Tag: #Brasília #HistóriadeBrasília #AriCunha #CirceCunha #Mamfil
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Indicar gestores para as 31 Administrações Regionais espalhadas pelo Distrito Federal tem sido, desde a sua criação, um trunfo para os políticos. Tanto para aqueles que possuem assento na Câmara Legislativa, como para os governadores eleitos. Abrir mão dessa trincheira avançada, que tem contato direto com as demandas das populações locais, significa, na prática, uma perda de poder político significativa e irreparável, igualmente para aqueles que estão ou no Legislativo ou no Executivo.
Há muito as Administrações Regionais, com toda a sua estrutura, vêm sendo usadas meramente como bases eleitorais dos políticos de plantão. Com uma estrutura administrativa deste tipo, desenhada com tintas político-partidárias, qualquer iniciativa, por mais urgente e necessária que seja para a população, tem que ser submetida à aprovação prévia dos padrinhos do administrador, fazendo das RAs uma mera executora das vontades de pessoas ou grupos ligados diretamente aos partidos.
Em suma, o que se tem tido, até aqui, são Administrações Regionais que, em grande parte, se limitam a executar o trabalho de base das legendas, sem ligação direta com a população. Com isso não surpreende que essas estruturas, que saem muito caro para o contribuinte, sejam ainda amplamente utilizadas como palanques políticos, onde até os funcionários lotados nessas unidades são usados, ostensiva e desavergonhadamente, como cabos eleitorais dos políticos com influência nessas áreas.
A emancipação política da capital, um erro sob todos os pontos de vista, diversas vezes apontados por esta coluna, não se espraiou para as regiões administrativas, que continuaram orbitando e dependendo do Plano Piloto, e o que é pior, fazendo das antigas cidades-satélites, zonas de influência de determinados grupos políticos, à semelhança dos antigos currais eleitorais.
Com isso, as reais demandas da população local acabaram misturadas no balaio do toma lá, dá cá, transformando reivindicações sociais legítimas em troca de favores políticos.
A criação e formação de bairros, sem obedecer critério urbanístico e feitos à toque de caixa, é um exemplo desse tipo de relação construída na base de trocas de favores e que tantos prejuízos trouxe para Brasília. O que as Administrações Regionais necessitam nenhuma liderança ou partido político pode ou quer oferecer de fato. É a independência de ação com base nas necessidades das populações locais.
Mais que loteá-las com cabos eleitorais comissionados, o que as RAs requerem é a criação de Assessorias Comunitárias, formadas por verdadeiras lideranças locais e que tenham não só autonomia, mas poder de empreender sem entraves políticos e burocráticos, alocando os impostos dessas populações em benefício dessa mesma população, sem a intermediação interesseira de padrinhos e de outros grupos políticos.
A frase que foi pronunciada:
“ Eu não quero viver noutro país. Eu quero viver noutro Brasil.”
Frase disseminada nas redes sociais.
Inoperantes
Um verdadeiro absurdo. Ao final da QL 2, conjunto 7 do Lago Norte. Restos de obra espalhados propiciando a reprodução em massa de todos os tipos de pragas, desde mosquitos a ratazanas gigantes. AGEFIZ já sabe, Administração do Lago Norte já sabe. Talvez o Ministério Público resolvesse a questão, já que coloca em risco a vida dos moradores da região. Veja as fotos no blog do Ari Cunha. A entrada é livre.
Boa ação
Em compensação, a Barragem do Paranoá recebeu maquiagem nova. Asfalto bem remendado e alambrado devidamente reposto.
Involução
Uma dúvida na fila dos idosos no Shopping Iguatemi. Qual a razão de não permitirem a gratuidade de estacionamento para idosos se há lugar especial nos ônibus, metrôs, instituições e estacionamentos? A questão que era humana transformou-se em financeira.
Reciclagem
Hospital Brasília está bastante diferente em relação ao atendimento. Com apenas dois meses de casa, um funcionário já fez 4 cursos de excelência no atendimento e parada cardíaca. Muito bom.
Allegro
Volta com toda energia o Coral Italiano da Universidade de Brasília. Os interessados que adorarem a boa música terão as próximas terças-feiras para a classificação vocal a partir das 18h. Os ensaios são também as terças, a partir das 19h. No minhocão, ala sul, sala BT 240.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O “bote” da Battes visa atingir a Indústria Portela, o maior parque industrial do nordeste, onde essa firma americana possui 32% das ações. Com a concordata, visa a Battes o enfraquecimento da Portela, e a aquisição do restante das ações, para se estabelecer como monopólio. (Publicado em 14.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Impossível pensar em mudanças significativas no quadro eleitoral para 2018, se levarmos em conta a super injeção de recursos, tomados dos contribuintes, da ordem de R$ 2,6 bilhões e que serão distribuídos generosamente para o PT, PMDB, PSDB, PP e outros partidos menores, justamente as siglas mais envolvidas nos mais escandalosos casos de corrupção de todos os tempos.
Na verdade, os recursos bilionários dos Fundos Eleitoral e Partidário, despejados nesses partidos, com o intuito de mantê-los longe do caixa dois e de outros financiamentos ilegais, irão propiciar a farra política com a verba pública, sacada compulsoriamente do eleitor em um momento de grave crise econômica. Muito melhor seria ajustar as urnas eletrônicas para tornar as eleições num evento confiável.
O problema com um modelo de democracia excessivamente dispendiosa, como a nossa, e que envolve, além desses fundos, todo o aparato de uma justiça eleitoral grande e custosa, é que toda essa montanha de recursos em nada contribui para qualificação e modernização do processo como todo.
Coloca-se dinheiro novo e farto em um modelo que, para muitos, já se encontra necrosado e eivado de vícios. Pior, transforma os eleitores em homologadores de um pleito, que, ao fim ao cabo, é apenas mais do mesmo, distante das necessidades reais do cidadão. Em outras palavras, está-se conduzindo o eleitor, à um custo altíssimo, por um labirinto cuja a única saída é pela porta da chancela automática do pleito. Sem choro, nem velas. Dessa forma, a injeção de novos recursos servirá apenas para dar sobrevida à um modelo que o bom senso recomenda seja abandonado o quanto antes. Remendo novo e caro em pano velho e esgarçado.
Para aqueles muitos que buscam nas eleições de 2018 apenas um valhacouto para escapar das agruras da justiça em primeira instância, o dinheiro extra irá abrir uma avenida de novas oportunidades. Para esses enrolados, importa sobretudo, por as mãos novamente na armadura do foro privilegiado e receber com isso o salvo conduto para a impunidade.
Para aqueles mais espertos, e que entendem que as eleições servem sempre como um perdão tácito para crimes passados, a chegada do dinheiro fácil é mais do que bem-vinda, já que aumenta muito as chances de vitória de gente que, de outra forma, já seria naturalmente expelida do pleito.
Uma coisa é certa: os novos e abundantes recursos serão controlados, ao bel prazer, pelos chefes de sempre, azeitando máquinas partidárias eticamente enferrujadas e obsoletas. A reforma política e partidária, e que serviria para o aperfeiçoamento de nossa democracia, ficou abandonada no meio do caminho. Em seu lugar, veio a injeção de recursos favorecendo o modelo apenas pelo lado quantitativo. O aspecto qualitativo que pressupunha uma reforma profunda no modelo foi deixado de lado, assim como o anseio por mudanças desejado pelos eleitores. Uma pena e um de desperdício de tempo e de futuro.
“Quem quer faz, toma atitude e abre mão das regalias. Não fica dizendo que é contra, mas tem direito.” Pronunciamento do senador Reguffe no plenário sobre as mordomias dos parlamentares, juízes e autoridades.
Ele existe
Um caso de sucesso no Brasil, onde um candidato ao Senado foi eleito pelas atitudes e não pelo dinheiro. É preciso falar dos honestos que sobrevivem nesse sistema pantagruélico. José Antônio Machado Reguffe é jornalista, economista e político brasileiro, atualmente sem partido. É senador pelo Distrito Federal. Foi eleito em 2014 com 826.576 votos. Antes de conquistar a vaga no Senado, mostrou para os seus eleitores que fazia valer o que dizia.
Discurso e prática
Brasília é bem representada pelo senador Reguffe, o Mujica brasileiro. No primeiro dia do mandato, Reguffe abriu mão do plano de saúde dos senadores (que é inclusive vitalício; foi o primeiro senador na história a não aceitar essa regalia), rejeitou a aposentadoria especial de parlamentar, dispensou salários extras, verba indenizatória, carro oficial.
Nano reforma
Dos 55 comissionados a que tem direito, Reguffe selecionou apenas 9. Com essas medidas, todas em caráter irrevogável. Nem que queira, o senador poderá voltar atrás. Os números são os seguintes: só a economia direta do mandato de Reguffe aos cofres públicos foi de R$ 16,7 milhões (nos oito anos). Medidas que se fossem repetidas pelos demais senadores daria R$ 1,3 bi de economia aos cofres públicos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O deputado Ferro Costa pronunciou, ontem, um dos mais importantes discursos desde a instituição do parlamentarismo. É sobre a concordata da “Battes Corporation of Brazil”, onde a firma propõe “pagar à vista integralmente, os credores, na data da sentença homologatória do pedido”. (Publicado em 14.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Na meia noite de 31 de dezembro, enquanto a população do Rio de Janeiro e turistas comemoravam, com a queima de toneladas fogos de artifícios, a entrada de um novo ano, nos morros da antiga cidade maravilhosa, o que se assistiu, em transmissão ao vivo para todo mundo, foi uma longa saudação de boas-vindas feita com balas traçantes de modernos fuzis que, cruzando o céu de um lado para outro, anunciavam a chegada de mais um ano de angústias.
Pela quantidade de projéteis que riscavam de luz o céu escuro, dava para entender que a bandidagem passou a dominar largamente essas comunidades, e que, estava não apenas em grande número, mas muito bem armada e, o que é pior, com uma quantidade impressionante de munição. Ou seja, estavam muito bem preparados para uma longa guerra anunciada.
O presságio de que a questão de segurança estava chegando em seu limite foi confirmada durante o carnaval. Arrastões por toda a cidade varreram, de vez, a tranquilidade, fazendo crer aos brasileiros que o Rio de Janeiro já vivia, de fato, uma completa situação de guerra civil. Com o assassinato, a cada dois dias, de um policial carioca, as defesas avançadas da população vão caindo uma após outra, deixando o flanco aberto para a tomada final do asfalto pela bandidagem audaciosa.
Diante de uma situação de flagelo como essa, e mesmo contrariando o que desejava o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, temeroso de que ações federais em seu estado venham prejudicar suas pretensões eleitorais para 2018, o presidente Temer, pressionado por todos os lados, decretou intervenção na segurança pública daquela cidade, o que na prática significa o afastamento do próprio governador do estado dessa função e de todo o staff atual que cuida dessa parte.
O que um assunto como esse, numa cidade distante – 1200 km daqui – tem a ver com Brasília? A resposta é tudo. O que acontece naquela antiga capital e cartão postal do país marca o prenúncio do que já se vislumbra, de modo ainda tímido, entre nós.
O fato é que Brasília está hoje literalmente cercada por enormes áreas favelizadas, inatingíveis pelos serviços públicos, onde até a polícia teme entrar. Essas regiões, já dominadas por traficantes e outros meliantes, têm levado medo, não só às comunidades locais, mas a todos os brasilienses, que a cada ano sentem o aumento nos índices de violência.
A questão é que parte das causas que afetam tanto o Rio de Janeiro como Brasília estão a milhares de quilômetros dessas duas cidades, mais precisamente nas regiões de fronteiras, onde o caldo de ilicitudes cresce dia após dia. De fato, a questão da segurança pública já ganhou, entre nós, o status de questão de segurança nacional. O problema é que, ao adentrar para essa esfera mais ampla de importância e urgência, a questão só pode ser solucionada pelo emprego efetivo das Forças Armadas.
Mais uma vez, fica evidenciado que os civis, por intermédio de seus representantes eleitos, se mostraram incapazes de administrar adequadamente o país continente, tendo que apelar ao socorro das FFAA, tal e qual fizeram no longínquo 1964.
Obviamente que, para levar a cabo tamanha e delicada tarefa, garantias constitucionais terão que ser suspensas temporariamente. Para alguns analistas da cena nacional, a história entre nós, não se inibe em repetir em forma de farsa, mostrando, mais uma vez, que a mesma esquerda do passado, por seu modus operandi, acabou empurrando o país para um revival, só que desta vez, substituindo a caça aos comunistas pela caça aos traficantes. Bem-vindos ao passado.
A frase que foi pronunciada:
“O constrangimento diante do olhar de uma sociedade que, em vez ser de piedade, era acusatório, de desprezo para com a minha mãe, como se ela fosse uma transtornada, uma louca, por desafiar o poder e procurar o filho. A ordem vigente era o conformismo, a aceitação, o adesismo, jamais o destemor e a coragem de questionar.“
Novidade
Preparem-se! Brasília vai sediar um curso para um grupo limitado de pessoas. Os assuntos abordam desde o papel do sono e da meditação no equilíbrio endócrino até como prevenir e tratar enfermidades como diabetes e hipertensão arterial com alimentação.
No workshop acontecerá meditação ativa, práticas corporais chinesas, elaboração dos alimentos: germinação de grãos, preparo de “leites” vegetais, cremes e biscoitos para os lanches, e almoço com baixo teor de carboidratos. O grupo será orientado por Edilaine Mello, que é culinarista em alimentos vivos e funcionais, e Ivana Abdo Martins, que é médica com foco em práticas integrativas e medicinas chinesa. Mais informações no blog do Ari Cunha.
Link para inscrição:
https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.sympla.com.br%2Fdescansar-na-acao-escolher-o-que-alimenta-e-restaura__245281&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGwfk_6xma2nq969T-GGmevyVGuHA
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Isto, quer dizer mais ou menos isto: um casal é brasileiro, contrai matrimônio. Um cônjuge vai a outro país e se naturaliza. Pede o divórcio no país de naturalização, e o Brasil reconhece. Bom dia, dr. Nelson Carneiro. (Publicado em 14.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Um dos efeitos mais deletérios e de difícil reparo provocado por longos períodos ditatoriais é que, na ausência da democracia e do livre pensar, o surgimento e consolidação de verdadeiras lideranças políticas fica suspenso, como que hibernando, adormecido no inverno da liberdade.
A formação de lideranças requer tempo e provação que só a democracia plena pode induzir e garantir. No Brasil foi assim. Depois de duas décadas de liberdades submersas, a volta à normalidade institucional, propiciada pela Carta de 88, teve que ser feita pelos mesmos indivíduos que, de alguma forma, tinham contribuído para o fechamento político. É notório que os principais figurantes que protagonizaram o período de redemocratização foram eles mesmos no passado, indutores, cada um à seu modo, da fase de fechamento. Figuras proeminentes da política daquela época tiveram, inclusive, um papel ativo nesse processo, indo bater diretamente às portas dos quartéis, pedindo a intervenção militar para conter o avanço comunista.
Reinstaurada a democracia nos anos oitenta, coube, praticamente, à esses mesmos indivíduos conduzirem o processo de normalização. O que se viu, desse processo sui generis, foi uma sequência de governos, que com algumas exceções, acabaram repetindo os mesmos erros do passado. Emendada com pano velho, ao tecido do Estado só restaria esgarçar-se de cima a baixo, corroído pela ação danosa da corrupção generalizada.
Com isso, e sempre com algumas poucas exceções, a apresentação de novas e reais lideranças, forjadas no debate e na lide diária, ficou sensivelmente prejudicada. Não surpreende, pois, que, no vácuo deixado por lideranças reais, surjam nomes inusitados, distantes milhas do que o país precisa nesse momento. Quando uma sociedade passa a optar por comediantes, cantores, animadores de auditório e outros profissionais do entretenimento para ocuparem cargos de direção do Estado é sinal de que o processo democrático corre sério risco.
Embora guardem alguma semelhança, não é pelo fato de um popular mágico de circo conseguir a proeza de retirar um coelho gordo de dentro de uma cartola que o credencia automaticamente a ocupar a presidência da república. É justamente pela condução irresponsável desses arrivistas ao poder que o país se encontra nessa situação de crise. Animadores de auditório servem bem ao propósito de entreter seu público particular e só. Tiriricas, Sílvio Santos e outros retirados do caldeirão das televisões ficam bem no retrato apenas dentro dos limites da telinha.
Trazidos para rua, onde perambula a realidade maltrapilha, esses personagens nada são, nada representam. E o que é pior: ao querer transformar um país inteiro, com suas complexidades e agruras, num imenso auditório, o máximo que conseguem é tornar ainda mais ridículo e sem graça um Brasil que insiste em descer, cambaleante, a ladeira da decadência.
A frase que foi pronunciada:
“Quem não quer pensar é um fanático; quem não pode pensar é um cretino; quem não ousa pensar é um covarde.”
Francis Bacon, filósofo inglês
Piauí
Nuvem de 100km põe Campo Maior e mais 140 municípios do Piauí sob risco de enxurradas e granizos. O alerta foi dado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. Veja as imagens no Blog do Ari Cunha.
Chega!
Regalias e mordomias de administradores públicos, bancadas com o dinheiro público, pode ser legal, mas é imoral.
Telefonia
Ao pagar uma conta pelo Banco do Brasil, há duas opções. Boleto, que se refere a contas particulares como escola, prestações, plano de saúde. Há também a opção Convênio, que trata dos impostos, taxas, multas, etc. Interessante notar que as operadoras de celular estão enquadradas como convênio, junto com as contas públicas.
Release
Até o dia 7 de março, quem estiver cursando enfermagem, farmácia, medicina, psicologia, serviço social e terapia ocupacional poderá se inscrever no Portal do Voluntariado para treinar equipes de saúde da família, com o objetivo de atuar no Programa Brasília Segura. O objetivo do projeto é identificar o consumo nocivo de álcool da população e fazer a intervenção necessária. O Brasília Vida Segura aplica a metodologia de intervenções breves da Organização Mundial de Saúde (OMS) e está alinhado com as metas globais voluntárias definidas pelas Nações Unidas.
Exemplo
Brasília mostrou nas ruas que não há o que comemorar. O movimento no carnaval caiu pela metade. Impossível pular e cantar nas ruas como se nada estivesse acontecendo. Aí está a Brasília que os outros estados não enxergam.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Um casal de portugueses, cujo casamento se realizou em Caxambu, regressou a Portugal, e lá os cônjuges obtiveram divórcio. Ontem, o Supremo homologou o divórcio, garantindo a ambos, se voltarem ao Brasil, o direito de, mesmo em Caxambu, contrair casamento, novamente. (Publicado em 14.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
“VI – É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.”
Artigo 5º da Constituição de 1988.
No inciso acima, talvez tenha faltado ao legislador deixar explícito que sendo o Estado brasileiro eminentemente laico e equidistante de qualquer credo, irá conferir, por conseguinte, tratamento isonômico a toda e qualquer instituição, sejam elas difusoras ou não da fé, principalmente no tocante ao recolhimento de impostos e outros tributos devidos ao erário. Mesmo a “proteção aos locais de culto”, ali descrito, e que são sistematicamente desrespeitados, necessitaria de uma redação mais clara e direta, principalmente agora com a imiscuição de credos diversos em searas próprias do Estado. É preciso notar que tem se tornado cada vez mais comum a realização de cultos em praças e outros logradouros públicos e, o que é pior, dentro das assembleias legislativas e do próprio Congresso Nacional, seguidamente transformados em verdadeiras igrejas comandadas por bancadas crescentes de evangélicos e outros crentes.
O fato é que o legislador, ao conferir liberdades sem a devida interposição de deveres à essas instituições que vivem, e muito bem, da exploração da fé, deixou uma larga porta aberta ao aumento de abusos de toda a ordem.
A cada ano, igrejas e seitas evangélicas têm arrecadado, por baixo, mais de R$ 50 bilhões, tomados de seus fiéis na forma de dízimos. O que complica, nessa situação, é que essa montanha de dinheiro, recolhida desde moedinhas até grandes somas, transitam de um lado para outro sob o olhar compassivo dos órgãos de fiscalização, muitas vezes inibidos, por ordens superiores, de fiscalizar essas fortunas fáceis.
Fossem esses, os únicos problemas com relação à essas igrejas, seria fácil um acerto de contas. A questão maior é que dadas as condições institucionais, pela Carta de 88, de liberdade quase irrestrita nesse campo, as chamadas igrejas neopentecostais, poderosas economicamente, passaram a buscar agora, e sem pudor também, o poder político.
E é aí que mora o perigo. Muitos analistas, de olho nesse fenômeno recente, têm chegado a mesma e preocupante conclusão: acolhidas à sombra generosa do Estado, essas igrejas já representam hoje uma real ameaça a própria democracia.
Não só no Brasil, com 42 milhões de fiéis e onde a cada ano, segundo o IBGE, 14 mil novas igrejas são abertas por ano, mas em toda a América Latina. Para se ter uma ideia, em toda Colômbia, em 2017, haviam registrados 750 colégios públicos e 3.500 igrejas neopentecostais. Um número assustador que demonstra o avanço arrasador desses credos sobre as demais instituições do Estado. “A luta das igrejas neopentecostais, diz um observador bem conhecido, é uma luta pelos pobres: por sua consciência, por suas carteiras e por seus votos.”
O avanço das bancadas evangélicas no Congresso, com pautas nitidamente retrógradas e antidemocráticas, representa um perigo ao pluralismo, à laicidade, às minorias, fazendo antever, entre nós, a volta de uma ditadura com feições ainda mais perturbadoras do que aquelas que dominaram o continente a partir dos anos sessenta.
A combinação entre moralismo, patriotismo e fanatismo, nunca resultou em boa coisa, ensinam os livros de história. O que se assiste agora é a formação de um embrião que resultará no surgimento de um Estado evangélico, não no sentido literal bíblico, mas um Estado desenhado, nos mínimos detalhes, para impor o ideário desses intitulados “bispos”, que aparecem diariamente nas televisões, ressuscitando mortos e fazendo paralíticos andarem com o poder, é claro, dos fartos dízimos.
A frase que foi pronunciada:
“Dai a César o que é de César.”
Jesus Cristo
Democracia
Tem até vídeo aula no Youtube mostrando como hackear uma urna eletrônica brasileira. Na Comissão Parlamentar de Inquérito, na Câmara dos Deputados, sobre crimes cibernéticos, a advogada Maria Aparecida da Rocha Cortiz fez uma descrição detalhada de como as urnas eletrônicas podem ser alteradas durante o processo eleitoral. A reunião aconteceu no dia 4 de novembro de 2015 e até hoje nada foi feito para provar a segurança da urna. O voto impresso, que seria auditável, estranhamente está fora de questão para ser adotado em todas as urnas do país. O assunto merece atenção. Veja o vídeo no blog do Ari Cunha. O acesso é direto.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Quem conhece o que foi o começo do Banco, sabe do seu gabarito inicial, e quem acompanhou a sua vida, sabe o desmerecimento em que se encontra, perante as populações sofredoras do Nordeste. (Publicado em 13.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Exemplos, em todo tempo e lugar, tem comprovado, de forma incisiva, que sectarismos, de qualquer espécie, provocam dor e mortes e, não raro, têm beneficiado pessoas e grupos que lançam mão dessa estratégia para pairar sobre todos, fazendo valer seus pontos de vista e, com isso, impor sua vontade contra todas as demais, sejam elas de um lado ou de outro.
Nesse sentido, merece reflexão a frase que diz: “a corrupção não é de esquerda, nem de direita. Ela é ambidestra.”. Em outras palavras equivale a dizer que, enquanto muitos se engalfinham na tentativa de apontar o personagem menos corrupto ou mais impoluto, a questão central vai se esgueirando pelas beiradas e com ela os verdadeiros malfeitores escapolem dessas refregas são e salvos.
Enquanto a massa se engalfinha numa luta renhida, seus algozes lucram com essas desavenças e, sabidamente, passam a se colocar como solução redentora para esses conflitos. Em situações como essa que agora experimentamos, mais prudente e por via das dúvidas, melhor não eleger nenhum desses semeadores da cizânia, optando por uma terceira via, não contaminada e com folha corrida tão extensa. O problema aqui, é que, dada a delicadeza das condições econômicas, com forte desemprego e baixo crescimento, a escolha de um novato, sem experiência executiva comprovada, é tão arriscada quanto escolher um nome manchado.
Em encruzilhadas dessa natureza, o mais sensato, num país evidentemente sensato, seria sanear o atual modelo, de cima a baixo. Em todos os quadrantes. Melhor arrumar a casa para o próximo governo do que entregar um país necessitado de reparos à um novo governo.
Mais uma vez o problema aqui é como reformar o país e suas instituições e o próprio modelo republicano sem um governo efetivo. A saída para esse impasse talvez esteja na formação de um governo de transição, composta por figuras absolutamente probas e capacitadas, imbuídas, tão somente, de promover reformas suprapartidárias e necessárias à um novo país. A questão é como empreender tamanho desafio dentro da atual Carta Magma.
O arrojo é gigantesco. Mas a necessidade atual de mudança de rumos é maior ainda. As diversas revelações e escândalos vindos à público nos últimos anos exigem punições aos envolvidos, além de toda verba surrupiada do povo brasileiro. Há certeza de que é preciso uma reorientação do modelo de Estado que vínhamos tateando desde a redemocratização.
Para um país que já se acostumou historicamente em soluções políticas que sempre terminam na condução do vice para assumir a presidência, a eleição ou formação de um governo transitório, com a incumbência de promover reformas até parece coisa pequena. O que não dá, e a nação já não suporta, é a continuidade dos mesmos modelos viciados, operados pelos mesmos grupos sob o rótulo de novo governo, recém-eleito.
O fato é que, para esse modelo que aí está e, principalmente, com essa gente que se apresenta para conduzi-lo, não há saída exitosa, apenas vai se adiar ou complicar, ainda mais, nosso desejo de fazer surgir o país que os muitos brasileiros de bem almejam e necessitam com urgência.
A frase que foi pronunciada:
“Direitos Humanos não se pede de joelhos, exige-se de pé.”
Dom Tomás Balduíno
Incoerência
Defendendo a isenção tributária a templos religiosos, o deputado federal Ronaldo Fonseca- DF contraria Jesus Cristo. “Dai a César o que é de César!
Vigilantes de carros fortes têm sido violentamente abatidos por grupos fortemente armados. Houve o crime onde os bandidos usavam fuzil 762, AR-15, fuzil 556, metralhadora ponto 50. A Comissão de Segurança Pública já aprovou a Lei 6.635 de 2016 e quem vai se esforçar para aprová-la é o deputado federal Laerte Bessa.
Voto impresso
Uma boa briga trazida pelo deputado federal Izalci Lucas- DF será a obrigatoriedade do voto impresso. O frágil argumento da Corte Suprema subjugando a inteligência do eleitor é inaceitável. Falta de verba na Justiça é um disparate considerando-se uma eleição transparente no país, com direito a auditoria, o que hoje, não é possível.
Na real
Depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística publicou a pesquisa sobre a estrutura de renda em nosso País, o deputado federal Augusto Carvalho rasgou o verbo. Chamou de ufanistas os discursos petistas. Um quarto da população brasileira continua abaixo da linha de pobreza. Só desempregados são 13 milhões.
Ficadão
O que o deputado federal Alberto Fraga defende é que os presos que estudam e estão na iminência da recuperação, devem sair da cadeia esporadicamente. Mas o que não é possível é permitir que um preso saia 6 vezes por ano da cadeia, e cada vez por sete dias. E lembra: A lei não prevê que se deve liberar o preso no Natal, no Dia dos Pais ou no Dia das Mães.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Estas notas valem como um lembrete ao presidente da República, para que não se sinta envolvido por conversas de corredores, e pra que posas salvar o Banco do Nordeste das sanhas político partidárias. (Publicado em 13.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Na madrugada de sábado para domingo de carnaval, um morador de Ipanema acordou com gritos vindos da orla. Foi conferir o que havia e, da janela de seu apartamento, viu um bando de jovens que promoviam um grande e cruel arrastão. A tática usada era sempre a mesma: dezenas de marginais cercavam a vítima, que era brutalmente, espancada e depois derrubada ao chão. Na sequência, roubavam tudo o que podiam carregar, deixando o coitado exangue, depenado e aturdido no meio da avenida.
Usaram da mesma estratégia contra dezenas de transeuntes, sem serem importunados por mais ninguém. O morador aflito, que filmou a sequência de violência e roubos, em vão, por diversas vezes acionou a polícia. Diante do descaso, fechou a janela e voltou a dormir. Era a única coisa a fazer.
Cenas como essa se repetem pela maioria das capitais do país, num contínuo absurdo que parece conduzir a todos ao imobilismo e a resignação. Pode parecer coincidência, mas infelizmente não é. O fato de os brasileiros assistirem hoje a uma escalada, sem precedentes, de crimes de toda a natureza, com milhares de mortes violentas, revoltas em presídios, chacinas e outras barbaridades, que fazem de nosso país o mais violento do planeta na atualidade, tem suas raízes bem fincadas no modelo de governo implantado entre nós a partir de 2002.
Não se trata aqui de empurrar para esquerda um problema histórico, mas, tão somente, de constatar que esse recrudescimento do crime, de uma forma geral, veio na esteira do que sempre pregaram seus ideólogos originais, principalmente Gramsci, Marcuse e Marx.
Para esses filósofos da esquerda, um dos mais curtos caminhos, rumo a revolução do proletariado, era justamente aquele que buscava desqualificar as instituições burguesas, a começar pela própria justiça, tomada aqui como primeiro empecilho a ser vendido. Não é por outra razão, que o lulopetismo, na figura de seu demiurgo maior, tem seguidamente desqualificado a ação da justiça que o condenou a 12 anos de reclusão em regime fechado.
Não é por outra razão também que próceres desse partido têm pregado com insistência a desobediência civil e uso da violência para fazer valer seus pontos de vista. Inclusive com a ordem, sugestão ou conclamação saídas da boca de autoridades do poder Executivo e Legislativo.
Indiferentes ao avanço da lei, insistem na candidatura de um Ficha Suja. Infelizmente a imprensa não tem mostrado à população a lista de circunstâncias, testemunhas, que serviram de fundamentação para a sentença dada.
Não é sem propósito que movimentos como a CUT, MST e MTST têm pregado abertamente as arruaças, as divisões, o ódio e o sangue. Para fazer valer seus pontos de vista, pregam o caos internamente e buscam, sem pudor, denegrir o país no exterior, através de propagandas contínuas, falando de golpe e outros absurdos.
A Venezuela, tão querida desse partido, é hoje o retrato acabado desse tipo de tática, que busca a hipertrofia do Executivo, por meio da aniquilação total do judiciário. É bom que nossos ministros do Supremo Tribunal Federal se atentem para não colocar a Justiça como a peça que faltava para finalizar o intento de acabar com o Brasil também.
Pergunte à um venezuelano típico, desses que fogem aos milhões pelas fronteiras, com toda a família, a pé e com fome, o que pensam agora de um tal bolivarianismo do século XXI e que lições e avisos podem nos oferecer sobre essa experiência!
A frase que foi pronunciada:
“Seja qual for o país, capitalista ou socialista, o homem foi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio trabalho, feito prisioneiro, forçado a um estado de estupidez.”
Simone de Beauvoir
Absurdo
Alunos da Vargem Bonita vão desistindo aos poucos de estudar. Escola sem recursos, transporte difícil, tudo conspira para que deixem a Educação em outro plano. A Secretaria da Educação está longe de alcançar, efetivamente, os objetivos propostos. Principalmente com os alunos da noite. Entram sem saber nada e são aprovados sabendo muito pouco. Isso sem falar em um ano feito em um semestre.
Release
A Associação dos Juízes Federais lembra o que aconteceu depois da Operação Mãos Limpas na Itália. Com manobras legislativas visando a extinção de crimes e redução de prazos prescricionais, além da perseguição aos magistrados que atuaram firmemente na apuração e condenação dos criminosos. E que se lembre que o Poder Judiciário ainda é, hoje, aquele que pode garantir que os direitos individuais e da coletividade sejam protegidos frente às inúmeras ameaças e arbítrios cometidos todos os dias. A nota se refere a um editorial de um jornal de grande circulação e foi assinada pelo presidente da entidade, Dr. Roberto Carvalho Veloso.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O cargo, que devia ser entregue a quem entende, está sendo disputado por políticos, alheios aos problemas administrativos, e ausentes dos encargos. (Publicado em 13.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Em tempos tão conturbados como o atual, quais seriam os novos limites da liberdade? Na falta de uma resposta satisfatória para essa questão, melhor ficar com os fatos e com os fatores que levaram a esse alargamento de espaços, que faz, com que as pessoas hoje, já não reconheçam mais onde terminam seus direitos e começam os direitos dos outros.
Sem dúvida alguma, as mídias sociais cuidaram de aumentar a confusão geral sobre os limites de cada um, misturando espaços públicos e privados num só lugar, difundindo as notícias sem base nos fatos, ajudando assim, a estabelecer um ambiente de constante beligerância, onde o desrespeito passou a ser a regra comum.
Diante dessa nova realidade que vai se estabelecendo, não apenas aqui, mas em todo o mundo, a vida das chamadas pessoas públicas e famosas, sejam elas artistas ou políticos, passou a ser um verdadeiro inferno sobre a terra. No caso dos políticos, essa situação tem se agravado à tal ponto que vai se tornando comum, e até aceito, que eles sejam destratados quando surpreendidos transitando em lugares públicos.
Vejam aqui a contradição: pessoas públicas passam a ser hostilizadas justamente em espaços públicos. Os casos vêm se repetindo e aumentando numa constante que já chegou a restaurantes, aeroportos, ruas, aviões.
Parte desse problema resulta do descrédito provocado pelo comportamento pouco, ou nada ético, de boa parte de nossos políticos e gestores atuais. Ninguém tem escapado da fúria popular. Ministros, deputados, senadores, governadores, cantores e outros rostos conhecidos são caçados e enxovalhados sem piedade em toda a parte. Alguns links com essas agressões estão disponíveis no Blog do Ari Cunha.
No crescendo dessa toada, não será surpresa que, a qualquer momento, possamos assistir à população enraivecida, amarrando e trucidando esses personagens em postes e em praças públicas, da mesma forma que faz quando flagra e põe as mãos em malfeitores e marginais.
O fato mais recente, aconteceu com o governador do DF, Rollemberg, num restaurante da cidade quando comemorava o aniversário de sua esposa. Manifestantes de um estabelecimento ao lado começaram a provocação que acabou em bate boca generalizado.
Obviamente que, em situação como essa, ambas as partes perderam a razão: O governador que se deixou levar pela insatisfação geral, aumentada agora com o desabamento do viaduto do Eixão Sul. Os manifestantes pela falta de educação e pela provocação gratuita que não resultou em nada de prático.
Ao menos o governador, transformado agora em saco de pancada da vez, teve o bom senso de não acionar a força policial para conter os revoltosos, como poderia ter feito sem maiores dificuldades.
Para alguém que buscou no voto a condição de representante da sociedade, só resta nesse caso, se render à nova realidade e enfrentar, com serenidade, os reclames e xingamentos. Pior é se esconder da turba raivosa, se transformando em figura invisível e cercada de seguranças truculentos.
Calma e coragem. A população tem razão em parte. O governador também. Embora ambos errem ao não reconhecer, no calor das discussões, que o diálogo é ainda o único caminho possível a ser seguido.
A frase que não foi pronunciada:
“Quem se trumbica não se comunica!”
Chacrinha brincando com as palavras
Release
O líder do governo, deputado Agaciel Maia, comemorou a chegada à Câmara Legislativa do projeto de lei, de autoria do Executivo, que estabelece o Plano de Carreira dos Servidores do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Ele lembrou que, além de não receberem qualquer reajuste nos últimos oito anos, a categoria teve salários reduzidos em virtude “de uma legislação malfeita”.
Novidade
Cláudia Rocha, do Sesi-DF, coordena um programa para atender as novas exigências do Ministério da Educação em relação a base curricular. O Programa de Melhoria do Ensino e Aprendizagem (Programe) tem por objetivo capacitar os professores nos processos pedagógicos. “Com as mudanças, teremos melhores condições de ensino para os nossos estudantes e construiremos uma metodologia em que eles desenvolvam técnicas de estudo e o senso crítico”, explica a coordenadora técnica de Educação, Cláudia Rocha.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O sr. Valdemar Alcântara, candidato do governador cearense, é presidente de um partido político, médico sanitarista, sem o menor contato com o sistema bancário nacional. (Publicado em 13.10.1961)
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Com contundência, a realidade vai se impondo a cada dia e fazendo ver, até aos mais incrédulos, a necessidade de reforma da previdência. A questão é que o tema foi empurrado para o labirinto pantanoso da política. Pior, para o beco sem saída da ideologia. E ao que parece, a situação está ainda mais complicada: o tema da reforma acabou em ano eleitoral, encurralado na armadilha preparada pela esquerda. Não qualquer esquerda. Mas uma do tipo comandada por múmias do passado, mortos vivos de uma guerra fria longínqua e com validade vencida.
Quando um assunto, sério e urgente como esse, é remetido pelos inspetores da Administração Central dos Campos ou Gulag, para os confins congelados da mentira, fazendo ver aos mais necessitados que esse tema só veio à baila em razão de uma perversão das elites, e que o povo precisa reagir sem pensar, nada mais pode ser feito.
Doravante, quem tocar no tema, em tempos de caça aos votos, estará condenado a danação e a maldição dos eleitores. Com uma estratégia dessas, todo o movimento é infrutífero. A tinta falsa que cobre a questão da reforma, fazendo-a parecer sem propósito, esconde a ferrugem que tomou conta da máquina da previdência.
Não reformá-la, ajuda a empurrar, ainda mais, parte da população para a insolvência. Preocupante é saber que, com um problema desse tamanho, diante dos olhos, a maioria dos congressistas, a quem cabe buscar soluções viáveis para tão emaranhado imbróglio, não sabe ao menos do que se trata.
Fôssemos pesquisar junto aos políticos qual leitura factual que fazem desse problema, a maioria não saberia explicar. Por uma razão simples: muitos desconhecem o assunto. Suas miudezas. Não possuem, pois, opinião formada sobre o tema. Não são a favor e nem contra. Muito pelo contrário.
Em tempos de campanhas, melhor deixar o tema de lado. Se a querela, em suas minúcias, é ignorada por muitos, para aqueles que conhecem a questão e que fazem coro junto com o Executivo, a intenção é outra. Resume-se em deixar tudo como está, em razão da baixa popularidade do atual governo e do tempo exíguo para implementar tamanha mudança.
Nessa rota não há saídas para reforma da previdência. Nem à esquerda, nem à direita. Melhor empurrar a coisa para frente. Sine die. Quem sabe confeccionar, depois de 2018, minirreformas pulverizadas em doses homeopáticas. Mais prudente então, uma reforma indolor, incolor, sem cheiro e sem gosto. Que seja uma reforma. Mas do tipo que não foi reformada. Que haja alterações na Previdência, mas que não sejam percebidas por ninguém e que acabe como começou, ou seja, com os mesmos problemas de antes.
Para não chatear os trabalhadores, melhor seguir nessa pantomina, onde todos ensaiam uma dança sem sair do lugar. Uma mímica feita sem gestos e ação. Tudo aparente e falso. Correndo em volta das cadeiras, como crianças, alheias a contundência da realidade, uma multidão frenética busca sentar nos poucos lugares que há. Muitos ficarão de pé, ou tombarão sem assistência na velhice.
A frase que foi pronunciada:
“Uma forma infalível para diminuir o número de partidos e candidatos no Brasil é cortar mordomias dos Três Poderes, nas esferas federal, estadual e municipal.”
Frase ouvida no cafezinho da Câmara
Código de Conduta
Manual para os próximos eleitos: Um país sem excelências e mordomias, da Geração Editorial. Sem carro particular, sem apartamento, sem penduricalhos no contracheque. É só chegar na casa legislativa, executiva e judiciária com as novas regras de economia já estabelecidas. Mais fácil de se acostumar. Os impostos devem ser revertidos para o bem-estar da população, não dos eleitos por ela.
Sintonia
No discurso em Formosa, a ministra Cármen Lúcia disse que o cidadão está cansado de “tanta ineficiência” dos serviços públicos e “cansado inclusive de nós do Sistema Judiciário”, concordando com a nota acima.
Compete
Mais uma atleta sem patrocínio. Paloma, 11 anos, treina 5h por dia, desde que voltou do Pan. O objetivo é competir em Las Vegas no dia 19 deste mês. Esperando que o programa Compete, do GDF, fosse bancar a passagem, sua mãe, Clarissa Vaz Dias, recebeu a negativa no mesmo mês da viagem. Pede ajuda. Fotos e dados para o depósito no Blog do Ari Cunha.
Favorecido
Agência: 1003-0
Conta: 34286-6
Cliente: Clarissa Vaz Dias
Visível
Em pouco tempo, as regras para a exibição de preços mudarão nas gôndolas dos supermercados. A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados propôs que as informações sejam disponibilizadas inclusive para quem tiver visão reduzida. O relator da matéria é o deputado Aureo. A proposta segue para a CCJ da Casa.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O que vale no Banco, é a estrutura, que vem do tempo do sr. Raul Barbosa, e a prova de que é boa, é que enfrentou esta última administração. (Publicado em 13.10.1961)
Qualificar o voto, por sua origem, é qualificar a representação por sua finalidade
ARI CUNHA
Visto, lido e ouvido
Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil
Eleições lavam mais branco, já dizia dona Dita há décadas. Com a renovação do Legislativo, reacendem, a cada eleição, as esperanças de um novo tempo. Pelo menos, tem sido assim as expectativas desde a redemocratização. Ocorre que a realidade dos fatos, e principalmente da composição dos parlamentos e dos Executivos, tem insistido em contrariar o desejo íntimo da sociedade esclarecida, fazendo surgir, a cada quatro anos, figuras que, para ficar em mínimas análises, desapontam a todos.
Se o Parlamento e o Executivo são o reflexo acabado de seu povo, é preciso, antes de tudo, analisar, bem de perto e com urgência, o tipo de eleitor que tem comparecido às urnas. O voto é ou deveria ser, antes de tudo, uma conquista preciosa da cidadania e, como tal, deveria ser valorizado como joia rara e fugaz, que passa ligeiro pelas mãos e se perde no turbilhão de milhões de outros e segue seu curso.
Sendo o espírito de uma nação, o voto não deveria ser entregue a todo e qualquer cidadão. Os exemplos pelo mundo mostram que o eleitor qualificado desde a origem vê no voto um trunfo conquistado. O voto precisa ser dado por aqueles que demonstram, pela cidadania, seu real compromisso com o futuro do país. O voto é um louro. Dito dessa forma e em um mundo ideal, seria preciso que, para o eleitor pudesse erguê-lo orgulhoso junto à urna, ficasse demonstrado cabalmente sua capacidade moral e intelectual e principalmente sua plena consciência de que esse é, dentre todos, o maior galardão e a mais alta comenda conferida pela nação a um cidadão.
Sem contendas caros leitores. No mundo prático, um modelo como esse só se sustentaria se tivesse como base sólida uma educação também de qualidade.
Em outras palavras, equivale a dizer que somente um povo educado, e por conseguinte cônscio de si, de suas obrigações, deveres e direitos, possui as qualidades necessárias para escolher, entre seus conterrâneos, aqueles que, por merecimento e serviços prestados, deveriam ser seus legítimos e dignos representantes. Mas isso, lamentavelmente, só poderá ocorrer num país ideal, do qual, pelo visto até agora, estamos arredados milhas de distância. Vale lembrar que na realidade, milhares de eleitores educados do primeiro mundo, onde o voto não é obrigatório, já desistiram de votar.
Dessa forma fica claro que ao voto não interessa quantidade e sim qualidade. Nesse caso, a universalização do voto se antepõe, e a realidade tem demonstrado isso, o voto de qualidade permitido apenas àqueles com capacidade e cuidado para conduzi-lo, solenemente até a urna, como uma bandeira.
A realidade é que, enquanto permanecer turva a água na nascente, todo o curso adiante será também turvo. Nas palavras livres e diretas de Dona Dita, o voto deveria caber apenas àqueles brasileiros com vergonha na cara e que sabem e temem pelas consequências de suas ações e não livre passagem para aventureiros e outros tipos de representantes que acabam estampados nas páginas dos jornais, portando algemas de aço nas mãos e nos pés, saindo de camburões da polícia e adentrando penitenciárias de segurança máxima. Para os crédulos o equivalente ao ditado: Pelos frutos, conhecerão a árvore.
A frase que foi pronunciada:
“A primeira impressão que se tem de um governante, e da sua inteligência, é dada pelos homens que o cercam”.
Maquiavel, filósofo italiano
Release
Lançado pelo GDF, o Corujão. Pela distância do trabalho e dificuldades no transporte público, a solução encontrada pela Secretaria de Mobilidade foi o transporte público em horários especiais, como as linhas noturnas que funcionarão entre as 23h e às 5h. As regiões contempladas foram Sol Nascente, Lago Norte, Varjão e Píer 21.
Estranho
Conselho Nacional de Justiça dedica menção honrosa pelas mais de 3 mil audiências de conciliação que a operadora de plano de saúde realizou em 2017. Cai entre nós. Menção honrosa merecem os usuários de qualquer plano de saúde, que recorreram aos tribunais para fazer valer seus direitos. São pacientes que pagam horrores de impostos e ainda precisam se submeter aos planos de saúde e suas imposições.
Muito bom
Google Play dedica a tecnologia para quem quer pular carnaval e para quem quer ficar bem longe dele. Pelo aplicativo da plataforma, o internauta pode ter a localização da folia, comentar, compartilhar. Ou pode ver as alternativas de descanso com o google maps dando suporte.
Luta
Inacreditável como nossas autoridades desprezam a arte. Hércules Gomes está gravando um CD em homenagem aos 170 anos de Chiquinha Gonzaga e precisa de contribuição financeira dos amigos para viabilizar o projeto. Pelo Blog do Ari Cunha acesse o link para contribuir, se quiser.
https://www.catarse.me/notempodachiquinha
No Tempo da Chiquinha
Com licença querido(a)?estou ajudando um amigo pianista, Hércules Gomes, a divulgar sua campanha de financiamento para gravação de um CD em homenagem a ? Chiquinha Gonzaga, pelos seus 170 anos?. Se você puder contribuir ficaríamos muito agradecidos, qualquer valor é importante, super fácil é só acessar o link https://www.catarse.me/notempodachiquinha. Obrigado pela atenção, Grande abraço ? e se puder, compartilhe esse projeto lindo ❤?❤ Wandrei Braga ?
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Banco sem sorte, o do Nordeste. Depois de uma administração calamitosa como a do sr. Alencar Araripe, surge, agora o governador Parsifal Barroso indicando o sr. Valdemar Alcântara para a presidência. (Publicado em 13.10.1961)