Bancada do paraíso

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

 

         Existe uma diferença estelar entre o que é hoje, sob o pseudônimo, “bancada evangélica” e o próprio Evangelho, conforme apresentado no Novo Testamento da Bíblia Cristã. Mesmo quanto ao significado dessa palavra grega, traduzido como “Boa-Nova”, essa distância só poderia ser aferida com a utilização de unidades de medidas astronômicas (au), ainda mais quando se analisa, de perto, o real significado e o que é, e pretende, de fato, essa bancada, organizada sob a falsa pele do evangelismo.

        De boa-nova, já se sabe, nada trazem de bom e que possa ser aproveitado pelo eleitor, mesmo aqueles cujo fanatismo turva a visão e a razão. Trata-se aqui de uma bancada que, à semelhança das bancadas do boi e da bala, é organizada apenas para somar forças e, com isso, garantir o máximo possível de vantagens para cada um, isoladamente, e para seus nichos específicos, dentro da autêntica e velha máxima do “toma lá, dá cá”. Não há boa-nova possível em práticas velhas, assim como não é prático colocar-se remendo novo sobre tecido velho. Ainda que fôssemos imaginar que a formação de uma bancada dessa natureza obedeceria às regras do jogo que é jogado no Legislativo, ainda assim estaríamos diante de uma aberração e negação do que seria uma boa-nova.

        Quando se trata de um jogo viciado, recorrente dentro do parlamento, em que as boas práticas da ética são postas de lado, e quando o próprio sentido de República é, seguidamente, conspurcado em benefício de um individualismo tacanho, não há alcunha possível capaz de nomear qualquer grupo político, muito menos com o carimbo de evangélico. O que se tem aqui é o mais puro “Homo Homini Lupus”, numa briga feroz e em que, ao cidadão, caberá o que cair da mesa do banquete.

        A questão curiosa aqui é porque o cidadão e eleitor jamais foi brindado com a formação da bancada da ética ou a bancada dos princípios republicanos. Ou mesmo com a criação da bancada da lei, dos fins dos privilégios e outras do gênero, que viessem impor o mais básico dos princípios: o povo paga e manda. Não surpreende, pois, que, como ocorrem com outras bancadas de pressão política, os escândalos se sucedem nesse nicho evangélico, como numa rotina monótona e pachorrenta do cotidiano.

A separação entre Igreja e Estado, princípio básico do modelo republicano e dos direitos humanos fundamentais, é relegado a terceiro plano, quando forças políticas, camufladas de religiosos, passam a interferir no ordenamento do Estado, exercendo pressão negativa para renúncias de impostos, para a indicação de membros dessa e daquela igreja para ocuparem cargos dentro dos Três Poderes e outras estratégias que, na visão do idealizador, viria a ser o cristianismo, pertenceria apenas aos césares e àqueles que encontraram, nas benesses e mordomias do Estado, o céu ou o paraíso.

        O escândalo do momento, envolvendo o atual ministro da educação e um grupo de evangélicos que, supostamente, estariam sendo favorecidos com o orçamento bilionário dessa pasta, é apenas a ponta menor e visível de um gigantesco iceberg a remover o leito do oceano e a mistura, o que é de Deus e o que não é.

 

A frase que foi pronunciada:

De todos os homens maus, os homens maus religiosos são os piores.”

C.S. Lewis

O escritor britânico C.S. Lewis, em 1950 John Chillingworth/Picture Post/Getty Images

Personalidade

Muita gente não sabe, mas a mãe do jornalista Chico Sant’Anna foi uma das primeiras professoras na Casa Thomas Jefferson em Brasília. Norma Corrêa Meyer Sant’Anna, conhecida como Mrs. Sant’Anna. Depois lecionou inglês no Gila-Ginásio do Lago, francês na Aliança Francesa e português na Escola Americana. Chegou em Brasília em abril de 58 com os 4 filhos. Chico Sant’Anna tinha 6 meses de vida

Ela está sentada no banco de trás. O local é o canteiro de obra da SQS 106. O fotógrafo, Cláudio Sant’Anna

Eleições, nada mais

Mais uma vez, os donos das mídias sociais atacam. Para empresários e em vários seguimentos de trabalho, a lista de transmissão no WhatsApp facilitava a comunicação. Agora, com a atualização, foi extinta. Parece que nada mudará esse ano.

Imagem: techtudo.com

Furos X Furadas

Em 28 de setembro, nas últimas eleições, o mais conhecido instituto de pesquisa paulista apontou a vantagem de Haddad: 45% para o petista, contra 39% de Bolsonaro. A Dilma seria senadora, João Doria iria para segundo turno, Zema estava na lanterna. É sempre bom voltar ao passado apenas para estudar.

Charge do Sinfrônio

Empoderamento

Dentro das iniciativas de valores femininos, está o Festival de Filmes de Mulheres. Para quem se inscreve na página, as opções são variadas. Veja na página: https://womensfilmfest.com/.

História de Brasília

O deputado Raul Pilla acusa o sr. João Goulart pelo não funcionamento do regime. Ora, se um homem pode atrapalhar um regime, é mais fácil o regime não prestar, que o homem. (Publicada em 20.02.1962)

Antes que seja tarde demais

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Foto: Reprodução/Vídeo

 

         Sejam quais forem os diagnósticos, de cunho didático e pedagógico, que venham a ser elaborados pela Secretaria de Educação, para traçar medidas que visem pôr um fim à onda de violência que grassa nas escolas públicas em todo o Distrito Federal e nos arredores sob sua jurisdição, um fato é inconteste e incontornável: a falta de uma disciplina rígida e decisiva que venha instituir o que poderia ser um modelo de “tolerância zero” às regras pré-estabelecidas. Sem essa premissa, quaisquer medidas brandas e sem coragem irão se tornar paliativos e unguentos do tipo ineficaz e falso. Mais uma vez a leitura invertida das leis promove essa algazarra nas instituições de ensino.

        As ocorrências policiais, inclusive com crimes mortes, ameaças e tentativas de assassinatos que a sociedade vem assistindo, dentro e nas portas dos colégios públicos, até de uma forma corriqueira nos noticiários, não podem ser toleradas em nome do que quer que seja, muito menos em nome da democracia e da liberdade. Há muito, já se sabe, que escola não é reformatório ou instituição para albergar menores infratores.

        Ou as autoridades entendem que as escolas públicas representam um portão de entrada para a vida em sociedade, ou estaremos permitindo, por nossa inanição, que menores e outros indivíduos adentrem o meio social para delinquir sem limites. Ou as escolas entendem essa missão, ou estaremos diante de um fenômeno que irá piorar uma situação de violência endêmica que já é presente em nossa sociedade e que tantos males têm causado ao nosso país.

        Há aqui um dilema que precisa ser resolvido com urgência: ou as autoridades da educação adotam medidas efetivas para afastar, com severidade, do convívio das escolas, essa minoria de malfeitores, que infesta os demais alunos, ou estaremos reféns, como é o caso da maioria das metrópoles brasileiras, onde a violência toma conta de tudo, enxugando gelo com cotonete.

        Campanhas pedagógicas e outras modalidades de prevenção brandas não surtem efeito, quando o assunto é a perda total da racionalidade e da humanidade. Delitos são delitos dentro e fora das escolas. Crimes, independente do ambiente onde ocorram, são crimes e devem ser encarados e punidos, com o mesmo rigor, independente do autor ser aluno, estudante, corpo discente ou o que quer que seja.

        Não se pode tolerar que criminosos ou aprendizes do crime convivam livres e soltos com outros alunos dentro das escolas. É preciso entender que a sociedade ou, mais precisamente, os contribuintes não podem mais arcar com a tremenda carga tributária, e que custos, cada vez mais elevados, sejam destinados ao ensino, quando se assiste que tipo de ensino e que tipo de escolas estamos bancando.

        A continuar nesse processo de decadência, que parece ter tomado conta do ensino público, com escolas se transformando em territórios livres e sem controle, para drogas, brigas, mortes e total desrespeito ao corpo docente, o passo seguinte será a introdução do modelo de administração militar em toda a rede. Por certo, essa seria uma medida extrema, mas estamos falando em situações extremas, semelhantes àquelas vistas em nossas penitenciárias. Com a campanha pelo fim das famílias, a coisa tende a piorar. Rastreie-se cada aluno delinquente e a origem será na falta de pai e mãe orientando, presente e estimulando a galgar por uma realidade melhor. Já repetia o filósofo de Mondubim: Se filho não precisasse de pai e mãe, nascia numa árvore e quando estivesse maduro cairia.

        Há uma rebelião silenciosa na sociedade e dentro das escolas públicas que precisa ser contida, antes que seja tarde demais.

 

A frase que foi pronunciada:

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”
Rubem Alves

Rubem Alves. Foto: Divulgação

Doação

Mais uma vez o hemocentro convoca doadores de sangue. Dessa vez a carência de B negativo e O negativo preocupa. O número de telefone disponível na Internet está sempre ocupado: 3327-4413. O hemocentro fica perto do Edifício de Clínicas na Asa Norte.

Emoção

Podcast Joga Solto abre o primeiro programa com o João José Viana, o Pipoca, atleta histórico do basquete. Com os estúdios em Brasília, a iniciativa é uma ferramenta importante para pesquisa e conhecimento do esporte na capital. Veja a seguir!

 

Personalidade

Muita gente não sabe, mas a mãe do jornalista Chico Sant’Anna foi uma das primeiras professoras na Casa Thomas Jefferson em Brasília. Norma Corrêa Meyer Sant’Anna, conhecida como Mrs. Sant’Anna. Depois lecionou inglês no Gila-Ginásio do Lago, francês na Aliança Francesa e português na Escola Americana. Chegou em Brasília em abril de 58, com os 4 filhos. Chico Sant’Anna tinha 6 meses de vida.

Norma Corrêa Meyer Sant’Anna, sentada no banco de trás. O local é o canteiro de obra da SQS 106. Foto: Cláudio Sant’Anna

História de Brasília

Diz o deputado Ernani Sátiro, que o garçom teria oferecido ao embaixador vinho do sul de Minas e teria, ainda, recebido do sr. Afonso Arinos, esta declaração: “não, quero do Rio rande, que manda mais…” (Publicada em 20.02.1962)

Tempo de hienas

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Charge do Alpino

      Quando, há dois anos, um leitor afirmou que não demoraria muito tempo para que a nossa tão desacreditada justiça mandasse devolver todo o dinheiro que foi desviado pela turma petista da Petrobras e de outras estatais, assim como dos fundos de pensão e de todos os locais onde essa gente raspou os cofres, teve gente que duvidou que tal audácia, mesmo vinda das altas cortes do Olimpo, seria possível.

        Depois da decisão do Supremo Tribunal Federal, decretando a “descondenação” do artífice mor do mensalão, tudo dentro da novilíngua jurídica da era lulista, todo o resto desse capítulo, de nossa infame história, parece seguir seu rumo natural, ou, pelo menos, as estratégias que as altas cortes traçaram para possibilitar que o ex-condenado Lula volte a subir, com pompas e circunstâncias, a rampa do Palácio do Planalto.

        Caso isso aconteça, com ele estarão subindo, à tal rampa palaciana, toda essa gente que participou, direta e indiretamente, do maior caso de corrupção já visto na história do país. Com ele, virão ainda os mesmos meneios malandros dessa arte degenerada de fazer política, as mesmas táticas e artimanhas para sangrar o Erário Público e todo um passado sinistro que se supunha ter encerrado, no momento em que as chaves da prisão desse personagem deram três voltas na fechadura pondo fim a uma saga de crimes.

        Alguns meses se passaram, tempo suficiente para a poeira do esquecimento começar a cobrir esse caso, e os ministros supremos, como já era previsto, decidiram libertar Lula do catre e devolvê-lo às ruas. Não às ruas, propriamente dita, porque nesse ambiente aberto e onde reina a voz solta da população, Lula não se atreve desfilar. Isso, de certa forma, criou uma espécie de prisão para quem se gabava de ser o maior líder popular de todos os tempos. Lula vive hoje amasiado dentro de nichos fechados, onde só entra gente escolhida por ele. Nem nos aeroportos é visto. Lula é prisioneiro de suas aldrabices, resumindo sua existência ao mundo virtual das mídias sociais.

        Aberta a Caixa de Pandora pelo STF, toda fumaça funesta ali contida vai se espalhando pelo ar, contaminando a todos, principalmente os operadores de justiça, que agora vêm, na Lava Jato, um mal a ser imediatamente apagado das páginas de nossa história, para que as futuras gerações não vislumbrem a possibilidade de fazer renascer, no Brasil, os elementos básicos de toda e qualquer justiça, digna do nome. O fato é que, a par i passo, todas as pegadas, ainda vivas, que levam às cenas dos crimes, precisam ser desfeitas. Realizada essa tarefa suprema, resta, como seria óbvio e ululante, devolver aos pseudo-inocentados e “perseguidos” políticos, todo o espantoso volume desse butim, orçado em bilhões de reais.

        A eles, para que a justiça seja feita, nesses moldes que aí estão, caberão ter de volta toda essa dinheirama, para que assim se cumpra o ditado que diz que justiça pela metade não é justiça. Para começar esse estorno às algibeiras de origem, não as estatais ou aos cofres públicos, como seria correto num país decente, o STJ, que anteriormente havia condenado esse triste personagem, decidiu que a devolução dessa dinheirama deve começar pelo pagamento de uma indenização, feita pelo ex-chefe da Operação Lava Jato, Deltan Dallangnol. a ninguém menos do que ao próprio Lula, a quem chamou de chefe de quadrilha.

        Por sua aberração ficcional, só vendo aquele capítulo que mostra o criminoso Pinguim, como figura pública respeitável, perseguindo o Batman, numa trama às avessas e que parece anunciar um tempo de hienas.

 

A frase que foi pronunciada:

É só cruzar as faturas que eu emiti com a contabilidade do PT para ver se a campanha de 2002foi paga por dentro ou por fora.”

Duda Mendonça

Foto: Estadão Conteúdo (15.mar.2006)

 

Apoio

Com participação na FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), alunos do Colégio Militar do Recife precisam de muitas visualizações na Internet para que os brasileiros conheçam o projeto. Veja a seguir.

Outro mundo

Ambientes que eram seguros para se viver agora não são mais. O útero, que deveria ser o lugar mais cuidado pela sociedade, virou terra de ninguém. Seres humanos são jogados no lixo. Escolas, onde os pais levam os alunos pelas mãos pensando no futuro, registram ocorrência de violências tanto físicas quanto psicológicas.

História de Brasília

O senador Afonso Arinos representante do Brasil junto à ONU, como chefe de delegação, almoçou, ontem, sem protocolo, na Churrascaria do Lago. Tirou o paletó, pôs à mostra seus suspensórios pretos comeu frango com salda e tomou vinho Granja União Bonarda. (Publicada em 20.02.1962)

Eleição virtual e verdades fakes

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Charge: Caio Gomez
Com a urna eletrônica associada à disseminação das mídias sociais e com grande número de plataformas digitais à disposição de todos, os candidatos passam, num átimo, de personagens reais a virtuais, deixando, portanto, sua existência física e se juntando ao universo do faz de conta, onde as possibilidades são infinitas, inclusive aquelas relativas à condução do eleitor para o mundo da fantasia ou à Terra do Nunca.
Os perfis dos políticos a pleitearem cargos públicos eletivos também se multiplicam, de forma exponencial, criando um mundo infinito de imagens a se misturar entre verdades escassas e mentiras abundantes. De longe, todos parecem perfeitos e ajustados à mecânica da democracia. De perto e ao vivo, são os mesmos de sempre, avessos a eleitores fora do período de campanha, agrupando-se em bancadas que mais parecem bandos, donde passam a legislar em prol do grupo e diretamente em beneficio próprio e de seus mais próximos.
São, como no tempo do fogão a lenha, avessos a mudanças, ao progresso e à modernidade institucional, que poderiam aperfeiçoar a administração pública e tirar o Brasil do atraso endêmico em que se encontra desde a chegada do primeiro invasor em 1500. Para tanto, rechaçam medidas que poderiam atalhar a impunidade perpétua, como a prisão em segunda instância ou o fim do foro privilegiado.
Ao contrário, aprovam, em ritmo acelerado, projetos para liberar cassinos, facilitando a vida do crime organizado, que poderá contar, doravante, com um misto de banco oficial e lavanderia de dinheiro. Autores desse e de outros crimes contra a população, como é o caso da flexibilização da Lei de Improbidade Administrativa, estão agora protegidos duplamente tanto pelo foro quanto pelo fato de habitarem no mundo virtual.
Mesmo atributos éticos como a verdade, ganham nesse novo espaço irreal uma nova roupagem na figura de verdade virtual, tão etérea e impalpável que, ao primeiro vento, se dissolve no ar. O perigo da democracia virtual, nos moldes como ela vem sendo implantada em nosso país é a de que percamos, definitivamente, a chance de mudanças. Mudanças que venham em benefício do cidadão, e não aquelas que são erguidas para gaudio de uma elite no poder.
É justamente esse “virtualismo” que vai nos levando de um ponto, em que os princípios da ética humana e espiritual eram dogmas aceitos para o bem coletivo e individual, para uma situação em que todo um ambiente de velhas novidades é erguido apenas para a redenção de uns poucos e a condenação de muitos.
Dentro desse novo conceito, apresentado nas telas de vídeo, os políticos parecem estar em toda par te, junto ao eleitor, experienciando suas dores e aflições. Mas, de fato, estão longe, em ambientes como resort de luxo, à beira-mar ou em seus iates, onde projetam suas presenças. Vistos por trás das câmeras, da cintura para cima, estão trajando ternos e gravatas. Da cintura para baixo estão de tangas e de chinelo de dedos num eterno Il dolce far niente.
Somente em um mundo dessa natureza, onde o eleitor e o cidadão, sequer figuram, é que se torna possível, e sem resistência mesmo de caráter ético, candidaturas ao mais alto cargo da vida pública, de personagem recém-saído da prisão, onde cumpria parte de uma pena por corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes, que, para o cidadão comum, resultaria até em pena capital. Pelo menos nesse mundo virtual, onde a sorte de todos os eleitores é lançada num jogo viciado, os cidadãos são poupados de sentir os maus odores que emanam desses mortos-vivos a perturbar a nação.
A frase que foi pronunciada:
“O mundo virtual é uma ‘praça pública’ muito mais vasta que a Praça da Paz Celestial. E você não pode enviar os tanques para esmagar internautas.”
Jared Cohen
Jared Cohen. Foto: perfil oficial de Jared Cohen no Twitter
Pode ou não?
Leitor envia vídeo comprovando o comércio em lata na parada de ônibus da 515/516 Sul. São quase 10. Enquanto isso, Brasília legal manda morador derrubar a rampa da garagem porque está fora do padrão, de lugar legalizado, com todas as taxas e impostos pagos. Vai entender! Confira no canal do Visto, Lido e Ouvido no YouTube clicando no link: Pode ou não?.
Atenção, pais!
No portal da Nova Escola, há dicas excelentes para o uso da tecnologia na Educação. Veja a lista no link: 7 ferramentas digitais que ajudam na alfabetização.
Ilustração: escolagames.com
História de Brasília
A história é longa, mas é mais ou menos assim: antigamente, quando um pobre ia parar no hospital, e não tinha dinheiro para pagar, assinava uma promissória, que ficava na tesouraria do hospital. Como o número de promissória era muito grande, resolveram mandar cobrar. Os colaboradores recebiam e não prestavam conta, e, o mais grave, recebiam de uns médicos e de outros não, havendo, então, a denúncia de que alguns médicos pagavam propinas aos cobradores para receberem de seus doentes. (Publicada em 20/02/1962)

O trovador

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Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

 

“Brasília, Brasília, Brasília, pudesse cantar-te um verso com engenho e rima, diria que tua boa sina, que antes todos previam, perdeu-se nalgum lugar ali defronte, onde jazem duas bacias, uma cheia e outra vazia.” Assim cantava, nos idos da década de 1970, direto da sacada da Rodoviária do Plano Piloto, o trovador goiano Iranildo Garça, para as pessoas que por ali passavam apressadas.

Aqueles que ouviam essas trovas, entre risadas e deboche, seguiam pensativas em suas rotinas. Afinal o que esses versos significariam? Pudesse visitar hoje a mesma Rodoviária, que conheceu há quase meio século, por certo, chegaria à conclusão de que seus versos eram, antes de tudo, uma predição do que viria de fato acontecer, não só naquela região, mas em praticamente toda a aeronave pousada que forma o Plano Piloto.

Lirismo à parte, a precoce decadência que, ao longo de todos esses anos, foi tomando conta da capital, tem, entre suas múltiplas causas, o descuido e a desatenção dos muitos administradores políticos que se sucederam a partir daí. Para agravar a realidade que parece seguir sem resposta para os moradores, quis a Constituição local, escrita por mãos forasteiras, elencar entre seus parágrafos a possibilidade de cada governador montar as equipes que formará a secretaria que cuidaria do que as cidades têm de mais delicado e vital: as instâncias que cuidam da vigilância, das condutas e postura, previstas no plano primeiro, de modo a preservar e manter o projeto urbano original.

Ao nomear, demitir e, até mesmo, extinguir secretarias e outros serviços que cuidariam de manter a cidade como um organismo e espaço sadios, o que os sucessivos governos e seus staffs têm feito é desorganizar e destruir a cidade, tornando-a igual ou pior do que a grande maioria das metrópoles brasileiras. O temor de contrariar possíveis eleitores obriga e empurra os governos locais, incluindo nesse rol, principalmente, a Câmara Legislativa a aceitar tudo o que propõem seus apoiadores.

Quem se der ao trabalho de embarcar no coletivo que circula entre as W3 Sul e Norte, fazendo todo o trajeto de ida e volta, e contar quantos barracos de latas existem hoje, entulhando as paradas em cada ponto de ônibus, verá que são dezenas, isso sem contar aqueles que se amontoam ao longo da W2 e se espalham por todas as superquadras. Trata-se de uma invasão que não para de crescer e que, aparentemente, não pode ser retirada, uma vez que desagradariam seus proprietários ou aqueles que subalugam esses espaços e que são eleitores da elite com assento no Executivo e no Legislativo da capital. São verdadeiros aleijões que enfeiam a cidade e mostram um descaso proposital das autoridades.

Pudessem os órgãos de vigilância agir livremente sem a interferência dos políticos de plantão e seus interesses escusos, a cidade seria outra, semelhante a muitas outras civilizadas do primeiro mundo, onde esses excessos não só são proibidos, como acarretam multas e até prisão. Pudesse Iranildo ver como está hoje a sua Brasília-despida de singela beleza, pelos políticos que nada entendem de beleza – constataria que a cidade também se perdeu em algum lugar, bem debaixo da Loba, onde mamam congelados, Rômulo e Remo.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A Justiça é “a virtude moral que rege o ser espiritual no combate ao egoísmo biológico, orgânico, do indivíduo.” ADEODATO, 1996.

 

Empodera ela

Aberto o edital para artesãs exporem no Pátio Brasil e no Alameda Shopping no projeto Empodera Ela. Mulheres unidas, conseguiram o apoio da Secretária do Turismo, Vanessa Mendonça que não tem medido esforços para mostrar à cidade o talento de tantas pessoas. Veja as fotos a seguir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nada é feito

Cuidado ao andar com carrinho de bebê ou com crianças nas calçadas da cidade. Sem vigilância para inibir, motoqueiros de entregas fazem os próprios caminhos colocando em risco quem está no lugar certo.

 

Largado

Parque das Garças, no final do lago norte é um local muito frequentado, que merece melhorias. Ciclovia, trilhas e mais infraestrutura.

 

Fora do ar

Está lá no portal radios.com.br/play/14746. Faltaram com a promessa. A Brasília Super FM não está mais disponível pela Internet.

 

História de Brasília

Pobre hospital, o Distrital. As encrencas nunca deixam de existir, as fofocas nunca param. Agora, inquérito no Pronto Socorro para quem recebeu o dinheiro. (Publicada em 20.02.1962)

A Luos e os interesses políticos

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Imagem: lagosul.com.br

 

Desde que foi alçada, por interesses diversos e difusos, à condição de capital do país com plena autonomia política, Ari Cunha, nesta coluna, que teve sua estreia exatamente no mesmo dia em que Brasília foi inaugurada, em 21 de abril de 1960, passou a acompanhar, com um misto de desconfiança e maus presságios, o que veria a ser a tal maioridade política do Distrito Federal, tão festejada por políticos e empresários, isso há 32 anos.
Permanecem as razões que levavam, e ainda levam, esse espaço a acreditar que a emancipação política da capital, feita de modo açodado e sem um debate público aprofundado, não seria um bom negócio para seus habitantes. Primeiro, porque o próprio idealizador da capital, o urbanista e arquiteto Lucio Costa, por diversas vezes se posicionou contra essa possibilidade, que desvirtuava as ideias de seu projeto original: também porque, de lá para cá, o que se viu, a cores e ao vivo, foram sucessões de escândalos cabeludos, envolvendo políticos e empreendedores lo cais, com prisões de alguns, flagrados com dinheiro de corrupção nas mãos, mas principalmente com a tão conhecida impunidade, que, a exemplo do que sempre aconteceu no resto do país, veio também a fazer parte do cotidiano candango.
Fossem esses os únicos problemas que passaram a assolar a ca pital e seus habitantes, a solução poderia ser resolvida com eleições. O fato, e essa coluna apontava desde o começo, é que, como se viu, interesses econômicos, aliados a má índole política de nossos representantes, concorreriam para desfigurar o projeto e a ideia originais contidos na proposta vitoriosa de Lucio Costa.
Desde o primeiro dia dessa emancipação, os jornais passaram a estampar em suas manchetes uma torrente de denúncias, mostrando, por um lado, a transformação dos espaços públicos e das áreas de preservação em moeda política de troca, dentro da concepção torta de “um voto por um lote”. Com isso, a capital começou a experimentar um inchaço urbano sem igual, com áreas ocupadas da noite para o dia, invasões a terras públicas e estabelecimento de bairros sem quaisquer projetos de impactos.
A vontade política passou a prevalecer sobre os anseios da população de bem, o que gerou um descompasso tal que, em pouco tempo, o que deveria ser a Casa do Povo – o Legislativo – ganhou a alcunha, nada lisonjeira, de “Casa do Espanto”.
Problemas urbanos que, antes só haviam em outras metrópoles do país, passaram a ser presenciados também na capital, como engarrafamentos constantes, aumentos da violência e da mendicância, deterioração e decadência dos espaços coletivos, com sobrecarga incontrolável na prestação de serviços públicos de saúde, educação, transporte, segurança e outros. O aumento estratosférico nas despesas para custear a enorme e inchada máquina administrativa criada foi outra herança da emancipação política. Os gastos passaram a ser cobertos pelo aumento de impostos e tributos arrancados dos contribuintes. Houve, assim, aumento no custo de vida dos brasilienses e piora acentuada da qualidade de vida dos habitantes.
Por conhecer a história e a índole política dos homens públicos deste país, esta coluna viu suas piores previsões se transformarem em realidade. Uma realidade que desagrada todos. É preciso lembrar que, desde o início, antevíamos que a emancipação seria um excelente negócio para alguns poucos, principalmente gente que vimos desfilando nas páginas policiais dos nossos jornais. Quando se anuncia que, na próxima semana, será votada a nova Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) na Câmara Legislativa, é bom que a adormecida população acorde para o que está por vir nesse pacote que altera, mais uma vez, a ocupação e a destinação das áreas que ainda restam dentro do polígono do Distrito Federal.
De nossa parte, vínhamos alertando, desde os anos 1990, para os perigos de deixar em mãos dos políticos locais as discussões e decisões sobre as terras da capital. Com a palavra dos urbanistas e outros brasilienses atentos.
A frase que foi pronunciada:
“Se os políticos falassem apenas por suas atitudes, por certo muitos deles seriam varridos do cenário nacional e da história do país.”
Filósofo de Mondubim
30/09/2013 Crédito: Monique Renne/CB/D.A Press. Brasil. Brasília – DF. Jantar Prêmio Engenho. Ari Cunha.
Eficiente
Mais rápido e eficiente. O aplicativo Maria da Penha Virtual foi usado só no Rio de Janeiro, por 850 mulheres em pouco mais de um ano. As petições de medida protetiva de urgência por violência doméstica, ou familiar, aumentaram durante o isolamento social. Mas a solução dada foi prática e efetiva. Confira no link: https://www3.tjrj.jus.br/mariapenhavirtual/
Ilustração: tjrj.jus
Conhecimento e cacife
Disputa em leilão rende a Dib Franciss uma Bíblia raríssima. Vendida, como um objeto qualquer, a publicação, provavelmente, veio da coleção de algum bibliófilo que faleceu e seus descendentes sequer sabiam do que se tratava. A descrição no catálogo do leilão mostrava o desinteresse pela obra (veja as imagens a seguir). Foi uma disputa acirrada de 48 lances durante o pregão. Dib Franciss venceu.
–> Trata-se de um dos primeiros raricíssimos exemplares da Bíblia, impresso em 1579 em Wittenberg (Alemanha) por Hans Lufft (1495 – 1584), o mais importante “mestre impressor” da Reforma Protestante. Ele entrou para a história como “O Impressor da Bíblia”. Foi ele quem realizou, em 1534, a 1ª edição completa da Bíblia de Lutero, e esse que eu adquiri é exatamente essa tradução para o alemão de Martinho Lutero, o primeiro compêndio com as correções feitas pelo próprio.Contém o Antigo e o Novo Testamentos e traz ilustrações em xilogravura de Lucas Cranach (1515 – 1586). Ela tem ainda a encadernação de época, do sec. XVI.

Essas Bíblias são raríssimas no mundo e quase todas estão em bibliotecas ou museus ao redor do mundo. Uma exatamente igual a essa encontra-se no Museu da Reforma Protestante, em Genebra.
Ainda estou em estado de graça pela aquisição desse tesouro da civilização ocidental.

Imaginem quantos acontecimentos históricos se passaram no mundo ao longo desses 543 anos de existência desse importante compêndio. Quantas guerras, quantas pestes, quantas invasões, tragédias da natureza e etc. Essa Bíblia ter chegado até os nossos dias é realmente algo inacreditável.

Jotapê F
João Paulo Florêncio está se firmando no jornalismo esportivo de forma exponencial. Confira no link: https://www.instagram.com/jpflorencio/.
–> Fala, galera! Tô botando na praça o meu podcast. O Joga Solto vem sendo gestado desde o ano passado e é fruto de uma mudança de chave na minha vida. ⠀

O assunto é esporte, suas inúmeras modalidades e reverberações. Toda semana um convidado e um episódio novo no YouTube e no Spotify. Conto com a torcida de vocês. Valeeeu 👊🙌

História de Brasília
E mais: quando uma pessoa pede para ir para o Palace Hotel, os motoristas alegam que fica longe, que é mau para o hóspede, e que lá é lugar de turismo e de exploração. É uma concorrência desleal e descortês. (Publicada em 20/2/1962)

Guerras não são lugares para os jovens

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Foto: Carlos Rosillo

 

           Guerras, quer queiram, quer não, também podem ser enquadradas na categoria de processos didáticos. Ao menos no que diz respeito às lições e aos exemplos de tudo o que não deve ser feito. Mesmo sabendo que as guerras se alimentam famintas do sangue humano, há nelas aquela parcela de humanidade que nos faz refletir sobre a possibilidade sempre perdida de buscarmos a luz do humanismo dentro de nós mesmos.

        O que se expressa nesse teatro de horrores é nossa metade niilista, escondida em nossas sombras e que nos faz mover, dentro da pulsão de morte, no embate permanente entre Eros e Tânatos. Eis-nos na guerra com a nossa meia face animal, todo feito de instintos, como uma cicatriz profunda e marcante que trazemos desde a pré-história humana.

        Espantoso notar que a maioria absoluta de todos aqueles que se vêm diretamente imersos nesse mar de sangue são justamente aqueles que mais anseiam por manter distância desse pesadelo. Infelizmente, aqueles que escrevem, nas minúcias das estratégias militares, todo esse bailado de morte permanecem bem distantes desse palco, na paz e no aconchego aquecido de seus lares, em segurança com a família, vendo pelo noticiário o empilhar de corpos que aumenta do dia para a noite.

        Difícil encontrar, numa guerra fratricida, quem verdadeiramente odeie, de morte, seu semelhante. Há um ódio sim, contido e até inexplicável, que todo soldado alimenta contra os políticos e generais que os empurraram, ainda na flor da idade, para dentro do barco de Caronte, numa viagem sem volta.

        A oeste do planeta, nada de novo. A leste também. Todos ensaiam a coreografia do que pode ser peça derradeira. Os estrategistas, os generais e os políticos, que por seu protagonismo a catalisar a dores, observam do camarote o desenrolar dos acontecimentos, quando, por dever moral, deveriam ser os primeiros a marcharem nas frentes de batalhas. Essa e todas as guerras não possuem ligação ou parceria qualquer com a juventude. São, por sua essência, uma questão íntima pertencente somente àqueles que brindam a morte. É a covardia velhaca, transmutada em ciúmes, a empurrar os jovens para o fim da vida na Terra.

        Obviamente que todo esse espetáculo, erguido com carne e ossos, conta, como em todo show business de monta, com o patrocínio bilionário das empresas de armamentos tanto do ocidente, como do oriente. São esses empresários da morte os principais mecenas a dar suporte à arte da guerra. Também eles se alimentam do sangue dos mais jovens. Seus produtos, de última geração tecnológica, são concebidos exclusivamente para serem usados por soldados de tenra idade. São esses recrutas que azeitam suas engrenagens com sangue vivo.

        Pudessem as taças de vinhos, com que esses magnatas, essa elite da guerra, brindam o sucesso de seus empreendimentos malignos, serem transmutadas de vinho para sangue, por certo, não notariam a diferença no paladar. Quantos soldados, em suas trincheiras, nas noites gélidas de inverno, entre a vigília e o sonho, não imaginaram a possibilidade de uma união entre jovens de todo o mundo, para lutar, isso sim, contra essa horda de decrépitos assassinos? Quantos daqueles que, de arma em punho, não desejaram estar em casa, longe do conflito, beijando sua amada, seu filho, sua mãe? Quantos desses mesmos soldados, de um lado e de outro, não sonham com um acordo, breve e definitivo, de paz?

        Estranho pensar que os que estão em luta querem, no íntimo da alma, trégua e paz. Sendo que aqueles que anunciam com estardalhaço aos quatro ventos, que desejam a paz, são justamente aqueles que alimentam o desejo por mais mortes e escombros. Os degraus da glória, de um pequeno punhado de homens solitários e vazios, e que mais tarde serão os únicos a serem citados nos livros de história, são montados sobre cadáveres, principalmente daqueles conhecidos como os soldados desconhecidos, a quem prestam homenagens sem sentido, com coroas de flores sem perfume.

A frase que foi pronunciada:

Soldados! Não vos entregueis a esses brutais… que vos desprezam… que vos escravizam… que arregimentam as vossas vidas… que ditam os vossos atos, as vossas ideias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar… os que não se fazem amar e os inumanos!”

Parte do discurso final de ‘O Grande Ditador’, de Charlie Chaplin (1940)

 

Leitor

Renato Prestes reclama da falta de comunicação entre a Administração de Águas Claras e a população. Segundo o leitor, há um único celular, porém, o mesmo raramente é atendido. É preciso maior divulgação sobre as formas de contato.

Foto: Ed Alves/CB/DA Press

AD

Dia 2 de abril, Lulu Santos se apresenta em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses. O show celebra os 40 anos de muito sucesso do cantor e promete fazer o público dançar e cantar ao som de vários hits que fizeram e fazem parte das nossas vidas. Os ingressos já estão à venda no site da Bilheteria Digital. Garanta o seu porque os mesmos são limitados!

Foto: brasilia.deboa.com

História de Brasília

Os motoristas do aeroporto estão recebendo propinas para levarem hóspedes para o Hotel Imperial. Há, na portaria no Hotel Nacional, a reclamação de diversos hóspedes fazendo essa denúncia. (Publicada em 20.02.1962)

OTAN e o protagonismo da guerra

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Foto: REUTERS/Pascal Rossignol

 

         Tão perigoso quanto os estrondos provocados pelas bombas que não param de cair sobre as cidades na Ucrânia, é o silêncio com que vem se desenvolvendo as tratativas para uma possível arregimentação de tropas do ocidente, liderados pela OTAN, para fazer frente ao exército de Putin. Perigoso também é observar a entrada sorrateira da China nesse conflito, através do fornecimento, por debaixo dos panos, de suplementos bélicos para os russos. Há no ar, apesar da guerra declarada e ao vivo da Rússia contra a Ucrânia, toda uma movimentação de bastidores, ou rearrumação do tabuleiro estratégico, para o início de um grande conflito, capaz de envolver, nesse cenário, outros protagonistas, o que pode, facilmente, levar a todos para o ambiente de areia movediça impensável.

        E o que esse conflito tem haver conosco? Essa é uma questão que, pelas proporções que o evento pode adquirir e já provoca no caso dos fertilizantes e no aumento nos preços do petróleo, já fala por si. No caso de um conflito generalizado, acreditem, não existirá lugar seguro para se proteger de seus efeitos. Ainda mais quando se sabe que o Brasil, além de não possuir um poderio armado, necessário para suprir as exigências de um país continental como o nosso, não conta também com abrigos subterrâneos em concreto armado, necessários para uma eventual guerra dessa magnitude. Estamos a pé e descalços nessa tempestade que se anuncia.

        Das milhares de análises feitas por especialistas que realmente têm a dizer sobre o conflito na Ucrânia, poucos ou quase nenhum trouxeram uma clareza luminar e realista como a que foi disponibilizada agora, nas mídias mundiais, pelo professor John Maersheimer, da Universidade de Chicago. Em sua avaliação, a Ucrânia já perdeu, definitivamente, a Crimeia e o Donbass, sendo que a questão que importa agora é saber se aquele país vai perder ainda mais território para a Rússia, principalmente as terras à leste do país. Por outro lado, todos já sabem que a economia ucraniana está destruída, com suas principais cidades em processo de vir a se tornar ruínas.

        Com isso, a economia mundial será também afetada e isso trará consequências para todas as democracias ao redor do globo. Esses eventos também irão diminuir a influência americana tanto na Europa como em relação à China, onde, segundo o professor Maersheimer, deveriam se concentrar todas as atenções do governo dos EUA. Além de todo esse cenário de crise, as movimentações políticas do Ocidente estão a empurrar a Rússia diretamente para o colo dos chineses. Como se não bastasse, a OTAN, junto com os Estados Unidos e a Europa Ocidental, está, sem saber, transformando o leste do continente europeu numa região de instabilidades perigosas, o que força a presença do ocidente nessas áreas, antes sob influência da Rússia.

        Trata-se, como afirma, de uma situação desastrosa para todos. Aqui entra a questão básica: quem provocou toda essa instabilidade, desde o início. Ao contrário da voz corrente no Ocidente, que debita toda a responsabilidade por essa guerra aos russos e diretamente a Putin, o professor da Universidade de Chicago ressalta que a principal responsabilidade por toda essa crise armada cabe, principalmente, ao Ocidente e ao seu modelo de política internacional.

        A crise, segundo ele, teria começado ainda em abril de 2006, de fazer a Ucrânia e a Geórgia membros efetivos da OTAN, “a todo o custo.” Na ocasião, os russos já tinham alertado o mundo que essa seria uma situação inaceitável e que esses países não seriam, jamais, parte da OTAN. Outra análise a ser levada em consideração é a do linguista e filósofo americano Noam Chomsky, para quem os acontecimentos na Ucrânia se devem à expansão e ao avanço da OTAN sobre aquelas que seriam áreas de influência da Rússia.

        Segundo ele, mesmo que Putin fosse uma espécie de Ghandi russo, a situação de guerra seria a mesma. Para Chomsky, a OTAN não deveria continuar a existir depois de 1990, quando o império soviético deixou de existir. A guerra fria estava sepultada e a OTAN havia perdido seu sentido estratégico. Contrariando o bom senso, a OTAN não só continuou a existir, como se expandiu para próximo de Moscou, agora mudando seu objetivo de defesa para o de controle da energia do mundo, através do monitoramento das rotas e dos dutos de óleo e gás marítimos.

        Nesse sentido, a OTAN passou a ser uma espécie de força interventora americana. Diante de visões realistas como estas, o que é preciso agora é focar a atenção na movimentação feita pela OTAN, junto com os EUA, torcendo para que o ocidente siga os caminhos da razão e do bom senso, pois não há, nessa contenda, um lado a quem se possa debitar o papel de mocinho da história.

 

A frase que foi pronunciada:

Nunca houve uma guerra boa nem uma paz ruim.”

Benjamin Franklin

Benjamin Franklin. Imagem: Joseph Siffrein Duplessis, en.wikipedia.org

 

Descaso

Com a alta da gasolina, os pagadores de impostos esperam que o governo do DF invista em transporte público. É difícil para o contribuinte ver parte do metrô na Asa Sul já apresentar sinais de decadência por descaso dos responsáveis pela manutenção. Ontem pela manhã, na estação em frente ao Cine Brasília, apenas a escada rolante para descida estava funcionando. Na estação seguinte, em frente ao Clube Unidade de Vizinhança, nenhuma escada rolante do acesso funcionava.

Foto: metro.df.gov

 

UnB

Duas notícias de cães. A UnB está fazendo uma pesquisa com cães que estejam com problemas nos olhos. Desde vermelhidão a secreção. A outra novidade é que o Hospital Veterinário da UnB está com ótimos preços para castração de cães e gatos. Veja no a seguir.

–> Bom dia! Estamos iniciando as castrações eletivas de gatos, cães e gatas nas aulas de Técnica Cirúrgica da FVV/UnB. Informações http://hospitalveterinario.unb.br/servicos/castracao.

História de Brasília

Doutor Ataulpa, há a informação de que a TCB vai suspender os ônibus do Gaminha, por falta de estrada. A conservação das molas está cara, e a companhia está estudando uma maneira de suprimir a linha, se não houver melhora da pavimentação. (Publicada em 20.02.1962)

Brasil em constante luta para sair do passado

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Charge do Amarildo

 

        Duas podem ser as hipóteses que explicariam o favoritismo do ex-presidente Lula em muitos institutos de pesquisa de opinião. Há nesse caso um fato curioso a ser observado, quando se verifica que o ex-presidente petista, por todos os acontecimentos que redundaram em sua prisão e também na de seus mais próximos colaboradores, transformaram Lula numa espécie de candidato invisível, que só é visto por iniciados da sua seita, em ambientes especiais e fechados e pelas redes virtuais da internet.

        Tem-se aqui um autêntico candidato fantasma à brasileira, fabricado, sob medida, pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, através de um polêmico processo, antijurídico, que trouxe consigo até um neologismo estranho: “descondenação”, ainda não tratado nos dicionários tradicionais. Não por outra, as eleições de 2022 vão se configurando num pleito inusitado, digno das ficções do tipo surrealistas. As duas hipóteses capazes de explicar o favoritismo do ex-presidente são os já desacreditados institutos de pesquisa, por suas metodologias acrobáticas, e um caráter que considera a corrupção e roubo dos recursos públicos atos sem grandes importâncias para a vida política e para o próprio sentido de cidadania.

        A acreditar nessa hipótese, estamos num caminho sem volta, rumo ao brejo. A outra explicação para a vantagem nas pesquisas do ex-presidente e ex-presidiário é a de que o esquecimento dos fatos pretéritos, numa espécie de alzheimer político severo e coletivo, afeta a maioria dos eleitores neste país. Vale lembrar que não é o que se vê nas ruas. Mas, em qualquer das duas hipóteses, estamos no sal, desidratados de saúde e de caráter.

        O simples fato de os brasileiros, como também atestam pesquisas recentes, classificarem o tema “combate à corrupção” como um projeto para o país menos importante do que fatores como a inflação e o desemprego demonstra que, a má formação ou a ausência total desta faz de nossos cidadãos presas fáceis para a engabelação desses profissionais da política.

        O que se poderia esperar de um cidadão minimamente atento é que negasse perdão a gestor público ladrão. A explicação para o favoritismo nas próximas eleições de pessoas que dilapidaram os cofres públicos e empurraram o Brasil para a mais profunda crise de todos os tempos não pode ser debitada a sentenças do tipo que nos classificam como um país sem seriedade. Tampouco pode ter sua explicação no conluio estabelecido, de forma sorrateira, entre os eleitores e os eleitos.

        Há aqui uma explicação que parece fugir aos alfarrábios de psicologia ou mesmo à hipótese do inconsciente coletivo, tudo isso com pitadas e propensões à autoflagelação e até à parafilia. Há, caso se confirmem as previsões dos institutos de pesquisa, um fenômeno, de ordem psíquica, a ser estudado no comportamento dos eleitores ou dos que publicam as pesquisas. Basta coletar as previsões das eleições passadas para compreender os índices bizarros de preferência e os votos recebidos.

        Caso não exista mesmo essa doença mental, as probabilidades mais aceitas para explicar o comportamento do tipo esquizofrênico dos eleitores só poderão ser buscaas em tratados sociológicos como o de Sérgio Buarque de Holanda em “Raízes do Brasil”, de 1936, ou Casa Grande e Senzala de Giberto Freyre, de 1933. O mais certo e talvez mais popular seria buscar explicações do tipo antropológicas e sociais para essas preferências do eleitorado em obras como Pedro Malasartes ou “Macunaíma”, de Mário de Andrade, publicada em 1928. Até que o eleitor possa entender, definitivamente, que a corrupção antecede a males como inflação e desemprego e está na raiz de todos os nossos problemas como nação, muitas eleições terão passado, mantendo o Brasil onde sempre esteve: no passado.

 

A frase que foi pronunciada:

Os institutos de pesquisa estão percebendo que as pessoas mentem.”

Luiz Felipe Pondé

 

Luiz Felipe Pondé. Foto: Divulgação

Exposição

A partir do dia 22 deste mês, Lidia Daze e Ricardo Frade participam da Mostra Expressões Contemporâneas. Veja a programação a seguir.

 

Abuso

Tão inocente um kinder ovo. Geralmente comprado para satisfazer a criança gastando pouco. Mais do que a gasolina, mais do que o feijão, mais do que a carne. Um kinder ovo já chegou a R$ 50,00.

Publicação nos histories de João Paulo Florêncio, no seu perfil oficial no Instagram

Como se tornar pior

Por falar em abuso, dessa vez sexual e livre. A Netflix está provocando a ira de quem não tem preguiça de educar os filhos. São pais que acompanham os menores e monitoram a forma de entrada de eletrônicos em casa. Só que, dessa vez, a Netflix apostou em um filme produzido por Danilo Gentili com atuação de Fábio Porchat, criticando adolescentes que não se prestam à lascívia. Veja a seguir.

Foto: divulgação

História de Brasília

Dá nesses vexames, as promessas que os candidatos fazem em nome da Prefeitura. A ligação da luz na Asa Norte não pode ser garantida por ninguém. É um problema técnico, e tem seu tempo. (Publicada em 20.02.1962)

Educação política já

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Foto: eduxe.com

 

Ninguém que entenda, minimamente, do assunto pedagogia do ensino e da educação pode negar que exista hoje uma necessidade crescente de incluir, nos currículos escolares, uma disciplina onde a política seja estudada desde os primeiros anos escolares. O tema vem se tornando tão urgente que pode representar, num futuro próximo, a solução para a continuidade ou não da espécie humana.

Não se trata aqui de ensino da política sob o ponto de vista dos partidos ou sob o prisma obtuso das ideologias, mas tão somente desenvolver os jovens, desde a mais tenra idade, para a importância do estabelecimento de relações sadias entre os indivíduos, dentro da ótica positiva e humanística das artes, educando nossas crianças para a importância da negociação, da compatibilização de interesses, do respeito aos bens e espaços públicos, enfim, tudo o que não é visto atualmente dentro e fora do Brasil e que, por isso mesmo, tem nos conduzido ao beco sem saída em que estamos agora.

Sem o ensino dessas noções básicas que disciplinam a vivência dos cidadãos dentro de uma cidade, caminhamos para o caos completo, num modelo de sociedade em que o lema será: Salve-se quem puder! Na verdade, já estamos inseridos nesse modelo, basta observar que nossas cidades, inclusive a capital do país, não são lugares onde o cidadão pode circular com total segurança a qualquer hora do dia.

A existência de nichos restritos onde cada grupo de pessoas pode circular é um fato. A proliferação de condomínios fechados e vigiados por câmeras, seguranças armados, cães e cercas elétricas é uma realidade. Assim como certas áreas da periferia das grandes cidades, onde qualquer forasteiro, mesmo perdido, pode encontrar a morte.

Nossas cidades estão seriamente doentes e de nada adianta, nesse estágio de deterioração, aumentar a letalidade da polícia ou construir cada vez mais presídios. A questão causal desses males está na deficiência do ensino e da arte política, objetivando a construção, não só de cidades mais humanizadas, mas de cidades com mais cidadãos com preparo humano e político capazes de tornar a vida social mais digna, mais organizada, com direitos e deveres, não impostos, mas aceitos de bom grado, despertando em cada indivíduo o senso de importância.

Impossível falar em cidadania, quando os indivíduos desconhecem seu real significado e a importância desse conceito para si. Da mesma forma, não se pode mais aceitar que nossas cidades permaneçam retalhadas, cercadas de arames farpados e cercas elétricas, com barricadas no meio das ruas, como se tudo isso fosse natural e perfeitamente adaptado aos novos tempos.

Somente o ensino precoce da arte política e da perfeita organização das polis é capaz de pôr um fim nesses absurdos que somos obrigados a conviver, como a necropolítica das ideologias radicais, que visam a destruição dos oponentes; a cleptocracia política, que nos assola e empobrece desde o descobrimento; a corruptocracia, formada pelas elites políticas que têm, nos recursos públicos, seu alvo; ou a partidocracia, na qual determinadas legendas se assenhoram do controle político e do governo, como possivelmente visto nas próximas eleições de 2022.

Ou é isso, ou é o que temos e que nos arrastará, irreversivelmente, para o abismo.

A frase que foi pronunciada:

Se um país é regido pelos princípios da razão, a pobreza e a miséria são objetos de vergonha. Se um país não é regido pelos princípios da razão, a riqueza e as honras são objeto de vergonha.”

Confúcio Séc. V a.C.

Confúcio. Foto: reprodução da internet

Cautela

Cidadãos desavisados aceitam, pacificamente, que instituições comerciais façam biometria ao cadastrá-los como clientes. Muitas dessas instituições não têm segurança apropriada contra ataques cibernéticos. A senha pode ser mudada a qualquer momento, mas se um hacker roubar sua biometria, estará com ele para sempre. Até pouco tempo, o Brasil não tinha legislação sobre o assunto. Hoje, a Lei Geral de Proteção de Dados prevê punição para esse crime.

 

Xenofobia

Duas crianças sírias descrevendo o comportamento do porteiro e da síndica do prédio, na Asa Norte, impressiona. Não podem andar de bicicleta embaixo do prédio, mas outras crianças podem. Tudo o que plantaram durante a pandemia, frutas, legumes e verduras foi arrancado pelo porteiro com o aval da síndica, com a justificativa de que não poderiam usar água para regar. “Mas o porteiro lava o carro dele com a água do condomínio!”, diz o mais velho inconformado com o tratamento.

Ilustração: istockphoto

Chovendo no molhado

Vizinhança começa a se unir para questionar a cobrança de uso do esgoto na conta da Caesb. Água utilizada para encher piscina ou para irrigação não vai para o esgoto. Trata-se de pagamento indevido.

Caesb. Foto: destakjornal.com.br

História de Brasília

É que êles foram ao Prefeito em companhia de um candidato desprestigiado. Até hoje a luz não foi ligada, e êles voltam a pedir ao sr. Sette Câmara, desta vez através do jornal. (Publicada em 20.02.1962)