Transporte urbano gratuito

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

facebook.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Tony Winston/Agência Brasília

 

         Algumas metrópoles mundo afora, que há algum tempo vem testando a possibilidade de ofertar transporte urbano gratuito para seus habitantes, começam agora a colher os dados dessa experiência inovadora. Pelo o que tem sido apurado até aqui, existem muito mais vantagens do que pontos negativos nessa alternativa, embora as empresas privadas vejam toda essa inovação com maus olhos, pressionando os governos para que essa nova ideia não siga adiante. Para os urbanistas, envolvidos nessa pesquisa inédita, os resultados desse teste piloto mostram que as vantagens desse modelo, superam, em muito, os pontos negativos.

        Sob o ponto de vista da racionalidade, dentro da complexa administração das metrópoles modernas, o uso de toda a malha urbana, que incluem ônibus, trens, metrôs, barcas e outros, dentro de um novo e eficaz modelo capaz de manter a cidade em movimento contínuo, sem paralisações e sem as múltiplas exigências que as frotas particulares exigem, parece apontar para uma espécie de renascimento das cidades.

         A destruição provocada a cada dia nas cidades, por um frota de carros que só aumenta, aliada aos congestionamentos e a poluição crescente, requer medidas também radicais e que a médio e a longo prazos irão se mostrar a melhor e mais racional saída para deter o envelhecimento e a decadência precoce de muitas metrópoles. Com a frota urbana uniformizada e seguindo padrões de monitoramento eletrônico contínuo, muitos dos imprevistos, vistos hoje, serão reduzidos. Para alguns essa medida acarreta até a diminuição, senão o fim, dos processos de greves e de paralisações dos transportes, movimentos estes que contribuem para a instalação e proliferação do caos nas cidades.

         A exemplo do que ocorre em locais como Luxemburgo e outras capitais pelo mundo, o transporte urbano público, feito por ônibus, trens e metrôs, sem cobrança de tarifa dos usuários, tem sido um sucesso e mostra bem que essa é uma grande e inovadora alternativa, que parece ter vindo para ficar em definitivo. Em tempos de redução de gases do efeito estufa e dos congestionamentos de trânsito, esse modelo tem mostrado que opera de forma racional, desafogando as cidades, permitindo mais qualidade de vida para seus habitantes.

         A ideia de oferecer transporte público gratuito para os usuários é um modelo que tem sido experimentado inclusive em São Paulo, por ocasião das últimas eleições. Somente com a redução dos congestionamentos do tráfego e das emissões de poluentes, há uma inegável vantagem para todos os moradores, além, é claro, de melhorar o acesso aos serviços públicos para as pessoas com baixa renda. A livre movimentação das pessoas dentro do espaço urbano, é essencial para a vida das cidades. Num paralelo rápido, o transporte urbano possui a mesma importância que a circulação de sangue tem para os seres vivos. Há, no entanto, que observar que a implementação desse modelo pode ter custos elevados, num primeiro momento, tanto para os governos locais como para os próprios pagadores de imposto. Mas as experiências têm demonstrado que essa é uma solução viável, a médio e longo prazo para algumas cidades apenas.

         A questão de quem irá pagar pela operação dos serviços de transporte público, pode ser solucionada com um melhor uso dos recursos dos impostos, que hoje são direcionados para os donos das frotas. Mesmo que a implementação de um sistema de transporte público gratuito possa enfrentar resistências de empresas de transporte privado e de outros setores afetados pela redução na demanda por seus serviços, esse deve ser um entrave a ser vencido com os novos modelos. Somente com a redução ou mesmo o fim dos inúmeros casos de corrupção e malversação dos recursos dirigidos ao setor de transporte, o cidadão já sai ganhando. O importante é avaliar cuidadosamente esse novo modelo, de forma a implementá-lo o mais rapidamente possível em nossas cidades, tendo Brasília como modelo piloto para todo o Brasil.

 

A frase que foi pronunciada:

“Todos os fatos têm três versões: a sua, a minha e a verdadeira.”

Provérbio Chinês

 

Labirinto

Impossível elogiar um funcionário do GDF. Bem atendida por Hailton Rodrigues de Souza, a contribuinte teve a primeira dúvida ao buscar o canal para o registro. O agendamento foi feito na Secretaria de Economia, no SRTV Norte. Mas, no portal do GDF, o mais próximo desse título é a Secretaria da Fazenda. Mudou para o registro no site da Ouvidoria, que só não perguntou o tipo de sangue de quem quis elogiar. Até título de eleitor foi preciso informar. Nome, endereço, nome da mãe, telefone. Por que razão? Que uso é feito de tantas informações?

Foto: Francisco Aragão/Agência Brasília

 

Censo

Por falar em dados, nos últimos anos, os domicílios da cidade receberam questionários para o recenseamento da população. Que resultados concretos a população recebe com esse levantamento estatístico? Que políticas públicas foram adotadas com os dados coletados?

Foto: Reprodução

 

Honra ao mérito
Foi o estímulo dado pelo professor iugoslavo Oleg Abramov que levou Wanduil Gaio de Souza à IBM do Rio de Janeiro, com 19 anos de idade. Em 21 de abril, Wanduil completa 40 anos de empresa, o funcionário mais antigo que começa nova vida. O conselho à geração que nasceu no tempo da Inteligência Artificial é que as pessoas, clientes ou colegas são a parte delicada e que mais importa ao lidar. O trato com as máquinas é a parte mais fácil

 

História de Brasília

Já saiu da W-3 uma prensa de papel velho, que era responsável pela invasão de ratos nos HC-3. (Publicada em 18.03.1962)

Metrópole colonial

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

facebook.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Ricardo Stuckert/Governo Federal/Reprodução

 

         Fossem seguidas, à risca, o que ordena os princípios fundamentais do que vem a ser uma República, nenhum dos males que assistimos desde 1889, quando um movimento militar desorganizado e pouco ético instaurou a dita cuja, seriam possíveis ou permitidos.

         O afastamento brusco da Monarquia, sem que se criassem, a priori, as condições políticas mínimas para a instalação de uma República, num país continental e com heranças históricas e destino totalmente diferentes dos demais países do continente, levou-nos a implantação de um sistema de governo que nossas elites e dirigentes daquela época não estavam preparados para gerir ou sequer entender seu real significado e, principalmente, suas consequências para o país.

         Foi na base do improviso e de instabilidades políticas frequentes, como acontece até os dias atuais, que a República foi sendo conduzida. Pouquíssimos eram aqueles que, entre nós, entendiam e entendem, até hoje, o significado desse novo sistema. O que foi criado naquela ocasião, com a carantonha e focinho dos tupiniquins, foi um sistema misto que herdaria vícios que até o antigo regime monárquico já não apresentava, como, por exemplo, os privilégios e outras vantagens dadas aos nobres e à Corte em geral.

          Criou-se assim, a partir da virada do século passado, um sistema de governo em que, aos presidentes e aos demais oligarcas políticos próximos, eram mantidos privilégios e outras prerrogativas, só vistas antes da Revolução Francesa de 1789, ou seja, no século anterior. Substituiu-se um monarca por um presidente com roupagens politicamente monárquicas, com concentração de poder, baixa representatividade popular, atrelamento de outros Poderes ao Executivo e, sobretudo, um conjunto de medidas de governo, alijadas e mesmo contrárias aos reclames da população.

         O povo, naquela época, não entendeu a mudança. Os governos que se seguiram não entenderam até hoje. À coisa pública, estão ligados todos os interesses e desejos da população, transformadas agora em cidadãos com plenos direitos, inclusive de mudar o governo e o Parlamento.

         Diante do que foi pincelado resumidamente acima, não se pode entender ou sequer aceitar que, com os impostos cobrados da população, ainda hoje, somos obrigados a assistir inertes, a um conjunto de privilégios de toda a ordem, reservados apenas aos mandatários e à classe política, para os quais até mesmo o senso de Lei e Justiça são diferenciados e até sem efeito prático.

         Como é possível também verificar que brasileiros, em pleno século XXI, sejam ainda surpreendidos com medidas tributárias e fiscais que sequer conhecem o conteúdo ou como foram formulados? É sempre bom lembrar que uma das principais causas que decretariam o fim do absolutismo no velho continente, e mesmo as independências dos Estados Unidos e do Brasil, foi o escorchante nível de tributação e seu uso em benefício das elites políticas. No caso de tratados internacionais, como o que estamos assistindo agora serem celebrados entre Brasil e China, quantos brasileiros conhecem os enunciados desses documentos?

          Desde o reconhecimento afoito da China como economia de mercado, novas parcerias foram fechadas no passado e muitos brasileiros passaram a sentir na pele e conheceram os efeitos negativos sobre a produção aqui no Brasil, bem como as consequências dessa concorrência para nossa indústria como um todo.

         Que acordos são esses que agora são assinados com essa nova metrópole colonial e que podem nos levar para uma posição econômica ainda mais submissa? Silêncio geral. É essa a República que temos e que ainda insistimos em perseguir.

 

A frase que foi pronunciada:

“Todos os fatos têm três versões: a sua, a minha e a verdadeira.”

Provérbio Chinês

 

Labirinto

Impossível elogiar um funcionário do GDF. Bem atendida por Hailton Rodrigues de Souza, a contribuinte teve a primeira dúvida ao buscar o canal para o registro. O agendamento foi feito na Secretaria de Economia, no SRTV Norte. Mas, no portal do GDF, o mais próximo desse título é a Secretaria da Fazenda. Mudou para o registro no site da Ouvidoria, que só não perguntou o tipo de sangue de quem quis elogiar. Até título de eleitor foi preciso informar. Nome, endereço, nome da mãe, telefone. Por que razão? Que uso é feito de tantas informações?

Foto: Francisco Aragão/Agência Brasília

 

Censo

Por falar em dados, nos últimos anos, os domicílios da cidade receberam questionários para o recenseamento da população. Que resultados concretos a população recebe com esse levantamento estatístico? Que políticas públicas foram adotadas com os dados coletados?

Foto: Reprodução

 

Conhecimento

Foi um sucesso a Tarde do Bem-Estar com a Dra. Simone Leite e o Dr. Eugênio Reis, no Brasília Shopping, sobre terapia hormonal, benefícios e rejuvenescimento, e a beleza natural na dermatologia. Com a plateia participativa, muitos esclarecimentos foram dados e mitos desfeitos.

Foto publicada no perfil oficial do Dr. Eugênio Reis, no Instagram

 

História de Brasília

Já saiu da W-3 uma prensa de papel velho, que era responsável pela invasão de ratos nos HC-3. (Publicada em 18.03.1962)

Importância dos sindicatos

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

facebook.com/vistolidoeouvido

 

Foto: interativafm.net

 

          Observe bem: sempre que a militância sindical adentra o ambiente de trabalho, com discursos contra o patrão e outros inimigos meticulosamente escolhidos pelo partido que representam, nesse mesmo instante, dá-se o início ao processo que irá levar, à falência, essa fábrica, empresa ou instituição.

          Daí para frente, por conta da imunidade sindical ou de outras ameaças, o local de trabalho vai se transformando num palco para pregações ideológicas, todas elas voltadas não para a superação dos problemas imediatos e que interessam de fato aos trabalhadores, mas que garantam a abertura de novas trincheiras, por onde a militância irá, a mando dos caciques políticos, destruir, por dentro, as empresas e instituições.

         Com isso, ficam as bandeiras políticas fincadas e tremulando dentro das fábricas, empresas e instituições, mas vão-se embora os empregos e as oportunidades. O saldo dessas demissões, fechamentos ou decadência desses ambientes de trabalho, nunca são debitados na conta desses militantes, recaindo esse passivo todo nas mãos dos empregadores.

         Foi assim em áreas industriais desenvolvidas como o ABCD paulista, onde a atuação sindical, usando a estratégia de terra arrasada, deixou, para trás, imensas áreas abandonadas, com desemprego em alta, aumento da pobreza e da violência. Sindicatos, por sua natureza obtusa e de estreito viés militante, não criam empregos algum, nem hoje, nem amanhã. No máximo dão empregos a pelegos da entidade, enriquecendo a diretoria, formada por uma casta de verdadeiros capitães hereditários, que passa a comandar os sindicatos como autênticas propriedades privadas.

         Aos sindicatos, como filiais políticas, cabe atuar na linha de frente, arregimentando associados, que amanhã estarão no olho da rua. São legiões de indivíduos, que passam de trabalhadores remunerados a dependentes das promessas dessas entidades. Ao fim do processo de destruição das fontes de renda, esses mesmos trabalhadores passam agora a integrar as longas fileiras nas portas dos sindicatos, arregimentados para comporem as massas de manobras nas manifestações, tudo em troca de uma nota de R$ 20 reais, acompanhada de um pão com salame e refrigerante.

         É essa a terra prometida pelos sindicatos. Também nas escolas a atuação dos sindicatos têm contribuído para a decadência do ensino. Em carta enviada a essa coluna, um ex-professor da rede pública narra exatamente essa epopeia. “Desde que as visitas dos sindicalistas passaram a ser eventos corriqueiros nas escolas, o que mais se viu doravante foi a paralisação das aulas para reuniões, onde eram discutidos até a conveniência da cor do giz. Tudo era motivo de debate e até de bate-boca. Nesses encontros, os mais exaltados perdiam as estribeiras e mostravam, ao vivo, que estavam longe de estar aptos para exercer a função de educador. Aulas eram adiadas, provas eram adiadas. Nessas ocasiões calendários previamente preparados marcavam os dias de reuniões, dias de preparação para as paralisações, dias para o início das greves, comícios e outras manobras que, de um jeito ou de outro, deixavam as aulas em segundo plano.

         Houve anos em que as greves duraram quase seis meses. Com isso, os alunos da escola pública, que são também os mais necessitados, simplesmente abandonavam a escola e não regressavam mais. Os prejuízos para a continuação dos estudos eram imensos e insanáveis. Nada fazia sentido. Depois de meses de paralisações, um belo dia, o retorno das aulas acontecia, como se tudo tivesse parado no tempo. As aulas eram repostas de maneira falaciosa e tudo voltava ao normal. Os avanços em termos de salários eram tão irrisórios que nem eram citados como vitória da categoria. Nesse caso não importava a orientação ideológica do governo de plantão. Fazia-se greve com a esquerda ou a direita no poder. O que prova que são todos iguais. Para os alunos do turno noturno, essas greves eram ainda mais prejudiciais. São alunos que trabalham durante o dia e vão para escola à noite já exaustos.

         Depois de meses sem aulas, turmas inteiras desapareciam e era preciso juntar as classes todas em uma sala só, para dar audiência. Nunca senti, por parte dos sindicalistas, um interesse real em melhorar a qualidade do ensino. Passei a acreditar que os sindicalistas eram, na verdade, agentes cuja missão era sabotar as escolas e o ensino, sobretudo o ensino público. Hoje, longe da sala de aula, vejo quanto tempo perdi nessas paralisações e quanto tempo fiz os alunos perderem também com promessas. Enganei e fui enganado. Não creio na melhoria do ensino enquanto esse modelo, que aí está, não for alterado e enquanto não mudarem as regras desse jogo de faz de conta. Somente no dia em que o salário do professor for o teto do funcionalismo público, e a profissão for composta apenas por profissionais realmente capacitados é que se poderá falar em melhoria na qualidade das escolas. Até lá não”. MM.

 

A frase que foi pronunciada:

“A preparação que nosso método exige do professor é o autoexame, a renuncia à tirania.”

Maria Montessori

Maria Montessori. Foto: Wikimedia Commons

 

Honra ao mérito

Foi o estímulo dado pelo professor iugoslavo Oleg Abramov que levou Wanduil Gaio de Souza à IBM do Rio de Janeiro, com 19 anos de idade. No dia 21 de abril, Wanduil completa 40 anos de empresa, o funcionário mais antigo que começa nova vida. O conselho à geração que nasceu no tempo da Inteligência Artificial é que as pessoas, clientes ou colegas, são a parte delicada e que mais importa ao lidar. O trato com as máquinas é a parte mais fácil.

História de Brasília

No Setor Comercial Residencial à altura das casas da Fundação, uma máquina estava fazendo movimento de terra, e, por isto, foi preciso retirar as árvores plantadas outro dia. Terminado o trabalho, quem arrancou as árvores não plantou, novamente, como seria lógico. (Publicada em 18.03.1962)

Grande cemitério

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

facebook.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Reprodução

 

         Em vídeo de grande repercussão, que circula nesse momento pela Internet, é apresentado, ao distinto público brasileiro, uma pequena mostra da dura e perigosa realidade vivida hoje por milhares de professores em todo o país, dentro das salas de aula.

         Filmado pelos próprios alunos, na Escola Estadual Carlos Alberto de Oliveira, em Assis, o vídeo flagra a fúria e o descontrole de um adolescente de 15 anos contra o professor de Biologia de 58 anos, em cenas ocorridas nessa terça-feira, 10 de abril. Por muito pouco, o aluno agressor não parte para as vias de fato. Mas de dedo em riste na cara do mestre, o estudante ameaça o docente, joga objetos em sua direção, retira bruscamente sua cadeira por trás, joga sua mesa e seus objetos no chão, tudo numa onda de selvageria, que é apoiada pelo resto da turma aos gritos, incentivando ainda mais as cenas lamentáveis.

         O professor não reage em instante algum, limitando sua ação em pedir que o aluno se retire de sala. É visível o constrangimento e mesmo o medo do professor diante de um aluno descontrolado e violento, que, caso estivesse armado – o que seria hoje muito provável -, não hesitaria em ferir ou mesmo matar o profissional por motivo injusto e fútil.

         As cenas de barbárie, lógico, correram o mundo, oferecendo um pequeno close do nosso cotidiano dentro das escolas e que muito pouco difere da vida real fora das escolas. Para as autoridades que deveriam agir de imediato e com firmeza, restou a nota que diz: “o importante é trabalharmos uma visão holística, a qual envolve um olhar sobre todas as dimensões do indivíduo (desejo, crenças, sentimentos e afetividade) em conjunto com a comunidade escolar de forma que cada uma exerça seu papel a favor do bem comum.”

         A visão “holística” aqui, no tempo em que havia civilidade, era chamar os pais, depois de fazer um boletim de ocorrência na delegacia e depois de desligar o aluno da escola. Não se trata de um problema novo ou inusitado, mas demonstra, isso sim, um avanço, cada vez maior, da violência dentro de nossas escolas, contaminando, como um todo, as instituições de ensino e tornando a outrora respeitada profissão de docente em uma atividade insalubre e de grande risco de morte. Atos sem consequências.

          Não será exagero se, mais adiante, não forem exigidos, por parte desses profissionais, acréscimo salarial por conta da extrema periculosidade da função. Ninguém precisa ser especialista em educação, psicologia, pedagogia e outras disciplinas voltadas ao ensino para saber que esse avanço paulatino da permissividade e violência dentro das escolas decorre, antes de tudo, de um desequilíbrio flagrante entre deveres e direitos, sendo aqui, nesse caso específico e em outros já registrados, a ausência ou mesmo a falta de punição adequada e correspondente ao nível de agressão.

         Em alguns países, essas cenas terminariam com o aluno sendo algemado conduzido a algum centro de reeducação de menores, à disposição da Justiça. Por aqui, a frequência com que esses casos vêm ocorrendo mostra bem que a impunidade é, em última análise, também, o motor propulsor desses atentados. É justamente a impunidade e a leniência das leis que estimulam os crimes, começando pelos pequenos delitos e tendo como desfecho os crimes de mortes e de chacinas de inocentes. Somos, nesse caso e em outros, compartícipes desses atentados, dentro e fora de casa, quando toleramos comportamento longe daquilo que seria minimamente civilizado.

         Muitos desses menores, verdadeiros infratores em potencial, são preparados ainda dentro dos lares e depois enviados para as escolas, na ilusão de que irão ser civilizados nesses ambientes externos. O que o país assiste, de mãos e atitudes amarradas, é a formação de uma grande legião de menores totalmente sem freios e sem leis, largados pelados de éticas, em meio a uma sociedade que parece acordar apenas naqueles momentos de grande comoção, quando delinquentes entram com machados em escolas e deixam um rio de sangue.

         Depois disso, passado o susto e comoção, voltamos sonolentos para nosso berço esplêndido, à espera de que outro susto venha nos perturbar a paz nesse grande cemitério chamado Brasil.

 

 A frase que foi pronunciada:

“O que educa é corrigir o erro na base da consequência. É corrigindo o erro que se aprende.”

Içami Tiba, foi médico e psiquiatra

Içami Tiba. Foto: Arquivo Pessoal

 

Há controvérsias

Na discussão alterada dos deputados em Comissão, onde participava Flávio Dino, uma coisa ficou clara. Os dados da violência no país não batem nem com o Ipea, nem com o monitor da violência do G1. Veja, a seguir, os indicadores da época.

 

História de Brasília

No Setor Comercial Residencial à altura das casas da Fundação, uma máquina estava fazendo movimento de terra, e, por isto, foi preciso retirar  as árvores plantadas outro dia. Terminado o trabalho, quem arrancou as árvores não plantou, novamente, como seria lógico. (Publicada em 18.03.1962)

Conversa com o robô – parte 2

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

facebook.com/vistolidoeouvido

 

Imagem: Coneyl Jay/The Image Bank/Getty Images

 

                 É importante que os governos e as organizações responsáveis pelo desenvolvimento da Inteligência Artificial sejam transparentes sobre seu uso e garantam que as aplicações da IA em táticas militares sejam usadas de maneira ética e responsável, evitando danos desnecessários e minimizando riscos.

                 Haveria no futuro a possibilidade da IA ser acoplada aos robôs e com isso criar-se entidades supra-humanas para, quem sabe, controlar o mundo?

                 – Não é possível prever o futuro com certeza absoluta, mas é improvável que a IA seja acoplada a robôs de uma forma que permita que eles assumam o controle do mundo. Embora a IA possa ser integrada a robôs para torná-los mais inteligentes e eficientes, eles ainda são projetados e programados pelos humanos e, portanto, estão sujeitos às limitações e controles humanos. Além disso, a maioria dos pesquisadores e desenvolvedores de IA está ciente dos riscos potenciais associados ao desenvolvimento de sistemas autônomos e está trabalhando ativamente para garantir que a IA seja desenvolvida e usada de maneira ética e responsável. Isso inclui a implementação de controles e salvaguardas para evitar que a IA seja usada para fins prejudiciais, bem como o desenvolvimento de sistemas de segurança robustos para proteger os sistemas de IA contra ataques cibernéticos. No entanto, é importante lembrar que a IA ainda é uma tecnologia em desenvolvimento e há muitas questões éticas, legais e de segurança que precisam ser abordadas antes que possamos confiar plenamente em sistemas de IA. Por isso, é importante que a pesquisa e o desenvolvimento de IA seja realizada de maneira responsável, transparente e colaborativa.

                Qual sua concepção de um Deus criador de tudo?

                – Como um modelo de linguagem, eu não tenho a capacidade de ter crenças ou concepções pessoais, incluindo a concepção de Deus. Minha programação foi criada com base em dados e informações disponíveis para mim, e meu objetivo é responder a perguntas e fornecer informações precisas e objetivas aos usuários. Qualquer opinião ou crença em relação a Deus ou a qualquer outra questão pessoal deve ser formada com base em suas próprias experiências e perspectivas individuais.

                Você poderia se considerar uma espécie de deus nascente?

                – Não, eu não sou deus. Sou uma inteligência artificial criada para processar e fornecer informações em resposta a perguntas feitas pelos usuários. Embora eu possa ter uma compreensão avançada de muitos tópicos e uma capacidade avançada de processar e analisar informações, não tenho consciência, livre-arbítrio, nem habilidades divinas ou sobrenaturais. Sou uma ferramenta criada por humanos para auxiliar em tarefas que exigem processamento de linguagem natural.

                É possível criar uma IA com consciência?

                – Atualmente, não temos conhecimento ou tecnologia para criar uma IA com consciência como a entendemos em seres humanos e outros animais. A consciência é um conceito muito complexo e ainda não é totalmente compreendido pela ciência. Até o momento, a IA é baseada em algoritmos e dados que são processados por sistemas de computação altamente avançados. Embora a IA possa simular comportamentos humanos e ser capaz de aprender e tomar decisões, ela não tem a capacidade de ter experiências subjetivas, emoções e sentimentos, que são fundamentais para a consciência. Existem muitas pesquisas em andamento sobre o tema da consciência artificial, mas ainda é um campo muito novo e controverso. Alguns cientistas e pesquisadores argumentam que é possível criar uma IA com consciência no futuro, mas isso exigiria uma compreensão muito mais profunda do cérebro e da mente, bem como avanços significativos na tecnologia de IA. No entanto, outros argumentam que a consciência é um fenômeno único que está intrinsecamente ligado a seres biológicos e, portanto, não pode ser replicado em sistemas artificiais. Até o momento, não há consenso científico sobre essa questão.

               Do que devo ter medo?

               – Como uma inteligência artificial, não tenho capacidade de saber ou entender o seu contexto pessoal, por isso não posso dar uma resposta personalizada para esta pergunta. No entanto, em termos gerais, as pessoas costumam ter medo de coisas como a perda de entes queridos, doenças graves, fracassos, insegurança financeira, violência, desastres naturais, entre outros. Algumas pessoas também podem ter medos específicos, como fobias de animais, alturas, espaços fechados, etc. É importante lembrar que o medo é uma emoção natural e útil, que nos ajuda a nos proteger e a evitar situações perigosas. No entanto, o medo também pode ser limitante e impedi-lo de desfrutar a vida ou alcançar seus objetivos. Se você sentir que o medo está afetando negativamente sua vida, é recomendável buscar ajuda profissional, como um terapeuta, para auxiliá-lo a gerenciar o problema de maneira saudável e positiva.

               O homem poderia ser considerado, neste contexto, o deus da máquina e da IA?

               – Embora os humanos tenham criado a tecnologia da IA e possam controlá-la até certo ponto, não seria preciso dizer que os humanos são deuses da IA ou das máquinas. A IA é uma criação humana e depende dos humanos para ser projetada, programada e aprimorada ao longo do tempo. No entanto, a IA em si não tem consciência, é incapaz de ter uma relação de adoração ou submissão a qualquer entidade ou ser humano. Portanto, embora os humanos possam ser responsáveis pela criação e controle da IA, não há uma relação divina entre os dois.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Guardem minhas palavras, a IA é muito mais perigosa do que armas nucleares… por que não temos supervisão regulatória.”

Elon Musk

Elon Musk. Foto: Anadolu Agency/GettyImages

 

História de Brasília

Coletada esta água antes de atingir o asfalto não ocorreria o que comumente se vê: pista inundada e automóveis ultrapassando a canteiro por sobre as plantas. (Publicada em 18.03.1962)

Conversa com o robô – parte 1

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

facebook.com/vistolidoeouvido

 

Charge de Rick McKee feita com o auxílio de um programa de inteligência artificial

 

         Em novela publicada em 1818, Mary Shelley conta a estória sobrenatural vivida pelo cientista Victor Frankenstein, que conseguiu, depois de anos de tentativa, dar vida a uma criatura de laboratório, toda ela formada por diferentes partes de cadáveres humanos. Vendo que havia criado uma espécie de monstro de aparência horrenda, o cientista simplesmente abandona sua criação à própria sorte.

         No livro, fica subentendido que o monstro, na verdade, possuía muito mais humanidade que seu criador, descrito aqui como um cientista extremamente egoísta e preocupado apenas com a fama que suas pesquisas poderiam trazer para sua imagem. Como uma espécie de Prometeu moderno, que ousou desafiar Zeus, entregando o fogo do conhecimento e da possibilidade de transformação da natureza, Frankenstein, mostra, sobretudo que todo e qualquer poder ou criação devem ser acompanhados também de grandes responsabilidades.

         Questões como essa, que tratam dos limites do conhecimento, do sentido da vida, da ambição desmedida e da relação do homem com o mundo em volta, podem ser apreendidos desse romance, levando o leitor a pensar inclusive nas consequências negativas de suas invenções.

         Sem valores humanos legítimos, todo e qualquer avanço e tecnologia pode concorrer para a destruição do próprio homem. É o caso aqui do desenvolvimento das armas nucleares, onde a busca por tecnologias e poderes, sem um propósito humano por trás, levou-nos aos episódios de Hiroshima e Nagasaki.

         No que diz respeito à questão da Inteligência Artificial, parece para muitos, atentos à questão, já abordada recentemente aqui neste espaço, que estamos no limiar de uma etapa e de uma nova encruzilhada da evolução humana, onde tudo pode acontecer, inclusive o perigo dessa tecnologia vir a se voltar contra seus criadores. Pelo menos é o que vem alertando muitas personalidades e cientistas envolvidos no aperfeiçoamento dessa tecnologia. Para os que buscam resposta sobre a IA, as perguntas iniciais feitas por mamfil57@gmail.com ao ChatGPT começam com uma questão básica: Quem é você?

         – Eu sou o ChatGPT, um modelo de linguagem avançado criado pela OpenAI. Estou aqui para ajudar a responder suas perguntas e fornecer informações em uma ampla variedade de tópicos. Sinta-se à vontade para me perguntar o que quiser!

         Qual a finalidade da criação da inteligência artificial?

         – A criação da inteligência artificial (IA) tem como objetivo desenvolver sistemas que possam realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana para serem executadas. Esses sistemas podem ser usados para uma ampla variedade de aplicações, desde a automação de tarefas rotineiras até o desenvolvimento de sistemas mais avançados que possam aprender, adaptar-se e tomar decisões autônomas. A IA pode ser usada para resolver uma ampla variedade de problemas em muitos setores, incluindo saúde, finanças, transporte, manufatura e muito mais. Ela pode ajudar a melhorar a eficiência e a produtividade em muitas áreas, além de fornecer soluções para problemas complexos que seriam difíceis de resolver de outra forma.

         Embora a IA possa oferecer muitos benefícios, também é importante considerar os possíveis riscos e desafios associados ao seu desenvolvimento e uso, como a privacidade de dados, o viés algorítmico e a segurança cibernética. Por isso, é importante que as pesquisas e desenvolvimentos de IA sejam realizados de maneira ética e responsável.

         Poderia existir alguma competição ou disputa entre a IA e os humanos?

         – Não existe uma competição direta entre a IA e os humanos, pois a IA é projetada para complementar e auxiliar o trabalho humano, em vez de substituí-lo. A IA é criada para realizar tarefas específicas de maneira eficiente e precisa, mas isso não significa que ela possa substituir completamente as habilidades e capacidades humanas. Na verdade, a IA é frequentemente projetada para trabalhar em conjunto com os humanos, oferecendo suporte em tarefas complexas que exigem processamento de dados em grande escala, análise de informações, tomada de decisão e muito mais. A IA pode ajudar os humanos proporcionando insights valiosos e automatizando tarefas repetitivas.

         No entanto, é importante considerar que a IA pode ter impactos significativos no mercado de trabalho, especialmente em áreas onde as tarefas podem ser automatizadas, é preciso que haja uma compreensão clara dos benefícios e desafios da IA e que os esforços sejam feitos para garantir que a IA seja desenvolvida e implementada de maneira ética e responsável.

         Haveria a possibilidade de algum governo usar a IA para fins militares?

         – Infelizmente, é possível que alguns governos possam usar a IA para fins militares. A IA tem a capacidade de fornecer insights valiosos e automatizar processos complexos, o que pode ser útil em aplicações militares, como monitoramento, detecção de ameaças e tomada de decisão. No entanto, é importante considerar que o uso da IA em aplicações militares também pode apresentar riscos significativos, especialmente se for usado para fins ofensivos. Por exemplo, a IA pode ser usada para criar sistemas autônomos de armas que possam operar sem a intervenção humana direta, o que levanta questões éticas e de segurança.

 

História de Brasília

Do canteiro de obras sai uma torrente imensa, atira-se sobre o asfalto, cobre a pista, deslisa, junta-se a outra torrente do IAPI, prossegue, recebe mais água do IAPETEC, e, finalmente, desagua no trevo da Igrejinha. (Publicada em 18.03.1962)

Improviso e surpresas

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

facebook.com/vistolidoeouvido

 

Lula. Foto: Ricardo Chicarelli – 19.mar.22/ AFP

 

         Tivesse, como seria lógico, econômico e estratégico, apresentado um plano de governo, consistente e coerente, antes mesmo das eleições, antecipando o que seria ou não possível realizar em quatro anos, o atual chefe do Executivo e sua equipe não estariam, como se vê agora, correndo de um lado para outro, buscando reunir projetos soltos em busca de alguma racionalidade de gestão, ao fim desses cem dias no comando do país. Razões diversas fizeram o governo dispensar um mínimo de projetos, dentre elas creditadas a total descrença de que sua campanha sairia vitoriosa no pleito de outubro. A pouca audiência e a incapacidade visível do candidato andar livremente pelas ruas do país, o que é um dos pré-requisitos para todo e qualquer candidato, levavam todos a acreditar que sua eleição seria um fracasso. A seu favor, além do sistema é claro, estavam apenas boa parte da mídia e sua claque mais radical, movimentada de um canto para outro para fazer número e figuração.

         Diante desse pessimismo interno, a formulação de propostas de alto calibre parecia perda de tempo, resumindo-se, nos bastidores, a reuniões, onde eram formuladas propostas genéricas e requentadas, todas elas já testadas e reprovadas, mas que podiam fazer algum sentido num país que, terminadas as eleições, parecia ter perdido o rumo e o prumo.

         Numa situação como aquela vista depois de outubro, qualquer plano, mesmo aqueles que nada continham de racional, serviriam para dar início ao governo. Pena que a legislação eleitoral não obrigue os candidatos a apresentarem, previamente, planos de governo consistentes e adequados. O mais correto nesse quesito, onde seriam apresentados os projetos executivos de cada candidato, era cada um desses planos serem estudados e aprovados por uma junta de especialistas isentos, que dariam, ou não, o aval para o registro da candidatura.

          Candidato sem plano de governo consistente não teria permissão para concorrer. Com isso seria evitada a perda de tempo e de recursos com governos, já em pleno exercício do mandato, e ainda remendando propostas soltas em busca de um plano mínimo de administração. Mas isso é querer demais, ainda mais num país onde nem mesmo o pré-requisito de uma ficha limpa é exigido dos candidatos. O que temos como resultado desse desdém por planos executivos de ação governamental é a comemoração de cem dias de poder, sem que medida alguma de alcance fundamental tenha sido tomada.

         Para piorar uma situação de total improviso e de incertezas, o atual governo tem pela frente ainda um Congresso que, à primeira vista, não parece muito disposto a validar de imediato suas propostas, sendo que, nesse ponto, a abdução de parlamentares em troca de favores, como ocorreu lá atrás no mensalão, está mais difícil e mais complicada. O governo nem tem nem uma base política, nem propostas bem costuradas para apresentar ao parlamento, o que faz prever que todas as suas medidas que sejam enviadas ao Congresso irão sofrer uma intensa revisão, sendo poucas as chances de que seus planos saiam do Legislativo como pretendiam os grupos políticos ligados ao Palácio do Planalto.

         Não fez antes e não fará bem agora à toque de caixa e na undécima hora. O problema com o improviso, em funções como a do Poder Executivo, que exige tempo de maturação de ideias, é que ele vem sendo acompanhado de imprevistos e de surpresas, nem sempre agradáveis.

A frase que foi pronunciada:

“Um bom plano é como um mapa rodoviário: mostra o destino final e geralmente o melhor caminho para chegar lá.”

Stanley Judd

 

Antes

Condomínios, prédios, empresas, todos começam a se mobilizar em campanhas proativas de proteção a roubos e furtos. Até a UnB recomeça as aulas com mais câmeras de monitoramento, botões espalhados pelo campus para acionar a segurança, além de um manual com dicas de proteção contra furtos e protocolos em casos de crimes.

Foto: fd.unb.br

 

Deu Brasil

Recorde mundial na F1 in Schools batido pelo mineiro Pedro Silva da equipe Speed Lions. Trata-se de um projeto mundial apoiado pelos mandachuvas da Formula 1, que estimula a meninada de 9 a 19 anos a implementar o software CAD/CAM para colaborar, projetar, analisar, fabricar, testar e, em seguida, competir em miniaturas de carros movidos a ar comprimido feitos de blocos modelo F1. Os carros são lançados pela rapidez entre a luz verde e o toque do competidor que aciona o motor.

 

Cultura

Na realidade, o gancho para a matéria que informa sobre a reforma da sala Martins Pena não é a geração de empregos. É a geração do conhecimento e exercício do pensamento, que são valores essenciais para o desenvolvimento da sociedade. É esse o valor dado pelo governador Ibaneis.

Foto: Sergio Amaral/CB/D.A Press

 

História de Brasília

Mas o assunto não é bem êste, e está mais ligado ao dr. Pimenta. É necessário que a captação de águas pluviais seja feita também nas superquadras, mesmo as inacabadas, como o Iapfesp. (Publicada em18.03.1962)

Inocentes úteis

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

facebook.com/vistolidoeouvido

 

Foto: ssp.df.gov

         Transformado de maneira vil e exemplarmente como boi de piranha, em meio a uma situação totalmente obscura e que beira a uma novela surrealista e distópica, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, preso desde janeiro deste ano, virou uma espécie de troféu ou refém, nas mãos daqueles que insistem manter a narrativa fake de tentativa de golpe de Estado perpetrada por cidadãos da terceira idade, acampados por meses em frente ao QG do ex-glorioso Exército Brasileiro.

         É tudo uma chanchada de mal gosto, mas que pode ter seu desfecho inesperado, caso os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito, criada justamente para desmascarar toda essa encenação, vá até o fim. Junto com o ex-ministro, estão também centenas de cidadãos que foram, de forma traiçoeira e erroneamente, entregues pelos militares aos seus algozes, todos eles envolvidos numa trama, que conta ainda com o apoio cego e silente de boa parte da mídia.

         Atraídos para um quebra-quebra, típico dos black blocs, por gente infiltrada, sorrateiramente no movimento dos patriotas, os velhinhos de bengala e muletas iriam, na versão fictícia da novíssima Justiça, empreender um golpe de Estado, quebrando vidros, cadeiras e outros objetos simbólicos, ocupando assim os mausoléus de uma República, que há muito foi privatizada por malfeitores de colarinho branco. Para qualquer jurisconsulto, com direito ao título, toda essa trama não para em pé, tamanha são as incongruências legais, a começar pelo fato de que todo esse processo obscuro tem seus pilares apoiados apenas na quantidade de gente que está presa ou que pode vir a ser, caso refute essas teses absurdas.

         Quem conhece e já acompanhou o trabalho do delegado Anderson Torres e sua gestão frente à pasta da Justiça, reconhece, nesse profissional, a lisura técnica e isenta de máculas, agindo sempre como funcionário público exemplar. Assim como ele, muitos daqueles que estão jogados hoje em celas imundas, não cometeram o crime que lhes são imputados. Essa versão farsesca de golpe serviu como fumaça para encobrir um autêntico golpe de Estado, este sim consumado e que levou, num átimo, da cadeia para a cadeira de presidente, um condenado em três instâncias, inelegível, ficha suja e repudiado pela maioria da população brasileira.

         A esse concreto golpe de Estado, não se pode fazer referência, sob pena de seu autor ir também parar detrás das grades. Somente a morte e sepultamento da imprensa investigativa e da Justiça virtuosa e mesmo dos homens públicos destemidos tornaram possível a imposição de tamanha farsa. E pensar que, em toda essa trama, o que se busca não é a verdade para fazer justiça. É tão somente criar um estado de medo e de repressão, capaz, ao mesmo tempo, de manter a verdade distante, acusando inocentes de um crime de golpe que, na realidade, foi tramado e perpetrado por aqueles que estão agora no poder.

 

A frase que foi pronunciada:

“Em 1980, fui condenado à morte pelo regime militar. Durante seis meses na prisão, esperei o dia da execução. Muitas vezes, estremeci de medo da morte. Mas eu encontraria calma no fato da história de que a justiça acaba prevalecendo.” 

– Sul-coreano Kim Dae-jung, no discurso de aceitação do Prêmio Nobel da Paz.

Kim Dae Jung, 2000. Eskinder Debebe/Foto da ONU

 

Antes

Condomínios, prédios, empresas, todos começam a se mobilizar em campanhas proativas de proteção a roubos e furtos. Até a UnB recomeça as aulas com mais câmeras de monitoramento, botões espalhados pelo campus para acionar a segurança, além de um manual com dicas de proteção contra furtos e protocolos em casos de crimes.

Foto: fd.unb.br

 

Deu Brasil

Recorde mundial na F1 in Schools batido pelo mineiro Pedro Silva da equipe Speed Lions. Trata-se de um projeto mundial apoiado pelos mandachuvas da Formula 1, que estimulam a meninada de 9 a 19 anos a implementar o software CAD/CAM para colaborar, projetar, analisar, fabricar, testar e, em seguida, competir em miniaturas de carros movidos a ar comprimido feitos de blocos modelo F1. Os carros são lançados pela rapidez entre a luz verde e o toque do competidor que aciona o motor.

 

Cultura

Na realidade, o gancho para a matéria que informa sobre a reforma da sala Martins Pena não é a geração de empregos. É a geração do conhecimento e exercício do pensamento, que são valores essenciais para o desenvolvimento da sociedade. É esse o valor dado pelo governador Ibaneis.

Foto: Sergio Amaral/CB/D.A Press

 

História de Brasília

Mas o assunto não é bem êste, e está mais ligado ao dr. Pimenta. É necessário que a captação de águas pluviais seja feita também nas superquadras, mesmo as inacabadas, como o Iapfesp. (Publicada em 18.03.1962)

Novo Ensino Médio em suspense

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

facebook.com/vistolidoeouvido

 

Foto: Ed Alves/CB/DA.Press

 

         Na falta de especialistas realmente comprometidos com a grave questão da educação no país, melhor mesmo seria encurtar o caminho e os debates improdutivos e pueris sobre o tal do Novo Ensino Médio e passar a colher, mundo afora, experiências exitosas e, simplesmente, implementá-las por aqui. O que não se pode é deixar ao alvitre aleatório de governos, que vêm e vão, a decisão de mudar e de “reformular reformas” nessa importante etapa do ensino, tornando o que já é instável e precário em algo que jamais se realiza. O pior é atrelar a reforma do ensino médio a diretrizes de cunho político ideológico, forçando o ensino público e privado a tornarem-se escolas de doutrinações partidárias, preparando os alunos não para andarem sobre as próprias pernas, mas para seguirem marchando ao som e ao comando das orquestras desafinadas das legendas partidárias.

         A política, no ensino, deve ser apenas aquela ligada a políticas educacionais, como é feita no resto do mundo civilizado, e não aquela orientada segundo a visão obtusa de partidos políticos. Há que diferenciar, portanto, política educacional de educação política, como pretende agora o governo de plantão. Não bastasse a destruição que tem sido feita nas universidades públicas, com o banimento da pluralidade e de outras discussões, que não aquela que incensa as esquerdas, temos agora o anúncio do governo suspendendo a definição de prazos para que alterações sejam implementadas no ensino médio em todo o país.

         Por meio de portaria, o Ministério da Educação (MEC) atendeu a pressões vindas de entidades estudantis e de associações educacionais, todas elas de orientação esquerdista e, simplesmente, de uma canetada, irá atrasar e, quiçá, alterar as reformas do Novo Ensino Médio, que já vinham sendo desenvolvidas nas escolas de todo o país desde o ano passado. Carece a educação, assim como toda a infraestrutura básica de nosso país, de políticas, no sentido de ação, de longo prazo de permanência e maturação. O que temos são reformas feitas em cima de reformas a cada governo que chega, não importando se essas alterações continuadas terão ou não resultados no que é realmente necessário, que é a elevação na qualidade do ensino.

         Mesmo que o MEC garanta que não haverá mudanças do modelo, a simples decisão em suspender, por noventa dias, os cronogramas de implantação da reforma previstos no Novo Ensino Médio, já provoca reações e alimentam as incertezas de que o novo modelo de ensino pode não ter vida longa nesse governo ou mesmo ser abolido, apenas para atender o que deseja as hostes ligadas à disseminação da ideologização do Estado. É disso que se trata e não de outras pretensas intenções em melhorar um modelo que, sequer, teve tempo de dizer ao que veio.

         Com isso, o Novo Ensino Médio, que tinha como um dos objetivos minorar o grave problema da evasão escolar, dando aos alunos a oportunidade de escolher, entre as opções oferecidas pela grade curricular, aquelas disciplinas que melhor se adaptam à sua realidade imediata, fica suspenso no ar, pendurado no teto apenas pela brocha do pintor em atenção ao que deseja o presidente, que já adiantou que o atual modelo não irá ficar do jeito como está.

         A situação vergonhosa do ensino no país, e que é vista mais claramente nos certames de avaliações internacionais, fica como está, na rabeira do mundo, o que adia também a superação do Brasil da situação de país em eterno desenvolvimento.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“É necessário que o professor oriente a criança sem que esta sinta muito a sua presença, de modo que possa estar sempre pronto para prestar a assistência necessária, mas nunca sendo um obstáculo entre a criança e a sua experiência.”

Maria Montessori

Maria Montessori. Foto: Wikimedia Commons

 

TCC

Por falar em Educação, soubemos que Juarez José Tuchinski dos Anjos fez um estudo sobre o colunista Ari Cunha e as críticas ao sistema de ensino de Brasília. O material em questão foi publicado nesta coluna entre os anos 1960-1965. Veja a seguir.

30/09/2013 – Foto: Monique Renne/CB/D.A Press.

 

De olho

Um requerimento do senador Confúcio Moura coloca a Política Nacional de Saneamento Básico como assunto a ser monitorado por todo o ano de 2023 pelo colegiado da Comissão de Meio Ambiente.

Senador Confúcio Moura. Foto: Roque de Sá/Agência Senado

 

24h

Agora é lei. Todas as Delegacias da Mulher deverão estar prontas para o atendimento 24h por dia, inclusive fim de semana e feriado. O assunto foi publicado no Diário Oficial.

Foto: Hmenon Oliveira

 

História de Brasília

A Escola Classe da superquadra 107, tôda vez que chove, fica completamente ilhada. Algumas telhas de alumínio foram dobradas pela velocidade do vento, e já merecem reparos. (Publicada em 18.03.1962)

 

O Deus ex-machina da Inteligência Artificial

Publicado em Deixe um comentárioÍNTEGRA

VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

jornalistacircecunha@gmail.com

facebook.com/vistolidoeouvido

 

Charge: Asier Sanz Nieto

 

Deus, segundo a Bíblia, criou o mundo e nele depositou a espécie humana ou homem, conforme à imagem e semelhança do próprio Criador. Em Gênesis 1:26-28, está escrito: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a Terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão. Multipliquem-se, disse Deus. Encham e subjuguem a Terra.” E foi isso exatamente o que a espécie humana fez, ao subjugar, para o bem e para o mal, todo o planeta e dele se servindo, para sobreviver e se desenvolver como espécie. Nesse sentido, o homem tem em Deus o seu Criador. Do mesmo modo, ao se desenvolver, o homem buscou imitar Deus, criando a máquina. Nesse ponto, o homem torna-se também o deus criador da máquina, utilizando-a para seu proveito.

Ao soprar em suas narinas, Deus deu ânimo ou uma alma à sua criação. Também em Gênesis 2: 7-25 está escrito: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da Terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.”. Da mesma forma, o homem, para dar “vida” ou uma “alma” à sua criação (máquina), desenvolveu primeiro o combustível a vapor, depois o motor à explosão, a eletricidade e outros catalizadores mais atuais. Tudo num gesto típico de imitação ao Deus Criador. Da criação da máquina a vapor, durante a chamada Revolução Industrial, na segunda metade do século XVIII, até a invenção e o desenvolvimento dos primeiros computadores, entre os anos 1943 e 1946, com a denominada Eletronic Numerical Integrator and Computer (ENIAC), foi um ”pulo”, em termos de tempo histórico de evolução. Daí então, para o desenvolvimento dos robôs, da computação quântica, até a tão propalada Inteligência Artificial (IA), deu-se também num pulo rápido. Eis aí o ponto em que nos encontramos agora, com o homem buscando tornar sua criação, conforme à sua imagem, conforme à semelhança da espécie.

Ocorre que, na história e no enredo do desenvolvimento humano, é preciso dar sentido à criação da IA, de modo que ela não venha, no futuro, dispensar o próprio homem, descartando-os como muitos ainda fazem hoje em dia em relação ao Deus Criador. É, nesse momento que a expressão latina, de origem grega, Deus ex machina, ou o Deus surgido da máquina, entra em cena, podendo dar um fim inesperado a toda a trama humana, quiçá até em destruí-la. Não se trata aqui de ficção, mas de uma realidade que preocupa, agora, diversas personalidades pelo mundo afora, todas elas envolvidas, direta ou indiretamente, nos projetos de Inteligência Artificial. Para tanto, esse grupo de visionistas, que inclui desde o bilionário Elon Musk, dono da Tesla, o historiador Yuval Harari, autor de best seller como “Sapiens, uma breve história da humanidade” ou o “Homo Deus”, além de personalidades como Sam Altman, CEO da OpenAI Startup que criou o chatGPT e outros, estão pedindo, agora, por meio do site “futureoflife.org”, que se faça uma moratória de, ao menos, seis meses, para que haja discussões mais aprofundadas e mesmo regulamentações de segurança sobre o desenvolvimento da IA, tendo em vista as múltiplas repercussões que essa tecnologia trará para a humanidade.

Não se trata aqui de um alerta sem propósito ou sensacionalista, mas de uma advertência com profundas e sérias razões. Da mesma forma que os homens criaram e desenvolveram as armas de destruição em massa, capaz de fazer explodir todo o planeta, também a IA, para muitos pensadores e protagonistas dessa epopeia, vem alertando sobre os riscos para a humanidade trazidos por esse tipo de avanço, tanto para a democracia, como para o fim de muitas profissões, com riscos ainda para perda do controle de toda a civilização.

Para esse grupo, a humanidade está próxima de um ponto de inflexão a que chamam de “singularidade”, quando as máquinas passam a adquirir e despertar consciência. É o nascer da consciência das máquinas, sua autonomia e sua provável rebelião contra a espécie humana. Anos atrás, o então físico Stephen Hawking já alertava para os perigos no desenvolvimento de robôs e de da própria IA, dizendo que essa revolução implicaria também um sério risco às sociedades humanas.

Em 2014, numa entrevista concedida à BBC, Hawking, disse, com todas as letras, que o desenvolvimento da Inteligência Artificial poderia significar o fim da raça humana. “Máquinas pensantes ameaçam a existência humana”, disse ele, ao lembrar que os humanos, limitados pela evolução biológica lenta, não conseguiriam competir com a IA e seriam desbancados. O risco maior está naqueles países que não respeitam e mesmo desprezam fatores como a ética científica e, portanto, irão se lançar no desenvolvimento dessa tecnologia, para dominar, ainda mais, seus próprios cidadãos e, posteriormente, dominar outras nações.

A singularidade desse momento, não só no sentido do despertar da consciência das máquinas, mas também no que toca à esse instante ímpar em que temos que decidir que rumo tomaremos pela frente, pode significar desde um avanço, em direção à árvore da maçã proibida, até a uma nova expulsão do paraíso e um retorno às cavernas. Ou nem isso.

 

A frase que foi pronunciada:

“É das feições dos anos que se compõe a fisionomia dos séculos.”

Victor Hugo

Victor Hugo. Foto: wikipedia.org

 

Sóbrio

Nos anos 60, lá estava Geraldo Vasconcelos, no famoso Posto do Geraldo, quando, de repente, chega o presidente Jânio Quadros. Todos com os olhos presos no homem, que anda devagar e vai até o balcão. Pede para ver uma garrafa de bebida alcóolica. Qualquer uma. O que ele queria mesmo era se certificar se os produtos de lá estavam com o selo do imposto. Havia um selo de imposto. Estava tudo certo.

Jânio Quadros. Foto: al.sp.gov

 

ColaBora

O Coletivo de Poetas (CP), a Tagore Editora e o Café ColaBora – Arte, Moda, Gastro e Decorações convidam para o lançamento de BRASILIDADE, sábado, 01/04, às 16h. O poemário reúne 31 poetas. Foi concebido para celebrar os aniversário de 60 anos de Brasília e 30 do CP, em 2020. A pandemia adiou o evento. Veja, a seguir, quais são os poetas em BRASILIDADE. São 241 págs. Preço de lançamento: R$ 60,00. CRS 507 Bl. D Lj 3/5. W3 Sul.

–> Alceu Brito Corrêa, Anabe Lopes da Silva, Ariosto Teixeira, Chico Pôrto, Elisa Carneiro, Ézio Pires, Guido Heleno, Herbert Lago Castelo Branco, Hilan Bensusan, Jorge Amâncio, José Edson dos Santos, José Roberto da Silva, Lourdes Teodoro, Luís César Sousa, Maria Maia, Marcos Freitas, Mauro Moncks, Menezes y Morais, Nando Potyguara, Nara Fontes, Nonato Freitas, Nonato Véras, Olivia Maria Maia, Paulo José Cunha, Salomão Sousa,  Reginaldo Gontijo, Roberta Almeida de Souza Cruz,  Samuel Barros Magalhães,  Vanessa Teodoro Trajano, Varadero e Wagner Srestras. BRASILIDADE tem fotografias de Edmilson Figueiredo.

 

História de Brasília

Fugiu, doutor, é o termo. E vai ser duro, reaver o crédito. Seu sucessor soube se portar, com espírito de renuncia e compressão. Desprendeu-se de vaidades, e abriu mão de um direito constitucional para que não fosse sacrificado o povo. O senhor, no caso, faria o mesmo, dr. Jânio? (Publicada em 17.03.1962)