa em nosso país, nos últimos anos, tem ido totalmente na contramão do que vem sendo em outros países. Nossas pesquisas, diz, estão sendo abaladas, desprestigiadas, e mesmo massacradas, o que prova que a ciência brasileira continua a não ser vista estrategicamente por aqueles que estão no comando do país. À medida em que as pesquisas científicas no Brasil, não são vistas como elemento central de desenvolvimento, o que teremos pela frente é o caminho do retrocesso muito mais perigoso, a longo prazo, do que as próprias crises políticas que agora experimentamos com a descoberta dessa avalanche de casos de corrupção.

Desprestigiar a nossa ciência, avalia, amputa a capacidade do Brasil crescer a longo prazo. É preciso ainda deixar claro que a biotecnologia e a bioeconomia são ciências interdisciplinares, até mesmo transdisciplinar, e que envolvem, não apenas biólogos, mas bioquímicos, engenheiros de biotecnologia, físicos, químicos e todo o amplo conjunto de técnicos, que vão transformar toda essa riqueza biológica em bem-estar social para os brasileiros.

Temos, portanto, segundo acredita o cientista, como missão daqui para frente, pensar um modelo brasileiro e tropical de desenvolvimento com base em nosso principal ativo, que é a nossa riquíssima biodiversidade que teremos que proteger contra as investidas cegas de outros setores da economia, como vem sendo feita, por exemplo pelo agronegócio.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Acredito que o crescimento econômico deve se traduzir em felicidade e progresso de todos. Junto com isso, deve haver desenvolvimento de arte e cultura, literatura e educação, ciência e tecnologia. Temos que ver como aproveitar os muitos recursos da Índia para alcançar o bem comum e para o crescimento inclusivo.”

Pratibha Patil, foi a presidente da Índia de 2007 até 2012.

 

 

Na Noruega

Um reconhecimento importantíssimo no Dia Internacional das Mulheres. Através do Assistance Act, várias pessoas importantes da Noruega votaram em mulheres pelo mundo que mereceram destaque pela luta na igualdade de gêneros e incansável busca pela justiça. Destacamos Iara Pietricovsky, moradora de Brasília desde a construção da cidade, foi escolhida como modelo de inspiração para Wenche Fone, chefe do departamento da sociedade civil em Norad.

Foto: Magno Romero/EBC

 

Reconhecimento

Wenche Fone acredita que a chefe do Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) é uma das vozes mais fortes do Brasil. Iara Pietricovsky de Oliveira é implacável em relação ao abuso de poder, diz ela. – Ninguém é intocado pela mensagem de Iara. Falando em nome da organização do INESC, ela não está sozinha, mas com uma infinidade de pequenas e grandes organizações em todo o Brasil. Talvez seja precisamente a força da vida organizacional que o Brasil pode apoiar agora.

Foto: twitter.com/wenchefone

 

Brasileira

Iara sempre enalteceu a consciência pública e a consciência coletiva enquanto sociedade para garantir a sobrevivência do planeta compreendendo a adversidade. Fazer desse planeta um lugar sustentável para todos os habitantes pode ser o resultado da união de ideias e lutas, defende Iara.

Leia mais em: 16 norske kvinner: Dette er våre 8. mars-forbilder

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os exemplos da câmara, isto sim, é que deveriam ser seguidos. Novos planejamentos para integração nacional é que deveriam ser estudados. Esta é que é uma atitude decente. (Publicado em 14.11.1961)

 

Ser um país desenvolvido através da Biodiversidade

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Foto: ambienteenergia.com.br

Uma nova economia tropical é possível para o pleno desenvolvimento do país. Para tanto, basta que o Brasil invista fundo no conhecimento de sua rica biodiversidade. A avaliação foi feita por Carlos Nobre, um dos mais renomados cientistas brasileiros da atualidade, conhecido mundialmente por suas pesquisas sobre mudanças climáticas globais.

Em sua opinião, esse novo modelo de economia tropical deve ser baseado na ciência, na tecnologia e na inovação aplicada ao que chama de “ativos biológicos” naturais de nossas florestas. E não é só na Amazônia, que é a principal depositária dessa biodiversidade, mas em outros biomas também como a Mata Atlântica, e o cerrado, onde essa diversidade biológica é enorme e em boa parte ainda desconhecida dos brasileiros.

Essa imensa variedade de plantas e animais é, em sua avaliação, resultado de centenas de milhões de anos de evolução biológica da nossa natureza e deve ser, por isso mesmo, considerada a nossa maior riqueza, nosso maior potencial. À medida em que avançarmos nas pesquisas sobre essa biologia complexa, descobriremos um potencial jamais imaginado que está ali há séculos, bem debaixo de nosso nariz.

Para esse pesquisador, somos o único país no mundo com essa diversidade biológica e isso vale muito mais do que o gado, a soja ou a exploração de minérios. No seu entendimento, durante o período militar, houve uma certa preocupação em tornar o Brasil um país economicamente independente não apenas na área energética, mas em outros setores.

Naquela ocasião foram construídas algumas hidroelétricas importantes, investiu-se no biodiesel, no etanol, com destaque também para a geração de energia elétrica em usinas nucleares. É desse período também, e de grande importância para os anos futuros, a criação da Embrapa. Para Carlos Nobre, se naquela mesma época tivéssemos criado também a Embrabio, empresa brasileira de aproveitamento econômico da biodiversidade, o Brasil teria uma outra economia. “Nesse século XXI, o maior valor econômico não está mais centrado em bens materiais, nem energia, nem minerais, hoje o referencial de riqueza de uma nação é o conhecimento, afirma o cientista.

Ao insistir na importância do estudo de nossa biodiversidade, como ela interage e como a natureza resolveu alguns problemas, o cientista acredita que poderemos encontrar uma via que irá nos conduzir à uma nova economia, ou mais precisamente no que chama de bioeconomia. Os países desenvolvidos, alerta, já sabem que a bioeconomia será muito poderosa num futuro próximo.

A partir de 2030, a Alemanha já projeta que 25% de toda a sua economia estará centrada na bioeconomia, retirando da biologia mais profunda, novas e inusitadas riquezas. Infelizmente, nós que temos a maior biodiversidade do mundo ainda não percebemos, de forma clara, todo esse potencial à nossa disposição.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Desde a Revolução Industrial, os investimentos em ciência e tecnologia provaram ser motores confiáveis do crescimento econômico. Se o interesse local nesses campos não for regenerado em breve, o estilo de vida confortável com o qual os americanos se acostumaram chegará rapidamente.”

Neil de Grasse Tyson, divulgador científico, escritor e astrofísico americano.

 

Detran

Depois de esperar 1h45 para atendimento no Paranoá, o motorista deixou escapar a vez para dois números apenas e precisou pegar outra senha. Mesmo no lugar de quem não apareceu para o atendimento não é permitido receber senha com número diverso. Resultado: o dobro de espera. Às 10h38 eram 8 guichês e só dois em atendimento. Não há como dizer se isso é o extremo da rigidez ou uma leve incapacidade de ajuste à realidade.

 

 

Motos

Por falar em Detran, se a verba recebida das multas não for usada para a educação dos motoqueiros no trânsito, nosso destino será o mesmo do Rio e de São Paulo, onde ultrapassam por qualquer lado, andam nos acostamentos, cortam os carros, dão chutes nos retrovisores e alteram o escapamento das motos incomodando com o excesso de ruído.

Charge do Bruno

 

Papa

Postado no Facebook do Papa Francisco um desafio fácil de cumprir e que pode alegrar muita gente.

 

A favor

Lançada no dia 26 de fevereiro, uma pesquisa no UOL pergunta se você é a favor que seu filho fosse filmado cantando o Hino Nacional na escola. O resultado foi o seguinte: 88,73% disseram que sim, 10,87 disseram que não e 0,40 não tinham opinião formada sobre o assunto.

Link para acesso à pesquisa: Você é a favor de que seu filho seja filmado ao cantar o Hino Nacional na escola?

Foto: Rivaldo Gomes -23.fev.2018/Folhapress

 

Fakepage?

Lá estava na página da Polícia Federal, quarta-feira de cinzas, afirmando que tudo estaria funcionando até 18h30. Não estava. A estagiária da Comunicação Social não havia sido comunicada para passar a informação correta a quem ligasse para evitar viagem perdida.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Lacerdistas desesperados, dentro da Aeronáutica, estão criando incompatibilidades entre aquela corporação e o público. Soldado não tem nada a ver com pronunciamentos políticos. Sua missão é outra. (Publicado em 14.11.1961)

Os referenciais de riquezas de uma nação mudam com a evolução humana

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Charge do Alex Xavier

 

Ao longo da história da civilização, o referencial de riqueza de um povo variou conforme iam se alterando também a própria complexidade da sociedade. Quando o Brasil foi anexado aos interesses de Portugal, no início da Idade Moderna, o mundo ocidental experimentava um longo período econômico que os historiadores denominaram de Mercantilismo.

Naquela época, rica era a nação que possuísse a maior quantidade possível de metal (ouro e prata) em seus cofres e que pudesse manter um intenso e disputado comércio com outras partes do mundo. Para isso o Estado deveria intervir fortemente no mercado interno, contar com uma larga frota de embarcações, portos bem montados e toda uma infraestrutura capaz de manter a nação ocupada em explorar novos mercados, novos mundos.

Com o advento da Revolução Industrial, que nada mais foi do que a substituição da força humana pela força das máquinas, a noção de riqueza se deslocou do comércio intenso para a produção em série de produtos para o consumo humano. Nesse período, ricos eram os países que possuíssem muitas fábricas, metalúrgicas, têxteis e outras indústrias de transformação. Era a fase do capitalismo industrial.

Com a descoberta das potencialidades do petróleo e do motor à explosão, mudou, mais uma vez, o referencial de riqueza de uma nação. Dessa vez, país rico era aquele que possuía ricas jazidas desse mineral, produzia máquinas e outros bens capitais de transformação. Para isso, era preciso que uma nação contasse com forte aporte de capitais financeiros para essas empreitadas. Nessa fase, conhecida como capitalismo financeiro, os grandes bancos e agências de empréstimos investiam fortunas nas novas tecnologias que iam surgindo, como a luz elétrica, a borracha, o automóvel e outras invenções que transformaram o mundo contemporâneo naquilo que ele é hoje.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O fato de ser brasileiro só me enche de orgulho!”

Ayrton Senna

 

Parque Brasil

Reginaldo Marinho está sempre empenhado em formar uma sociedade de massa crítica que crie oportunidades de desenvolvimento econômico, a partir da implementação de tecnologias nacionais, e defensora intransigente de nossa cidade.

 

 

Acervo

Em um texto publicado na Folha do Meio, o nosso cientista descreve como será o Parque Temático sobre o Brasil. A ideia é expor produtos tecnológicos brasileiros, as riquezas minerais e exibir um acervo que represente os ciclos econômicos brasileiros, constituídos por núcleos que contenham os fenômenos sociais e culturais desses ciclos: Pau-Brasil, Açúcar, Ouro/Diamante, Algodão, Borracha e Café. Estando esses núcleos interligados por réplicas da Estrada Real.

 

PEDRA DO INGÁ – A menos de 40km de Campina Grande (folhadomeio.com.br)

 

Patrimônio

Outro espaço para a exposição de equipamentos usados em diversas áreas do conhecimento, que constituem o patrimônio natural do Brasil através da geologia, biologia, antropologia, arqueologia, paleontologia e espeleologia. Deverão ser instalados laboratórios de biologia, física, química e de solos. Especial atenção para a água. O local deverá ter uma nascente para preservar e para educar em contrapartida com as nascentes do Distrito Federal que estão sendo engolidas pelos condomínios irregulares.

 

 

Tecnologia

Com certeza agradarão, aos estudantes e visitantes em geral, as modernas tecnologias, como impressão 3D, aliadas à argamassa armada. Imagine poder construir ou reproduzir monumentos como a Pedra do Ingá, ou as pegadas dos dinossauros, ambos registros icônicos que ficam na Paraíba; a gruta da Pratinha, na Chapada Diamantina e outros tantos monumentos naturais espalhados pelo Brasil afora.

Foto: PEGADAS DE DINOSSAUROS – Deixadas no leito do rio do Peixe há aproximadamente 110 milhões de anos (folhadomeio.com.br)

 

É nosso

Reginaldo Marinho explica que a essência do projeto é fortalecer a autoestima da população, restaurar o orgulho nacional, facilitar a compreensão de nacionalidade, portanto, de cidadania, permitir o acesso às novas tecnologias e gerar riqueza com o desenvolvimento tecnológico nacional. Tudo aliado aos prováveis resultados do Núcleo Tecnológico, núcleo que abrigará o Espaço das Invenções Brasileiras, com salas dedicadas a Alberto Santos Dumont – e seu 14 Bis -, ao Padre Azevedo e Padre Landell de Moura.

Foto: folhadomeio.com.br

 

Valorização

O padre paraibano Francisco João de Azevedo foi o precursor da máquina de escrever no século 19. A máquina do Padre Azevedo foi apresentada mais de uma década antes da primeira Remington. A invenção do religioso poderia ter sido símbolo do progresso brasileiro, mas acabou esquecida num canto da História.

Foto: folhadomeio.com.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Ao presidente do IAPFESP, particularmente, recomendamos tomar conhecimento da imoralidade da permissão para a construção de casas de alvenaria em plena superquadra com o material do Instituto. (Publicado em 14.11.1961)

 

O novo som das batucadas

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Foto: Gabriel Monteiro – Agência O Globo

Durante esse carnaval, foram registradas, em todo o país, manifestações de protestos contra o governo Bolsonaro. As oposições aproveitaram a festa popular de Momo para fazer chegar ao presidente seu grito de guerra, na tentativa de dizer que não morreu. Teve de tudo, brigas, xingamentos, desfiles com temáticas políticas, ameaças e todo o tipo de reivindicação, bem ao estilo oportunista das esquerdas.

Nem mesmo a igreja ficou a salvo das críticas, com o próprio Cristo sendo, alegoricamente, torturado em pleno desfile. Pesaram nessas reclamações ainda, a recomendação do governo federal para que os estados evitassem, ao máximo, a utilização do dinheiro público para bancar essas festas. O dinheiro anda curto e existe prioridade indiscutível.

As redes sociais, hoje a grande responsável por erguer ou derrotar governos num click, compartilhavam, em tempo real, o que acontecia na folia. Através desse novo medidor da temperatura política e social das ruas é possível colher informações sobre o que é reivindicação justa e procedente e separá-la daquelas feitas apenas por revanchismo político. As chamadas hashtags, espalhadas pelas redes, providenciavam o grito de guerra contra o novo governo.

De toda a forma, o que se pode concluir a priori é que o carnaval mudou, está bem mais politizado e menos alienado. Sendo uma festa do povo, feita hoje predominantemente nas ruas, o carnaval é sem dúvida uma festa democrática. Para aqueles que ficam permanentemente de plantão esperando uma oportunidade para agir, os blocos representam agora os locais certos para implantar movimentos de protestos escondidos sob o pretexto de alegoria ou fantasias. As máscaras representando o ex-presidente Lula foram vistas em boa quantidade. Através delas podia-se ouvir o apelo pela libertação do presidiário.

Mesmo as marchinhas mudaram e foram substituídas por músicas com críticas ao governo ou de louvor ao antigo presidente. Do alto de trios elétricos, artistas conhecidos, pela assiduidade com que obtinham recursos da Lei Rouanet, aproveitaram também a chance única para malhar o governo, acusando de ser contra a cultura popular.

Oficialmente, o ano começa em todo o país nessa quarta-feira, ou mais precisamente, na próxima segunda-feira ou terça-feira, com o retorno dos políticos à capital. Até lá, o governo terá tempo de aferir esses protestos momescos e retirar deles o que realmente importa para afinar sua gestão às necessidades da população.

Com o calar das batucadas é preciso agora apurar a audição para entender os recados vindos das ruas, neles estão, com certeza, dicas para a reorientação de rumos. Aquele que tem ouvidos para ouvir, que ouça!

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“As vozes roucas das ruas não são tão roucas nas mídias sociais.”

Filósofo de Mondubim

 

 

Abandono total

Vicente Pires é uma das melhores ilustrações para exemplificar como agem os especuladores imobiliários. Completamente abandonada, a bela região sofre, desde que nasceu, com a falta de asfalto e infraestrutura em geral. Agora a dúvida é se a área reservada para um parque também será cercada para a especulação. É um descaso total com a população.

Foto: correiobraziliense.com.br

 

Conhecer

Ribamar Araújo, nascido em Brasília, resolveu divulgar a fauna do cerrado para a criançada. Além do sucesso do gibi “A turma do cerrado”, a satisfação do autor e equipe é a de estarem participando para o conhecimento e valorização do que é da região. A Secretaria de Educação precisa abastecer as bibliotecas com essa realidade.

Foto: facebook.com/ecomuseudocerrado

 

Boa pauta

Em plena terça-feira de Carnaval, lá estava, convidado pelo maestro Eldom Soares, o mestre-maestro Emílio de Cesar, transmitindo sua experiência para os três grupos (Ad Infinitum, Coral Adventista e Supremo Encanto), que vão acompanhar o concerto dos 40 anos da OSTNCS, no dia 12 de março, na Escola de Música, às 20h, com entrada franca. Repertório complexo, o Chorus nº10 de Villa Lobos merece toda concentração.

 

Responda, se puder

Isabela Minatel, pedagoga, em uma palestra, perguntou: Estamos fazendo curso de humanização de atendimento, humanização de parto, humanização da saúde. A gente virou o que? Para ter que fazer curso para humanizar?

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Hoje, que está reunida a previdência social em Brasília, uma recomendação: leiam, antes, a exposição de motivos do GTB sobre a venda dos apartamentos, e decidam sem demagogia e sem safadeza. Defendam a cidade. (Publicado em 14.11.1961)

Dois Brasis

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Charge do Sans

 

Tivesse vivo hoje, o saudoso escritor e dramaturgo Dias Gomes (1922-1999) por certo teria acompanhado de perto todo o desenrolar dos acontecimentos políticos, sobretudo os episódios iniciados com a eclosão dos escândalos do mensalão, trazidos pela CPI dos Correios.

Por certo, o famoso novelista ficaria surpreendido com a capacidade demonstrada pela realidade nacional em ultrapassar, em emoção, suspense e non sense, os mais inventivos textos da ficção mundial. Nem mesmo o realismo fantástico, mais inspirado, teria tamanha capacidade criativa para compor aquela imensa trama que passou a se desenrolar como um verdadeiro folhetim na frente de milhões de brasileiros.

A sucessão de fatos e denúncias, que iam surgindo em ritmo veloz, mostrava a realidade nua e crua da corrupção do Estado, elevada ao extremo e explicitada nos seus mais sórdidos detalhes. Dinheiro, malas, cuecas, amantes, festas, mortes, traições, volúpia, ganância e todo o rol das misérias humanas ia sendo ali exposto, as vezes com uma naturalidade só vista mesmo em tramas do teatro fantástico.

O quão surreal era esse Brasil que desconhecíamos. Para o autor de roteiros como O Bem-Amado, Pagador de Promessas, O Rei do Rio, Roque Santeiro, Saramandaia e outros grandes sucessos de bilheteria, crítica e público, o Brasil visto por dentro, a partir do ângulo de observação desses protagonistas políticos, era uma verdadeira mina de ideias, capaz de gerar um conjunto fabuloso e inesgotável de roteiros.

Quanta riqueza literária haveria na miséria de nossa política, no mau caratismo de nossas lideranças, na vileza daqueles que tinham como função administrar o bem público? Difícil saber. Mesmo que não tenha acompanhado em vida esse período fervilhante de nossa história, o Brasil desenhado anteriormente por Dias Gomes, em muitos de seus textos, já acenava para a possibilidade da existência desse país em algum lugar no tempo e espaço.

O que as investigações vêm mostrando em capítulos, que ainda não chegaram ao fim, é a existência de dois Brasis que convivem há séculos, de forma paralela e distinta. Visto por dentro, em suas entranhas, há o Brasil da ficção, a abrigar gerações de lideranças políticas desconectadas com o restante do país.

Observado por fora, longe dos muros oficiais, há o Brasil do neorrealismo, com sua crueza e desesperança histórica. Dois Brasis tão desiguais e tão impensáveis. Mesmo para o talento e a prosa de um Dias Gomes.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O homem de sucesso é o que viveu bem, riu muitas vezes e amou bastante; que conquistou o respeito dos homens inteligentes e o amor das crianças; que galgou uma posição respeitada e cumpriu suas tarefas; que deixou este mundo melhor do que encontrou, ao contribuir com uma flor mais bonita, um poema perfeito ou uma alma resgatada; que jamais deixou de apreciar a beleza do mundo ou falhou em expressá-la; que buscou o melhor nos outros e deu o melhor de si.”

Robert Louis Stevenson (1850-1894), autor de A Ilha do Tesouro e O Médico e o Monstro.

Foto: biography.com

 

Escândalo

Prometi preservar as fontes e assim o farei. Acontece que no Executivo, Legislativo, Judiciário e autarquias, funcionários sofrem com roubo de pertences dentro do próprio trabalho. Até a comida guardada na geladeira, some. Nossa fonte, bem-humorada, disse que escreve na embalagem antes de resfriá-la: “órgão para doação”. Os superiores sabem que isso ocorre, muitos deles já receberam a comunicação sobre o assunto. Mas sempre há coisas mais importantes a fazer e os larápios profissionais continuam livres para aprontar na seção.

 

 

Sem conversa

Estacionamento do Venâncio 2000 não considerou a última segunda-feira, dia 04/03, feriado para cobrar menos. Alunos de cursos ficaram assustados tendo que pagar em torno de R$60 reais para deixar o carro enquanto estudavam.

Foto: venancioshopping.com.br

 

Antigamente

Leitor conta que resolveu aproveitar o carnaval para jogar a papelada fora e encontrou várias contas pagas em caixa eletrônico onde o papel térmico já não comprova nada. O tempo levou os números.

 

 

Cuidado! Perigo.

Por falar nisso, é bom lembrar nossos leitores que o bisfenol é um químico presente nos papeis usados para recibos de cartão de crédito e débito. O mesmo BPA das embalagens e garrafas plásticas fazem mal à saúde. A pesquisa condenando o composto químico no contato humano foi publicada no The Journal of the American Medical Association (Jama), um dos mais importantes da área médica no mundo.

Foto: agencia.fapesp.br

 

Aplicativos

10 softwares desenvolvidos, pelos alunos e professores da UnB, auxiliam pessoas autistas ou com qualquer problema de alfabetização e aprendizagem. São todos gratuitos.

Link para baixar os aplicativos: http://www.projetoparticipar.unb.br/

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Atendendo a uma denúncia nossa, o IAPFESP está publicando edital para concorrência pública dos gêneros que sobraram com o fechamento de sua cantina. (Publicado em 14.11.1961)

Para o bem geral do país

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Ilustração: substantivoplural.com.br

 

Nos últimos anos, os brasileiros passaram a ser apresentados a um novo fenômeno, antes restrito apenas ao mundo hermético dos assuntos de Estado: a judicialização da política. Com isso, decisões importantes, que historicamente sempre ficaram no âmbito dos Poderes Legislativo e Executivo, foram parar nas cortes de justiça, provocando o que os cientistas políticos apelidaram de “deslocamento do polo de decisões”.

Dessa forma, quanto mais o judiciário era instado a dar pareceres sobre questões políticas, mais aumentava o protagonismo do poder das cortes nos assuntos de Estado, com reflexos óbvios na vida nacional. Com a multiplicação dos escândalos trazidos à tona por centenas de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público contra os políticos, o que eram simples consultas técnicas ao judiciário sobre dúvidas na legislação, ganharam uma dimensão jamais vista. De uma hora para outra, o judiciário passou a receber uma avalanche de requerimentos, questionando absolutamente tudo.

O excesso de demandas por decisões judiciais que alterassem entendimentos e disputas políticas gerou, por sua vez, um outro fenômeno: o ativismo judicial. De certa forma, os juízes foram impelidos a esse novo papel, não apenas pelas instabilidades contínuas geradas pelo Legislativo e Executivo, mas, também, pelo modelo de escolha para a composição dos membros da Suprema Corte.

O que parecia impossível aconteceu: arrastados para a arena política, e sob os olhos da nação, os juízes não tiveram outra opção e acabaram por confessar seus favoritismos políticos ideológicos. Nesse caso particular, o que resultou dessa imiscuição entre os Poderes foi o desequilíbrio dos próprios Poderes. E não poderia ser diferente. Para reforçar essa imagem da entrada definitiva do judiciário no cotidiano do país, como algo natural, foram possibilitados ainda a transmissão direta de praticamente todos os julgamentos realizados na Alta Corte.

Os brasileiros passaram a conhecer os membros dessa instância judicial, mais até do que a escalação dos jogadores da Seleção de Futebol. Ocorre, no entanto, que, o que essa familiaridade e popularidade dos membros do Supremo tem mostrado, é que isso não é bom para o país, para o equilíbrio entre os Poderes, e não é salutar para a própria democracia. E a razão é simples: os juízes não foram eleitos pela população e, portanto, não cabe a eles dar andamento aos pleitos da população, o que é papel que cabe obrigatoriamente aos políticos que foram eleitos para essa finalidade específica.

De fato, esse novo modelo de democracia, inaugurada pelas sucessivas crises políticas, ao diminuir, sensivelmente, o protagonismo dos políticos, deu papel de destaque àqueles que por função devem se manter resguardados da agitação e dos solavancos de governos. A diminuição da estatura moral dos políticos, pelo excesso de denúncias de malversação do dinheiro, de corrupção, de práticas criminosas diversas que abarcam praticamente todo o Código Penal, trouxe à planície aqueles que por ofício deveriam pairar acima dos acontecimentos, até por uma razão de impessoalidade e isenção.

Instaurado o banzé, todos passaram, igualmente, a compor o cenário da crise. A hipertrofia do Judiciário, ao acontecer por absoluto descrédito dos políticos, conferiu, a esse Poder, de uma hora para outra, responsabilidades que, claramente, ele não possuía nessa crise.

As condenações e prisões de muitos desses representantes da população, inclusive de um ex-presidente, passou para a opinião pública a falsa sensação de que o judiciário seria a última trincheira para salvar o país da derrocada política.

Ocorre que, em nosso país, a exposição excessiva à luz dos holofotes e dos fatos não é benéfica à imagem da maioria dos homens públicos, sejam eles do Executivo, Legislativo ou do Judiciário. Visto em seu contexto geral, a maior interpenetração dos poderes da República, nessa fase recente de nossa história se deu em razão das crises políticas geradas pelo mau comportamento dos representantes da população.

Cessada e corrigida essas distorções momentâneas, é hora de cada um retomar a seu posto, conforme manda a Constituição, para o bem geral do país.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Os poderes da república estão doentes. Não existe equilíbrio entre eles. Tornaram-se reféns de uma elite corrupta e gananciosa(…)”

Rui De Carvalho, Cantor, compositor, artista plástico e designer gráfico.

 

 

Muito bom!

Recebemos do professor Nagib Nassar o filme egípcio: “O outro Par”, de apenas 2 minutos. A diretora Sara Rozik tem 20 anos de idade e recebeu o prêmio de melhor curta no Festival de Luxor, em 2014.

 

Vote

Vote no portal do UOL. A pergunta é a seguinte: Você é a favor que seu filho seja filmado cantando o Hino Nacional? 88,7% responderam que sim e 11,02% disseram não. Abaixo, o link para participação na pesquisa.

Link de acesso à pesquisa: Você é a favor de que seu filho seja filmado ao cantar o hino nacional na escola?

Foto: Rivaldo Gomes -23.fev.2018/Folhapress

 

 

Recicle

Pouca gente sabe que, além das latinhas de refrigerante e cerveja, Brasília recicla vidro. Atualmente são 150 toneladas de descarte de vidros. É só ligar para o Green Ambiental (61) 30241448 ou 34045714.

 

 

Doutorado

Trabalho espetacular da Dra. Sylvana Kelly sobre as fotografias de Canindé Soares. Minuciosa, Sylvana visitou lugares e entrevistou pessoas que convivem e conviveram com o fotografo. Fez curso de fotografia para tentar compreender o olhar de Canindé.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Já que falamos no cel. Dagoberto, que saudade dos outros tempos. Apenas para conhecimento do José Paulo Viana: nossos telefones da redação estão mudos há três dias, e a gente não pode sequer dar um sinalzinho de fumaça, porque a chuva não deixa. (Publicado em 14.11.1961)

Conta complicada

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Imagem de divulgação da campanha proposta pela CNI. O material da campanha mostra que o rombo das contas da Previdência não para de crescer. (portaldaindustria.com.br)

 

Em 2018 os brasileiros pagaram entre impostos e outros tributos algo em torno de R$ 2,5 trilhões, sendo que essa foi a primeira vez que o impostômetro, instalado na Rua Boa Vista, Centro de São Paulo, desde 2005, registrou essa marca espantosa.

Em relação à 2017, houve um aumento perto de 9%. Isso em pleno período de contração da economia, com forte desemprego e queda nos índices de arrecadação. Mesmo para uma máquina pública de um país continental e desigual como o nosso, os níveis de tributos são elevadíssimos, se igualando a de países plenamente desenvolvidos do Norte. Com a diferença de que lá, o retorno em serviços públicos é amplamente mais visível e eficiente.

Para operar essa máquina fabulosa, o Estado dispõe de 11,5 milhões de servidores que, juntos, chegam a custar aos contribuintes R$ 725 bilhões todos os anos. Lembrando do desequilíbrio nas aposentadorias do Legislativo e Judiciário, totalmente fora do padrão.

Segundo estudos do Ipea, desde a promulgação da Constituição de 1988, tem havido um processo contínuo de municipalização nos serviços públicos. Com os aumentos sucessivos no número de municípios, a cada ano esse processo vem se intensificando. Nas últimas duas décadas, houve um avanço de 175% na municipalização dos serviços prestados à população, o que é bom e demonstra que está havendo uma descentralização nesses serviços.

Hoje, do contingente de funcionários públicos em todo o país, quase 60% estão espalhados em mais de cinco mil municípios. Professores, médicos, policiais, enfermeiros e outras categorias compõem essa legião de servidores. Esse é, em resumo, uma das variáveis a ser levada muito a sério quando for buscado o equilíbrio nas contas da Previdência.

Não é preciso ser um economista brilhante para entender que, em poucos anos, com a oscilação para cima no número de servidores, chegaremos ao absurdo de gastar metade de tudo o que é arrecadado apenas para custear salários para o pessoal do setor público, se a essa conta se juntar os gastos com Previdência.

Algo na casa dos R$ 768 bilhões, praticamente tudo o que foi arrecadado em forma de impostos e tributos, terá como destinação a manutenção do quadro de pessoal do Estado, dos trabalhadores do setor privado e dos militares. Há ainda, nessa conta, os gastos obrigatórios com saúde, educação e segurança, hoje em torno de R$ 230 bilhões.

Fossem essas as únicas variáveis negativas na equação de balanço da Previdência, o problema teria solução mais facilitada. Ocorre que nessas variáveis há que registrar também o enorme grau de má gestão não apenas no setor da previdência, mas sobretudo, com relação ao descontrole nas contas públicas.

No conjunto da má gestão das contas públicas, entre outros subitens, persistem ainda a corrupção, as fraudes, o desperdício e o descontrole propiciado pelo desrespeito às normas da Lei de Responsabilidade Fiscal. Correndo, por fora desses números vermelhos, está não só a inflação, mas a pouca capacidade de investimentos por parte do governo, recursos em projetos de desenvolvimento e infraestrutura, o que acaba por aumentar prejuízos e diminuir a margem de lucro e concorrência da produção nacional frente aos mercados internacionais.

Sem dinheiro para investir em infraestrutura e tendo que administrar contas no vermelho, com as folhas salarias inchadas e com um imenso e crescente contingente de trabalhadores inativos, chegar a uma fórmula que resolva os problemas do tesouro nacional é tarefa mais complicada que os doze trabalhos de Hércules.

 

A frase que foi pronunciada:

“A Previdência é uma fábrica de desigualdades. Quem legisla tem as maiores aposentadorias. Quem julga tem as maiores aposentadorias. O povo brasileiro, as menores.”

Verdade sentida pelos brasileiros e dita pelo ministro Paulo Guedes

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Muito boas as declarações do cel. Dagoberto sobre o destino dos ladrões dos Correios e Telégrafos. Há uma malta assaltando as malas com valores e violando correspondência, dando mostra de irresponsabilidade advinda da impunidade em que eles viviam. (Publicado em 14.11.1961)