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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
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Possivelmente, estamos assistindo o parto dolorido de um novo mundo, mas, para isso, será preciso que o velho ceda lugar ao que vem pela frente. Para os historiadores, não há surpresas nesse fenômeno, o mundo existe entre uma sístole e uma diástole e isso não pode ser alterado; faz parte da roda gigantesca que move todos. Para alguns gurus da economia, estamos no preâmbulo final do que seria o capitalismo tradicional, com a instalação de uma nova ordem, talvez mais centrada em aspectos como a igualdade, o compartilhamento, a reciclagem, o reaproveitamento, a redução do consumo e outras formas de produção que, ao menos, minore o processo de esgotamento dos recursos naturais.
Nesse processo de mudanças gerais, até mesmo as grandes cidades sentirão os efeitos de uma nova época, sendo esvaziadas, com a possibilidade de um retorno das pessoas aos campos e a uma vida mais comunitária. Não se trata aqui de previsões feitas numa bola de cristal, anunciando um novo e regerado mundo. O que parece vir pela frente não deixa alternativas. Para alguns cientistas políticos, nessas mudanças, até mesmo o grande leviatã, representado pelo Estado onipresente e opressor, perderá muito de seu antigo prestígio, assim como boa parte da classe política e dirigente atual que, aliás, já vinha tendo muito de seu prestígio posto por terra, em muitas partes do mundo ocidental.
A descrença no Estado, na classe política e no capitalismo talvez seja a mudança que mais se fará sentir doravante, com reflexos ainda incertos para todos. Vivemos o que filósofos como o italiano Franco Berardi chama de “epidemia de solidão”. É na solidão que o homem é capaz de refletir plenamente sobre si. Para Bernardi, o vírus produziu, no corpo estressado da humanidade, uma espécie de fixação psicótica, que foi capaz de deter o funcionamento abstrato da economia. Para esse filósofo e professor da Academia Brera, em Milão, autor de livros como “Futurabilidade”, “Fenomenologia do Fim”, “Fábrica da Infelicidade” e outros, o isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 forçou, como há milhares de anos vem acontecendo, a humanidade, na figura dos filósofos, a compreender, conceber e organizar o pensamento coletivo.
Esse é, para os que pensam o mundo, uma grande possibilidade de transformar esses fenômenos em conceitos que iluminarão novos caminhos. Na sua avaliação, é preciso, antes de tudo, acreditar que existe uma saída ética, política e científica da atual crise, que poderá ser gerada pela própria imaginação filosófica. Ou é isso, ou será a barbárie e a extinção, como muitos pregam por aí. Talvez, o imprevisto subverta os planos do inevitável. Para ele, a missão da filosofia é imaginar o imprevisível, produzi-lo, provocá-lo e organizá-lo. Mas é no campo econômico onde o filósofo enxerga as mudanças mais profundas, com um possível colapso do que chama de “nós estruturais”, com consequências sérias para a demanda, para o consumo, e com um período de deflação pela frente de longo prazo, o que, por sua vez, provocará uma crise também na produção, com reflexos diretos no desemprego.
Segundo acredita, mais do que uma simples depressão, poderá haver o fim do modelo capitalista, com a implosão de uma série de conceitos e estruturas que mantêm as sociedades unidas. Isso não quer dizer que haverá ainda, por um certo período, um grande fortalecimento das empresas digitais, o que poderá estimular um certo controle tecno-totalitário por partes de alguns governos. Há no horizonte, segundo pensa Berardi, uma bolha econômica no sistema financeiro que pode vir a estourar também. Todas essas mudanças, a seu ver, provocarão um caos jamais visto, virando o mundo de cabeça para baixo.
Mas é no caos que o filósofo enxerga a proliferação de comunidades autônomas, com experimentos igualitários de sobrevivência. O próprio planeta, por seu estágio de deterioração, não permite mais o prolongamento do atual modelo capitalista de consumo. “O crescimento, diz, não retornará amanhã ou nunca.” As consequências do vírus não se faz sentir apenas no seu âmbito de saúde da economia, mas se transformou numa espécie de doença psicológica e mental, que afeta, principalmente, a esperança no futuro. E isso, pondera, nos obrigará a imaginar novas formas de vida pós-economia, mais autônoma, centrada na autoprodução do necessário, na autodefesa, inclusive armada.
A rapidez e complexidade dos eventos atuais são, na sua concepção, fortes demais para que haja uma elaboração emocional e consciente de tudo que se forma à nossa volta. O vírus, acredita ele, é uma entidade invisível e ingovernável e o mundo parece se desfazer debaixo de nossos pés, sem que possamos fazer nada a respeito de forma imediata e definitiva. O mais sério parece ser a possibilidade de a vacina não decretar o fim da pandemia. Na impossibilidade de determos, a contento, as sérias consequências de um mundo pós-pandemia, o que parece ser mais efetivo é a criação de redes comunitárias autônomas que não se firmem em conceitos como o lucro e a acumulação, mas baseada em hábitos de sobrevivência mais frugais.
Nesse ponto, o filósofo diz não acreditar em soluções de longo prazo. Não há tempo para isso. O mais sintomático é que as elites políticas, todas elas, não possuem capacidade de apresentar soluções mínimas para o problema. A política, como um todo, tornou-se impotente diante de um colapso de tal magnitude. Sentencia. Nesse instante a política tornou-se um jogo sem razão, sem conhecimento. As soluções que podem apresentar, nesse momento, são, em sua visão, derivadas da raiva pela constatação da impotência diante da realidade. Ainda assim, a pandemia, diz, marca uma ruptura antropológica de profundidade abissal, justamente pela proibição de contatos mais íntimos. Trata-se aqui de uma epidemia de solidão que parece decretar a morte até da solidariedade. É uma verdadeira bomba atômica sobre nossas cabeças, acredita Franco Berardi.
O mais afetado será, sem dúvida, o consciente coletivo, através do que chama de sensibilização fóbica, com o inconsciente de todos, capturado de forma abrupta.
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Pelas consequências e repercussões extremamente negativas que trouxeram para a vida nacional, afetando de modo direto a política, a sociedade e a economia, e ainda pelos desdobramentos imprevisíveis que trará para o futuro próximo, a decisão tomada há pouco pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anulando três processos contra Lula, ainda é o assunto que, queiramos ou não, ocupará por um longo tempo todas as pautas de notícias, dentro e fora do país.
Não pela surpresa da decisão monocrática, vinda de um notório simpatizante do lulopetismo e por essa mesma turma indicado a mais alta corte, mas pelo anacronismo da medida e falta de percepção e sensibilidade, como o momento de extrema comoção nacional experimentada pelos brasileiros diante do grande número de mortes diárias, fato esse que coloca o Brasil no topo da lista mundial de vítimas dessa virose.
Até por respeito ao cenário de velório, interno e externo, essa não era a hora apropriada para tentar ressuscitar esse ajuntamento de malfeitores que tanta vileza causaram ao país e que a população, em peso nas ruas, já fez saber a todos que não quer de volta. Até mesmo as pedras portuguesas da Praça dos Três Poderes sabem que a decisão de remeter todo o imenso processo para o fórum de Brasília atende mais as exigências dos renomados e caros escritórios de advocacia do país do que qualquer outro motivo ou razão de justiça.
Por aqui e sob o olhar vigilante dessa junta de causídicos milionários, todo o processo adentrará para o labirinto de filigranas herméticas, donde só sairá depois que tudo for esquecido e se converter em mais uma página virada a retratar o poder perene da impunidade em nossa triste República.
Em mais esse imbróglio que o STF mete o país, causa indignação, aos cidadãos de bem, o fato de o também egóico e “rabulesco” ministro Gilmar Mendes, amparado pelas escutas ilegais de hackers criminosos, pretender lançar o probo ex-juiz Sérgio Moro na arena dos leões, sob o argumento de que não se pode combater crime com outro crime.
Ao aceitar supostas provas, obtidas por meios ilícitos por um bando de aventureiros a soldo de políticos de mãos sujas, o Supremo pode ter aberto, sem se dar conta, a caixa de Pandora, onde ainda jaz adormecida a Operação Castelo de Areia, deflagrada em 2009 contra a construtora Camargo Corrêa e então comandada pelo então juiz Fausto de Santis. Naquela ocasião, a 6ª turma do Superior Tribunal de Justiça considerou nulas a obtenção de provas, sendo suspensas por decisão do então presidente do STJ, Asfor Rocha, e que, segundo delação de Antonio Palocci, teria recebido, além da quantia de R$ 5 milhões para enterrar o milionário processo, uma promessa feita diretamente por Márcio Thomaz Bastos de uma vaga no Supremo.
Ao aceitar as escutas clandestinas, que também, segundo alguns analistas, trazem implicações de ministros das altas cortes, o Supremo pode ter escancarado as portas não apenas para o livre trânsito e retorno de toda a turma do mensalão e petrolão, mas, de quebra, de todos os grandes corruptos das últimas décadas. Trata-se de uma multidão que daria para lotar o estádio Mané Garrincha.
A frase que foi pronunciada:
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”
Rui Barbosa
Novidade
Governo anuncia a vacina nasal brasileira contra o Covid-19. As pesquisas são coordenadas por bolsistas PQ do CNPQ.
Elas
Recebemos a notícia de que o poeta e jornalista Linhares acaba de assumir a assessoria da Associação dos Papiloscopistas da Polícia Civil do DF. Chegou na gestão da primeira mulher a dirigir a instituição, Maíra Lacerda. Veja, no link Dia Internacional da Mulher, filmete produzido pelas mulheres da instituição. Elas têm a força!
Infelizmente
Mais uma restrição imposta pelo Covid gera a aflição de milhares de candidatos. A PF adia as provas do concurso marcadas para o dia 21 deste mês. Para quem passa anos estudando, é uma notícia bombástica.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Isto, no dia 26 de setembro de 1961. No dia 9 de janeiro de 62, com as coisas muito mais caras, portanto, o presidente Pery Rodrigues estabeleceu o preço de Cr4 17.900,00 para o aluguel dos mesmos apartamentos. (Publicado em 26/01/1962)
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Guardadas as devidas distâncias de etimologia, a insegurança jurídica, que o Brasil experimenta agora com as decisões desencontradas vindas da atual composição do Supremo Tribunal Federal, muito se assemelha à doença psiquiátrica caracterizada por variações extremadas de comportamento e de humor, comumente denominada Transtorno Bipolar. No campo do Direito, essas variações e mudanças de rumos bruscas, inclusive com alteração de voto na undécima hora, poderiam facilmente ser diagnosticadas como Transtorno Jurídico Bipolar. Na psicologia, é uma doença com boas chances de cura, a depender do paciente e da terapia correta. Mas, no campo do Direito, essa bipolaridade de pareceres acentuada, demonstrada a cada reunião plenária da corte suprema, não tem cura conhecida, enquanto não forem, radicalmente, modificados o ambiente e o modelo de indicação dos ministros, bem como o ritual da pseudo sabatina a que são submetidos na Câmara Alta.
Trata-se aqui de uma enfermidade séria, cujo hospedeiro primário é a própria República. Um bom par de exemplo, no mar infinito de outros tantos proferidos por essa douta corte a cada instante, pode ser encontrado quando da mudança surpreendente de entendimento sobre prisão após condenação em segunda instância, e na que busca agora transformar o ex-juiz, Sérgio Moro, em vilão, no caso das condenações dos corruptos apanhados pela Operação Lava Jato.
Obviamente que são duas inversões repentinas de rumos, dentro do que poderia ser entendido como um ponto de inflexão, capaz de alterar vereditos já proferidos e consolidados. Bem sabemos que se tratam de alterações bruscas que, muito mais do que mudança de entendimento, são, na verdade, alterações propositais como um objetivo certeiro de livrar o ex-presidente Lula e sua turma, das acusações de crimes gravíssimos e que, em outros países, seriam exemplarmente punidos com severidade.
Nos dois casos, passou-se de vinho para água, num átimo, transformando a lei escrita e impressa, na Carta Magna, em areia a escorrer por entre os dedos. A impressão, para a grande maioria dos leigos que compõem a nação, é de que existe, de fato, uma engenharia jurídica invisível, capaz de dar o sentido que o magistrado quer naquele momento, não importando o que está materializado na forma de letras impressas. De fato, temos aqui um exemplo tardio que faz com que nossos ministros nas altas cortes se tornem aquilo que dizia ser o próprio Luís XIV da França, no século XVIII, “ l’état et la loi c’est moi”. Nessa questão, em que se observa um erro de origem na indicação política desses depositários de notório saber, temos que, ao caber a essa mais alta instância a capacidade de errar por último, consolidamos uma corte que, em linguagem popular, nasceu torta e permanecerá assim até ao fim.
A frase que foi pronunciada:
“Tolerância não é leniência.”
Dona Dita esclarecendo o que não consegue admitir como certo.
Agenda positiva
Audiência na Câmara Legislativa analisa recategorização do Parque Ecológico do Lago Norte para Estação Ecológica. Há garantias no projeto, de autoria do deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos), de que a proteção será maior. Blindar o parque das atividades imobiliárias é fundamental nessa região, inclusive para garantir as construções que já existem por perto. Proteger as nascentes, flora e fauna também é um investimento. Saiba mais no link Audiência analisa recategorização do Parque Ecológico do Lago Norte para Estação Ecológica.
Tradição
Essa coluna já tratou da profissão que começa a despertar interesse em todo o mundo: os detetives de alimentos. Pesquisam o material para averiguar se a embalagem diz a verdade. Na Inglaterra, país que prima pela tradição, há os investigadores de domicílio. Diferente dos locais que adotam a matrícula do imóvel, como uma certidão de nascimento, ao alugar uma casa na Inglaterra, o morador pode estar sob o mesmo teto em que esteve a rainha do crime, Agatha Christie, sem saber.
Trabalhadores
No Varjão, uma estação de reciclagem funciona a todo vapor. Amplo e organizado, o local merece mais investimento do GDF pela importância do trabalho que presta à comunidade.
Na luta
Senador Izalci anuncia que o projeto de própria autoria sobre o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico foi vetado, mas que começa a unir forças para derrubar esse veto.
Mais respeito
Entra ano e sai ano e, mesmo depois de sessenta anos, os problemas da cidade são quase os mesmos. O comércio que invade o espaço dos pedestres sempre testando as autoridades lenientes.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Uma leitora, dona Maria de Lourdes F. Alves indaga porque a Churrascaria Kastelo tomou, com jardim o lugar de trânsito de pedestre. (Publicado em 27/01/1962)
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Das Organizações Não-Governamentais (ONGs) que têm trabalhado para livrar o planeta e sua imensa população de uma destruição que parece cada vez mais iminente, sem dúvida alguma, o Instituto Terra, criado e gerido pelo renomado fotógrafo Sebastião Salgado e sua esposa Lélia, há mais de duas décadas, é um exemplo para o mundo e principalmente para nosso país, acometido pelo flagelo dos desmatamentos e dos megaincêndios contínuos. Depois de ter plantando mais de 2,3 milhões de árvores e, com isso, recuperado mais de 2 mil nascentes no degradado Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, o Instituto Terra dará início agora a uma ampla e audaciosa campanha visando recuperar o Bioma Mata Atlântica.
Trata-se de um desafio e tanto, mas que, em mãos do casal Lélia Deluiz e Sebastião Salgado, tem tudo para ser um sucesso, não só pelo chamamento que esse tipo de iniciativa consegue hoje junto a população mais esclarecida sobre esse assunto, mas, sobretudo, pela necessidade premente de ver semeado no Brasil o processo de restauração florestal. A ideia não é nova no mundo, mas é sempre bem-vinda e necessária em qualquer tempo e lugar por onde tenham passado homens com sua sede permanente por riquezas. Quem, por acaso, tenha lido o livro de Jean Giono (1895-1970), “O homem que plantava árvores”, de 1953, por certo, teve se deparado com a frase: “…os homens poderiam ser tão eficazes como Deus em algo mais que a destruição.” Com isso, o autor quis dizer que os homens poderiam, se assim dispusessem, imitar o Criador, erguendo e cuidando de todas as formas de vida sobre a Terra, e não destruindo e reduzindo a cinzas como faz a morte, ao deixar escombros e aridez por onde passa.
A observação de Jean veio a propósito da incansável atividade de Elzéard Bouffier, o personagem principal, que, durante a maior chacina de nossa história, representada pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), continuava, dia após dia, plantando carvalhos numa região agreste dos Baixos Alpes Franceses, já abandonada pela população local, devido o desmatamento secular promovido pelos carvoeiros naquela região. O contraste entre quem cuidava de recuperar a vida da região e o morticínio irracional da Guerra de 14/18 é flagrante e mostra, de forma crua, como os homens podem, ao mesmo tempo, abandonar de lado a vida em sua plenitude e seguir os passos da morte, mesmo sabendo dos resultados dessa opção. O texto, que chegou ao Brasil em forma de desenho animado há poucos anos, sendo posteriormente publicado em livro, parece cada vez mais atual, justamente por mostrar a capacidade do ser humano em mudar o mundo ao seu redor, tanto para o bem quanto para o mal. Nesses tempos em que o nosso planeta experimenta, por meio do fenômeno do aquecimento global, o que talvez seja o seu maior desafio de todos os tempos, e que pode por um fim à existência da própria espécie humana na Terra, nada mais hodierno e premonitório do que as mensagens contidas nesse texto escrito ainda no século passado.
Buscar o exato significado para as árvores, num tempo em que ainda se acredita não existir nenhum, é uma tarefa e um desafio que pode nos colocar hoje entre permanecer por essas paragens ou ter que sair de fininho para outros mundos para não perecer. O desafio gigante que, na obra, é realizado por um só homem durante mais de 30 anos em que plantou naquela região milhões de árvores, pode ser uma das respostas para esse dilema da atualidade. Embora pareça uma tarefa impossível, essa de recuperar o planeta da degradação imposta pelas consequências da Revolução Industrial em sua ânsia por adquirir matérias-primas, o livro mostra que bastou a persistência de apenas um indivíduo para mudar a realidade local. “Um único homem, reduzido a seus recursos físicos e morais, foi capaz de transformar um deserto em uma terra de Canaã”, diz o autor.
O que conhecemos hoje através da palavra muito em moda como resiliência, que é capacidade de resistir e se adaptar às mudanças, tanto pode ser aplicada ao homem como à própria natureza, desde que lhes sejam ofertados a oportunidade. A esse fenômeno, que muitos classificam como um sinal e uma semente da própria vida, é que pode estar a redenção ou não da humanidade. Obviamente que os exemplos a seguir não devem se resumir a uma obra de ficção. Mas pode nela se inspirar para promover as mudanças necessárias e urgentes que o momento exige. Toda grande obra pode ter seu início apenas movida pela inspiração trazida pelos belos exemplos, sejam eles reais ou não. O primeiro passo é o das ideias, dado ainda no mundo abstrato dos projetos mentais. Pode vir a ser realidade concreta, pelo esforço físico, o que é uma mera consequência da capacidade de pensar. Nesse caso pensar num mundo em que a vida seja ainda uma possibilidade real e que valha a pena. Da África, talvez o continente mais economicamente sofrido e espoliado na história da humanidade, vem um dos muitos e bons exemplos que precisamos para nossa salvação futura. Na Etiópia, um dos países mais populosos e pobres daquele continente, o governo empreendeu uma jornada em que, em apenas 12 horas, uma força-tarefa, atuando em mais de mil áreas daquele país, conseguiu a façanha de plantar mais de 350 milhões de árvores. Um recorde mundial. Também a Índia, castigada pelos desflorestamentos, vem empreendendo um grande esforço para recuperar, ao menos, parte de suas florestas. Na última empreitada, 800 mil voluntários plantaram mais de 50 milhões de árvores em 2016 e prossegue plantando. Na China, parte ociosa do que seria o maior exército do planeta tem sido deslocada para a mesma tarefa no norte do país. São mais de 60 mil soldados empenhados nessa tarefa. Os fuzis cedem lugar as ferramentas agrícolas. A intenção do governo é criar uma nova floresta na região de Hebei, numa área de mais de 84 mil quilômetros quadrados. Para todo o País, a meta é atingir uma cobertura de mais de 23% daquele grande continente até o final deste ano.
São esforços pontuais, mas que podem fazer a diferença num futuro não muito distante. Cientistas acreditam que, pelo estágio atual de degradação do planeta, será preciso, ao menos, o plantio de mais de 1,2 trilhão de novas árvores, apenas para arrefecer a Terra e livrá-la dos efeitos maléficos do aquecimento global, que já está atuando entre nós. A situação, que é bem do conhecimento dos técnicos das Nações Unidas, tem estimulado ações dessa Organização, com vistas a um projeto, já em andamento, cuja a meta é plantar 4 bilhões de novas árvores nos próximos anos.
Por todo o mundo, projetos semelhantes estão em andamento, uns ambiciosos e outros mais modestos, mas já são de grande valia em seu conjunto. De todos os projetos de plantio de árvores pelo planeta, nenhum é mais ambicioso do que o vem sendo erguido nas bordas do grande deserto do Saara, também na África. Em nenhum lugar do planeta as mudanças climáticas são mais impactantes do que as que ocorrem nos países margeados por esse grande deserto. O deserto vem aumentando de área num ritmo assustador nos últimos anos. Com ele vem o clima cada vez mais inóspito à vida. Com temperaturas que ficam numa média próxima aos 50 graus centígrados.
Com esse fenômeno, vem também a escassez de água, cada vez mais assustadora e já motivo de conflitos permanentes na região. Financiado pelo Banco Mundial, a União Europeia e as Nações Unidas, projeto unindo vários países locais visa erguer uma gigantesca barreira verde de árvores, que cobrirá uma área de mais de 8 mil quilômetros, atravessando todo o continente africano na parte sul do deserto do Saara, formando uma enorme muralha para conter o avanço da areia. A meta é erguer essa Grande Muralha Verde até 2030, cobrindo com reflorestamento uma área de 247 milhões de acres ou aproximadamente 100 milhões de hectares.
A frase que foi pronunciada:
“Vivemos numa época perigosa. O homem domina a natureza antes que tenha aprendido a dominar a si mesmo.”
Francis Bacon (1521- 1626), político, filósofo, cientista, ensaísta inglês.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Felizmente isto aconteceu em Brasília, onde o conserto durará poucos dias. Se fosse outro Estado, até que a equipe de engenheiros discutisse quem tinha a culpa, o povo seria sempre o prejudicado. Aqui, não. Na próxima semana você transitará pelo mesmo local. (Publicado em 27/01/1962)
Bolsonaro tenta evitar que Brasil seja levado à pobreza extrema
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Chama a atenção o relatório anual intitulado “Panorama Social da América Latina 2020”, elaborado pelos técnicos da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e publicado há pouco. Não apenas pelas previsões pessimistas que dão conta de que a pandemia de Covid-19 irá aprofundar, ainda mais, o quadro de pobreza generalizada em toda a América Latina, mas pela grandeza nos números que mostram que esse continente já abriga uma população superior a 209 milhões de pessoas vivendo em condições de extrema penúria.
Trata-se, segundo consta nesse documento, de um fenômeno que já vinha crescendo, mas que, nos últimos anos, experimentou um aumento sem precedentes. No espaço de um ano apenas, houve um aumento de 22 milhões de pessoas em condições de pobreza extrema, o que mostra que esses índices podem conduzir todo o continente para uma situação de calamidade, com reflexos negativos em todas as áreas.
Por extrema pobreza, entende-se como sendo a forma mais intensa de escassez de bens básicos, como alimentos, moradia, remédios, roupas e outras necessidades básicas. De acordo com a CEPAL, um em cada oito latino-americanos vive na pobreza, sendo que esse contingente tem aumentado significativamente desde o ano 2000, principalmente pelo recrudescimento de fatores que já existiam nessa região e que foram catalisados agora pela pandemia que corrói os índices de crescimento do continente há mais de um ano e sem perspectiva para terminar no médio prazo.
Trata-se de um cenário que agora ganhou uma complexidade nunca vista, envolvendo, ao mesmo tempo, aspectos sociais, políticos e econômicos numa mistura explosiva, cujas consequências dramáticas podem emergir na forma de convulsões e agitações sociais imprevisíveis. Além disso, diz o relatório, “essa situação expõe as desigualdades estruturais que caracterizam as sociedades latino-americanas e os altos níveis de informalidade e desproteção social, bem como a injusta divisão sexual do trabalho e a organização social do cuidado, que comprometem o pleno exercício dos direitos e a autonomia das mulheres.”
Nesse contexto, o documento aponta a possibilidade de uma queda de -7,7% no Produto Interno Bruto da região, com uma taxa de extrema pobreza em torno de 12,5% e de pobreza em 33,7%, o que resulta num contingente de mais de 78 milhões de sul-americanos vivendo em penúria total.
É preciso destacar que, não fossem os programas de transferência emergencial de renda, que atenderam cerca de 49,4% da população do continente, essa situação seria ainda mais alarmante, elevando o percentual dos que vivem em extrema pobreza para quase 16% da população. “A pandemia, salienta a técnica da CEPAL, Alícia Bárcena, evidenciou e exacerbou as grandes lacunas estruturais da região e, atualmente, vive-se um momento de elevada incerteza em que ainda não estão delineadas nem a forma nem a velocidade da saída da crise. Não há dúvida de que os custos da desigualdade se tornaram insustentáveis e que é necessário reconstruir com igualdade e sustentabilidade, apontando para a criação de um verdadeiro Estado de bem-estar, tarefa há muito adiada na região”.
Se os brasileiros não se unirem agora, enquanto há tempo, o destino do país será um túnel onde a única luz no final será se curvar a países que nos tirarão dos trilhos.
A frase que foi pronunciada:
“Tudo o que é preciso para o triunfo do mal é que nada façam os homens de bem.”
Edmund Burke,1729-1797. Filósofo, teórico político e orador irlandês, membro do parlamento londrino pelo Partido Whig.
Positiva
Em todos os Shoppings de Brasília, a Claro disponibilizou serviço com atendimento em drive thru. O cliente liga primeiro e, quando passar pelo local escolhido, pode pegar o produto ou desembaraçar o serviço. A intenção é resguardar os clientes. Quem conseguir um atendente proativo, com certeza, vai gostar da iniciativa. Veja a lista de telefones para solicitar esse serviço a seguir.
Trágico
Veja, também, as fotos da situação do conjunto 5, na Qi 1, quando chove, divulgadas pelo morador Doralvino. Sem planejamento nos assentamentos e eliminação do cerrado, é isso o que ocorre.
Divulgação
Atenção Brasília! Operação tapa buracos e outras solicitações de serviços em sua região devem ser feitas pelo número 156 ou no portal da ouvidoria do GDF.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E foi precisamente este esgoto quem causou o desastre. Foi feito uma canalização por baixo do asfalto, mas as enxurradas, ultimamente, minaram o terreno e aconteceu o esperado. Arreou a pista. (Publicado em 27/01/1962)
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De todas as inúmeras tarefas que cabem a um governo administrar, nenhuma outra é tão importante para a integridade de uma nação como a capacidade de se antecipar aos acontecimentos e aos fatos. Somente através de estudos e análises sérias, feitas previamente, contendo todas as variáveis possíveis, é que se prepara o país para a iminência de adventos extraordinários.
Essa é, pelo menos, dentro da concepção militar, uma das maiores estratégias a garantir e dar vantagens em caso de uma guerra. No livro básico de todos os estrategistas, num livro de bambu, por Sun Tzu, no século IV A.C., está escrito: “aquele que se empenha a resolver as dificuldades, resolve-as antes que elas surjam, vencendo antes que suas ameaças se concretizem.” Com isso, ensina, Sun Tzu, é preciso ver o que não está visível.
Nas escolas superiores de guerra, os oficiais se dedicam, quase que integralmente, a estudar e a planejar estratégias e cenários futuros dentro do seu país e com relação as demais nações, para melhor antecipar medidas. Também no antigo ministério do planejamento, quando essa pasta era também ocupada por economistas de renome e de expertise comprovada, essa era a tarefa primordial a ser desempenhada no dia a dia. Planejamento, estratégias e táticas de prevenção funcionam tanto em ambientes de conflito armado, quanto na paz, e são fundamentais para todos aqueles que se propõem governar sem maiores tropeços.
Tomando a pandemia do Covid-19, como inimigo que tomou de assalto o mundo inteiro, o que se pode comprovar, depois de um ano de batalhas intensas contra essa doença, é que os países que vão se saindo melhor dessa guerra são justamente aqueles que adotaram estratégias corretas, tanto de defesa, como de ataque à propagação da virose.
O caso simbólico dessa pandemia pode ser conferido na obtenção, em tempo recorde, de uma vacina ou mais vacinas, que apontam na direção certa de contenção dessa doença. Esse empenho diuturno dos cientistas e pesquisadores, dos diversos laboratórios espalhados pelo mundo, tornou possível antecipar o surgimento desse medicamento em pelo menos quatro anos, que é o tempo mínimo para o lançamento de uma vacina eficaz. Esse é também um exemplo de estratégia e planejamento prévios que vão possibilitar salvar milhões de vidas.
Estamos, segundo a imprensa, nesse momento, ostentando recordes mundiais em mortes diárias. A falta de liderança no trato com essa doença tem deixado a população perdida. Para o Brasil, que já foi exemplo para o mundo em eficácia de vacinações em larga escala e em tempo recorde, essa crise mostra o tanto que recuamos no tempo. De fato, voltamos a ser o país que, por sua sequência catastrófica e infinita de governantes, ineptos e sem planos de voo, permanece na rabeira do mundo, como um exemplo a não ser seguido.
A frase que não foi pronunciada:
“Democracia é imposição para todos os lados. Imposto de Renda e Lockdown imposto.”
Dona Dita pensando enquanto espera a banda que nunca mais vai passar pela janela
Descomplicar
No sai não sai da CPI da Covid-19, o senador Eduardo Girão deixou claro que os estados e municípios também serão investigados sobre os recursos que receberam e onde foram aplicados. Em plena era digital, seria o mínimo de transparência divulgar todas essas informações para acesso dos contribuintes, que são os que enchem o cofre. Recebeu quanto da União e gastou como. Duas colunas numa tabela.
Espaço
Leitor do Lago Norte sugere o aproveitamento das dependências do Centro de Reabilitação Sarah Kubitschek, naquela região, para o atendimento emergencial aos pacientes que contraíram o vírus Covid-19.
Ideal vs Real
Pela Amazon, gratuitamente, é possível baixar o livro do indígena de Ailton Krenak. As palavras são de alguém conectado com a natureza. Trata do cuidado com o ecossistema, da vida, da coragem, dos valores humanos. Chega a ser uma utopia, até ingênuo, em um mundo dominado atualmente por um país tão distante e tão poderoso. O amanhã já está comprado.
Cuidado
Telefones clonados geram aborrecimentos enormes. Jornalistas da cidade amargam a experiência.
Obesidade
Ontem a noite, as mulheres da EBC organizaram uma live no YouTube sobre gordofobia. O assunto que parece interessante é sério e preocupante. Veja a seguir.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Arreou o asfalto no caminho do Iate Clube. Há mais de um ano vimos chamando a atenção pelo fato de desembocar no Lago, diretamente, sem tratamento, o esgoto da Asa Norte. (Publicado em 27/01/1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
jornalistacircecunha@gmail.com
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Cada crise que atravessamos, ao longo desse longo e tortuoso caminho que teve seu princípio em 1889, com o golpe que levou à implantação da República, vem embalada por novas expressões do idioma, que traduzem e resumem cada momento e que logo são assimiladas por grande parte dos brasileiros.
Já acostumados aos desvarios de um Estado institucionalmente mal ajambrado e capturado desde cedo, por uma elite política mal intencionada, a sociedade já não se espanta com medidas tomadas em cima do laço e sem aviso prévio. Foi assim também no confisco das poupanças e em outras medidas que, em última análise, têm os brasileiros como alvo principal e não as elites, a quem tudo é facultado.
Depois das expressões inflação, déficit, impeachment, peculato, corporativismo, ativismo político, rábulas e outras do gênero, estamos diante agora do estrangeirismo lockdown. Para aqueles que vão, pouco a pouco, familiarizando-se com a palavra que parece ter vindo para ficar, depois de uma pandemia que se dizia breve como uma gripe, trata-se aqui de uma interrupção rigorosa e com critérios diversos, imposta pelo Estado, bloqueando total ou parcialmente a vida nas cidades.
Acostumados a uma pandemia que já se prolonga por mais de um ano, eis que agora é imposto um isolamento rígido, físico e social entre as pessoas, mesmo da mesma família, a fim de se obter uma desaceleração na propagação do Coronavírus e de suas várias e rápidas mutações. Pelo menos é o que acreditam as autoridades sanitárias, diante da anunciada superlotação dos hospitais em todo o país.
Esse bloqueio total, anunciado agora pelo GDF, vem na esteira de outros que estão sendo decretados pelo país afora e tem, como uma das causas principais, a pouca adesão e respeito da população aos protocolos sanitários exigidos e que podem ser observados no simples ato de usar as máscaras. É preciso aqui salientar que, ao contrário do que ocorre em países como a Inglaterra, em que até a rainha Elizabeth II aparece em vídeos institucionais apelando para que todos sigam as orientações das autoridades sanitárias e mantenham a disciplina durante a pandemia, algumas autoridades fingem usar esse equipamento, só ostentando, quando são flagrados pelos repórteres bisbilhoteiros.
Não se vê, em parte alguma, vídeos e outros meios de comunicação das autoridades apelando para que a população siga as normas de higiene e de distanciamento. Com isso, não surpreende que parte da população simplesmente despreze essas medidas e passe a se comportar como se nada disso estivesse acontecendo. As reuniões em bares e restaurantes seguem noite adentro. Em toda a parte, é possível ver brasileiros infringindo as orientações de médicos e especialistas. Se até em um simples grupo de WhatsApp as pessoas se acham no direito de infringir as regras, nesse exemplo diário, vemos como pensam esses rebeldes que desconhecem o bem comum.
De fato, a população repete o comportamento das elites e da maioria dos dirigentes do Estado. Infelizmente, nessa falta de respeito geral, quem mais sofre são justamente aqueles que têm se resguardado em casa, os idosos, os comerciantes que seguem as normas e a maioria dos profissionais liberais, que ganham o sustento no dia a dia de trabalho.
A frase que foi pronunciada:
“Governar não foi feito para covardes. Foi feito para quem tem coragem de buscar as soluções, por mais difíceis que elas pareçam”.
Governador do DF, Ibaneis Rocha.
Nomeia, SEDES
Tudo pronto para as nomeações na Secretaria da Mulher e Secretaria de Justiça. Os concursados, que abdicaram anos de vida para se dedicar a essas provas, aguardam ansiosos. Para a SEJUS, são 100 vagas de Especialista em Assistência Social (EAS) e 100 em Técnico em Assistência Social (TAS). Já na Secretaria da Mulher, são 25 em cada uma dessas especialidades.
Legislação
Até um Projeto de Lei, o de nº 1726/2021, indica alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias para que tudo aconteça. Agora é acompanhar se a primeira-dama, Mayara Noronha, e as secretárias Marcela Passamani (SEJUS) e Ericka Filippelli (Secretaria da Mulher) terão o aval do governador para primar no atendimento social do DF.
Publicação no perfil oficial do SINDISASC no Instagram
Sem servidores
Para se ter uma ideia, só na Secretaria da Mulher, há a necessidade de 16 Administradores, conforme ofício publicado pela própria pasta. Mayara Noronha tem mostrado boa vontade nesse processo, já que a defasagem de servidores no órgão é prejudicial.
Poder Executivo x Poder Legislativo
Uma discussão na rede social expôs o lento andamento desse processo. O deputado Reginaldo Veras levantou várias críticas que devem ser rebatidas com ações muito em breve. Assim, aguardam os concursados e a população carente do DF, grande apoiadora do governador. O imbróglio vai completar 3 anos.
Assista ao vídeo do deputado no link: NOMEAÇÕES NA SEDES JÁ!
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Veio, depois, a prorrogação da “dobradinha” para os que já a recebiam. Houve regozijo, porque a vida já aumentara demais, e as diárias fariam falta, certamente. (Publicado em 27/01/1962)
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No infinito rol das chamadas heranças malditas, legadas do lulopetismo, depois de mais de uma década de desmandos, sem dúvida alguma, hoje podem ser acrescidos mais algumas de igual ou maior efeito danoso para todos. De saída, já se sabe que a eleição que catapultou Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto foi toda ela construída e aplainada pelo pavor popular de um possível retorno das esquerdas ao Poder.
Foi justamente essa brecha, composta de medo e repulsa, que permitiu que um ex-deputado inexpressivo e radical conseguisse o que parecia impossível até a undécima hora: se eleger presidente da República. Portanto, é ele próprio, por tudo que já vimos, a personificação de um legado deixado pelo último baile ou festim petista. Incluem-se ainda nesse rol de infortúnios deixados para trás, mas com repercussões no futuro, boa parte do atual parlamento que, mesmo teoricamente renovado nas últimas eleições, fez brotar das cinzas, com mais vigor e apetite, o bloco do centrão, uma reunião de dispostos a tudo em troca de vantagens. De quebra, foram deixados, de forma vitalícia, um conjunto de ministros indicados pelo Partido dos Trabalhadores e com assento nas altas cortes, para comandar o festival de impunidades em benefício de seus padrinhos, grupo ao qual foram acrescidos, ainda, os indicados pelo ex-presidente Temer, bem como o escolhido pelo atual presidente.
Trata-se aqui de uma herança e tanto e que parece esticar, para um futuro longínquo, as agruras vividas pela população, desde a inauguração deste século. Estamos em maus lençóis, envoltos numa crise institucional sem precedentes e que vai sendo agravada por uma pandemia de longa duração e de efeitos letais para a população e para a economia.
Nada tão parecido e próximas, umas das outras, do que as pontas extremas de um arco aberto. Dessa forma, falar em harmonia e independência dos Poderes, como palidamente manda a Constituição, diante de um cenário como esse, é sem sentido. Estão todos umbilicalmente ligados pela origem e pela finalidade de propósitos: manter o status quo, as vantagens e os privilégios.
Para a consecução desses propósitos perenes, é preciso que todos se protejam mutuamente, formando, em torno daqueles que buscam fugir da verdadeira justiça, um cordão de isolamento, com cada um recorrendo as prerrogativas que têm em mãos. Em meio a esse banzé institucional, que nos congela no tempo e espaço e vai nos empurrando de volta à rabeira do mundo civilizado, confirma-se a tese de que temos o que escolhemos ter, tal qual um supliciado escolhe a forma como quer ser sacrificado.
Com uma realidade pintada com esses tons de cinza, falar em politização da justiça, ou no seu inverso, que seria a judicialização da política, dá no mesmo, remete-nos às suas causas primeiras, quais sejam os modelos de escolhas tanto de representação política, como para ministros para a composição do Supremo. Ou mudamos o modelo ou o modelo continua a garantir que nada mudará.
A frase que foi pronunciada:
“A educação é transformadora. É por meio dela que crescemos enquanto indivíduos e sociedade, e é disseminando-a que proporcionamos às próximas gerações um futuro melhor. Dentre os principais papéis do Estado moderno, talvez o mais importante seja o de prover a educação aos cidadãos. Sem ela não haveria desenvolvimento, ordem ou progresso: não haveria democracia. Ao garantir o pleno acesso à educação, o Estado realiza um investimento no futuro da nação, pois proporciona a cada vez mais indivíduos a oportunidade de contribuir com o desenvolvimento do país. Por isso, os Correios têm orgulho de participar, há 26 anos, do Programa Nacional do Livro Didático.”
General Floriano, presidente dos Correios
Penúria
Autônomos que trabalham com eventos, em todo o país, passam por apuro completamente desamparado pelo governo. Músicos, técnicos de som, imagem, estão sobrevivendo a duras penas para obedecer às regras. O caso não pode ser ignorado. Inclusive os grandes eventos já realizados deveriam ser pagos no mesmo prazo em que as grandes instituições financeiras cobram. A verdade é que levam mais de três meses para pagar, o que dificulta mais ainda a vida dos trabalhadores.
Ação
Pais de alunos de escolas particulares chegaram ao veredicto. Como o governo não consegue organizar a volta às aulas nas escolas públicas, quer interferir nas escolas particulares para não parecer incompetência. A revolta está crescendo. Enquanto isso, no Sacre Coeur de Connecticut, as aulas, esportes, artes, tudo funciona 100%. E com apoio do governo.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Efetivamente, as diárias foram pagas, no começo da transferência, para os funcionários que deveriam se adaptar em Brasília. E era merecido demais, porque as despesas com mudança sempre atingem o orçamento do funcionário pelo menos durante um ano. (Publicado em 27/01/1962)
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Depois de mais de um ano em isolamento social, aquela parcela da população que acompanha de perto o desenrolar da cena nacional e internacional já pode perceber que não há data possível, a ser estabelecida, para o fim da pandemia e a volta a uma normalidade como havia no passado. Muitos, inclusive, já adiantam que não haverá uma volta ao mundo que conhecíamos até há pouco tempo. O prolongamento sucessivo das datas que marcariam esse possível retorno já dá uma ideia de que ninguém sabe ao certo quando será esse dia.
Mas nem tudo está perdido para aqueles que perderam as chances da vida, os empregos, os amigos e familiares e a vida ao ar livre. O isolamento tem forçado parte da população a se ensimesmar, ou seja, ficar absorvida pelos próprios pensamentos, refletindo sobre tudo que se passa ao seu redor, incluindo, nessa crítica mental, o desempenho do governo e, por extensão, o desempenho de todos os Poderes da República, neste momento especial. Principalmente no que cada um deles tem feito, efetivamente, para garantir, ao menos, a sobrevivência da população. E é aí que o pessimismo e as ideias de desespero tomam conta dos pensamentos.
A julgar pelas providências tomadas pelo conjunto do Estado para contornar os efeitos negativos da pandemia, estamos mal na fita e, não por acaso, ocupamos a segunda posição mundial no número de mortos. Ao contrário dos países desenvolvidos, que adotaram, desde cedo, uma série de providências prévias para conter a propagação do vírus, ficamos envoltos em discussões políticas sem importância direta para a população.
Nesse meio tempo, erguemos e desmontamos dezenas de hospitais de campanha caríssimos, enquanto denúncias de desvios dos preciosos recursos para a saúde eram feitas quase diariamente. Mesmo com o aumento no número de óbitos, o governo achou por bem não ir, de imediato, ao mercado internacional em busca da compra de vacinas suficientes para a imunização da população. Como resultado desse desleixo proposital, faltaram e ainda faltam muitas vacinas em toda a parte e não se sabe ainda quando chegarão. Tampouco houve preocupação na ampliação e instalação de unidades nacionais para a produção local dessas vacinas, numa total contraposição do passado, quando o Brasil foi referência para o mundo na questão de programas de vacinação em larga escala e em tempo recorde.
O que se viu foram perseguições a cientistas, diminuição dos orçamentos para pesquisa e o desmonte de dezenas de projetos científicos. Não surpreende que os principais jornais do país deem, como manchete principal, que o Brasil atravessa agora a pior fase da pandemia desde que ela foi detectada entre nós, há um ano. Hoje, registramos uma média diária de mais de mil mortes por Covid-19. Por todo o Brasil, assiste-se o congestionamento das Unidades de Terapia Intensiva dos hospitais públicos e privados. Por conta desse desleixo e do número de infectados, os brasileiros tornaram-se persona non grata em todo o mundo, proibidos de entrar em inúmeros países.
Acompanhar toda essa cena trágica de perto, como fazem os cidadãos antenados e responsáveis, por certo, não melhora o humor e o otimismo, mas, pelo menos, faz, da realidade atual, motivo e propósito para terem os pés bem assentados no chão, deixando de lado as fantasias e as enganações que, nesse tempo de agruras, pululam por toda a parte.
A frase que foi pronunciada:
“A verdade não desaparece quando é eliminada a opinião dos que divergem. A verdade não mereceria esse nome se morresse quando censurada.”
Ulysses Guimarães
Eleições
Uma ponderação não passou em branco. Francisco Valdeci Cavalcante, da CNC, não apoia nenhum candidato, apenas fiscaliza as eleições de uma das mais importantes instituições do país: a Fecomércio.
Golpe comum
Refinanciamento de dívidas é o golpe mais aplicado em funcionários públicos. Brasília é a cidade preferida dos falsários. Propostas por telefone nunca são confiáveis. Há empresas trabalhando efetivamente, que recebem os clientes no escritório, o que também não impede o golpe.
Dificuldades
De um lado, a recomendação do CNJ de que juízes evitem despejos de imóveis na pandemia, de outro, as imobiliárias que não têm facilitado muito para os inquilinos.
Leitura
Leia, a seguir, a íntegra do artigo: Cuba não é mais aquela… do professor Aylê-Salassié F. Quintão.
–> Cuba não é mais aquela…
Aylê-Salassié F. Quintão*
O fim da austeridade orçamentária na execução da “economia planificada” e uma “mudança de mentalidade”, a partir mesmo das gerações formadas no castrismo, é o que alguns cientistas políticos estão projetando para Cuba nesses próximos anos. O país entra 2021 com a moeda unificada – o peso cubano – com paridade no dólar (24 cups para 1 dólar) e até no real (4,36 cups para 1 Real), redução do subsídios, autonomia para as empresas estatais e permissão para a abertura de negócios privados, envolvendo 2.000 diferentes atividades. Abre perspectivas novas 600 mil trabalhadores autônomos, ou 13% da força de trabalho disponível. Os cupons de alimentação só beneficiarão aos extremamente pobres e idosos, em compensação prevê-se um aumento superior a 400 por cento nos salários. A inflação esperada é tabu.
As novas medidas estão contidas em um plano de reformas do engenheiro Presidente Miguel Díaz-Canel, um professor universitário nascido depois da queda do antigo regime, e que substituiu Raul Castro. Foram, aparentemente antecipadas, diante da deterioração econômica e dos ideais ideológicos radicalizados no castrismo. É também um sinal de boa vontade com Joe Biden, o novo presidente dos Estados Unidos, que pretende retomar as relações de Obama com o governo cubano, que Trump desqualificou.
Parece uma tentativa de sobreviver à queda sistemática do PIB (em torno de US$ 100 bilhões) que, em 2020, registrou menos 11 por cento. Sem garantias para as exportações de açúcar, o fornecimento regular e barato do petróleo da Venezuela , também em crise, nem poder contar, como certas, as remessas de dólares (US$ 3,5 bilhões), pelos emigrados para suas famílias em Cuba, e ainda com dificuldade de obter financiamentos internacionais, entre os quais o BNDES, do Brasil, a economia encontra-se em declínio.
Nostalgia…
Quantos intelectuais, ditos revolucionários no Brasil, agregaram ao seu currículo, como virtude, a atividade de cortar cana em Cuba! Ninguém era dispensado do trabalho. Iam para lá fugidos da ditadura no Brasil ou para receber instruções e treinamento de guerrilha, voltadas para a implantação do socialismo na América Latina.
Lá estavam professores eméritos como os irmãos Fidel e Raul Castro, Guevara, Cienfuegos e outros remanescentes da revolução de 1959. Ao chegar ao Poder, os revolucionários extinguiram a propriedade privada, assumiram o controle da produção ( e da política), criaram uma moeda própria (CUB), transformaram 85 % dos os trabalhadores em servidores do Estado e acabaram com os grandes cassinos, todos expropriados.
A Ilha, paraíso da jogatina internacional, foi interditada ao turismo. Tornou-se difícil entrar e sair de Cuba, em que pese 1,7 milhões de cubanos viverem hoje em 72 países. A maioria fugidos ou filhos de foragidos. Sob a égide do “politicamente correto”, a educação e a saúde democratizaram-se, os direitos e deveres tornaram-se mais equânimes, o IDH subiu, mas a economia se desarranjou.
O sucesso do levante de Sierra Maestra, já aos sessenta anos, deixou, contudo, profundas sequelas internamente, com os julgamentos sumários, até de companheiros de luta, e expropriações, do capital nacional e internacional (sobretudo norte-americanos). Externamente, assustou a opção pelo socialismo – contrário ao capitalismo norte-americano que reinava a 100 milhas, na Flórida. Os revolucionários fundaram uma república socialista e centralizaram o Poder. Dizendo-se democrático, Fidel Castro governou a Ilha por quase 50 anos, em estilo stalinista – incorporando a política de Estado e cultuando a própria imagem.
Sob ameaças constantes dos EUA que, além das tentativas fracassadas de invadir Cuba, conseguiu entre países capitalistas aliados o embargo econômico contra Cuba. Em plena “guerra fria”, Cuba foi socorrida pela União Soviética que absorvia toda a produção de açúcar – principal produto de exportação – além do tabaco e do rum – pagando preços acima do mercado. Cuba recebia, em troca, produtos básicos para subsistência da população. A crise de energia foi resolvida com o golpe de Hugo Chavez, na Venezuela (2002), que teve todo apoio de Fidel. Chavez fixou quotas compulsórias de óleo e gasolina para Cuba, a preços abaixo do mercado. Com a economia desarranjando-se, Cuba conseguiu, com dificuldade, empréstimos de organismos internacionais e em países amigos, mesmo não cumprindo rigorosamente os prazos de amortização.
Não apenas por convicção, mas também por necessidade, Cuba associou-se as tendências revolucionárias na América Latina e exportou revoluções e revolucionários dentro do continente e para a África. Criou uma rede de 30 escolas de medicina voltadas para a “saúde primária e coletiva” e passou a exportar esse tipo de serviço para países pobres: os “médicos cubanos”.
Junto com Lula, do Brasil, Fidel conseguiu criar o foro de São Paulo, instituição que se propunha apoiar frentes políticas populares na América Latina e, por meio dele, amparar candidatos especificos no continente, por meio de eleições democráticas ou a tomada do Poder pela força. Conseguiram a eleição de alguns: Correia, no Equador; os Kichner; na Argentina; Lugo, no Paraguai; Lula e Dilma, no Brasil; Mujica, no Uruguai; Evo Morales, na Bolívia; Toledo e Humalla, no Peru; Bachelet, no Chile, e Daniel Ortega, na Nicarágua.
O desmoronamento da União Soviética (1989) e dos países socialistas do Leste Europeu tiveram um impacto altamente negativo em Cuba. Viria depois a morte de Fidel, de Chavez e de Kirchner. Toledo, Humalla e Lula foram presos. Em eleições diretas, os remanescentes do Foro caíram um a um. Cuba já não era a mesma. Jovens viraram as costas na passagem do enterro de Fidel. Os poucos governos socialistas que restaram não sustentaram os compromissos com Cuba. A crise econômica vinha gerando promessas de reformas, prometida, mas empacadas. Iam da desvalorização do peso e reorganização do sistema monetário a alguma desregulamentação de negócios estatais e dos investimentos estrangeiros. Prometeu- -se um aumento geral de salários ( o mínimo é de 400 pesos) para a retomada de um mercado consumidor.
As iniciativas de Díaz-Canel podem significar procedimentos novos na configuração da “economia planificada‘ – não em direção especificamente ao capitalismo. A maioria dos cubanos parecem não acreditar, pois a implementação vai exigir “mudanças de mentalidade”, segundo o próprio Díaz-Canel. Será esta, provavelmente, o maior desafio que os cubanos terão pela frente.
*Jornalista e professor
Petrobras
Como as mídias sociais são um meio de colocações infinitas, uma delas chama a atenção sobre a Petrobras. Leia a seguir. Uma pena que não esteja assinada!
–> A VERDADEIRA HISTÓRIA DA PETROBRAS!!!
AJUDEM A ESPALHAR ESSE TEXTO PARA CONSCIENTIZAR A POPULAÇÃO!!!
A PETROBRAS tem como maior acionista a União, com 64,21% de suas ações. Os minoritários detêm 35,79% da ações, destes 2/3 são estrangeiros, que detêm portanto menos de 24% do capital, MAS SÃO ELES QUE MANDAM NA PETROBRAS.
O atual presidente e todo Conselho de Administração são representantes do “mercado” de Nova York e não do interesse nacional representado pela União, maior acionista.
É uma anomalia única! Das 20 maiores petroleiras do mundo, 13 são estatais e com exceção da Petrobras, NENHUMA é controlada por acionistas minoritários, muito menos estrangeiros.
Nenhuma está voltada para o que pensa o “mercado de ações”, a PETROBRAS NUNCA PRECISOU DO CAPITAL DO MERCADO, sempre se auto financiou. O “mercado” em nada ajudou a construção da Petrobras, nunca deram um dólar para a expansão da companhia.
Eles compraram ações velhas, nunca foram parceiros do futuro da empresa, entraram sem necessidade, apenas para fazer bonito em Nova York – dois idiotas do Brasil batendo o martelo e posando para fotos, isso causou MEGA PREJUÍZOS à empresa colocada sob jurisdição americana.
As estatais de petróleo que hoje são as maiores do mundo, passando longe as Exxon, Chevron, Shell, Ocidental, BP, TODAS têm como estratégia o INTERESSE NACIONAL, e não de acionistas estrangeiros.
Quem cometeu a insensatez de abrir o capital da Petrobras na Bolsa de Nova York foi o Governo FHC, foi seu maior erro, uma traição aos interesses do povo brasileiro.
Colocou na presidência da Petrobras um banqueiro de investimentos, presidente do Brasil do Banco americano Morgan Stanley, Francisco Gros, que não entendia nada de petróleo, como também não entende o atual presidente, Roberto Castello Branco, igualmente banqueiro de investimentos.
Tanto Gros como Castello Branco têm um só objetivo: vender a Petrobrás e o comprador óbvio, natural, será o capital estrangeiro, para alegria deles, entreguistas natos, brasileiros por acidente.
Por que existe a PETROBRAS? Foi criada em 1953 para garantir autossuficiência em combustíveis ao Brasil, não foi criada COMO NEGÓCIO DE BOLSA.
O objetivo da Petrobras não é e nunca foi dar alegria a acionistas estrangeiros, é atender ao suprimento de combustíveis ao País a preços razoáveis e não condicionados à especulação do mercado “spot” de petróleo, cotado em Londres e Rotterdam. Isso é para o País que NÃO tem petróleo em casa.
Se o Brasil produz 2,8 milhões de barris por dia, suficientes para 85% de seu consumo, POR QUE O PREÇO AQUI TEM QUE SE BASEAR NO MERCADO INTERNACIONAL?
Há uma razão. Porque essa é uma exigência dos acionistas minoritários estrangeiros. Mas por que o Governo do Brasil tem que ser escravo desses acionistas?
Porque esse é a visão dos administradores “de mercado” que estão no comando da Petrobrás desde Pedro Parente, um executivo-desastre, péssimo, herói fake, desses que o mercado inventa, como inventaram o CEO da Vale que encheu um cemitério.
Pedro Parente, com sua política de preços PARA ATENDER OS ACIONISTAS DE NOVA YORK, foi causa de uma greve de caminhoneiros que causou uma perda de 1,1% do PIB de 2018.
Só um completo idiota poderia aumentar o preço do diesel QUINZE VEZES em um mês, achando que isso não causaria reação dos caminhoneiros, uma cegueira inadmissível em um executivo que precisa estar antenado com seus clientes antes de mais nada.
Que se danem os acionistas minoritários, quando eles compraram ações SABIAM QUE A PETROBRAS ERA UMA ESTATAL e com o objetivo de atender à população brasileira. NINGUÉM OS ENGANOU, compraram as ações no risco de a PETROBRAS ser uma estatal com objetivos nacionais.
A Petrobras NÃO É UMA EMPRESA DE MERCADO, é uma empresa ESTRATÉGICA DE INTERESSE NACIONAL.
Operadores de mercado ligados à Bolsa de Nova York estão loucos para vender a Petrobras a qualquer preço. Aliás, já venderam os melhores pedaços, sem nenhum controle, nem leilão, ninguém sabe com que critérios venderam, é uma festa de fim de feira, tudo sem NENHUMA TRANSPARÊNCIA.
A Petrobras desde o governo FHC, outro criminoso, não se submete à Lei das Licitações, pode vender por 10 dólares o que vale 10 milhões.
AS ESTATAIS DE PETRÓLEO
Elas são hoje dominantes no mercado mundial de petróleo, são 13 entre as 20 maiores, e estão se expandindo. A Pemex vai dobrar de tamanho em 4 anos, as quatro chinesas, lideradas pela SINOPEC estão em grande crescimento, por que a Petrobrás tem que ser privatizada, na contramão da tendência mundial?
As estatais de petróleo hoje controlam 91% das reservas, são as rainhas do mercado, todas as privadas juntas têm apenas 9% das reservas.
A Petrobras foi demonizada como estatal, apedrejada e desmoralizada para ser vendida na bacia das almas e o atual presidente esta lá com esse objetivo declarado. É um privatista fanático, para ele a Bolsa de Nova York é muito mais importante que o Brasil.
Mas NENHUMA OUTRA ESTATAL DE PETRÓLEO DO MUNDO ESTÁ A VENDA, só a Petrobras, a segunda mais antiga estatal de petróleo, depois da PEMEX, hoje em plena expansão.
Petrobras não foi fundada para ser empresa de especuladores, ela foi criada com grande esforço e se expandiu especialmente no Regime Militar de 63 como EMPRESA ESTRATÉGICA DE INTERESSE NACIONAL.
É uma traição INOMINÁVEL aos seus grandes presidentes entregar a direção da Petrobras à “turma do mercado” para fazer o que quiser com a empresa, vendê-la em pedaços, triplicar o preço do diesel, doar o Pré-Sal, é um banquete de piratas.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Se formos ver a situação dos Funcionários da Polícia, da Novacap e da Prefeitura, notaremos que há razão demais para a “Dobradinha”. (Publicado em 27/01/1962)
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É nas agruras diárias, experimentadas pelas donas de casa nos supermercados e feiras em nossas cidades, que expressões complexas do linguajar da economia ganham maior familiaridade e significado real. Elas vivem os efeitos da economia na prática e não na teoria, tal como é ensinada em sala de aula pelos experts nessa ciência. Também os ciclos econômicos, tanto de fartura quanto de escassez, ao induzir nossos comportamentos de consumo para determinadas posições, obriga-nos a buscar o significado de alguns desses termos técnicos, até como meio de enfrentá-los com maior maestria.
A isso chama-se sobreviver. Os longos períodos de inflação, que o Brasil tem sido submetido nessas últimas décadas, bem como os seguidos planos econômicos, adotados por cada governo que chega, ensinaram, a muitas donas de casa, que, para lutar contra esse dragão das altas de preços, com um mínimo de vantagem, é preciso conhecer antes algumas de suas fraquezas. Uma delas é, por exemplo, buscar por produtos alternativos com melhores preços, forçando os mercados a encontrarem uma saída para a diminuição brusca da demanda. Tem sido assim com a carne, com os ovos, com o leite, com os derivados de trigo e por aí vai.
Com isso, é possível deduzir que uma ida aos supermercados do país pode conter mais ensinamentos do que as aulas de economia nas faculdades. O arrocho econômico, que a classe média e principalmente aquelas de baixa renda foram submetidas nesses últimos anos, ensinou a essas camadas da população que até mesmo a sobrevivência diária tem um preço fixado. Termos como poupança, investimentos, inflação, déficit, superávit e muitos outros acabaram entrando para o vocabulário popular por uma questão de necessidade. Era preciso conhecer e entender esse inimigo invisível e voraz. A inflação e outros males econômicos, como o déficit público, têm sido nossos companheiros há, pelo menos, meio século.
Conhecemos bem esse fenômeno a corroer nossos parcos rendimentos, assim como conhecemos, até com certa intimidade, outros elementos da economia como balança comercial, dívida pública e, agora, estamos sendo apresentados também ao termo commodities, o que são e quais as consequências que essa expressão estrangeira tem sobre os preços da carne, do feijão, do trigo, dos combustíveis e muitos outros produtos que vão se tornando impossíveis de adquirir nos supermercados.
Desde meados dos anos setenta, com o lema: “ exportar é o que importa” que passamos a conviver com o fenômeno das commodities, produzindo bens primários em larga escala, destinados exclusivamente aos mercados externos a fim de atender, prioritariamente, a demanda internacional por essas mercadorias. A cotação dessas tais commodities ou produtos primários, é feita nas principais bolsas de valores do mundo, onde sempre alcançam altos preços.
Essa, obviamente, é uma vantagem para aqueles que, diretamente, são os proprietários e produtores desses bens. São, portanto, produtos cotados na moeda americana, ou seja, em dólares. Nesse tipo de transação, o mercado interno, mesmo formado por mais de 230 milhões de brasileiros, pouco interessa a esses negociantes, dado o pequeno poder de compra dessa população e sua moeda que vale um quinto da americana.
Assim, produtos como açúcar, café, ferro, carne, petróleo, milho, cacau e outras matérias-primas, que alguns economistas consideram como bens estratégicos para o Brasil, são comercializados a preço do dólar do dia, tanto para exteriorquanto para o mercado interno, embora a moeda corrente, nas mãos dos brasileiros, desde 1994 seja o Real.
Isso e muito mais as donas de casa já sabem e sentem na pele. O que elas e muita gente ainda não sabem, e talvez nunca venham a saber, é a razão desse modelo perverso continuar sendo adotado e obrigando muitos a viverem como mendigos. E mais: ao longo dessas décadas não foi capaz de gerar prosperidade. Mesmo assim continua comprometendo o futuro de gerações de brasileiros.
A frase que foi pronunciada:
“O homem público é o cidadão de tempo inteiro, de quem as circunstâncias exigem o sacrifício da liberdade pessoal, mas a quem o destino oferece a mais confortadora das recompensas: a de servir à Nação em sua grandeza e projeção na eternidade.”
Ulysses Guimarães, político que trabalhava por um Brasil melhor
Fique sabendo
Num exemplo de profissionalismo e comprometimento, os Correios estão dando um show de competência para que as provas do ENEM cheguem em segurança nos recônditos deste país. No Acre, os Correios usaram até pá mecânica para atravessar uma parte da BR364. As cheias naquele estado são caso de calamidade pública. As provas são levadas pelos Correios e escoltadas pela Polícia Militar e pelo Exército Brasileiro.
Dados curiosos
Na Operação FNDE, são 115 empregados e 11.000 terceirizados envolvidos. São 98 mil toneladas de carga entregues pelos Correios. Em média, 18 milhões de encomendas/ano com 9 livros em cada kit, formando um total de 160 milhões de livros. Os livros duram até 3 anos. A Operação de entrega do livro didático aos alunos das escolas públicas brasileiras é realizada pelos Correios há aproximadamente 25 anos. São 140 mil destinatários atendidos, de 5.571 municípios brasileiros. Praticamente todos os livros didáticos que algum estudante utilizou nas escolas públicas brasileiras passaram pelos Correios.
Patrimônio humano
Com o volume de chuva que Brasília tem enfrentado, muitos heróis trabalham silenciosos para promover o bem-estar dos outros. Um deles é o José Martins de Paula, porteiro na 202 Norte. Desde 1984, trabalha no bloco F. Esse foi o primeiro emprego. Tem tanto carinho pelo que faz que levantou às 5h da manhã para verificar os estragos feitos pela chuva. Com a equipe de limpeza, deixou a garagem em ordem, limpou os carros da lama que invadiu o subsolo e foi ver se o telhado do prédio também foi atingido.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Desta forma, o jardim não está tomando o lugar de pedestre. O pedestre é que em frente, na Americana, está tomando o jardim, e é pena que seu arrendatário não faça o mesmo, estabelecendo o trânsito por dentro da Superquadra. (Publicado em 27/01/1962)