Distintas patotas

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Quando cunhou a expressão o “homem cordial”, na obra Raízes do Brasil de 1936, o historiador Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) buscava entender que traços culturais e sociais marcantes, e até permanentes, a colonização portuguesa e Ibérica tinha legado aos brasileiros e que poderiam definir, com mais sutileza, o caráter de nossa gente.

De saída, o pesquisador, à luz das teorias do sociólogo Max Weber (1864-1920), identificou o personalismo como traço fundamental de nossa gente, que faz com que os indivíduos deem mais valor as relações pessoais do que outros aspectos como posição social, títulos e outros qualificativos materiais. Essa característica explica, em boa parte, porque até hoje não atingimos um grau de desenvolvimento social capaz, ao mesmo tempo, de tornarmo-nos independentes e autônomos com relação aos governos e ao Estado.

De certa forma, a influência do personalismo tornou-nos dependentes de lideranças políticas, capaz de guiar-nos. Aliás, e expressão “nosso guia”, adotada sem cerimônia e sem avexo pelo ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para se referir ao ex-presidente Lula, traduz esse traço personalista e, de certa forma, piegas, que permeia toda a nossa sociedade, ganhando maior intensidade justamente entre os áulicos.

Ao contrário do que muitos podem pensar, esse nosso jeitinho inzoneiro e maroto em nada ajuda na formação de uma sociedade harmônica e justa. Pelo contrário, esse traço recheado de certa intimidade tem sido responsável por parte de nosso fracasso social. A questão da empatia e mesmo das relações consanguíneas ditam nossa estrutura social e isso é uma tragédia.

Esse comportamento sui generis e de aspectos de compadrio ditam as regras sociais, classificando quem fica dentro do grupo e das possíveis benesses, e quem fica de fora sendo tratado como estrangeiro ou inimigo. Dessa distorção de comportamento, resultam, entre tantas outras, anomalias em obediência a pessoas e não a regras, mesmo legais, e uma certa tendência à lealdade cega, mesmo que isso vá contra às leis e ao que é ético e justo. Somos, assim, uma sociedade composta de patotas distintas, o que seguramente não é bom para ninguém, pelo contrário.

De todos esses traços herdados e que acabaram por transformar nosso destino numa fatalidade histórica, o homem cordial, e seu comportamento particular, é o que mais tem causado malefícios à nossa civilização tropical. Em todo o Estado e mesmo tendo em vista a tão propalada República, onde, em tese, todos teriam os mesmos direitos e deveres. Esses laços construídos a partir de amizade ou de consanguinidade moldam não apenas a estrutura política de nosso Estado, mas contamina também outros poderes, como o Judiciário e o Legislativo. Esse fato explica porque existem tantos descendentes diretos de políticos ocupando funções públicas ou mesmo em cargos representativos dentro do parlamento.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“É indigno de um homem honesto servir-se dos restos de uma amizade que termina, para satisfazer um ódio que começa.”

Fénelon, teólogo católico, poeta e escritor francês. (1651-1715)

François Fénelon. Imagem: wikiquote.org

 

DAQAM

Se não pode pegar um avião, mas mesmo assim quer viajar, há uma opção. Você pode viajar ao passado navegando no Facebook. Brasília “Das Antigas Que Amamos Muito”, capitaneado por Chiquinho Dornas, é um lugar para passar horas, rever amigos e curtir a cidade que vimos nascer.

 

Programa

Na CNN, um bom programa para domingo. A rede apresenta a história de JK e os acontecimentos enquanto Brasília se formava. Já é o segundo capítulo do documentário Brasília 60 Anos.

 

Estranho

A Câmara Legislativa do DF, com moção do petista Chico Vigilante, declara Abraham Weintraub como persona non grata na cidade, porque falou que Brasília é um cancro de corrupção e privilégios, obviamente praticados por gente que chegou aqui por meio de votos mal dados por eleitores de todo o país. Não vamos distorcer os fatos.

Foto: Abraham Weintrab e Ricardo Vélez-Rodriguez, ao fundo (Divulgação/MEC)

 

Arrecho

Essa mesma capital, que abriga os eleitos por votos mal dados, abriu os braços para receber 27 refugiados venezuelanos, que passam por uma crise humanitária e que vão ter oportunidade de recomeçar a vida longe daquele regime defendido justamente pelo deputado Chico Vigilante. Que incoerência!

 

Dica

Quem não consegue dormir por causa de um pernilongo no quarto precisa conhecer um dispositivo infalível, a seguir.

Armadilha YG-5611 | Sapinho

• Função: capturar, matar mosquitos e moscas, evitando a proliferação de bactérias e doenças, transmitidas por estes insetos. Elimina o mosquito da Dengue
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Controle de Pragas: Dengue, Zika Vírus, Chikungunya e outros.
Área Aplicável: 20 metros quadrados.
Design: Sapinho.
Cor: Verde.
Tensão: Bivolt.
Dimensões: 13 x 19cm.
Peso líquido: 0.362g. 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Vou pedir ao Mauro Viegas uma árvore mais bonita do que aquele pinheiro murcho, para plantar no balão da Igrejinha. Outra coisa: dizem os que fazem estudos “dos mais”, que o acontecimento “mais Brasília” até agora, foi a inauguração da loja da Vasp, e procuram reunir Pepone e D. Camilo quando relembram o Batista e o Padre Roque. (Publicado em 14/01/1962)

De volta de onde nunca saímos

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Salim Mattar: um dos secretários de saída. Foto: AMANDA PEROBELLI / Reuters (oglobo.globo.com)

 

Nessa altura dos acontecimentos, parcela significativa dos eleitores, que votaram nas propostas de governo do então candidato Jair Bolsonaro, já percebeu que ajudou a eleger um tipo específico de presidente da República e não a composição do STF. Além disso, quando o presidente declarou que não formaria uma coalizão de partidos para sustentação de seu governo no Congresso, diagnósticos pessimistas, declarados, inclusive, pelo ex-presidente Collor, diziam que o governo não teria sucesso para aprovar a sua agenda. Parte dessa metamorfose ou retorno a si pode ser debitada, diretamente, ao próprio presidente e decorre de sua inabilidade política para o exercício do cargo, frente a um Congresso eivado da velha política.

Outra parte dessa mudança deve-se, como dissemos, ao próprio sistema de presidencialismo de coalizão, no qual fatores vitais como a governabilidade, com todas as suas nuances, só podem ser realizados por meio de sintonia fina com o parlamento. Em outras palavras, qualquer governo que se apresente nesse país disposto a alterar a carcomida República, tão cheia de vícios e mazelas, tem seu poder limitado pelos interesses, até inconfessáveis, de um naco significativo da classe política que parasita o Estado, desde a chegada de Cabral. Infelizmente, mesmo com todo apoio popular possível, não há estratégia que frutifique sem que os mandatários montem uma coalizão multipartidária no legislativo. Romper esse ciclo não é tarefa para políticos sem estofo próprio e sem uma trajetória muito bem delineada desde o início. Mesmo políticos experientes acabam se tornando presas fáceis em mãos acostumadas a puxar o tapete de todo qualquer incauto mais apressado.

Para aqueles que acreditam que bravatas e outras ameaças podem melindrar um Legislativo escolado em negociações, a tarefa de dificultar os caminhos da presidência é ainda mais fácil de ser consumada.

Bolsonaro não é o primeiro presidente a mudar de rumos e, talvez, não venha a ser o último, mesmo diante de um quadro inusitado e dramático como uma pandemia mundial. Depois de leiloar a cabeça do ex-ministro Sérgio Moro para o chamado Centrão, alterando, radicalmente, a agenda de combate à corrupção, o presidente, que sempre foi um político isolado dentro do próprio Congresso por décadas, viu-se na contingência de atrair esse mesmo Centrão para dentro do governo, como forma não apenas de garantir espaço de governabilidade, mas de, sobretudo, escapar, ele mesmo, de uma saraivada de pedidos de impeachment que dormita nas gavetas do Congresso.

Se a saída intempestiva de Moro já indicava um retorno a velhas práticas, no quesito ética no governo, sinalizando uma rendição ao poderoso lobby de um passado que insiste em permanecer vivo e entranhado na máquina pública, a debandada, agora, de importantes auxiliares do super ministro da Economia, Paulo Guedes, já precedida de outras baixas importantes, pode apontar para um abandono, sem choro, nem vela, do tão pretendido e anunciado programa de liberalismo econômico. Se não houver coalizão dentro do próprio Executivo, mais uma vez, no horizonte, os cavaleiros do apocalipse, representados pelo aumento de gastos públicos, em desrespeito não apenas às normas de responsabilidade fiscal, mas de abandono das medidas que impunham o teto de gastos.

A emissão anunciada da nova cédula de R$ 200, com a estampa do Lobo Guará, já marca o prenúncio de uma virada ao passado, a um tempo em que acreditávamos ter deixado para trás. Assim, voltamos de onde nunca saímos, dando voltas sem proveito, alheios aos nossos próprios problemas que não são poucos. É uma pena.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A paciência é uma árvore de raízes amargas e frutos doces.”

Filósofo de Mondubim pensando em como o provérbio persa ajudaria Bolsonaro.”

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

Inacreditável

Dizia Dom Bosco que, na capital do Brasil, correria leite e mel. Não deu outra. Com a Caesb, sendo a única fornecedora de água, não tem para onde os consumidores fugirem. A água tem mesmo cor de mel. Comprove, a seguir, a qualidade da água oferecida pela companhia em uma região onde o IPTU vai às nuvens. Acredite: isso não é o pior. Pior mesmo é ver na conta que coliformes têm um parâmetro mínimo exigido. E mais: quase todos os itens estão fora do parâmetro adotado pela própria Caesb. Mais uma novidade: Além da tarifa “variável” cobrada, agora há uma tarifa “fixa”.

 

Ele veio!

Essa ladainha contra o Dr. Marcos Trajano, da UBS do Lago Norte, está parecendo politicagem. Tira horta, põe horta, tira mangueira, paga multa. O lado bom da história é que, pelo visto, há um médico que bate o ponto e trabalha todos os dias na unidade.

Foto: correiobraziliense.com

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A Prefeitura poderia muito bem estudar o término da construção do restaurante popular do Aeroporto. Está na estrutura, e parou no governo do dr. Jânio. Com um restaurante popular, o movimento seria maior, e o Laurinho bem que poderia baixar os preços tão altos, hoje em dia. (Publicado em 14/01/1962)

As razões para o barqueiro da morte

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Foto: reprodução do canal da TV Senado no Youtube

 

Se ainda estivesse na ativa, cruzando os rios Estige e Aqueronte, carregando em sua nau as almas dos recém falecidos, por certo, o barqueiro Caronte de Hades, da mitologia grega, teria muito trabalho a realizar, tendo que atravessar esses cursos d’água 738 mil vezes, levando os atingidos em todo o mundo pela nova peste negra, desta vez, chamada de Covid-19. Somente para transportar os mortos do Brasil, Caronte teria que realizar o mesmo trajeto mais de 103 mil vezes, indo e voltando, numa viagem de ida e vinda sem dia para terminar.

No poema épico Eneida, de Virgílio, escrito no século I a.C., “Se não posso dobrar os céus, moverei Aqueronte”, o que em outras palavras poderia significar uma busca por um significado, uma razão ou mesmo um culpado por tamanha fatalidade global. Muitos ainda buscam uma razão para uma mudança tão brusca no modus vivendi de todos nós. Que consequência terá essa situação dramática e inusitada para os indivíduos, sobretudo para os mais moços? Por certo, haverá oportunidade para traumas, do tipo pós-guerra, maculando o subconsciente de muitos. Talvez uma questão dessa dramaticidade possa ser superada, em parte, buscando-se, ao menos, os pretensos culpados por instalar, sem aviso e sem remorsos, o mundo distópico que acreditávamos existir apenas na ficção, nos filmes noir.

Quem sabe, ao indicar os responsáveis diretos e indiretos por esse drama humano, talvez seja encontrada a razão de tudo isso. Se o mundo ainda não identificou corretamente os culpados por tantas mortes presentes e futuras, ao menos, muito já sabem os nomes e sobrenomes daqueles que, por ofício, tinham a obrigação de levar as pessoas a um bom porto. E se soubéssemos os nomes e a culpa atribuída a cada um nesses episódios macabros, de que adiantaria? Os que foram levados para o outro lado do rio, pelo barqueiro da morte, lá ficarão para sempre. O que parece não ser possível, ou ao menos concebível, é que não exista protagonistas responsáveis por essa verdadeira montanha de mortos.

Mesmo a vacina, que se anuncia no horizonte, capaz de aplacar o medo de uma morte sufocante, não terá o condão de pacificar o mundo e, sobretudo, os traumas permanentes gerados em muitos. É preciso encontrar os culpados, para ao menos entender suas razões. O mais inquietante é pensar que, por ação humana deliberada de alguns líderes políticos do nosso mundo, ousaram transformar a Terra no próprio Hades, onde as expectativas de uma vida de quietude e simplicidade foram, simplesmente, banidas para longe.

Ao destruir, com propósito, qualquer feixe de uma luz de esperança, esses que agora estão sentados em suas cadeiras, dirigindo nações inteiras, organismos, e em outros postos chaves, por certo, cometeram crimes hediondos e devem responder por eles, seja internamente ou perante os tribunais internacionais. O que não dá é fingir que nada aconteceu, que tudo foi um acidente sem maiores problemas, varrendo esses acontecimentos para debaixo do tapete da história, cobrindo-os com a poeira do tempo e do esquecimento. O que se quer, muito mais do que os culpados, que certamente aí estão impunes, é buscar suas razões. Até para que flagelos como esse não voltem a surpreender a todos novamente.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A palavra é meu domínio sobre o mundo.”

Clarice Lispector

A escritora Clarice Lispector. Foto: brasil.elpais.com

 

MAB

Muitos planos para o Museu de Arte de Brasília. Localizado em uma região especial, há um projeto grandioso para entregar, à cidade, o antigo museu aportado como uma área moderna, num complexo cultural que a capital merece de volta. A Concha Acústica será uma extensão desse complexo.

MAB. Foto: EBC

 

Conhecimento

Por falar em Ceará, recebemos do amigo Silvestre Gorgulho um depoimento da Dra. Rosete Ramos. Ela fala nas lições passadas pelo Dr. Fábio Rabelo, no então Hospital Distrital. O cearense, Dr. Edmar Maciel, também é destaque como o precursor no uso da pele de tilápia para reconstituir peles queimadas, que lhe rendeu o Prêmio Abril de Ciência. O conhecimento está sendo enviado para o Líbano.

 

Foto: Viktor Braga/UFC/Divulgação

 

Resultado

Novacap, Administração Regional do Lago Norte e Secretaria de Saúde, unidas para cercar e aumentar o Horto ao lado da Unidade Básica de Saúde do Lago Norte. Brasília acorda para proteger tudo o que já foi conquistado. O próximo passo é o Parque Nacional.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Hoje é Sábado, dia de conferir o grau de desenvolvimento das tilápias do Lago. Vou para o meu pesqueiro. Lá, terei a tilápia que quero, com o caniço que escolherei.  (Publicado em 13/01/1962)

Água mineral pede Socorro

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Foto: Vinicius Cardoso Vieira/Esp. CB/D.A Press – 3/10/18

 

Aproveitando a “calmaria” que o isolamento prolongado impôs a todos, inclusive aqueles profissionais devotados à fiscalização e à proteção do meio ambiente do nosso país, a máquina de fabricar leis niilistas e de moer esperanças, localizada dentro do Palácio do Planalto, segue funcionando a todo o vapor, imprimido diretrizes que, em última análise, visam tão somente impor, sobre nosso riquíssimo e já castigado bioma, a concepção de riqueza e progresso tal como entendido no princípio do século XVIII, durante a Revolução Industrial.

Nesse quesito, trata-se de uma política absolutamente obscurantista, que parece culpar a natureza exuberante pelos descaminhos e desventuras tomados por parcela da população. Não se pode dizer, contudo, que a população tenha sido apanhada de surpresa. O sinal de fumaça, indicando que mudanças indesejada viriam a toque de caixa, foi feito, literalmente, pelo atual ministro desse meio ambiente, que a maioria lúcida desse país critica.

Durante a fatídica reunião fechada de 22 de abril último, e que a justiça, pelos descalabros ali confessados, levou ao conhecimento da nação, o ministro Ricardo Salles declarava literalmente: “Então, para isso, precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de Covid e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas. De IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), de ministério da Agricultura, de ministério de Meio Ambiente, de ministério disso, de ministério daquilo. Agora é hora de unir esforços pra dar de baciada a simplificação”. Para tanto, dizia o ministro, “o governo federal não precisa de Congresso, ainda mais nesse fuzuê.”

Declaração dessa gravidade, vinda de quem, em tese, deveria zelar pela preservação do meio ambiente, soa surreal, para dizer o mínimo. Não satisfeito com a sessão de bajulação e sabujismo explícito, Ricardo Salles ainda emendou sua falação com sugestões ao chefe: “Agora tem um monte de coisa que é só, parecer, caneta, parecer, caneta. Sem parecer também não tem caneta, porque dar canetada sem parecer é cana (…) isso aí vale muito a pena. A gente tem um espaço enorme pra fazer”.

De lá para cá, o que parecia ser retórica de subalterno vai virando realidade. Regulamentações abrindo espaço para mineração e exploração de madeiras em terras indígenas, a permissão para exploração econômica em áreas da Mata Atlântica e outras estultices. O rol de medidas insensatas ao meio ambiente segue numa profusão que vai espantando não só ambientalistas daqui e do exterior, mas colocando o Brasil como pária num mundo que parece ter acordado para os efeitos do aquecimento mortal do planeta.

Uma das últimas medidas anunciadas por esse ministério para modernizar a área, dentro dos parâmetros de desenvolvimento do século XVIII, é o da privatização do Parque Nacional de Brasília-PNB, onde está localizada a idílica Água Mineral, transformando aquele patrimônio verde, e de inestimável valor a quem mora em Brasília, numa espécie de parque aquático, com infraestrutura de turismo e outros “avanços” ao gosto do atual governo.

Por certo, o atual titular da pasta do meio ambiente desconhece o fato de que nessa área de 42.300 hectares, que abriga espécies variadas de plantas e animais, está localizada também o segundo principal reservatório de água potável do Distrito Federal, que engloba a Barragem de Santa Maria, de importância vital para o futuro da capital e de seus habitantes.

Quem sabe algum empresário chinês enxergue a oportunidade ímpar dessa privatização e estabeleça naquele local um resort de luxo ou coisa do gênero, que demonstre, ao mundo, nosso total despreparo para cuidar de tão preciosa joia.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“Mude o nome de Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade para Instituto de Natação e Recreio Braço Forte e Mão Amiga General Médici. Mas não acabe com a Água Mineral, ou Parque Nacional, esse patrimônio dos moradores de Brasília.”

Dona Dita, pensando, ainda com esperança em reverter essa atrocidade
contra a população de Brasília.

 

Devagar com o andor

Quando ouvir falar em qualquer vacina, pense em Anvisa. Acontece que, apesar do alarde, o laboratório russo não pediu autorização da Agência de Vigilância Sanitária para registrar a vacina do Covid-19 no Brasil. A exemplo dos agrotóxicos, ou urnas eletrônicas, que são proibidos ou não queridos em outros países e aceitos por aqui, é preciso muita calma nessa hora. Parceria estratégica pode significar muita coisa.

Vídeo: divulgação da vacina russa remete à corrida espacial (reprodução: g1.globo.com)

 

Valorizar

Como cidade base na construção de Brasília, o Núcleo Bandeirante merece uma sinalização melhor. Inclusive com alusão à história da capital. Para quem conhece a cidade, todos os caminhos são claros. Mas quem quer visitar a “Cidade Livre”, pela primeira vez, fica decepcionado com a mesmice.

Foto: Tony Winston/Agência Brasília

 

Monitoramento zero

Nem parece tempo de pandemia. Quem quiser voltar à vida normal basta dar uma passadinha no piscinão do Lago Norte, num domingo ensolarado. Difícil ver alguém com máscara. Brincadeiras na água, churrasquinho,  barracas com cerveja gelada e muita alegria.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Figura de alta estima em Brasília, o sr. Vasco Viana de Andrade tem emprestado seu esforço e sua capacidade a todos os grandes empreendimentos de Brasília. Quando comandou a urbanização da cidade do Gama, foi classificado pelos nossos então Eros e Anteros como o Vasco da Gama. Agora, é o Anteros quem volta a falar, comigo, sobre o nosso Vasco, chamando0o de Vasco da Grama. (Publicado em 13/01/1962)

Hermenêutica Seletiva

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Foto: Roberson Pozzobon/MPF-PR

 

Os ataques à Operação Lava Jato, em conluio com partidos e políticos de ficha suja e com o beneplácito da própria Procuradoria Geral da República, ressurgem, apenas, como a ponta visível de um gigantesco iceberg que se move para inverter a lógica da justiça, tornando réus aqueles que ousaram condenar criminosos de grosso calibre, nitidamente envolvidos num rol de ilicitudes sem fim.

Aplica-se a lei para demonstrar, dentro dos labirintos e das filigranas legais, como desfazer o senso comum de justiça, distorcendo e tornando as letras dos códigos penais libelos a favor de notórios condenados. O mais trágico, se é que se pode ir mais além nessa pantomima processual recorrente, é conseguir, diante do silêncio obsequioso de muitos, também manchados por desvios de conduta, tornar culpados em inocentes, transformando-os em anjos de candura e ética.

Observadores da cena nacional, postados de plantão, permanentemente, no meio da Praça dos Três Poderes, de olhos e ouvidos atentos para cada uma das instituições daquele sítio, são unânimes em reconhecer o que seria uma contramarcha de antilavajistas dispostos a tudo para impedir o avanço da legalidade, da justiça e da ética. Está, justamente, naquele ponto geográfico e nevrálgico da nação, o que parece ser uma grande e nebulosa orquestração com vistas não só a deter a consumação de qualquer veredito final, que leve para detrás das grades aqueles que assaltaram os cofres públicos sem remorsos, como para impedir que qualquer outro contratempo seja capaz de atrasar a marcha da insensatez, tornando condenados em inocentes e agentes da lei e da ordem, notoriamente probos e cumpridores do dever, em réus.

Nada muito estranho para um país surreal. Com isso, é possível notar que a desmoralização paulatina das instituições públicas, sob a batuta dos atuais dirigentes, não é obra do acaso, mas decorre de uma cultura transviada do bom senso, de um país que insiste em andar na contramão do mundo, comandado por uma elite com modelos e leis próprias, que enxerga, na população, uma espécie de bem de capital, capaz de gerar apenas lucro e sustento àqueles que estão no piso superior.

Não por outra razão, esses personagens não desfilam em público, transitam por corredores e passagens secretas, movendo-se em aeroportos e outros lugares inevitavelmente públicos por meio de túneis, salas vip e outros paredões que os isolam da plebe. Quando expostos ao público, as reprimendas e os impropérios voam para todo lado. Numa situação tão paradoxal como essa, em que assalariados e servidores da nação são, por essa mesma classe, quase que enxotados, o que se tem é uma anomalia, que em nenhuma hipótese pode funcionar de modo minimamente razoável.

É como se a nação fosse governada por alienígenas de uma galáxia distante e inacessível. Obviamente que críticas que tendem a hostilizar e a atacar o Supremo, por exemplo, só servem para piorar uma situação que em si já é por demais delicada e instável. O chamado Estado Democrático de Direito, uma abstração que paira sobre toda e qualquer instituição ou poder, deve ser o norte a seguir, mesmo quando as instituições teimam em não se harmonizar com os cidadãos e a cidadania.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O poder quando é orgulhoso, nunca pode considerar-se seguro.”

Tácito, senador e historiador romano

Imagem: MURPHY(1829), Cornelius Tacitus (wikipedia.org)

 

Isso é Novo

Partido Novo não precisa dos R$36 milhões dos cofres públicos a que tem direito pelo Fundo Eleitoral. Não vai usar essa verba para a autopromoção e angariar votos. Hoje em dia, a população prefere votar em quem age como discursa.

Foto: boletimdaliberdade.com

 

Ebook
Réquiem para o Cerrado, da Xapuri Editora, assinado por Altair Sales Barbosa. Veja como ter acesso ao livro, no link RÉQUIEM PARA O CERRADO – O SIMBÓLICO E O REAL NA TERRA DAS PLANTAS TORTAS.

 

Cuidado
Atenção, moradores dos lagos Norte e Sul! Se avistarem alguma capivara, favor comunicar ao dicon@ibram.df.gov.br para um mapeamento e futura ação. Os animais estão se proliferando rápido demais e trazendo incômodos como carrapatos e invasões. A iniciativa é assinada por Paulo Costa, do Conselho de Segurança do Lago Norte.

Foto: Gabriel Luiz/G1

 

Chamas

Leia, no link Foco não é o fogo, o artigo escrito pelo pesquisador e jornalista Reginaldo Marinho, publicado na Folha do Meio Ambiente, sobre a temporada de queimadas e o que há de cultura e política por trás.

 

Uma pena

Está dando o que falar a retirada das plantas medicinais da UBS do Lago Norte. Era um horto de plantas medicinais tratado de forma sustentável, que dava suporte ao trabalho do Dr. Marcos Trajano, especialista em fitoterapia. O que a medicina chinesa levou milênios para desenvolver, o Brasil não tem, até hoje, cultura para compreender.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Na última reunião do Conselho de Ministro, o assunto foi ventilado pelo professor Hermes Lima, que citou nominalmente o caso daquela repartição fazendária, que instituiu o retorno por conta própria, em prejuízo do funcionamento do Ministério da Fazenda em Brasília. Aqui está a verdade. (Publicado em 13/01/1962)

Supremo alheamento

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Foto: STF/Divulgação

 

Hoje, qualquer pesquisa de opinião pública para medir o grau de confiabilidade e credibilidade do Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo aquelas encomendadas pelo próprio órgão, mostra que, para a maioria dos brasileiros, essa que deveria ser a mais importante Corte do Estado, apresenta um baixíssimo grau de avaliação pela sociedade.
Dependessem das notas emitidas pelos cidadãos, a maioria dos atuais ministros estaria simplesmente reprovada. A população, de um modo geral, desaprova a conduta dessa Alta Corte, enxergando nessa instituição e, principalmente, nos seus membros, o mais importante instrumento para a manutenção de um antigo e condenável modelo de governo que todos querem ver superado.
Não que enquetes desse gênero possam ter alguma importância para a Corte ou mesmo influenciar a condução de seus trabalhos. Nesse sentido, alguns ministros, por diversas vezes, têm afirmado que não pautam seus pareceres pelo bafo das ruas, nem se deixam intimidar pelo clamor popular quando têm que decidir seus votos. As ruas e o STF vivem um divórcio litigioso há anos, e isso, embora não intimide suas excelências, não é, definitivamente, para dizer o mínimo, saudável para a democracia.
No máximo, a percepção da população sobre a Suprema Corte fica a meio termo entre o bom e o ruim ou péssimo. E isso é preocupante, por um lado, porque passa a noção de que essa alta instância, até mesmo pela denominação um tanto pomposa, destaca-se do restante dos brasileiros por se achar localizada no céu ou no Olimpo, em contraposição ao restante dos mortais, que permanecem na planície, em que a vida é enfadonha e se resume a um rosário de lamúrias diárias.
Nada mais surreal para um país que almeja juntar-se às demais nações desenvolvidas e modernas. Talvez, esse distanciamento e alheamento do STF em relação à média da população se dê pelo fato de que seus membros não dependem da vontade popular para alcançar esse status. Talvez, esteja no fato de que, entre um e outro, não haja uma comunicação direta ou mesmo uma língua ou idioma em comum. Os ministros falam uma novilíngua, que é uma corruptela ou uma espécie de juridiquês hermético e cifrado, em que o sim pode ser um não e vice-versa.
De qualquer forma, não vale aqui apontar o dedo. De dicotomia entre uma Corte embutida num país, mas, ao mesmo tempo alheia a esse, faz com que seja preciso acertar os passos desses que são, quer queira, quer não, funcionários públicos a serviço da nação para evitar o que parece ser iminente, ou seja, uma colisão frontal que possa trazer prejuízos múltiplos.
O pior nessa questão que se arrasta há anos é que ela parece não ter uma solução à vista. Pelo contrário, a cada decisão tomada nessa instância aumenta o descontentamento do grosso da população. Não bastassem armar todo o tipo de ardis jurídicos para impedir a condenação final de corruptos comprovadamente implicados em crimes diversos, eis que o STF, agora, parece ter empreendido um caminho sem volta para fazer de qualquer noção de direito, mesmo os mais simples e básicos, um anátema de justiça.
A frase que não foi pronunciada
“A liberdade de expressão é soberana desde que não incomode os soberanos.”
Dona Dita, resumindo a ópera em seu pensamento
Charge do Duke
Presença
Megaoperação no Paranoá na manhã de ontem. Havia carros do DER, da Vigilância Sanitária, do DF Legal, da Polícia Militar e da Brasília Ambiental.
Segurança
Para a proteção do presidente da República, torres farão parte do visual dos palácios em Brasília. A intenção é proteger contra drones. Nada mais natural, principalmente para quem quase foi eliminado por uma facada.
Foto: tripadvisor.nl
Destarte
Cine Brasília, Biblioteca Demonstrativa, Teatro Nacional, reformas intermináveis para locais do saber.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil
FB
Adriano Lafetá registra, no Facebook, a visita ao Xingu na década de 80, onde presenciou o reencontro do cacique Aritana Yawalapiti com Orlando Villas-Bôas. Veja o post, em seu perfil pessoal, em que o jornalista lamenta a morte do líder indígena pelo Covid-19.
Foto: reprodução da internet
Cientista
Professor da UnB, Nagib Nassar foi convidado pelo Conselho de Administração da Fundação Kuwait para o Avanço das Ciências, para participar da Arab Scholars Academy. Veja a missiva a seguir.
História de Brasília
O jornal noticiou a retificação, de acordo com o pedido do diretor-geral da Fazenda. Mas estávamos sendo burlados, enganados, desmentidos sem razão. (Publicado em 13/1/1962)

O futuro das próximas gerações passa pela preservação do meio ambiente

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Foto: Polícia Militar Ambiental/MS

 

Com uma área de aproximadamente 188 mil km², o Pantanal é considerado a maior área úmida continental do planeta. Esse magnífico bioma, um dos maiores patrimônios naturais do Brasil, ao lado da Amazônia e do próprio Cerrado, o Pantanal abriga cerca de 3,5 mil espécies de plantas, 124 espécies de mamíferos, 463 espécies de aves e 325 espécies de peixes. Nesse verdadeiro paraíso úmido, encontram-se, ainda, diversas comunidades tradicionais formada por povos indígenas, que habitam a região há milênios, além de populações de quilombolas e outros povos locais, que concorrem para a formação de uma rica e preciosa cultura pantaneira. À semelhança da tragédia que vem se abatendo sobre a Amazônia, a imensa região do Pantanal também vem sofrendo, há anos, com a ação nefasta do agronegócio e de outros personagens que agem nessa região movidos apenas por interesses econômicos imediatos e a qualquer custo.

Para esses atores da destruição, a vegetação, os animais e outros recursos naturais são muitas vezes considerados empecilhos ao “progresso”, devendo, portanto, ser retirados do caminho, tratorados ou queimados. O pior nessa tragédia é que nenhum governo, tanto do passado como da atualidade, nunca viu nada de mais com o que ocorre naquelas áreas remotas. Aproveitando os discursos, o que tem pregado o atual governo em desfavor das questões do meio ambiente, o Pantanal parece ter se tornado, do dia para noite, uma região de ninguém, onde o que vale é, justamente, o vale-tudo.

Com isso, essa região vem passando por sua mais profunda crise das últimas décadas. A seca, também recorde, contribui ainda mais para a destruição de todo esse delicado ecossistema, acendendo, como nunca, a preocupação de ambientalistas não só do Brasil, mas de todo o planeta. Além da seca que, a cada ano, torna-se mais severa, aumentaram ainda mais as queimadas e os desmatamentos.

No mesmo sentido, as fiscalizações foram sensivelmente abrandadas, com o desaparecimento de multas e de outras penalidades aos predadores da natureza. O governo, literalmente, fechou os olhos para o problema, assim como vem fazendo com a região amazônica. A atuação federal, nesses casos, só acontece por pressão internacional, principalmente quando investimentos e outros recursos econômicos estrangeiros ameaçam paralisação. Ou quando aumentam os boicotes a produtos brasileiros, como já vem acontecendo em larga escala mundo afora.

O que os cientistas têm alertado é que o descaso com a Amazônia afeta diretamente, também, o Pantanal, apesar da distância. O recorde de incêndios na Amazônia, em junho desse ano, acelerou e fez crescer, ainda mais, as queimadas no Pantanal. O desmatamento e as queimadas, tanto no Pantanal quanto na região amazônica, são fenômenos que acabam por afetar os chamados rios aéreos, com consequência direta na diminuição do regime de chuvas nessas regiões e em todas as outras, no país inteiro.

O processo lento e, de certa forma, programado de destruição desses dois magníficos biomas, únicos no planeta, trarão prejuízos irreversíveis ao Brasil e às futuras gerações, que poderão ser obrigadas a sobreviver em regiões agrestes e desérticas, sem água, sem vegetação, empobrecidas pela ação criminosa de grupos e pela inanição de governos, para quem o futuro sempre se esgota nas próximas eleições.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“No fundo do seu coração, o homem aspira a reencontrar a condição que tinha antes de possuir consciência. A história é meramente um desvio que ele toma para chegar lá.”
Emil Cioran foi um escritor e filósofo romeno radicado na França.

Photographer of Keyston agency/Getty Images before Rivarol Premium.

 

Consome dor

Com mais demanda, o número de reclamações aumenta em relação ao IFood. Demora na entrega do alimento, troca de encomendas, falta de comunicação sobre o endereço, fazendo o responsável pelo transporte não entregar a comida, e o envio de cupons de desconto no aplicativo sempre dá erro. Merece uma revisão dos restaurantes.

Foto: entregador.ifood.com

 

Há males

Constantemente, essa coluna expõe a opinião dos leitores sobre o tratamento sofrível que o comércio dispensa aos clientes. A situação na pandemia se reverteu. Quem conseguiu manter o emprego teve uma reciclagem forçada na escola Covid-19.

Foto: CB/D.A Press

 

Menos burocracia

Veio em boa hora a Portaria da Corregedoria do TJDFT – GC 67/2020, art. 2º. II. Cartórios facilitam o atendimento pelo próprio site, telefone ou e-mail.

Foto: brasiliadefato.com.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Leitor nos escreve pedindo que façamos uma sugestão ao TCB a efetivação da proibição de se fumar nos ônibus, defendendo os passageiros que ficam incomodados, e a empresa que tem seus bancos queimados. Conclui o missivista numa extrema coincidência de ponto de vista com a maioria da cidade ao dizer que “tudo será fácil agora, sr. Ari, enquanto não temos vereadores”. O recado final é para a Justiça, que deve conhecer a ponto de vista da cidade. (Publicado em 13/01/1962)

Inversão de valores permanece depois de séculos

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Foto: Reprodução

 

Nunca, em tempo algum, a observação feita por Rui Barbosa (1849-1923) sobre a inversão de valores éticos entre as elites que comandavam os poderes da República, em sua época, fez tanto sentido como agora. Dizia ele: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

A sentença, que parece resumir toda a epopeia brasileira desde 1500, foi feita em discurso no Senado Federal em 1914, e seu alvo era justamente a falta de ânimo da Justiça em punir os poderosos. Para ele, “a maior de todas as ruínas é a ruína da justiça”, principalmente aquela “colaborada pela ação dos homens públicos.” Rui Barbosa ia mais além em seu libelo, acusando os partidos de seu tempo e, principalmente, o governo de influenciarem constantemente as decisões da justiça em favor dos poderosos.

Nada diferente do que acorre exatamente nesse instante, com o Supremo agindo, seguidamente, em favor de abolir penas quando o réu é alguém conhecido e poderoso e com conexões diversas e preciosas dentro da máquina do Estado. Rui Barbosa dizia, há mais de um século, a mais grave de todas as ruínas era a “falta de penalidades aos criminosos confessos”, assim como a “falta de punição quando se aponta um crime que envolve um nome poderoso, apontado, indicado, que todos conhecem”.

São observações proféticas e que servem hoje como uma luva no que vem ocorrendo nesse instante, quando juízes e um conjunto pequeno de procuradores do Ministério Público ousaram, por meio da já famosa Operação Lava Jato, investigar, julgar e condenar uma parte enorme de políticos da nossa história atual, reunida de uma só vez para assaltar o erário.

Essa imensa e poderosa quadrilha, formada por políticos dos mais altos escalões, inclusive presidentes da República, aliados aos mais ricos e influentes empresários do país, foi, um a um, encaminhado às penitenciárias, inaugurando assim uma etapa totalmente nova e extraordinária de nossa história.

Questões levantadas por muitos internautas, que acompanharam de perto o desenrolar das revelações obtidas por meio de escutas ilegais e divulgadas  pelo site The Intercept Brasil, mostram, de forma clara,  que boa parte da opinião pública que trafega nas redes sociais não, apenas, vem pondo em dúvida a integridade desses diálogos, como passou a estabelecer, por conta própria, as conexões entre os diversos fios soltos.

O que se tem nesse episódio é que milhares de investigadores, amadores online e por todo o país, passaram a investigar o caso e a divulgar cada passo em falso e cada pequeno detalhe deixado para trás pelos denunciantes. Num país que, desde 2005, vive em permanente estado de atenção e onde a realidade política se mistura com a ficção do realismo fantástico, o surgimento de mais esse sub enredo, dentro do mega escândalo levantado pela Operação Lava jato, reacendeu o interesse do público sobre a tragédia da corrupção.

Com isso, o público, desde aquele tempo, vem interagindo com o desenrolar de todo enredo sobre corruptos e ditadores, o que pode levar a um desfecho imprevisível dessa trama. O material colhido até agora sobre esses casos já possui um volume de informação considerável. Quem acompanha as notícias está certo de que há trama de todos os lados para desmanchar a Operação Lava Jato, por meio de uma campanha visando desacreditar seu principal juiz.

Muitos afirmam, inclusive, que, se os bandidos revelados por essa Operação combinavam minuciosamente o esquema que os levariam aos cofres públicos, por que os agentes da lei não poderiam fazer o mesmo, já que se tratava, no caso, de defender o Estado de uma bem engendrada organização criminosa?

Para conferir mais surrealismo à toda história tecida nesse país, vale lembrar o desfecho de um tal site intitulado Pavão Misterioso, que divulgava supostos diálogos entre o deputado JW, que teria vendido o cargo, para o marido de Glen Greenwald. Neles, o ex-parlamentar cobra parcela do dinheiro devido e que não estaria sendo honrado por conta das fiscalizações feitas pelo COAF nas movimentações financeiras desse trio. Volta e meia, JW volta às redes sociais com questões dos internautas sobre o desaparecimento repentino e definitivo do deputado que abriu mão de ser representante dos seus eleitores.

A população que a tudo assiste, ao vivo e a cores, chegou a acreditar que, com a Operação Lava Jato, o Brasil finalmente adentrava numa nova e virtuosa fase de sua história. Durou pouco a esperança da sociedade de que finalmente iria haver uma mudança radical de rumos. Por ação justamente daqueles mesmos sujeitos apontados há mais de um século por Rui Barbosa, em seu famoso discurso de 1914, o castelo de cartas vem sendo posto abaixo agora, diante de nossos olhos, e graças à inércia daqueles que poderiam agir a tempo de cessar essa verdadeira contrarreforma do antigo regime de impunidade. Uma leitura nos jornais diários dá conta de que a Hidra da corrupção, com seus aliados, ainda está viva e se move.

Depois de sepultar qualquer possibilidade de condenação com o fim da prisão em segunda instância, e depois de mandar soltar todos os criminosos do colarinho branco, o Supremo, que tudo pode, tudo executa, mira agora seus canhões contra juízes como Sérgio Moro, o procurador da República Deltan Dallagnol e outros que ousaram furar o cerco secular da impunidade, numa inversão de valores que faria o próprio Rui Barbosa envergonhar-se de ser brasileiro. Só escapa um detalhe: a população está cansada, mas não inerte.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“O casamento entre o Notório saber jurídico e ilibada reputação.”

Sugestão de dona Dita para uma nova trova a ser cantada pelo ex-ministro do STF, Ayres Britto.

Foto: Divulgação/TV Brasil

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Nos tempos do sr. Jânio Quadros, demos, daqui, uma notícia, informando que a Diretoria Geral da Fazenda estava se mudando para o Rio de Janeiro, apesar do bom rendimento que vinha experimentando em Brasília. (Publicado em 13/01/1962)

Arapongagem 2.0

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Foto: abin.gov.br

 

Em todo o tempo e lugar, a questão da informação sempre foi crucial para o ser humano. Informação é poder. Para aqueles que almejam conduzir o destino de seus semelhantes, trata-se de uma ferramenta básica, para traçar metas para o bem comum. Já para aqueles que desejam aumentar ainda mais seu poder, enfeixando em suas mãos todas as decisões de mando sobre os demais, a informação torna-se a segunda principal arma a ser utilizada. A primeira, obviamente, é força dos canhões e da repressão.

Para aqueles que ainda se espantam com a possibilidade de um único homem ser capaz de controlar milhões de outros, possuindo apenas um par de olhos e de ouvidos, fato que ocorre em países como a Coreia do Norte, China, Venezuela, Cuba e em outros regimes ditatoriais, a explicação está na informação. Para esse intento, tiranos recorrem a outros milhões de olhos e de ouvidos, espalhados por todo o território, prontos para verem e ouvirem tudo em volta, abastecendo o mandante com informações sobre cada indivíduo.

No Brasil, com inimigos infiltrados por todos os lados, surge a nova unidade da Agência Brasileira de Informação (Abin), criada por meio do Decreto nº 10.445, de 31 de julho último, e denominada Centro de Inteligência Nacional (CIN). De toda forma, trata-se de uma medida que vem sendo duramente criticada por especialistas e outras pessoas que tomaram conhecimento desse projeto. Para quem analisou o projeto e as circunstâncias que envolvem essa decisão de última hora, é a recriação ou um revival, com outro nome, do antigo Serviço Nacional de Informações (SNI), principal órgão de Estado que, durante os governos militares, abastecia o chefe do Executivo com informações sobre quaisquer atividades.

A decisão sobre esse novo órgão teria sido ventilada durante a reunião de 22 de abril, quando o presidente da República reclamou da pouca eficiência dos relatórios preparados pela Abin e pela Polícia Federal, sobretudo, pelo fato desses órgãos não fornecerem informações sobre a possibilidade de ameaças a seus familiares, incluindo possíveis investigações que estavam em curso contra pessoas de sua intimidade. A própria facada levada pelo presidente, até agora, não foi esclarecida de forma convincente.

Raciocinando dessa forma, o presidente criou um órgão com a missão de “planejar e executar ações de inteligência voltadas ao enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado e da sociedade.” Depois dos episódios recentes envolvendo a tentativa da Procuradoria Geral da República, de confiscar todo o volume de informações da Operação Lava Jato, e depois do que aconteceu com o caso rumoroso envolvendo a confecção de um relatório sigiloso de inteligência com informações de servidores públicos com atividades adversas ao governo, preparado pelo próprio Ministério da Justiça, essa nova notícia parece vir numa espécie de pacote fechado.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Para que o mal tenha sucesso, basta que os bons não façam nada.”

Tom Jobim

Foto: Mario Coelho Filho / Agência O Globo

 

Irmãos chineses

Leitora descreve a situação dos parques sem banheiros. Parecem as ruas na China. Se a criança tiver vontade de urinar ou evacuar, a solução é que faça ao ar livre, já que os parques estão abertos e os banheiros fechados.

 

 

SP

De 200 para 400 pessoas. Essa é a meta que deve ser atingida, em pouco tempo, pelo Instituto Butantã, em São Paulo. Gratuitamente, o instituto tem feito o teste RT-PCR, reconhecido como o mais preciso. Interessados começam a ocupar lugar na fila, desde as 22h do dia anterior, na esperança da certeza de não ter contraído Covid-19. Em clínicas, o teste chega a custar R$250. Dimas Covas, diretor do Instituto Butantã, vai ampliar a testagem em mais pontos de São Paulo.

Foto:Divulgação/IMBP

 

DF

Saúde de Brasília instituiu o Centro de Operações de Emergência contra Coronavírus. Mas, desde o dia 26 de junho, não é possível agendar o teste. O serviço foi suspenso.

Foto: saude.df.gov

 

UnB

Desde o começo da pandemia, a Universidade de Brasília divulga ações de pesquisa e projetos em diferentes frentes para o combate ao Coronavírus. A professora e pesquisadora do laboratório de genética humana do Instituto de Ciências Biológicas, Silviene Fabiana de Oliveira, coordena o novo projeto. Até o dia 20 de agosto, a universidade vai coletar amostras de sangue de pessoas que já foram infectadas com a Covid-19. Se você é voluntário, os passos estão no link do WhatsApp do Projeto da UnB – Covid-19.

 

Acolhimento

Outro projeto interessante da Universidade de Brasília é coordenado pela professora Josenaide dos Santos que, por comunicação online, propõe atendimento em e-terapias de promoção de bem-estar que envolvem a realização de oficinas de meditação, círculos de diálogos temáticos e bate-papos literários; já nas e-terapias de apoio psicossocial, são oferecidas conversas sobre qualidade do sono, autoconhecimento, uso de álcool e drogas, além de terapia comunitária e promoção da saúde mental a estudantes universitários. Material completo no link Projeto e-Terapias é parceria da UnB com a UESC para promover bem-estar durante a pandemia.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Sabe-se que somente os candidatos a vereadores são a favor da Câmara Municipal de Brasília. Nós, eleitores, simplesmente, repugnamos. (Publicado em 13/01/1962)

Cultura: eficiente remédio em tempos de pandemia

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil

 

Entre as mil facetas proporcionadas pela cultura, há a abertura de oportunidades para a realização individual e coletiva das pessoas e o aspecto fundamental e agregador de toda e qualquer sociedade, seja ela do passado ou do presente. Não seria exagerado supor, então, que, por meio da produção cultural, é possível afirmar que a perpetuação de uma civilização está diretamente ligada à sua capacidade de gerar cultura e, portanto, conhecimento.

Não é por outra razão que muitos estudiosos apontam a cultura como sendo a própria alma de um povo, capaz de dar impulso e ânimo. Tão importante ainda como a identidade dada pela cultura a um povo, comumente chamada de identidade cultural, é o fato de que é, através dos mecanismos propiciados pela cultura, que surgem as possibilidades e os meios para o desenvolvimento das artes, em todas as suas vertentes. E é aí que voltamos ao que concerne da importância que a cultura exerce em momentos especiais, sobretudo, numa época em que, tangidos pelo medo da doença e da morte, os indivíduos buscam, na cultura e no seu mais importante produto, as artes, a possibilidade de sentir como igual, desfrutando do mesmo destino, seja em tempos de paz ou de guerra.

O teatro, a música, o cinema, a poesia, as artes plásticas e uma infinidade de outras realizações do gênio humano tornam a jornada humana sobre o planeta uma experiência que vale ser vivida, não importando o que se passa lá fora. Nesse aspecto, não importa se a cultura é erudita ou popular. O efeito terapêutico sobre as diferentes pessoas é o que importa. E como importa!

Dentro desse contexto, é fundamental reforçar a contribuição dada pelas mídias sociais na divulgação dos mais variados temas artísticos e culturais. Ouve-se do pagode à música clássica num toque de dedos. Bibliotecas de todo o mundo estão ao alcance de todos nas redes. Do ponto de vista cultural, as mídias sociais possibilitam desde visitas virtuais a museus e outros sítios de interesse histórico, até a passeios que levam o internauta a dar um giro pelo mundo sem sair do lugar.

Não é à toa que muitos consideram que o confinamento da pandemia é suavizado com essa porta escancarada para o mundo. Obviamente que chegará um dia em que a pandemia cederá lugar à vida como ela deve ser: livre e plena de futuro. É nas ruas, ou nessa sala de visitas comum e coletiva, que podemos desfrutar a vida com todo o seu potencial, ao vivo e a cores. É preciso lembrar que apenas as cidades mais providas de equipamentos de cultura, como teatro, galerias, museus e outros centros culturais são as que possuem maior capacidade de formar um povo agregador, consciente, alegre ou triste, mas solidário.

Em outros lugares áridos de cultura, sem espaços adequados para o exercício da cidadania e das artes, o retorno das pessoas à normalidade se dará, apenas, pela força da obrigação diária. Sem esses centros de atratividades, desempenhados por esses espaços onde se cultuam as artes, o fim do isolamento pode ser até um transtorno.

No caso da capital do país, onde seu principal teatro continua fechado, sua mais tradicional galeria, representada pelo Museu de Arte de Brasília (MAB), assim como a biblioteca demonstrativa e outros espaços voltados à cultura e às artes, continuam também fechados e esquecidos, e as poucas livrarias existentes vão fechando as portas, uma a uma, melhor mesmo será continuar fechado, também, em casa.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A cultura está acima da diferença da condição social.”

Confúcio, primeiro grande filósofo chinês do Período das Primaveras e Outonos. (Wikipedia)

Foto: reprodução da internet

 

Você sabia?

Um acordo de décadas dá aos brasileiros, que trabalham no Japão, a possibilidade de usar esse tempo de serviço para a previdência do Brasil. O tratado é recíproco e tem ajudado muita gente.

 

Lobby

Um projeto da então senadora Marta Suplicy, de 2015, proibia o uso de gorduras vegetais hidrogenadas na fabricação de alimentos. À época, a Organização Mundial da Saúde recomendou que os ácidos graxos trans industrializados fossem eliminados de qualquer alimento. Pelo visto o lobby venceu.

  

CNPT

Para quem conhece a Bíblia sabe que a crise dentro da igreja já estava prevista. Para quem acredita, assiste de camarote com o terço nas mãos. Veja, no link Dividida, o que corre nas redes sociais sobre o assunto.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

As ruas de Taguatinga estão infestadas de animais. Galinhos e cães cruzam as pistas a todo instante, como que pedindo à Prefeitura a criação da carrocinha tradicional em todas as cidades. (Publicado em 13/01/1962)