Décadas de invasões

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: chiquinhodornas.blogspot.com

 

Desde que foi inaugurada oficialmente, em abril de 1960, Brasília vem experimentando um lento e persistente processo irregular de ocupação do solo. Esse fato se deve, possivelmente, aos atrativos, representados pelos serviços públicos oferecidos pela capital do país.

Por outro lado, o ritmo acelerado imprimido na construção da cidade não possibilitou a devida regularização burocrática das muitas propriedades particulares que existiam no entorno da capital ou que eram reclamadas por pessoas e famílias que ocupavam essas áreas anteriormente e que, naquela época, não eram devidamente registradas e documentadas em cartórios. Ou eram, como o caso da dona Victória Rezende e Silva, que, com o marido, era proprietária de toda a região onde hoje é o trecho 7 do Setor de Mansões do Lago Norte.

Tratava-se aqui de uma região remota, distante da antiga capital e do litoral, perdida nos confins do interior do país, pouco habitada e esquecida do restante do Brasil. Esse e outros fatores acabariam por abrir uma grande quantidade de parcelamentos e formação de lotes irregulares.

Até o início dos anos oitenta, ocorriam poucos assentamentos não oficiais nos arredores da capital e que não ofereciam maiores perigos para a ocorrência de invasões em massa, capazes de desfigurar, por completo, qualquer projeto de planejamento da cidade, como os que ocorreram no Rio de Janeiro e que redundaram no completo desvirtuamento urbano da antiga capital, com as consequências nocivas que hoje conhecemos.

A partir da Constituição de 1988 e, principalmente, da chamada emancipação política da capital, deu-se um verdadeiro boom de invasões que passaram a ser erguidas, da noite para o dia, por toda a Brasília. Incentivadas por uma classe política oportunista, que passou a identificar, nas terras públicas, uma moeda de troca representada pelo binômio: um voto, um lote, a multiplicação das invasões fugiu totalmente ao controle dos órgãos públicos, ameaçando destruir uma cidade planejada, transformando Brasília em mais uma das muitas capitais espalhadas por esse imenso país: caóticas e deformadas pela ganância e o oportunismo imediatista que caracterizam a maioria de nossa classe política.

Hoje, passados mais de sessenta anos de sua inauguração, a questão da regularização das terras e o surgimento de novos núcleos habitacionais, bem como as invasões, ainda representam uma realidade e uma ameaça que parece longe de ser pacificada. Trata-se de um processo herdado por décadas de incúria e de falta de vontade e firmeza das autoridades e que laçam essa ameaça para um futuro incerto. O que se tem como certeza, e a maioria de nossas capitais demonstram isso na prática, é que cidade alguma pode prescindir e resistir ao tempo, como espaço seguro e aprazível para seus cidadãos, se abrir mão de um planejamento urbano, racional e metódico, capaz de ordenar e pôr nos eixos toda a complexidade que envolve uma metrópole. Ou aprendemos isso, observando o caos em que se transformaram nossas cidades mais antigas, ou seremos condenados a multiplicar esses erros e espaços, erguendo cidades que, no fundo, as pessoas querem ver de longe.

O problema é que planejamento urbano exige, antes de tudo, civilidade e respeito total às normas e posturas dispostas em lei. E é aí que está a raiz do problema. Quando se verifica que nem mesmo aqueles, aos quais a função e os altos cargos exigiriam pronto acatamento às normas e leis urbanas, cumprem o que está estabelecido, muito menos se pode esperar de outros cidadãos menos afortunados, que vêm nessas elites um mal exemplo a ser copiado. Não por outra, é visível também, em bairros chiques, como os lagos Sul e Norte, invasões de áreas públicas, perpetradas por pessoas de alto poder aquisitivo, que acreditam no poder do dinheiro e da função para domar os fiscais. Não é por acaso que, nesses bairros, onde casas e lotes valem milhões de reais, a existência de passeios públicos, com calçadas e espaços para pedestres, praticamente inexiste, espremidos pelo avançar dos lotes e das mansões. Cadeirantes, idosos, atletas e outros caminhantes não têm vez nesses espaços, tomados pelo egoísmo daqueles que se reconhecem como intocáveis. É tudo uma tragédia urbana, sem solução à vista.

Frase que foi pronunciada:

Aquilo que escuto eu esqueço, aquilo que vejo eu lembro, aquilo que faço eu aprendo.”

Confúcio

Foto: reprodução da internet

Ir e vir

A seguir, as fotos de uma região cercada ilegalmente como Residencial Vale dos Ipês, só para ricos. Moradores antigos e pobres da região são impedidos por um funcionário do condomínio criado, que se diz trabalhar para o governo. Fecha o portão e obriga a população de baixa renda a andar quilômetros para dar a volta e entrar por outro local. É preciso esclarecer essa situação que, diga-se de passagem, é inconstitucional.

Insustentável

E a cadela da casa resolveu parir debaixo de largas toras de madeira, onde os donos não conseguem chegar. Nem Bombeiros, nem Polícia Ambiental, nem Zoonose fazem esse tipo de resgate. Resultado: morreu um dos filhotes e a cadela amamenta os sobreviventes em meio ao cadáver do animal em decomposição. Os proprietários do bicho até pensaram em se apresentar como autores de maus tratos. Não o fizeram porque, nesse caso, ao recolher o animal, a zoonose leva para o canil. E mais: para maus tratos, a lei não prevê amamentação entre cadáver.

Eficiência

Difícil ter uma atendente com tanto conhecimento, agilidade e carisma no trato com o cliente. Daiana, da Claro Net, teve uma performance que merece esse registro.

Foto: divulgação

História de Brasília

Quando surgem notícias desencontradas, e em casos destes sempre ocorre, a culpa cabe às autoridades que não comunicam pela imprensa. (Publicada em 01.02.1962)

Desembestados contra a corrente mundial

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Painel com participantes da Cúpula de Líderes sobre o Crime convocada por Biden e realizada de forma virtual. Foto: BRENDAN SMIALOWSKI / AFP (oglobo.globo.com)

 

Muito mais do que reputação, empresas em todo o mundo, dos mais diversos ramos de atividades, estão buscando, cada vez mais, adaptar seus serviços e fornecimento de produtos às questões ligadas diretamente às mudanças climáticas, mais precisamente às ameaças representadas pelo rápido aquecimento global e seus efeitos sobre o planeta e, logicamente, seus negócios.

O aquecimento do planeta, que, segundo previsão balizada da Convenção-Quadro da ONU sobre o Clima, elevará a temperatura da Terra aos níveis catastróficos de 3,6 graus até o final deste século, possui a capacidade de, literalmente, fazer derreter 9 em cada 10 empresas pelo mundo, arruinando todo e qualquer tipo de negócio.

Trata-se aqui de uma ameaça concreta global, com dia e hora para acontecer, o que tem feito com que empresários por todo o mundo adotem uma nova postura com relação a esse sério problema. São muito mais do que simples previsões pessimistas. São, na realidade, um retrato do futuro próximo a atingir, em cheio, as próximas gerações, capaz de tornar a vida desses novos habitantes do planeta, no mínimo, insuportável.

Por esse motivo, empresários de várias partes do mundo, estão se mobilizando e pressionando seus governos para que adotem medidas urgentes e realistas com relação às emissões de gases do efeito estufa, bem como outras no mesmo sentido, que zerem o desmatamento, as queimadas, o uso de combustíveis fósseis, o desperdício e outras medidas de proteção da Terra.

O que se tem aqui é uma corrida desenfreada contra o tempo. Também o comércio entre nações começa a experimentar um novo modelo, baseado na ética entre respeito ao meio ambiente e produção de bens. Todos aqueles países que pretendem colocar seus produtos nos mercados internacionais, sobretudo na União Europeia e nos Estados Unidos e Canadá e outros países desenvolvidos, terão, cada vez mais, que exibir selos verdes, garantindo que essas produções foram obtidas sem danos ao meio ambiente. É aí que o Brasil aparece muito mal colocado na foto.

A comunidade internacional tem acompanhado de perto o que se passa em nosso país. Os retrocessos observados nos últimos anos com relação à proteção de nossas riquezas naturais são de conhecimento de todos e não serão discursos e promessas, como as que foram feitas recentemente pelo presidente da república, na Cúpula do Clima, que terão o condão de esconder a realidade que pesa agora sobre nosso meio ambiente.

Não apenas as ações vindas do Executivo estão sob intensa observação dos países desenvolvidos. Também o nosso Legislativo foi colocado sob lupa intensa, neste momento em que tramitam, nas duas Casas daquele Poder, medidas (projetos e leis) que alteram de maneira drástica as legislações que dão ainda alguma proteção às nossas florestas.

A pressão exercida pelas bancadas ruralistas e do agrobusiness, fortemente unidas e amparadas pelo capital de grandes empresas, afrouxando regras e fiscalizações, ameaçam, diretamente e de maneira afrontosa, regiões inteiras da Amazônia, aumentando a crença mundial de que nosso país e nossas instituições de Estado, incluindo aí os representantes da população, trabalham diuturnamente unidos em benefício apenas dos interesses das grandes empresas que exploram e ocupam nossas terras, mesmo aquelas sob proteção ambiental. Estamos rumando, desembestadamente, na contramão da história mundial, principalmente agora em que a humanidade consciente busca salvar o planeta da destruição.

A frase que foi pronunciada:

Da literatura à ecologia, da fuga das galáxias ao efeito de estufa, do tratamento do lixo às congestões do tráfego, tudo se discute neste nosso mundo. Mas o sistema democrático, como se de um dado definitivamente adquirido se tratasse, intocável por natureza até à consumação dos séculos, esse não se discute.”

José Saramago

José Saramago. Foto: Oscar Cabral/VEJA/Dedoc

Faz de Conta

Logo depois da campanha politicamente correta de estimular a presença dos índios nas cidades, comungando das mesmas oportunidades, a indígena Cristiany Bororó nos liga apavorada com o corte da luz na área ocupada pelos indígenas do Noroeste. Situação prática que desmascara qualquer intenção de valorizar esse povo.

Calçadas

Qualquer rua precisa ter calçadas para as pessoas andarem com segurança. O que se vê pela cidade são carrinhos de crianças no asfalto por falta de local seguro para passear. Cadeirantes, bicicletas, pedestres… É um desrespeito total à comunidade. E sejamos francos: moradores que avançam a cerca, tomando o lugar das calçadas, também não colaboram.

Arte por toda parte”

Enquanto no Brasil há roubos de tampas de bueiros, na Áustria, é mais uma manifestação da arte. Veja, no no link Sonderanfertigungen Schachtabdeckungen, algumas fotos de bueiros em Vienna.

História de Brasília

Suspensas, sem aviso pela imprensa, as provas para as candidatas ao cargo de professoras. Não se sabe a razão, mas há ainda, a informação de que nem horistas haverá neste ano escolar. (Publicada em 01.02.1962)

Por uma CPI internacional

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Foto: Unrwa/Khalil Adwan

 

Há, em âmbito mundial, uma infinidade de fatos mal explicados intercalados entre a pandemia e o processo posterior e apressado de vacinação que, cedo ou tarde, deverão vir à luz, até como satisfação à humanidade. Para isso, será necessário, primeiramente, contabilizar, com precisão, o número de mortos globais e os reais prejuízos econômicos provocados por essa estranha e inesperada virose em cada canto da Terra.

E por que isso será necessário? Para que, em seguida, seja formulado um programa semelhante ao Plano Marshal, aplicado pelos Estados Unidos à Europa Ocidental após a II Grande Guerra, ou seja, para financiar, a longo prazo, os países mais atingidos para que voltem, ao menos, ao estágio econômico em que se encontravam antes da pandemia.

Essa será uma estratégia que impossibilitará uma quebradeira econômica mundial, com prejuízos inclusive, aos países desenvolvidos. Dessa vez, essa espécie de Plano Global deverá ser bancado por aqueles países, instituições e empresas que – acreditem – lucraram bilhões de dólares com essa pandemia ou que, ao menos, sofreram pouco com ela. Essa parece ser uma das poucas saídas para a crise sanitária que tudo paralisou.

Ao contrário da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada agora no Senado Brasileiro e que muitos acreditam que se transformará num palanque político-eleitoral e de interesse apenas das legendas para obter mais vantagens, será necessária a formação, em âmbito internacional, de uma Comissão para investigar, a fundo, todas as causas e efeitos dessa estranha doença que chegou tão rápido e com vacinas desenvolvidas em prazos recordes.

Obviamente que caberá, à Organização das Nações Unidas (ONU), a instalação de tal Comissão. Isso se ela vier a acontecer de fato. Caso a ONU não chame a si essa importante questão, o que pode ocorrer, de menor impacto, é o aumento na descredibilidade dessa instituição internacional.

Por outro lado, caso esses problemas sejam postos de lado, poderá ocorrer, não apenas um aumento abissal e intransponível entre ricos e pobres, mas poderá servir ainda como estopim para conflitos generalizados com aumento nas tensões entre as nações e uma explosão de casos de terrorismo. É o pós pandemia. É preciso passar a limpo toda essa história misteriosa que redundou na eclosão da pandemia. Analisar a postura do governo chinês, nesse caso, que escondeu esses fatos do mundo e, mais do que isso, impediu que uma comissão internacional, inclusive da imprensa, checasse, in loco, esses eventos.

Desse comportamento suspeito, nasceram teorias diversas, entre as quais a que dá conta de que esses acontecimentos tiveram origem em um acidente ocorrido em um laboratório daquele país, especializado em fabricar armas biológicas de destruição em massa. Todos esses fatos devem ser checados para que, ao menos, não voltem a se repetir.

Nessa situação surreal em que o planeta foi obrigado a mergulhar, até os mortos clamam por explicações.

A frase que foi pronunciada:

Mandar nos outros ou interferir nos assuntos internos dos outros não traria nenhum apoio.”

Xi Jiping

Tedros Adhanom e o Presidente da China, Xi Jinping, em Pequim.
Imagem: POOL

Vale ver

Anhony Hopkins ganhou o Oscar aos 83 anos de idade. Melhor ator no filme “Meu Pai”. Um belo filme que retrata a mente e o ambiente no final da vida. Link a seguir.

Justiça cega

Até quando o Brasil continuará punindo quem faz a coisa certa? Inconsolável, Elisa de Oliveira Flemen percebeu que os estudos rendiam mais em casa do que na escola. Criou um sistema de dedicação à leitura, prestou vestibular para Engenharia, passou com nota máxima em redação e ótimas notas em geral e foi impedida pela Justiça de cursar a universidade.

Elisa, de 17 anos, optou pelo homeschooling em 2018. Foto: Acervo Familiar

Repensar

Leitora nos envia missiva protestando com a nova modalidade de prestação de serviços do Detran. “Os trabalhos foram direcionados aos usuários que pagam pelos documentos, ficando com a obrigação de reproduzir via internet a consecução do documento CRV e da Carteira Motorista Digital, inclusive a impressão destes.” De uma forma geral, há muitas reclamações de várias localidades sem respostas no portal do Departamento de Trânsito.

Foto: Divulgação/Fazenda DF

Eles merecem

SLU Coleta DF é o nome do aplicativo para o cidadão se inteirar do dia e hora da coleta do lixo. É uma ótima oportunidade para as donas de casa oferecerem um lanchinho para esses incansáveis trabalhadores, que correm o dia todo, respiram lixo para deixar a cidade limpa e agradável.

História de Brasília

O Palácio do Planalto está na mesma linha. Difícil, também, a ligação pelo PABX. Quase impossível, para dizer a verdade. O serviço interurbano do Palácio atende com presteza, mas infelizmente não faz ligações internas. (Publicado em 01.02.1962)

Revirando vestígios

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Charge do Emidio

 

Observando alguns catadores de papel, em sua labuta diária pela sobrevivência, o professor aposentado Zequinha Dantas, sentado calmamente em frente a padaria, como fazia todas as manhãs, teve subitamente a mente invadida por um turbilhão de imagens que o levou a recuar aos tempos do descobrimento do Brasil. Mas antes que recuasse tanto no tempo, viu-se na obrigação de introduzir sua jornada pelos caminhos naturais, que vai do início ao meio e ao fim. Em tom professoral, começou sua digressão: “Pelos hábitos de consumo de uma sociedade, é perfeitamente possível levantar dados que indicam quem são, o que pensam, o que esperam do futuro, qual o grau de desenvolvimento humano alcançado e uma infinidades de outras informações de inestimável valor histórico e antropológico.

Para os pesquisadores, uma área de descarte de lixo de uma cidade, pode vir a se tornar um maravilhoso sítio de pesquisa, capaz de fornecer uma gama tão diversa e abundante de dados por metro cúbico, que daria para preencher dezenas de livros, narrando a saga e o destino de um determinado povo. É assim, por exemplo, que trabalham os antropólogos quando se deparam com um sítio histórico qualquer, levantando cada centímetro quadrado do terreno em busca de vestígios deixados por antigos habitantes do local.

E por que essa tarefa de bisbilhotar fragmentos é tão importante para os seres humanos que não existe sociedade que não a pratique desde sempre? A razão pelas quais sempre se prospectam as pegadas humanas sobre a Terra é porque elas indicam, exatamente, de que ponto do horizonte vieram essas marchas e para onde rumaram depois. Apenas essa informação pode dizer tudo sobre os caminhos traçados pelos seres humanos nesse planeta.

Com base nessa apresentação e diante do fato de estarmos atualmente na presença de uma sociedade, em grande parte, vorazmente consumista e, portanto, produtora, como nenhuma outra na história, de enormes volumes de lixos e de descarte diversos, que ideias farão os futuros antropólogos desse nosso tempo, quando se debruçarem sobre esses sítios, formados por verdadeiras montanhas de lixo e detritos, produzidas ao longo de séculos, desde a primeira fase da revolução industrial? Alguns dirão: o processo de reciclagem e reaproveitamento do lixo, cada vez mais usual e necessário, fará desaparecer os vestígios deixados por esses povos.

Nesse ponto, os seres humanos terão atingido um outro patamar de evolução, mais perto, quem sabe, de um equilíbrio com a natureza. E é justamente nesse exato ponto de evolução humana que estão aqueles a quem ironicamente denominamos silvícolas ou índios. Chegamos agora, talvez, num porto de águas calmas, onde é possível refletir, com mais clareza, sobre quinhentos anos de aculturação europeia em terras tupiniquins.

Diante da imagem de um índio que hoje percorre algumas praias paradisíacas da Bahia, vendendo seus artesanatos tradicionais aos turistas pouco interessados nessas quinquilharias, é possível se perguntar, olhando para o passado: em que praia, coberta por grandes camadas de areia, estariam enterrados os primeiros colares oferecidos aos primeiros navegantes, em troca de espelhos e outros apetrechos d’além-mar? Quinhentos anos depois, e sob montanhas de lixo que irracionalmente acumulamos em nossas cidades, o que foi feito de todos nós? Indagou, para logo em seguida responder: ficamos aqui parados todo esse tempo, vendo nossos concidadãos revirarem nossos fragmentos, em latas de lixo, em busca de nossa identidade perdida, finalizou com um gole de café frio e se foi.

A frase que foi pronunciada:

Lixo é o excesso do objeto de desejo.”

Zygmunt Bauman, sociólogo.

Zygmunt Bauman, no início de 2016, em Burgos, na Espanha. Foto: Samuel Sánchez.

Ainda SEDES

Recebemos mais informações sobre o imbróglio sem fim acerca das nomeações no concurso realizado para a Secretaria de Desenvolvimento Social em 2018. A justificativa para a dificuldade em dar posse aos aprovados é a Lei Federal n°173/2020, que restringe nomeações ao número de vacâncias ocorridas durante a pandemia de Covid-19. No entanto, os aprovados afirmam, com base em documentos oficiais, que há vacâncias a serem preenchidas.

Publicação realizada na página oficial da Secretaria de Economia no Instagram

Falta Administração

Os aprovados para o cargo de Especialista em Assistência Social para a SEDES entraram em contanto com as três secretarias que compõem a pasta da Assistência Social no Distrito Federal: SEDES, Secretaria da Justiça (SEJUS) e Secretaria da Mulher (SM). O objetivo era obter, de forma clara e oficial, quantas vacâncias específicas para o cargo existem hoje na pasta. Há 8 vacâncias para o cargo Especialista em Assistência Social na Especialidade Administrador! As respostas estão logo abaixo.

Trapaceio

No entanto, como já não bastasse toda a ilegalidade do arredondamento das notas para baixo, já relatada muitas vezes por esta coluna, e apesar da clareza de que essas vacâncias pertencem aos administradores aprovados no concurso, após acordo realizado entre SEDES, Secretaria de Economia e o Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF, sob o aval da Procuradoria Geral do DF, em dezembro de 2020, ficou acordado que as vacâncias poderiam ser ocupadas por qualquer outra especialidade da carreira, colocando em risco a nomeação desses aprovados, que já sofrem com a quantidade excessiva de cargos comissionados na área.

Secretária da SEDES, Mayara Noronha Rocha.

Não dá pra piorar

Para finalizar o show de horrores, na última sexta-feira, dia 23/04, a Secretaria de Economia do Distrito Federal, publicou, em sua página oficial no Instagram, os planos para a retomada dos concursos públicos no DF com base na Lei de Diretrizes Orçamentárias 2022, cuja audiência pública acontecerá no dia 28/04. Pasmem! A área da Assistência Social não foi mencionada como uma das prioridades. A publicação foi realizada na página oficial da Secretaria de Economia no Instagram.

 

Publicação realizada na página oficial da Secretaria de Economia no Instagram

–> Desde o início da pandemia, o @gov_df já contratou mais de 9,3 mil servidores, entre efetivos e temporários.

O Estado deve ser enxuto, deve ter o tamanho adequado para ser eficiente.

Por isso, a Secretaria de Economia planeja, na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022, a retomada de concursos públicos, para melhorar cada vez mais a qualidade dos serviços oferecidos à população.

Atualmente, existem 22 concursos de diversos órgãos e secretarias do Governo do Distrito Federal suspensos em decorrência das exigências legais impostas pela pandemia da Covid-19. Eles constarão no planejamento do Orçamento de 2022.

São eles:

– Execuções Penais
– Políticas Públicas e Gestão Governamental
– Apoio às Atividades Policiais Civis.
– Assistência Pública à Saúde
– Atividade de Defesa do Consumidor
– Atividades do Trânsito
– Auditoria de Atividades Urbanas
– Cirurgião-Dentista
– Desenvolvimento e Fiscalização Agropecuária
– Enfermeiro
– Gestão de Resíduos Sólidos
– Médico
– Assistência à Educação
– Magistério
– Auditoria de Controle Interno
– Auditoria Fiscal da Receita
– Vigilância Ambiental e Atenção Comunitária à Saúde
– Agente de Polícia
– Escrivão de Polícia
– Regulação de Serviços Públicos do DF
– Apoio às Atividades Jurídicas PGDF
– Procurador do DF

#SEECDF #GDF #Concursos #LDO2022

Convite

Depois de tudo isso, o que se espera é a atenção da secretária Mayara Noronha (SEDES) e das secretárias Marcela Passamani (SEJUS) e Ericka Filippelli (SM) para essa causa e que essa audiência pública para a LDO 2022 renda bons frutos para os Administradores aprovados no concurso da SEDES. Em meio à crise resultante da pandemia e suas consequências concretas na Assistência Social – ou falta dela – vivenciadas por todos os habitantes do DF, é indispensável que a área da Administração seja considerada como prioritária. Leia, a seguir, o texto enviado pelos aprovados para o cargo de Administrador.

–>  Administrar é prever cenários e gerenciar riscos. Na atual conjuntura mundial, em que uma pandemia vitimou toda a humanidade, ficou ainda mais evidente a importância e necessidade de bons gestores por parte do Estado. No Brasil, com uma população de 211,8 milhões de habitantes (segundo levantamento realizado no ano de 2020), não há como ser diferente. A Administração Pública é dependente de bons Administradores para o seu pleno desenvolvimento, em todas as áreas e funções que lhes cabem. Fato esse que não tem acontecido em nosso país.

Mas, como é possível, em um país de dimensões continentais, cujos próprios governantes demonstram dificuldade em manter o controle no desempenho de suas demandas, afirmar que a Administração Pública tem sido ineficaz e ineficiente? Simples: basta olhar para sua capital. Aliás, não só Brasília, mas todo o Distrito Federal tem sido um retrato fiel da crise que todos os brasileiros vêm vivenciando.

A Assistência Social, desprezada por muitos, provou, com a pandemia de Covid-19, seu real valor na sociedade, embora ainda não tenha sido reconhecida pelo Governo, e de forma injusta, um dos seus serviços essenciais. Antes da pandemia, milhares de famílias já sofriam no DF com a falta de atendimento, recursos e assistência, de fato. A Covid-19 só chegou para agravar, ainda mais, um quadro que, por si só, pela defasagem de profissionais e falta de reconhecimento, já era crítico.

E o que tem o profissional Administrador a ver com isso? Bem, vamos refletir sobre a pasta da Assistência Social no DF, em suas três secretarias: Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES), Secretaria de Justiça e Cidadania (SEJUS) e Secretaria da Mulher (SM). O que essas secretarias têm em comum?

Primeiro, todas desrespeitam o limite imposto pela lei de possuírem, no máximo, 50% de cargos comissionados; só na Secretaria da Mulher, esse número ultrapassa os 70%. Afinal, seus servidores estão lotados para servirem ao povo ou ao interesse de seus governantes? Segundo, há defasagem de pessoal nas três secretarias. A própria Secretaria da Mulher, em 2020, emitiu um despacho informando que, para o bom funcionamento do órgão, além de outras especialidades, são necessários 16 Administradores. Terceiro, apesar dos obstáculos impostos pela Lei Complementar 173, que restringe as nomeações à quantidade existente de vacâncias, há vacâncias e orçamento para a nomeação de, no mínimo, 80 servidores (segundo despacho oficial publicado em janeiro de 2021, seguindo o limite temporal do ano de 2011, imposto pela Secretaria de Economia).

Aliás, essa referência ao ano de 2011, sem nenhum argumento que o justifique, tem prejudicado diretamente a carreira de Assistência Social no DF, criada em 1989, quando éramos apenas 1 milhão de habitantes. Hoje, ultrapassamos os 3 milhões, e não há como negar que, desde o início da pandemia, houve um crescimento exorbitante da população em situação de rua. Se essas vacâncias são contadas desde o início da carreira, a possibilidade de nomeações na Assistência Social passa a ser muito maior.

Como se não bastasse toda a problemática, a dificuldade em obter informações assim como a quantidade de informações desencontradas revela a defasagem da área meio na pasta. Faz sentido que, em meio a uma crise de proporções tão grandes, com tantas famílias vulneráveis e Administradores aprovados para somarem à Assistência Social no DF, a Secretaria de Desenvolvimento Social conclua o ano de 2020 com um superavit orçamentário de 125 milhões de reais? Ou esse fato é mais um indício da má gestão de seus recursos?

Nós, Administradores aprovados no concurso da SEDES, esperamos pelo reconhecimento da nossa importância no enfrentamento desta crise. Esperamos que este Governo se importe com a qualidade da Administração Pública que ele oferece a sua população. Governador Ibaneis Rocha e secretária Mayara Noronha Rocha, nomeiem os Administradores aprovados da SEDES!!!

História de Brasília

O Hospital Distrital, que inaugurou sua nova mesa telefônica com champanhota e tudo, está no mesmoo caso. Não melhorou coisa nenhuma. E se melhorou foi tão pouco que não deu para o público notar. Quem quiser tente para experimentar. (Publicada em 01.02.1962)

Meio ambiente não admite mais improvisações

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Foto: Paul White/AP/Arquivo

 

Nada como a pressão externa, a falta de recursos e algumas gotas de realidade para fazer o Executivo adotar um discurso totalmente oposto ao que vinha fazendo, com relação ao meio ambiente. Caso o governo adote, na Cúpula do Clima, diante de 40 líderes mundiais e diante de uma plateia de bilhões de ouvintes, compromissos semelhantes àqueles feitos durante sua campanha para presidente, abandonando depois, uma a uma, as promessas e dando uma guinada de 180º em sua administração, o preço da ousadia será impagável. Cúpulas mundiais não são como campanhas políticas eleitorais, onde cada candidato promete o céu aos eleitores e depois de eleito descarta o discurso no lixo.

Até a conferência denominada COP26, a acontecer em novembro próximo na Escócia, cada ação do governo, no tocante ao meio ambiente brasileiro, será acompanhada de perto pelos membros da Cúpula, já demasiadamente informados sobre a distância entre o que disse o presidente em seu discurso e a realidade do país. O desmonte promovido em órgãos vitais ao meio ambiente como Ibama e ICMBio, para ficar apenas nesses dois exemplos, com cortes de verbas, demissões em massa, seguido de um processo de militarização dessas instituições, além do pedido de demissão de vários pesquisadores nesses últimos dois anos, reflete o que é a política deste governo na área ambiental.

Essas medidas, algumas até de perseguição explícita aos ambientalistas, refletem diretamente não apenas na quase inexistência de fiscalizações e multas, mas no aumento do desmatamento, extração ilegal de madeira, conflitos e mortes de índios, das invasões de terras, surgimento de garimpos ilegais, inclusive em áreas restritas e de proteção ambiental, além de uma quantidade, nunca vista antes, de conflitos generalizados principalmente na região amazônica e nas áreas de fronteira.

Todas essas informações são repassadas quase que imediatamente a muitos líderes mundiais, por pesquisadores e ambientalistas que, nesses últimos anos, têm feito seguidos pedidos de socorro ao mundo sobre a situação no Brasil. A urgência planetária para impedir que o planeta eleve a temperatura acima de 1,5 graus, ainda nesse século, é uma medida conjunta sem precedentes, baseada em estudos científicos feitos pelos mais renomados cientistas de todo o mundo para salvar a humanidade de uma catástrofe iminente, por isso mesmo requererá seriedade acima da média de todos os dirigentes comprometidos com esse objetivo.

É chegada a hora de o Governo Bolsonaro dar um giro imediato de 180º em sua política ambiental, caso pretenda continuar ainda atuando como presidente. Trata-se aqui de um assunto por demais revestido de seriedade e de uma corrida, sem precedentes, contra o relógio do clima, a poucos minutos de marcar a meia-noite para a humanidade; por isso mesmo, não deveria ser confiado A políticos daqui e d’além mar e muito menos àqueles que já demonstraram, na prática, como não proceder com um assunto tão delicado e urgente.

É o que temos em mãos, e cabe a nós todos acompanhar e pressionar para que esse enredo tenha um final feliz, até em atenção e respeito às novas gerações.

A frase que foi pronunciada:

Tudo é apenas parte de um todo assombroso, cujo corpo é a natureza e cuja alma, Deus.”

Pope (1688-1744), Ensaio sobre o Homem, I, 267

Alexander Pope por Michael Dahl

Ano Novo

Hoje é o dia do ex-presidente Sarney. Comemora 91 anos com saúde e a mesma delicadeza da alma de um poeta. Nossos cumprimentos.

José Sarney. Ficheiro: Foto Oficial Sarney/EBC

Mistério

Retiraram uma placa antiga na entrada do Lago Norte onde marcava uma “Árvore da Valentina”. Deve estar grandinha a menina. A placa sumiu, mas quem a lia todos os dias sabe que aquela árvore pertence a alguém. Sempre pertencerá.

Charge do Arionauro

Brasília

Amiga Jussara Dutra comemora o livro escrito pelo seu José, seu pai. Ele era garçom do JK e registra fatos importantes da época. Com a pandemia, o lançamento poderia ser online. Qualquer novidade avisaremos aqui.

Lúcio Costa e presidente JK. Foto: arquivo.arq

New Mexico Tech Music

Hoje é dia de encontro com o professor Bohumil Med. Gaby Benalil na direção musical apresenta o Workshop com o professor de Brasília. Veja mais detalhes a seguir.

Científico

Há que se divulgar os planos para as próximas eleições. Urnas inauditáveis são um ataque explícito à Democracia.

Charge: almirquites.blogspot.com.br

História de Brasília

Para dar linha, a telefonista demora pelo menos cinco minutos, e para atender, nem sempre ocorre. Há uma dificuldade geral. (Publicada em 01.02.1962)

Revendo a Lei de Segurança Nacional

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: EBC

 

Nenhum outro ato criminoso possui maior poder de atentar contra a segurança nacional, a ordem política e social do que a corrupção em todas as suas modalidades. Esse enunciado bem que poderia ser inscrito logo no artigo primeiro de toda e qualquer Lei de Segurança Nacional que venha a ser promulgada com o intuito de proteger o Estado Democrático. A princípio, não deveria existir nenhum instrumento jurídico intitulado Lei de Segurança Nacional, pois tal instrumento, ao colocar o indivíduo sob a alça de mira do poderoso aparato do Estado, explicita, de forma flagrante, a desigualdade entre um e outro, tolhendo, logo de saída, toda e quaisquer chances de direito à liberdade de expressão e mesmo ao exercício da cidadania plena.

Nada é mais afrontoso e danoso para a segurança do Estado Democrático de Direito do que os privilégios e outras prerrogativas de foro e outras mil vantagens que gozam os indivíduos e grupos instalados no topo dos Três Poderes. Esses sim, por suas seguidas más ações, têm atentado contra o Estado Democrático de Direito, a cidadania e o futuro de muitas gerações de brasileiros.

Usar e abusar da LSN, como têm feito costumeiramente agora os Poderes do Estado, para perseguirem e prenderem aqueles que ousam criticar os desmandos e a onipotência dessa elite, nem de longe obedece o que orienta a Constituição de 1988, em seu Art. 5º. Se for para dar continuidade, numa versão repaginada, como querem alguns políticos amedrontados com o crescimento da insatisfação geral da população, que se torne então uma lei a ser posta exclusivamente a serviço da sociedade contra os desmandos de muitos personagens instalados nos altos postos do Estado.

Para ser uma legítima LSN é preciso inverter a ordem dos sujeitos, colocando a nação como vítima direta desses atentados e não áulicos vaidosos e emplumados. Esses atos atentatórios contra a segurança nacional são sentidos, de fato, quando se assiste ao conluio orquestrado pelos Poderes para manter o status quo de proteção somente das elites. Não se pode falar em segurança nacional, quando a nação assiste, aturdia, as repetidas ações de ministros das altas cortes protegendo atos comprovados de corrupção praticados por políticos poderosos, gerando assim o que todos já reconhecem como sendo a maior inversão de valores éticos que se tem notícia nos dias atuais.

A simples menção a uma LSN em meio à insegurança jurídica total provocada pela suprema corte, ao anular prisão em segunda instância, anular os julgamentos do ex-presidente Lula e ainda colocar sob suspeição os juízes que condenaram a maior quadrilha já surgida no Ocidente, chega a ser uma ironia fina ao estilo das melhores novelas de realidade fantástica.

Em entrevista recente, o jurista Ives Gandra Martins reconheceu essa realidade ao afirmar: “Esse Supremo, infelizmente, perante o povo, está completamente desfigurado, apesar de ter grandes figuras dentro da Corte. É isso que me entristece e me constrange. É isso que me traz desconforto porque, para pessoas que admiro, sou obrigado a criticar aquilo que eles ministros estão agindo, da forma como estão agindo”.

Do mesmo modo, do outro lado da Praça dos Três Poderes, o Parlamento insiste em desfigurar leis anticorrupção, mesmo aquelas de iniciativa popular. O parlamento insiste em manter os privilégios já por demais condenados pela população. O mesmo ocorre no Executivo, onde o presidente usa das prerrogativas que possui para blindar sua família contra as bisbilhotices das investigações feitas por agentes da lei, interferir em investigações incômodas para seu governo, além de buscar controlar outros órgãos do Estado como a Polícia Federal, a Agência Brasileira de Investigação e outras. São essas e outras muitas ações que verdadeiramente atentam contra a segurança nacional e não críticas de quem quer que seja.

A frase que foi pronunciada:

Não há nada tão absurdo que ainda não tenha sido dito por um filósofo.”

Cícero

Ciência

Manual de Libras para Ciência amplamente divulgado pelas Mídias Sociais. Trata-se de um Ebook produzido pela Universidade Federal do Piauí, com o apoio do reitor José Arimatéia Dantas Lopes e de Ricardo Alaggio Ribeiro, presidente do Conselho Editorial e equipe. Leia a seguir a mensagem que tem sido compartilhada nas redes sociais.

–> Pessoal, venho pedir encarecidamente pra vocês um favorzinho. Um grupo de professores montou um manual de Libras pras disciplinas de Ciências e Biologia nas escolas. Esse tipo de manual não existia antes e vai ajudar um monte de professores e alunos surdos, assim como a comunidade surda em geral. Meu pedido é só pra vocês, se puderem, divulgarem nas suas redes sociais pra que o máximo de pessoas interessadas tenham acesso a esse material. Ele é 100% gratuito! Agradeço desde já!!

Segue o link:
https://www.ufpi.br/arquivos_download/arquivos/EBOOK_-_MANUAL_DE_LIBRAS_PARA_CIENCIA-_A_C%C3%ABLULA_E_O_CORPO_HUMANO20200727155142.pdf

Se for possível, divulga nos grupos.
É importante para os alunos surdos 👆🏻

Trumbica

Quando, em um acidente, derrubaram um poste no Taquari, imediatamente a nova CEB (Neoenergia) substituiu. Em compensação, a lâmpada que é de responsabilidade da CEB-IPES, depois de um mês, o local permanece escuro. Ou se faz a comunicação entre as duas instâncias, ou não vai dar certo para atender a população a contento. Veja as fotos a seguir.

No mínimo

Pais começam a se preocupar com a respiração dos filhos. Na escola, passar muito tempo com a mesma máscara incomoda e o ar que chega ao pulmão já não é mais puro. Respirar em máscara molhada não é saudável. Mesmo levando 4 máscaras, não é suficiente para o conforto. É hora de obrigar as escolas caras a fornecer máscara descartável para os pequenos. Sem a possibilidade de subir o preço da mensalidade, que há quem cobre mais de R$3 mil.

Foto: gmetodo.com

Parceiros do povo

Numa pandemia, o que a população espera é que os preços diminuam, já que foi permitido às empresas diminuir o salário dos empregados e o aumento de trabalhadores que perderam o emprego é inevitável. Em vez disso, sobe gasolina, o kg do arroz já chegou a R$ 6,00, feijão, carne, frutas, legumes… tudo mais caro! E os pacotes diminuindo cada vez mais, inversamente ao preço cobrado. O segredo não é boicotar os mais caros, mas enaltecer os mais baratos.

Charge do Cazo

História de Brasília

Todo mundo sabe que nem o dr. Juscelino nem o dr. Israel determinou economia no equipamento telefônico das repartições públicas. Os blocos dos Ministérios, principalmente o da Prefeitura e do Ministério da Educação, estão com um péssimo serviço telefônico. (Publicada em 01.02.1962)

Homeopatia

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Proposta de voto distrital é defendida por manifestantes em protesto contra Dilma. Foto: reprodução

 

Até mesmo venenos fulminantes à vida, quando corretamente diluídos, transformam-se em remédio contra a morte. Esse conceito homeopático também pode ser aplicado à natureza das dosagens, tanto do ponto de vista político quanto econômico. Também dentro desse conceito simples, alinham-se as mudanças de rumo, principalmente aquelas radicais que parecem conduzir para o abismo.

O embate permanente opondo a maioria dos governadores de estado contra o Governo Federal, na figura do presidente da República, a quem acusam de apatia e indiferença no combate ao Covid-19, surpreendentemente, pode resultar em algo de positivo para o país, caso essa rebelião se estenda também para um definitivo estabelecimento de uma República Federativa que ponha fim à centralização excessiva do Executivo. É isso ou será o veneno da radicalização.

O golpe que instaurou a República como a forma de governo, ao prometer a superação da monarquia constitucional de D. Pedro II por um governo mais moderno, não conseguiu, em tempo algum, estabelecer uma verdadeira federação de estados, mantendo um centralismo, até maior, em torno do Poder Executivo e fazendo, das unidades federativas, entes sem vontade própria, dependentes e submissos ao governo central.

É esse modelo que parece estar em vias de ser rompido para o bem do país continente. Só que, nesse caso, para que o veneno se transforme em remédio, será preciso antes retirar, dos governos estaduais, os mesmos vícios que mantém o Governo Federal distante do restante do país. O mesmo centralismo visto no Executivo Federal é reproduzido nos estados com relação aos municípios sob sua jurisdição.

Para que esse remédio venha a surtir o efeito de fazer, do Brasil, uma República Federativa, conforme manda a Constituição em seu Art. 1º, é necessário ainda a adoção de mecanismos políticos que ajustem o modelo de representação àqueles propostos pelo voto distrital, matéria essa que já foi aprovada, inclusive, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado em 2017, e que ainda não rendeu frutos prometidos.

A decisão de implementar o voto distrital, mas no seu modelo misto, inviabilizou, de forma brutal, a consolidação de uma federação de estados, uma vez que deixou aberta a possibilidade de metade dos representantes no parlamento ser ocupada por candidatos escolhidos diretamente pela lista elaborada pelos partidos ou, mais precisamente, pelos caciques partidários. Isso criou uma espécie de eleição indireta, aos moldes do antigo regime militar, com a diferença de agora essas escolhas ou imposições das siglas se fazerem em cima dos bilhões de reais dos fundos partidários e eleitorais que irrigam esses partidos.

Para uma representação política feita pela metade, restou, obviamente, uma República Federativa também pela metade. A rebelião dos governadores poderia ser uma porta de entrada para a fixação do modelo federativo, mas isso também esbarra na qualidade dos governadores eleitos, a maioria adepta fervorosa do atual modelo enviesado que temos. Por enquanto, o veneno é cem por cento veneno.

A frase que foi pronunciada:

A capacidade de problematizar significa a condição que se tem de perguntar por que certo princípio deve triunfar sobre outro.”

Clóvis de Barros Filho

Clóvis de Barros Filho. Foto: Felipe Gabriel.

Balancéu

Se sobra coragem de usar um balanço que fica a mais de 1200 metros acima da vista, a emoção é garantida. A novidade pode ser experimentada na Chapada da Contagem. Hoje será a inauguração.

Foto: divulgação
Foto: divulgação

Sensato

Enfim, a Secretaria de Obras providenciou o recuo em algumas paradas de ônibus. Não atrapalham mais o trânsito, que segue no fluxo.

Novidade

Neoenergia Distribuição Brasília é o novo nome da CEB. Por enquanto, nada de diferente para os consumidores e pouca coisa mudou para os funcionários. Os planos vêm a seguir.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Olhos d’água

O parque instalado na Asa Norte, graças à dedicação de moradores que insistiram na importância daquela área, sofre agora com a ação de moradores de rua. Não por eles serem desordeiros, mas pela necessidade de usar o parque como única referência. Talvez o local precise de mais lixeiras para não ferir as nascentes e mais humanidade para abrandar a alma dessas pessoas abandonadas pela sociedade.

Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Falta algo

Turista comenta que o Trecho de Triagem Norte parece uma obra inacabada. Pistas que são, sem ser, interrupções meio improvisadas, falta de iluminação. Quem conhece um anel viário atesta que muito ficou a desejar nessa obra.

Foto: Toninho Tavares/GDF/Divulgação

História de Brasília

Em seguida, virão as Divisões de Orçamento de todos os Ministérios. Aí, pronto. Até os deputados vão ficar aqui para acompanhar as subvenções dos seus eleitores. (Publicada em 01.02.1962)

O mundo de olho nas riquezas do Brasil. Como sempre.

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Foto: Florian Plaucheur / AFP

 

Em meio ao clímax da pandemia no país, pelo menos no que diz respeito a essa chamada segunda onda, a questão do meio ambiente, principalmente o problema dos altos índices de desmatamento, parece ter saído do foco da opinião pública, resumindo-se agora em preocupação central apenas para os ambientalistas de sempre e para outros devotados à causa da defesa de nossas florestas.

Nesses tempos incertos, obviamente que a questão central passou a ser a manutenção das vidas. Cientes desse vácuo e longe dos holofotes e da atenção geral, os grileiros e os madeireiros nunca tiveram tantas oportunidades e espaço para agirem. Com os órgãos de fiscalização esvaziados e colocados em descrédito pelo próprio governo e com a Polícia Federal mantida em rédea curta pelo Executivo, as clareiras abertas, como chagas dilaceradas por bombardeios, vão se multiplicando ao longo do tapete verde.

Não fossem as observações contínuas e as medições realizadas por satélites de muitos países, esses seriam crimes que permaneceriam para sempre escondidos de todos. O mundo observa o que vai se sucedendo com nossas florestas e não há discursos ou promessas que nossas autoridades possam fazer nas assembleias e foros internacionais que eles já não saibam de antemão e com dados mais precisos que os que possuímos.

Estamos mal na fotografia e não serão promessas vãs, do tipo que comumente são feitas em campanhas eleitorais, que convencerão os outros países que temos feito a lição de casa no tocante aos efeitos das mudanças climáticas. O mundo quer ver resultados e por isso mesmo fechou as torneiras da ajuda financeira destinada à proteção do meio ambiente. São recursos que fazem falta ao setor, principalmente agora que o dinheiro vai ficando mais curto.

Por certo, não se faz política pública apenas com recursos. Antes de tudo é preciso responsabilidade socioambiental emanada claramente pelo governo. Com ações efetivas e não com projetos desenhados apenas no papel branco. Na falta de um conjunto de medidas concretas nessa área, muitas carteiras de investimento que poderiam vir para o Brasil simplesmente são encerradas.

Países como o Canadá, Noruega e outros que contam com fundos exclusivos para ser investido em boas práticas ambientais já desistiram do Brasil e do Governo Bolsonaro. Nosso ministro do meio ambiente é visto lá fora como persona que trabalha contra a própria pasta e a favor dos madeireiros e garimpeiros, sendo costumeiramente citado por políticos de muitos países como alguém que mereceria ser investigado por sua conduta e declarações contra o meio ambiente.

A propaganda difundida em todo o mundo contra a política ambiental do Brasil não poupa nem o presidente nem o seu ministro. Essa história de “passar a boiada”, confessada pelo próprio Salles em reunião no Palácio do Planalto, já é de conhecimento mundial e tem prejudicado não só a imagem do país como também a questão dos fundos que poderiam vir ajudar à conservação.

A frase que foi pronunciada:

É melhor um pássaro na mão e outro na gaiola”.

Filósofo de Mondubim

Arquivo Pessoal

Sem fim

Mais ônibus chegaram, e mesmo assim os usuários esperam cerca de 45 minutos por um veículo. É um absurdo!

Foto: dftrans.blogspot.com

Passado

Já que estamos falando da TCB, os ônibus faziam contramão no Eixo Monumental; e continuam. Deixaram de fazer a partir da W3, mas estão entrando, agora, no Eixo, atrás da Torre de Televisão.

Foto: zamorim.com

Sem comentário

Está sob censura o rádio em Recife e a “Jornal do Brasil” está suspensa por três dias. Espero que estas notícias não sejam alarmantes, mas é que sou contra a censura. A notícia falsa se desfaz por si só, sem precisar de bridão.

Foto: historiaupf.blogspot.com

Cadê o dinheiro?

E por falar em enchente, ainda não foi explicado o destino dado ao café enviado para as vítimas de Óros. Sabe-se, isto sim, que os flagelados continuaram tomando manjerioba e uns poucos beberam 50 mil sacas de café.

Foto: coisadecearense.com

Sem mérito

Todo mundo do novo governo estará recebendo, por estes dias, a comenda de “Mérito Tamandaré”. A que título é que não se sabe.

Joaquim Marques Lisboa (Almirante Tamandaré) – Patrono da Marinha

Impressionante 1

Os deputados estão fazendo um negócio que só eles entendem: marcam uma semana de “rush” e vêm todos para Brasília. Os que não vêm são descontados em todas as suas faltas. Os que vêm podem faltar na semana seguinte, que a generosa abona as faltas.

Foto: estadao.com

Impressionante 2

Os que moram aqui, entretanto, comparecem às sessões que devem comparecer e às que devem faltar, e nem por isto ninguém dá um pouquinho a mais para eles. Caso omisso.

Foto: Jair Cardoso / Jornal do Brasil

Convite

Todas as notas da coluna de hoje foram publicadas quando Brasília tinha 1 ano de idade. Convidamos os leitores a tirar as próprias conclusões.

Reflexo da estátua de Juscelino Kubitschek no Memorial JK. Por ironia ou coincidência, a imagem do progresso reproduzida em uma poça d'água, bem hoje escasso no Distrito Federal.
Foto: Ivan Mattos

História de Brasília

O professor Hermes Lima é de opinião que deve vir para Brasília, a Diretoria Geral da Fazenda Nacional, a Diretoria de Despesa Pública e a Divisão de Orçamento do Ministério da Fazenda. (Publicada em 01.02.1962)

Nem a música escapa

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Universidade de Oxford. Foto: ox.ac.uk

Notícia corrente sobre a possibilidade de a Universidade de Oxford, o mais antigo centro de educação superior de língua inglesa, fundada ainda em 1090 na Inglaterra, vir a diminuir a execução, em pleno século XXI, de partituras eruditas de compositores como Bach, Mozart e Beethoven dos cursos de música. A informação vem chocando o mundo civilizado. A justificativa, se é que pode existir explicação racional para tamanha insensatez, é que esses e outros compositores universais são exemplos da cultura branca, sendo, portanto, enquadrados como “muito coloniais” e contrários ao que pregam os movimentos negros e de outros povos que, num passado longínquo, foram submetidos ao duro processo de colonização.

De forma cuidadosa, o corpo docente vai, aos poucos, incluindo informações sem muita clareza, como a nomeação de um novo professor de música popular que vai expandir o leque de composições de Hip Hop Global, Música, Mente e Comportamento no primeiro ano, e de Trovadores e Madrigal Renascentista à Sinfonia do século 19, Mulheres na Música Popular, História da Educação Musical e World Jazz no segundo e terceiro anos. A universidade expressa a ansiedade de compartilhar o novo currículo nos próximos meses.

Se a direção da instituição realmente autorizar essa mudança, o que ainda não aconteceu, será mais um embrulho falso das novas ideologias que nada têm a apresentar, no mesmo nível e padrão de qualidade, que se compare a esses compositores. Por essa classificação bizarra, há que banir, também, milhares de outros artistas, filósofos e outros produtores de cultura de pele branca, numa espécie de apartheid às avessas. Como se ler o pensamento, ouvir a criação, apreciar a obra trouxesse a cor da pele em primeiro lugar.

Causa surpresa que, em outras épocas, essa quase milenar universidade soube enfrentar, com destemor, outros movimentos anticulturais. Agora, assistir que ela se curve às pressões hodiernas de movimentos exógenos, avessos à ilustração e nascidos em meio ao caos e a violência policial, nos Estados Unidos, no ano de 2013, é um fato grotesco. Esse é, infelizmente, o caso do “Black Lives Matter” (BLM), que tem pressionado a Universidade de Oxford a exilar esses e outros compositores, não pela genialidade que deixaram em forma de partituras celestiais, mas, e tão somente, com base na cor da pele.

Talvez estejamos diante de um revival da grande queima de livros, ocorrida em maio de 1933 em várias cidades da Alemanha, por incitação do movimento nazista que surgia. Ou quem sabe, voltando mais no tempo, um tardio saudosismo, escondido nos arquétipos de muitos, da primeira destruição maciça de livros ocorrida na Suméria, berço da civilização ocidental, ocorrida há exatos 5300 anos.

Sem dúvida, trata-se aqui de uma reedição do Index Librorum Prohibitorum, ou lista negra (ou branca… nem sei mais) contra o livre pensar, baixado pela Igreja em 1559, no Concílio de Trento, quando da instituição da Inquisição. Sob o falso argumento de que existe uma ausência de diversidade musical nesses cursos, muitos docentes estão sob pressão de integrantes desses movimentos para mudar o repertório, evitando focar em compositores célebres da música europeia e branca, que, de acordo com essas novas ideologias, têm causado grande sofrimento aos estudantes negros. Também outras atividades estão na mira desses movimentos nessa instituição, como é o caso de ensino do piano e de regência, vistos que ambos “centralizam estruturalmente a música europeia branca.” Não se sabe onde pressões de movimentos dessa espécie podem conduzir o ensino da música e o ensino de modo geral nessa e em outras universidades em solo europeu.

Na França, como o crescimento exponencial dos movimentos e da tradição muçulmana, pressões semelhantes também têm ocorrido, visando também um banimento da cultura humanística ocidental e sua substituição por regras, sharias, ordenamentos e outros mandamentos contrários à liberdade de pensamento e de escolhas, fundamentais para nossa cultura. Para onde vamos com a pressão desses movimentos, não sabemos ainda. Por certo, não devemos seguir nessa direção, que pode nos levar ao aniquilamento do que somos, acreditamos e queremos.

Frase que foi pronunciada:

Materialistas e loucos nunca têm dúvidas.”

G.K. Chesterton

G.K. Chesterton

Tostes

Mesmo para os funcionários da Receita Federal, cair na malha fina é um problema bastante burocrático. Se o diretor Tostes fosse informado sobre o trâmite para o desembaraço, ficaria horrorizado com a complicação. Vale a averiguação e a solução estudada pelo diretor que mais combate a burocracia.

Tirinha do Maurício Rett

Marfim e ébano

Pianistas de Brasília estão preparando um belo presente para toda a população, que está, de antemão, convidada para a festa de aniversário da cidade pelo Youtube ou site da EMB. O projeto foi idealizado por Rogério Resende. São 12 músicos, cada um em seu horário. Soledade Arnaud abre os trabalhos com o Hino da Neusa França, além de interpretar Valsas, Choros e o samba Exaltação à Brasília, da mestra.

Piano

Além de Soledade Arnaud, veja os pianistas que se apresentarão: Alexandre Romariz, Wandrei Braga, Jonathan Moyer,Renato Vasconcellos, José Cabrera, Sérgio Souza, Deborah Nilson, Toninho, Daniel Tarquinio e Breno Souza, Hércules Gomes. Veja mais detalhes a seguir.

> Programação:

7h Soledade Arnaud/Neusa França
8h Alexandre Romariz/ Franz schubert
9 h Wandrei Braga/Chiquinha Gonzaga
10h Jonathan moyer/ Franz Listz
11h Renato Vasconcellos/autoral
12h José Cabrera/autoral
13h Sérgio Souza/Robert Schumann
14h Deborah Nilson/Ludwig Van Beethoven
15h Toninho/Burt Bacarat
16h Daniel Tarquinio/ Villa Lobos
17h Breno Souza/ Frederic Schopin
18h Hércules Gomes/autoral

Minha Terra

É tão impressionante uma loja ter atendimento exemplar que o nosso dever é compartilhar para que outros consumidores possam ser tratados como merecem: com respeito. A loja fica na Asa Norte e vende material hidráulico, elétrico e variedades. Veja a localização no link Minha Terra.

Foto: Google Maps, março de 2020

História de Brasília

Agora, participando do mesmo espírito, da mesma orientação, Jean Pouchard saiu-se com esta belezinha: “Vamos torcer pelo sol, porque estaremos torcendo pelo Arpoador em estado de beleza.” (Publicada em 31.01.1962)

Bem-vindo à selva cabocla

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Foto: PF/Divulgação

 

Não é nada fácil a vida de delegados, juízes, promotores ou quaisquer outros profissionais da justiça, que fazem, da lei, o objetivo central de suas funções, e que por, força do cargo, se veem obrigados a residir e exercer suas tarefas na imensa e nada amistosa região amazônica.

Há muito se sabe que essa região e, sobretudo, os milhares de quilômetros de fronteira seca, entre o Brasil e os países da América Latina, representam um teste para todo profissional da justiça, incluindo policiais e militares, devido aos perigos e desafios que ocorrem rotineiramente naquela parte do Brasil. Esses abnegados profissionais da justiça sabem muito bem que estabelecer os ditames da lei numa região selvagem e hostil pode lhes custar a própria vida.

Quadrilhas numerosas e fortemente armadas e com ramificações variadas na sociedade e no establishment local fazem desse trabalho uma missão para poucos. O intenso comércio ilegal de produtos das mais variadas espécies, capaz de enriquecer um indivíduo da noite para o dia, é um chamariz natural para toda sorte de aventureiros e de gente disposta a tudo para fazer fortunas fáceis.

Definitivamente esse não é um lugar seguro para operadores da justiça ou outros profissionais medrosos. São inúmeras as histórias de juízes e outros operadores da justiça que passam 24 horas do dia sob intensa proteção policial, dormindo cada noite num lugar, muitas vezes na própria delegacia, porque ousaram enfrentar o crime organizado da região. Mesmo assim, muitos deles perderam a vida ao primeiro descuido.

Fosse esse o único perigo que enfrentam, ainda estaria tudo sob controle. O pior, nesse mundo sem lei, é que muitas vezes o inimigo se esconde do lado de dentro da muralha, sob a forma de um policial cooptado pelo crime ou mesmo de empresários e políticos cujas fortunas provêm muitas vezes de atividades ilícitas e outras empreitadas ilegais rendosas.

O perigo maior para todo o xerife honesto que se aventura nesse faroeste caboclo é saber identificar o verdadeiro chefão e operador dessas quadrilhas, que agem como fantasmas na noite, mas que deixam um rastro de destruição e mortes por todo o lado. Escondidos nas mais altas posições sociais e institucionais locais, esses cidadãos insuspeitos utilizam do status que alcançaram para dar livre trânsito ao trabalho das quadrilhas, quer facilitando-lhes o exercício do crime, ou livrando-lhes da perseguição da justiça.

Usam da influência que possuem para dinamizar e dar uma certa aparência legal a seus negócios escusos. Da exploração ilegal de madeira, ouro, pedras preciosas, minérios raros, até do furto e exportação de espécies exóticas da flora e fauna é que vêm boa parte dessas fortunas mal explicadas, além, é claro, do contrabando de armas e drogas. Com essa gente poderosa e com trânsito livre na capital e no Poder, todo o cuidado é pouco.

Qualquer bisbilhotice maior que possa revelar ou mesmo indicar a possibilidade da existência desses negócios escusos, operados por essa elite local, pode custar aos representantes da justiça ou o cargo, com sua transferência imediata e sem aviso prévio ou motivo, ou, em último caso, a cabeça do próprio ousado. É essa a realidade que há décadas temos naquela parte do Brasil e que muitos fingem não enxergar.

A frase que foi pronunciada:

Ninguém é dono da multidão, ainda que creia tê-la dominada.”

Eugène Ionesco

Eugène Ionesco. Foto: wikipedia.org

Será

Leitora nos envia um lembrete. Alguém está monitorando o Sr. Deputado Jean Willys?

Jean Willys. Foto publicada em seu perfil oficial no Instagram.

Amplidão

Estava mesmo precisando de uma boa reforma, o Setor de Rádio e TV Sul. Parte tão antiga da cidade estava esquecida no tempo. Novas calçadas dão conforto e segurança aos pedestres e motoristas.

Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Sempre Verde

Um quadro iluminado, na avenida W3, que definia a velocidade ideal para o motorista pegar todos os sinais abertos era de uma tecnologia simples e ideia inteligente. O acidente de ontem na W3 mostra que, se ainda existisse o aparato, as pessoas estariam mais seguras.

Prova cabal

Uma casa sem hierarquia vira anarquia. Um povo sem instituições que se respeitem perde todo o respeito pelas regras. É o caso do lockdown. STF, STJ, PGR, Governo Federal e governo local não se entendem e o cidadão fica completamente perdido. Estamos definitivamente sem segurança jurídica.

Charge do Amarildo

História de Brasília

Outro dia, o sr. Ibrahim Sued dizia em sua coluna sobre um baile no qual não serão aceitas máscaras: para quê, se somos mascarados o ano inteiro? (Publicada em 31.01.1962)