Categoria: ÍNTEGRA
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Não é de agora que escritores, visionários, filósofos e outros pensadores da questão humana imaginam e preveem um mundo e uma sociedade distópica, onde os valores morais e éticos e todas as relações sociais saudáveis desabaram para um patamar no subsolo onde a opressão, o autoritarismo, a anarquia e a desagregação do indivíduo e das famílias passam a dominar o ambiente de todas as nações, fazendo, do exercício da vida, um tormento sem fim.
Obras literárias de grande valor como ‘1984’, de George Orwell, “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, “Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury, “Guerra dos Mundos, de H.G Wells, e uma centena de outras buscaram descrever esse mundo futuro de pesadelo onde a tecnologia, que anteriormente foi pensada para libertar o homem dos trabalhos enfadonhos e infindáveis, agora passa a ser usada como ferramenta para controlar e oprimir as massas, criando um ambiente no qual todos são absolutamente vigiados e escravizados, do nascimento até a morte.
Mesmo as grandes metrópoles, outrora majestosas e desejadas, vão se transformando, dentro desse novo ambiente de miséria humana, em lugares decadentes e extremamente hostis. Ocorre que se, no passado, essas imagens e predições ficcionais foram utilizadas, por seus autores, dentro de um contexto que visava alertar e satirizar para a possibilidade das sociedades modernas transformarem o planeta num lugar de absoluto sofrimento, hoje, mais e mais, parece que estamos nos dirigindo ao encontro daquilo que mais temíamos: construindo, com nossas próprias mãos, a Torre de Babel distópica que poderá erguer o inferno sobre a Terra, antes mesmo do advento do apocalipse.
Alguém já afirmou que o único cenário que a mente humana não pode trazer para a realidade é aquele que não consegue elaborar mentalmente. Em outras palavras, e dentro das possibilidades infinitas de nossa espécie e que nos torna diferente de outros seres vivos, temos uma capacidade de projetarmos o futuro e nos encaixarmos nele, mesmo que esse futuro não seja do nosso agrado e nos coloque em rota de colisão contra a continuação da nossa própria espécie.
É essa dualidade humana que, ao mesmo tempo, a unir o Eros e o Tânatos, temos que arrastar para frente, num combate eterno contra nós mesmos, tão bem representado pela alegoria de Sísifo, condenado a empurrar para sempre, morro acima, uma gigantesca pedra que, ao atingir o topo, volta a rolar morro abaixo.
Essas reflexões vêm a propósito do fenômeno experimentado em boa parte do mundo e que parece decretar o que seriam os primeiros sinais da morte da cultura, em todos os seus aspectos. De certa forma, esse seria, para muitos, o prenúncio a indicar que estamos no limiar de um mundo distópico. Fechamento de teatros, museus, bibliotecas, livrarias, galerias de arte, cinemas e mesmo o que parece ser a falência da música, dos coros, das orquestras, da moda e tantas outras invenções do gênero humano, tão necessários para a evolução de nossa espécie e que nos tornam aquilo que buscamos ser: seres humanos.
Trata-se de um fenômeno que vai acontecendo não apenas por indução da pandemia, mas da própria condição atual de todos nós, terráqueos, preocupados e envoltos em nossas revoluções internas, enquanto destruímos o planeta e todo o seu bioma. Escondidos em nossas cavernas modernas, fugimos do vírus externo enquanto, por toda a parte, as lideranças políticas vão assenhorando da máquina do Estado, transformando nossas instituições e criando outras à imagem e semelhança de seus propósitos.
Ao romper a barreira da cultura, estarão abertas as brechas para o alagamento total de nossa civilização, já abalada pelos esforços contínuos de destruição das famílias e o que resta do ensino público.
Enquanto permanecemos mergulhados em nosso sono de hibernação, um mundo distópico vai sendo erguido bem defronte de nossas casas.
A frase que foi pronunciada:
“Os romances distópicos ajudam as pessoas a processar seus medos sobre como será o futuro; além disso, eles geralmente mostram que sempre há esperança, mesmo no futuro mais sombrio.”
Lauren Oliver, escritora norte americana
Gestão
Depois do elogio feito à farmácia de alto custo, o que acontece hoje é que não previram o final do contrato com a empresa que entregava os medicamentos por motoqueiros. Quem recebe os remédios são pessoas de saúde vulnerável, daí a necessidade da entrega em domicílio. Resultado: na estação do metrô na 102 sul, a fila é grande com pessoas que não precisariam estar ali se houvesse uma administração competente.
Que presente
Acompanhar cada passo do PSOL é uma tarefa difícil para quem ainda preza pela instituição familiar. Desconstruir a biologia, forçando meninos e meninas, crianças ainda, a serem sugestionados a trocar de sexo é um escândalo plantado, onde a tempestade não vai ser colhida por essa geração inconsequente. Um partido que desconstrói trabalha com escombros.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O Doutor Tancredo Neves mandou dizer que a reunião do Conselho de Ministros foi adiada, porque ele precisava receber o chanceler do México. Se não passar ninguém pelo Rio terça-feira próxima, haverá reunião em Brasília. (Publicado em 19/01/1962)
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Vamos ver como tudo fica depois da pandemia. Mas, se há um tempo para mudar, esse tempo é agora. Enquanto persistirmos em nosso modelo de escola pública, baseado na excessiva centralização de decisões, todos os anos seremos forçados a ouvir notícias de que alguns estabelecimentos de ensino, por falta de previsões adequadas, ainda se encontram em processo de reforma física das instalações. Com isso, algumas escolas simplesmente não podem dar início ao ano letivo.
Não se conhecem ainda as razões que levaram a Secretaria de Educação a abandonar o modelo de fábrica de escolas que ajudava tanto na construção e reforma de escolas e que, de certa maneira, economizava na logística para manter essas unidades de ensino em boas condições de funcionamento. Por outro lado, é preciso que a manutenção e conservação das escolas sejam também tarefas obrigatórias aos estudantes e aos seus responsáveis diretos.
No Japão, um país rico e que poderia se dar ao luxo de chamar apenas para si a tarefa de cuidar das escolas, faz questão de que seus estabelecimentos de ensino sejam cuidados pelos próprios alunos, que se encarregam de tudo: da limpeza ao conserto das instalações. Essa tarefa poderia muito bem ser incluída dentro das disciplinas obrigatórias, fazendo com que os alunos e seus responsáveis ficassem diretamente envolvidos com a tarefa de manutenção e conservação das áreas físicas.
Essa simples tarefa de responsabilização de todos no cuidado com as escolas é capaz de semear, nos jovens e na comunidade, de uma forma geral, o sentimento de pertencimento e de carinho, fazendo com que todos sejam igualmente responsáveis materiais por suas escolas. Quem cuida, não depreda. Essa é uma lição que os jovens, com certeza, irão levar para toda a vida.
É preciso reacender o sentimento dentro das escolas de civilidade, acabando com o paternalismo tolo e infantil de que tudo necessita ser feito apenas pelo governo. Quando uma escola é depredada, toda a comunidade é atingida e aviltada igualmente. Sem cultivar essa ideia de que a comunidade é dona de seus destinos, continuaremos correndo em círculos, sem ir a lugar nenhum.
Educadores estão convencidos, hoje, de que a educação, concebida lá atrás e que visava a preparação de pessoas como força de trabalho, obedientes e mecanizadas, não mais tem lugar na atualidade e que educação, como forma de seleção empresarial, está com os dias contados, pelo menos nos países que já compreenderam a importância de trazer, ao conhecimento, aspectos essenciais a todos os seres humanos como é o caso da compaixão e da bondade. Obviamente que, no caso brasileiro, onde a educação vive ainda com carências básicas, como teto para cobrir escolas, carteiras para os alunos sentarem, banheiros e outras necessidades primárias, trabalhar nesse período de isolamento social não tem sido fácil para os que foram obrigados a entrar na seara eletrônica.
Pesquisas atuais nas bases neurais da emoção, que têm como centro novos modelos para o florescimento humano, são o que existe de mais promissor nas áreas de educação em alguns lugares do mundo, e anunciam uma nova revolução nos métodos de ensino.
Esse tema é, para muitos, o caminho mais prático e seguro para mudar o mundo futuro, livrando os seres humanos da escravidão política, militar, religiosa, libertando os espíritos do fanatismo, do materialismo, revivendo o humano adormecido em cada um. Trata-se de uma tarefa e tanto!
É preciso cultivar em nossos jovens, desde cedo, a mentalidade de que os verdadeiros proprietários das escolas são aqueles que usufruem dela, seja ontem, hoje ou amanhã. Para tanto, é preciso tirá-los da zona de conforto, dar-lhes vassoura, enxadas, pinceis, panos e outras ferramentas de trabalhos e convocá-los a pôr as mãos à obra.
Realizar mutirões nos fins de semana, envolvendo toda a comunidade para cuidar das escolas. Mostrar quão dignificante é o trabalho de manter nossos espaços de vida social comum. É preciso incutir nos mais moços que a escola é, para muitos, seu segundo lar e precisa, pois, ser bem cuidada e preservada. Não pode haver vida social onde imperam o egoísmo e a negligência.
A frase que foi pronunciada:
“O ideal da educação não é aprender ao máximo, maximizar os resultados, mas é antes de tudo aprender a aprender, é aprender a se desenvolver e aprender a continuar a se desenvolver depois da escola.”
Jean Piaget, psicólogo
Proatividade
Motoqueiros ultrapassam os carros nas tesourinhas pela direita, tiram o escapamento para aumentar o barulho, entram na contramão das comerciais para fazer a volta, andam pelas calçadas, ultrapassam sinal vermelho onde não há pardal. Carros começam a acelerar nas faixas de pedestre. Alguma coisa precisa ser feita antes que seja tarde.
Remédio
Corre pelas Mídias Sociais a seguinte postagem: “Três vacinas que o Brasil precisa: prisão em 2ª instância, fim do foro privilegiado e auditoria nas eleições.”
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
O general Delgado, que é a pedra no sapato da oposição portuguesa, chegou a São Paulo dizendo que comandou a revolução Beja, e disse que utilizou uma artimanha: o artifício de uma perna manca, que conseguiu através de um grão de milho no sapato. (Publicado em 19/01/1962)
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Nesta altura dos acontecimentos, passadas quase três décadas do retorno da democracia ao país, boa parte da população já se deu conta das diferenças conceituais existentes entre privatizações de setores deficitários e com pouco ou nenhum benefício público e outras privatizações, propostas à toque de caixa, em áreas ligadas diretamente ao atendimento do cidadão.
Em ambos os casos, as privatizações ou aberturas desses setores à iniciativa privada são movidas por questões econômicas ligadas ao equacionamento das contas públicas. Ocorre que, em setores básicos como a educação, saúde e segurança, direitos garantidos claramente na Carta Constitucional de 1988, a entrada ou a participação da iniciativa privada, feita sob qualquer argumento por parte do governo, acende imediatamente, no seio da sociedade, o sinal vermelho de alerta, mesmo quando essas intenções surgem revestidas das mais singelas e puras justificativas.
Não há contas, feitas na ponta do lápis por especialistas, mesmo os mais renomados, que consigam explicar, para a opinião pública, principalmente à parcela mais esclarecida, as razões que têm levado o governo a baixar o decreto 10.530, assinado diretamente pelo presidente da República e sem o aval do Ministério da Saúde, permitindo, entre outras possibilidades, a realização de estudos para uma possível inclusão das mais de 42 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS), espalhadas por todo o país, no Programa de Parceria de Investimentos da Presidência da República (PPI).
Essas PPIs, uma revisão mal maquiada das antigas Parcerias Públicos Privadas (PPP), nada mais são do que um programa de governo voltado para a privatização de setores públicos, como aeroportos, portos, ferrovias e outros. As UBSs representam postos avançados do Sistema Único de Saúde (SUS) que têm, como função preliminar e essencial, o cuidado com a saúde preventiva e primária da população, filtrando, na ponta, os casos de saúde mais recorrentes e simples e que podem receber um tratamento emergencial e satisfatório, sem a necessidade de superlotar os hospitais, que assim ficam resguardados para casos mais complexos.
Para especialistas nesse setor, as UBSs são como o coração do SUS, prestando um atendimento estratégico que permite o funcionamento adequado de todo esse imenso mecanismo. A simples argumentação do governo de que as UBSs estariam “qualificadas” para participar das PPIs, dentro do que a presidência entende como programa de privatização, imediatamente levantou uma saraivada de críticas vindas de toda a parte, não apenas da oposição vacilante, mas, sobretudo, de setores que conhecem a importância vital das UBSs para a população brasileira, principalmente a de baixa e média rendas.
Os cidadãos bem conhecem os interesses que movem a iniciativa privada, em sua busca natural por lucros, e o quão distante esses interesses, em conluio com o governo, estão das necessidades básicas da população. De tão absurdo, esse decreto foi incluindo dentre as chamadas propostas natimortas e que, por sua afoiteza marota, sequer merece um naco de reflexão, daí a sua revogação antes que causasse algum estrago maior. De outra forma, o decreto 10.530 seria revelador da falta de projetos consistentes e do quão perdidos ainda estão o atual governo e sua equipe de trapalhões.
A frase que foi pronunciada:
“Se você acha que a educação é cara, experimente a ignorância.”
Andy McIntyre, ex-jogador da união australiana de rugby.
Trabalho
Esse é o momento para as Administrações pontuarem, no mapa da cidade, as áreas onde há necessidade da escoação de água. Caso contrário, as notícias de todos os anos se repetirão.
Inacreditável
Por falar em notícias que se repetem todos os anos, veja, na História de Brasília de hoje, que o problema de falta de paradas de ônibus já existia. Passados 58 anos, ainda persiste em vários locais da cidade.
Do verbo
Professor Edmilson carrega a cruz no nome, sofre perseguição cultural como cristão e resolve desabafar. Veja a seguir.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Já que o assunto é esperar ônibus, o único abrigo ainda não foi entregue à cidade. E os outros? (Publicado em 19/01/1962)
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“Agora já não é normal
O que dá de malandro regular, profissional
Malandro com aparato de malandro oficial
Malandro candidato a malandro federal
Malandro com retrato na coluna social
Malandro com contrato, com gravata e capital
Que nunca se dá mal”
Chico Buarque in Homenagem ao Malandro
Quando a política vira caso de polícia, como temos presenciado com certa constância nesses últimos anos, em todo o país, em todos os escalões, de vereador a presidente da República, não estranha que os tradicionais e legítimos protagonistas do crime, que são as organizações de traficantes e de milicianos, queiram adentrar também para o ramo da representação popular, apor meio dos pleitos eleitorais.
Financiando candidatos simpáticos à causa, ou mesmo concorrendo diretamente aos diversos cargos políticos, a bandidagem procura, obviamente, um meio de continuar no mundo do crime, em um patamar mais elevado e com uma vantagem básica assegurada pelo estatuto do foro privilegiado. Uma vez diplomado, o representante de certo nicho da população, sintonizado tanto com as quadrilhas de criminosos comuns quanto com as milícias, adentra para o mundo blindado da impunidade ampla, onde o cometimento de crimes de toda a ordem é visto, aos olhos vendados da justiça, como delitos menores e veniais, sujeitos ao trâmite emaranhado e infinito de filigranas que compõem os códigos legais nas altas cortes.
Graças a essa possibilidade bem concreta é que vem aumentando, em todo o país, não apenas os casos de assassinatos de candidatos, mas também de repartição de territórios urbanos entre as diversas facções do crime. Miliciano apoia miliciano e traficante apoia traficante, dividindo espaços, mandatos e colocando a população, que a tudo enxerga e nada pode fazer, sob pena de perder a vida, como refém e presa fácil. Com uma fórmula perversa dessa natureza, o Brasil vai adentrando para o rol exclusivo dos países onde as organizações criminosas estão, passo a passo, adquirindo um novo status, misturando-se à multiplicidade de partidos sem alma ou ideologias éticas e sociais.
Com esse movimento rumo ao inferno, chegará um tempo em que os velhos corruptos terão que ceder lugar à nova horda de bandidos que irão assumir postos de importância dentro da máquina do Estado. É preciso reconhecer que toda essa mudança distópica ocorre por obra e graça da corrupção crônica que, há anos, corrói o país. Os números e os relatos que se sucedem não deixam dúvidas de que estamos no limiar do que seria um novo e sombrio tempo.
À semelhança do que vem ocorrendo no Rio de Janeiro, onde os criminosos tradicionais e milícias vêm proibindo campanhas políticas em determinadas áreas sob seus domínios, em São Paulo, o fenômeno se repete, com facções impedindo e ameaçando candidatos de fazer campanhas que contrariam os projetos dessas organizações.
Dinheiro não falta a esses bandidos e muito mais terão quando chegarem ao poder por meio dos fundos eleitorais e dos fundos partidários. O lema: “Tá tudo dominado”, nunca fez tanto sentido, anunciando a chegada do que seria uma nova elite política, formada não pelos conhecidos corruptos do colarinho branco, que tanta inveja sempre causaram aos bandidos comuns, mas uma nova classe de legítimos representantes do crime, “com gravata e capital e que nunca se dá mal”, como na letra do samba “homenagem ao Malandro” de Chico Buarque.
A frase que não foi pronunciada:
“Eleitor que vota em ladrão tem 8 anos para reclamar da corrupção.”
Dona Dita, fazendo crochê e pensando no Brasil que nunca muda
De olho
Serão 100 drones usados durante as eleições, longe do alcance visual dos eleitores, com capacidade de captar imagens à grande distância. O objetivo é combater crimes eleitorais. A discussão sobre as urnas eletrônicas inauditáveis não tem data marcada, nem interesse político para acontecer.
Imperdível
No dia 11 de dezembro deste ano, a Lei 8112/1990, que rege os servidores públicos civis da União, completará 30 anos. No embalo das atuais discussões sobre a Reforma Administrativa, discute-se: estaria a 8112 precisando ser atualizada aos novos tempos da Administração Pública? Com Marizaura Camões, especialista em Gestão de Pessoas, doutoranda na Universidade de Brasília e Coordenadora-Geral de Inovação da Enap.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os passageiros dos ônibus que se destinam às cidades satélites, e esperam transporte ao longo do Eixo Rodoviário, não dispõem de um único sanitário. Como resultado, aproveitam a existência e a não utilização das passagens de pedestres, onde bem que poderiam ser construídos uns sanitários. (Publicado em 19/01/1962)
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Quando, por questões ideológicas, o ex-presidente Lula reconheceu a China como economia de mercado, em novembro de 2004, essa medida impensada, como previam muitos analistas naquela ocasião, traria consigo uma série infinita de consequências para a produção nacional, arruinando, a médio e longo prazos, toda a cadeia produtiva do país. Esses alertas, contudo, não foram, sequer, observados pelo executivo, que, naquela ocasião e pouco meses antes dos escândalos do mensalão, agia às cegas, sem um programa de governo racional e ao sabor das ilusões de que tudo sabia e tudo podia. Dizer que esse reconhecimento se deu por afinidade ideológica, entre o Partido Comunista Chinês (PCC) e o Partido dos Trabalhadores, só faz sentido quando se sabe que as duas legendas são comandadas com mão de ferro por seus dirigentes. A diferença é que, na China, o partido que lá controla as decisões o faz por meio de um criterioso programa de longo prazo, que é obedecido à risca por décadas.
Por aqui, reinava a improvisação e a certeza de que erros, por mais sérios que fossem, seriam abonados por um Congresso, naquela altura, já comprado e bem pago. A pressão do agronegócio que, no governo do PT, passou a obter toda e qualquer concessão, graças ao poder do dinheiro fácil, acabou por empurrar o Brasil para o abraço de urso dos chineses. O resultado, todo conhecemos hoje. A indústria têxtil, calçadista, de peças e inúmeras outras passaram a sofrer a concorrência desleal com os chineses e acabaram, uma a uma, fechadas ou indo à falência em doses homeopáticas e seguras.
O legado dessa insana decisão ainda é um capítulo longo da história do Brasil a ser escrito e analisado. Naquela solenidade fatídica para a toda a economia do Brasil, o ex-presidente ainda teve o desplante de “prever” que o reconhecimento desse status iria intensificar a cooperação comercial entre os dois países. Em silêncio e com um sorriso escondido na face, o presidente chinês, Hu Jintao, observava a cena que reconhecia, em segredo, ser um dos maiores “negócios da china” já realizados com um país do ocidente.
Com esse passo no escuro, o Brasil se transformava em uma peça a mais no intricado xadrez de projetos daquele país, em sua ânsia de hegemonia mundial. Colhemos, agora, os frutos daquela decisão nascida no terreno árido de ideias das mentes petistas. Em história, é sabido que de nada adianta julgar. Os rumos foram dados, a sorte jogada e o Brasil perdeu. Os beneficiados dessa parceria foram apenas aqueles ligados ao agronegócio, em detrimento de todo o resto, inclusive, do meio ambiente que, com o avanço desmedido da agropecuária sobre matas e outros recursos naturais, amarga, dia após dia, a perda da biodiversidade.
Quase duas décadas depois desse engodo comercial, e em plena pandemia mundial, que tem, como protagonista principal, os mesmos chineses do passado, o Brasil e parte da população, que a tudo assiste bestificada, experimenta, agora, o que seria uma segunda versão da guerra da vacina, só que agora em ritmo de farsa ou de tragicomédia. Para essa escaramuça, armada por um “cast” de atores políticos e outros canastrões do momento, a nova guerra da vacina ou, como muitos estão denominando, da “vachina”, é o próprio presidente, uma espécie de Lula da direita, que age como agente indutor dos conflitos.
Sua descrença sobre a eficácia da vacina de origem chinesa, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, parece conter, em si e ao mesmo tempo, todos os efeitos danosos que trouxeram para o Brasil a parceria desigual. Para uns, esse aceitar pacificamente o novo remédio contra o Coronavírus seria como aceitar uma muleta daqueles que nos quebraram, de modo proposital, as pernas.
A politização em torno da vacina está apenas começando e tem, como incentivador discreto, o governo americano, que torce para que esses desentendimentos deixem claro, por aqui também, os malefícios que os tratados comerciais trouxeram para as economias tanto dos EUA quanto do Brasil. Sobre esse ponto não há o que discutir. Talvez, por aqui, os efeitos colaterais da vacina de origem chinesa venham acompanhados de uma rediscussão dos acordos comerciais que colocaram o Brasil numa posição flagrantemente desvantajosa.
O que se tem são desconfianças mútuas, alimentadas pelo medo de que os efeitos da pandemia venham a recrudescer numa segunda onda, ceifando a vida de mais brasileiros. A politização da vacina vem como efeito colateral e natural dessa aproximação feita anos atrás pelo conluio entre a esquerda e o agronegócio, que então davam as cartas nos governos petistas. O que temos agora são os efeitos rebotes desse remédio tomado em 2004.
A frase que foi pronunciada:
“O Brasil é o país do futuro e sempre será.”
Stefan Zweig, escritor, romancista, poeta, dramaturgo, jornalista e biógrafo austríaco (1881-1942).
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
As primeiras oito salas de aula serão iniciadas nestes próximos dias, e se cabe reivindicar alguma para alguém, que vá uma para a Coréia e outra para os JK. (Publicado em 19/01/1962)
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Ou passamos a rediscutir, de forma sincera, racional e definitiva, os modelos de nomeações para as cadeiras do Supremo, dos Tribunais de Contas, para o comando da Procuradoria Geral da República, para a direção de empresas estatais e para as demais funções de alto nível do Estado, ou estaremos condenados a permanecer, feito cachorro doido, correndo infinitamente atrás do próprio rabo. Adiamos, sine die, o aperfeiçoamento de uma República que caminha capenga, desde a aurora de 1889.
Ou partimos para um modelo de país impessoal e totalmente eficiente, ou manteremos, acorrentados num estágio de subdesenvolvimento crônico, gerações e gerações de brasileiros. Essa reflexão vem a propósito dos recentes acontecimentos que, por sua insignificância vexatória diante dos imensos problemas nacionais, deixa claro o quanto nossa República necessita ainda ser expurgada de elementos nocivos de toda a ordem.
O pior é que, por detrás do anedotário, misturando cuecas e emendas parlamentares impositivas e marotas, encontra-se um país com dezenas de milhões de brasileiros vivendo no desemprego e sem ter o que comer diariamente. Também, de nada adiantaria fazermos uma reforma desse nível, no âmbito do Executivo, se deixarmos de lado uma reforma de verdade no terreno do Legislativo, principalmente na área da política, o que engloba, necessariamente, uma reforma que acabe com a miríade de legendas partidárias, sem alma e ideologia, a sugar, como hospedeiros parasitas, os escassos recursos públicos.
Talvez não seja por outro motivo que a tão propalada reforma administrativa não empolgue ninguém em posse de seu juízo perfeito. A população e, principalmente, os funcionários públicos, há muito, já perceberam a fantasiosa reforma do Estado, apresentada pela equipe econômica. Também já têm como certeza o quanto se encontra dissociada daqueles que, em tese, seriam seus legítimos representantes.
É triste constatar ainda que a manutenção do atual modelo de Estado, com todos os seus vícios e distorções, é interesseiramente mantida como está por uma boa parcela da população mantida ao abrigo de programas sociais, que são, a cada nova eleição, apropriados pelos políticos, como projetos pessoais e como se fossem benefícios por eles bancados do próprio bolso.
É justamente essa verdadeira roda viva que aprisiona o país na roda gigante de uma espécie de um gigantesco parque de diversões ilusórias, coordenado por uma elite insensível, diretamente de dentro da bilheteria.
Ao contrário do que sugere a poesia suave de Cecília Meireles (1901-1964), “Ou isto ou aquilo”. No nosso caso, isto é o que temos e aquilo é o que desejamos como ideal. Mas, como tudo na vida, temos, com urgência, que optar e entender qual é o melhor para todos nós: se isto ou aquilo.
A frase que foi pronunciada:
“Na política, se você quiser que algo seja dito, pergunte a um homem; se você quiser fazer alguma coisa, pergunte a uma mulher.”
Margaret Thatcher, foi a primeira-ministra britânica com o maior período no cargo durante o século XX e a primeira mulher a ocupá-lo. (Wikipédia)
915 Norte
Hoje é o grande dia! Feijoada Franciscana, Drive Thru, a partir das 12 horas. A equipe de franciscanos também é famosa pelos deliciosos pães. Serão vendidos no mesmo dia. Veja, no link Seminário Franciscanos Conventuais – Brasília, como comprar.
Cuidado
Ora-pro-nobis ou Pereskia Aculeata, prescrita para anemia, está sendo vendida na farmácia Naturali, na 106 Norte. A etiqueta mal colocada e a falta do número de registro na Anvisa chamam a atenção. No portal da Anvisa, o CNPJ da empresa responsável está proibido de comercializar o produto.
Alívio
Notícia cai como bálsamo nos pacientes que precisam de quimioterapia. Hospital de Base prepara esforço concentrado para normalizar os estoques e voltar às aplicações.
Segurança
Quando estiver navegando, aporte na página www.fe.seg.br. A criatividade dos bandidos não para. Vários parceiros lançaram a campanha #FiqueEsperto com informações diversas que irão proteger você. A Claro também vai enviar mensagens pelo SMS sobre o assunto.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
E por falar em escolas, ao iniciaram as aulas, novas unidades escolares estarão funcionando. São escolas com 10 salas, com a diferença de que a administração não é separada como a superquadras. (Publicado em 19/01/1962)
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Um fenômeno preocupante e violento, que vem se alastrando como pólvora, tem deixado os cristãos de todo o mundo em estado de alerta permanente, pois parece reascender, em pleno século 21, os tão temidos e devastadores conflitos religiosos que marcaram boa parte da história da humanidade e que deixaram um número incontável de mortes e destruição. Os motivos que têm levado ao retorno das perseguições sistemáticas ao cristianismo são diversos e, em alguns casos, parecem repetir as mesmas causas equivocadas que levaram a tanto sofrimento no passado. Por outro lado, é certo que, em tempo algum, as igrejas de fé cristã viveram longos períodos de paz. Essa é, inclusive, uma condição própria e natural que faz pensar que desde o aparecimento de Cristo, em terras do Oriente Médio, seus ensinamentos ainda são capazes, dois mil anos depois, de despertar reações de ódio e de amor.
Mas, se antes, os conflitos opondo essa e outras doutrinas de fé tinham um caráter mais assentado na expansão e na consolidação de territórios e populações, por meio das missões evangelizadoras e de catequese, num tempo em que religião e Estado formavam uma só entidade jurídica, hoje, esses conflitos são de outra natureza, muito mais complexa e, quiçá, impossíveis de serem resolvidos num curto espaço de tempo.
Existe o que parece ser um movimento espalhado por todo o mundo, principalmente nos últimos anos, que tem a fé cristã como alvo preferencial de diversas vertentes políticas e religiosas, que encontram, nas igrejas ocidentais, uma espécie de última trincheira e bastião de proteção dos valores e da cultura do Ocidente. Na realidade, o que se assiste é ao avanço, em diversos flancos, não apenas do laicismo e de outros conceitos apropriados pelas esquerdas mundiais, mas que enxergam na fé cristã uma fortaleza a ser sobrepujada, para a implantação do que seria uma nova ordem mundial, obscura e incerta.
Nessa nova cruzada, elementos de uma quinta coluna, agindo dentro da igreja, deixam visível a incapacidade orgânica de a igreja cristã, sobretudo a de orientação católica, de se adaptar a um mundo nitidamente distópico e distante dos ideais espirituais. Se antes os homens eram movidos por uma força e uma esperança espiritual que parecia transcender ao mundo secular, e no qual tudo parecia valer a pena, hoje, a descrença e o materialismo dominam o cenário mundial e movem a humanidade numa direção que parece de volta ao tempo das cavernas, quando a sobrevivência, ante a um ambiente hostil, era o mote de vida de cada um.
O processo civilizatório, da forma que temos alcançado, sugere estarmos cada vez mais longe do sentido próprio do que seja civilização, principalmente daquele modelo pregado pela filosofia de Cristo. Por todo o planeta, nossas cidades, mais e mais, vão se parecendo com praças de guerra, onde a paz espiritual e harmonia entre as pessoas mais parecem sonhos distantes.
Atacar, destruir igreja e templos religiosos, mais do que um movimento que se quer crer iconoclasta, parece, nas suas entrelinhas psicológicas e paranoicas, um pedido de socorro feito por multidões de cegos nessa Babel moderna, em que ninguém mais se entende ou possui referências com o sagrado e com a luz.
A frase que foi pronunciada:
“Os demônios saíram do inferno! Não é a primeira vez que um movimento totalitário queima locais sagrados. Os nazistas queimaram as sinagogas da Europa. Hoje, são as igrejas do Chile que estão sendo destruídas. A bandeira de ambos movimentos continua sendo vermelha”
Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação
Escritora
Conta a escritora Lira Vargas que, lançados 11 livros de sua autoria, o trabalho de vendê-los no Brasil é insano. Quem quer ler não tem dinheiro e quem tem dinheiro compra jogos ou livros recomendados pela mídia. Seu trabalho foi compensado depois que a Horizonte Azul, na Book Fair em Miam, serviu como ponte para os leitores. Vendeu pelas ruas e feiras em Dambory, além de ter sido admitida na biblioteca da cidade. Depois disso, dos 1.000 exemplares, hoje restam 12.
Teoria da vidraça quebrada
Quem sobe no trevo para o Paranoá, a caminho da Rodoviária daquela cidade, vê que as margens da pista se transformaram em lixão. Se a administração do Paranoá não fizer nada, é o que vai acontecer na pista toda.
PT&PT
A coisa está feia nas eleições para a Prefeitura de João Pessoa. Anísio Maia avisou a Gleisi Hoffmann que as acusações feitas a ele não passarão em branco. A briga dentro do partido está extrapolando. Ricardo Coutinho era o preferido da presidente do PT.
Há tanto tempo
Parlamentares e especialistas pressionam por votação do fim do foro privilegiado. Manchete, quando é repetida por mais de 3 anos, é sinal que não vai vingar.
História de Brasília
Está terminando o período de férias, e nenhuma conservação vem sendo feita nas escolas. Normalmente, quando termina o ano escolar, todas as escolas são pintadas novamente, e passam por uma reforma total. (Publicado em 19/1/1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
jornalistacircecunha@gmail.com
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Todos os períodos históricos são, para fins didáticos, divididos em idades, tomando-se, por base, acontecimentos ou fatos marcantes que, de algum modo, serviram para mudar os rumos da própria história humana. Assim, temos, por exemplo, que a tão discutida Revolução Francesa de 1789, por seus efeitos transformadores sobre a sociedade, sobre a política e sobre a própria economia, alterou de forma significativa o status quo de boa parte do Ocidente, inaugurando o que ficou estabelecido como Idade Contemporânea.
É preciso entender ainda que essas alterações na organização dos Estados, por sua profundidade e racionalidade, são sentidas até hoje, em maior ou menor graus. Apesar desses efeitos profundos, principalmente sobre o mundo ocidental, é preciso notar que o século XXI, por suas características peculiares, parece anunciar o que já notara Francis Fukuyama, na obra “O fim da História” de 1989, ou seja, exatos duzentos anos após a revolução Francesa.
Para muitos, a história atual, e que marca de forma indelével a entrada da humanidade no século XXI, não foi nenhuma revolução no campo das ciências como alguns prediziam. Pelo contrário, o marco histórico que indicou a entrada do novo século e que mudaria, na sequência, a face do mundo que achávamos conhecer foram, de certa forma, acontecimentos grotescos, antepondo povos primitivos e subdesenvolvidos, contra a nação mais desenvolvida do planeta, simbolizada pelos atentados às Torres Gêmeas em Nova Iorque, em 11 de setembro de 2001. Dessa data em diante, o mundo novo, descrito por George Orwell (1903-1950) em sua obra “Admirável mundo novo”, de 1932, passou a ganhar existência concreta, sob a forma de uma sociedade extremamente vigiada e controlada pelos meios eletrônicos.
Mas, como o mundo não deixa de girar, esse ainda não foi o fim da história. Muitos acontecimentos, por seu alcance sobre a sociedade, ainda possuem moto próprio e seguem mudando a direção dos ventos e os rumos da humanidade. É preciso que atentemos para uma sequência de fatos atuais que, neste século, também vem forçando uma mudança radical nos ventos da história, capaz de alterar boa parte da cultura ocidental, decretando, inclusive, seu fim.
Primeiramente, é preciso entender que a cultura ocidental, por seus aspectos formativos, possui, como bases principais, as heranças legadas pelas civilizações Helênica, Latina e Cristã. Tanto a filosofia quanto o Direito e a religião, que moldariam nossa civilização, somados ainda às contribuições Celtas e Germânicas, emprestaram a personalidade a essa imensa parte do planeta. Essa é, quer queiram ou não, a carteira de identidade que diz quem somos, de onde viemos, o que pretendemos para nós e para as próximas gerações que virão.
Trata-se aqui de uma espécie de seguro que aponta para aspectos fundamentais de nossa própria sobrevivência, como sociedade e cultura. Infelizmente, como em todo processo a indicar o “caminho entre ideias”, conforme nos ensinaram os gregos antigos, carregamos em nós o que seria a semente que irá, cedo ou tarde, provocar nossa transformação, dando origem a uma outra sociedade e, quiçá, com uma outra cultura.
É o que teóricos em filosofia chamariam de dialética e que poderia, de forma simples, ser representada pela alegoria do ovo da galinha, que possui em si elementos transformadores (gema e a clara) que irão, por processos biológicos, dar origem a uma outra galinha. Nesse processo transformador, o ovo necessitaria, para essa mudança, destruir o ovo originário. Da mesma forma que, na Física, dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar, a transformação da sociedade, por uma nova ordem de ideias, requer a destruição das antigas bases que a sustentavam.
A Revolução Francesa representou, nesse contexto, o processo dialético que eliminou todo o chamado “ancien régime”, o absolutismo e outros conceitos daquela época. É justamente esse mesmo processo que, depois das derrubadas das Torres Gêmeas, vem sendo, paulatinamente, imposto ao mundo ocidental e pode ser traduzido pelas tentativas de destruição do núcleo familiar tradicional, quer por processos que os comunistas endossam como o incesto, quer pela destruição dos valores cristãos, por meio dos recentes ataques às igrejas, fenômeno que vem acontecendo em todo o mundo e que, agora, chega ao vizinho Chile. Trata-se aqui do nascimento do ovo da serpente, prestes a ser chocado.
A frase que foi pronunciada:
“A religião, nascida da necessidade da terra de revelar um deus, está relacionada e extensiva não ao homem individual, mas a toda a humanidade.”
Pierre Teilhard de Chardin, padre jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês.
Mistério
Reduzir impostos para importar soja, sendo que o Brasil é o maior produtor do mundo, é uma grande incógnita. Agora, isentar de impostos agrotóxicos condenados em outros países para liberar o paulatino envenenamento da população, aí não há como compreender.
Sucesso
Guinga, compositor e violinista renomado internacionalmente, sempre lembra do mestre Bohmil Med, que lhe deu as primeiras aulas de música.
Plena
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Forte abraço, Dra. Juliana Seidl e Dra. Cristineide Leandro-França
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HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Nos 62 blocos habitados (dois estão interditados) há pouquíssimos telefones, e estes mesmo não constam da lista. (Publicado em 19/01/1962)
VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)
Desde 1960, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Num ambiente de incertezas e vacilos, a exemplo do que temos visto tanto na área econômica quanto política e mesmo no âmbito do judiciário, resta-nos esperar pelo desfecho geral que, necessariamente, virá no pós-pandemia e que, segundo previsões gerais, não será nada fácil. Até mesmo no politizado ambiente da saúde pública, tão urgente e necessário neste momento, governos federal e dos estados, além de não se entenderem sobre estratégias no combate ao Coronavírus, têm rendido trabalho extra para a polícia.
Nas diversas frentes abertas em investigações para apurar boa parte do paradeiro dos recursos destinados ao enfrentamento da doença, os milhões de reais vão sendo encontrados em cuecas, em adegas de vinhos caros, em carros de luxo, em casas de prostituição e outros ambientes insalubres, desaparecendo como que por magia, da noite para o dia. Nesse cenário, o Brasil, que espera os seus claudicantes administradores em 2021, será marcado por crises que vão muito além da imaginação e da capacidade de gestão desses personagens.
Com um cenário dessa natureza que vai se armando à frente, o perigo maior é ter que contar com esse time de pernas de pau, formado pelo escrete atual de nossas lideranças públicas. Interessante observar que o Brasil, que continua funcionando e que não parou um só instante durante essa pandemia, é formado apenas por cidadãos que vivem e trabalham longe da ação atabalhoada dos governos, sobrevivendo distantes das armadilhas e entraves político-administrativos inventados por burocratas que não têm o que fazer. Exemplo desse Brasil, que tem pressa em sair da melhor forma possível dessa pandemia, é composto por milhões de brasileiros que abraçaram e vão aperfeiçoando a cada dia o teletrabalho, mesmo às custas de longas jornadas, tudo para que o país não entre também em compasso de espera. A necessidade, diz ditado antigo de Portugal, faz o sapo pular, é mãe da invenção e da indústria, faz a razão e ensina a rezar, além de, em momentos de crise, fazer as leis e aguçar o engenho.
Com tudo isso é que tem sido possível o processo de continuidade e o girar tanto da máquina pública quanto de outras múltiplas atividades laborais. Por isso, vem causando preocupação o anúncio feito, agora, de que políticos, em consonância com os parasitas sindicais, estão estudando a criação de um conjunto de leis regulamentando o teletrabalho, estabelecendo normas que precisam ser observadas por patrões e empregados no exercício do home office.
Embora não se descarte a necessidade de estabelecimento de critérios justos para a realização do teletrabalho, o perigo é, mais uma vez, a burocracia Kafkiana ressurgir na forma de exigências que atendam políticos do governo e sindicalistas ligados a partidos, todos desejosos em criar normas que tragam benefícios não ao trabalhador, mas a si próprios. O mais danoso seria estabelecer diretrizes legais rígidas para uma experiência totalmente nova e revolucionária como o trazido pelo home office, em plena pandemia e na proximidade de novas eleições, longe do olhar dos trabalhadores.
O perigo com a criação de normas mal feitas, costuradas de forma apressada e sem consulta ampla, é que elas podem não apenas desestimular e acabar com o teletrabalho, como deixar milhões de novos desempregados, tudo em nome de um Estado que sempre se prestou a beneficiar o andar superior.
A frase que foi pronunciada:
“Não existe dignidade no trabalho quando nosso trabalho não é aceito livremente.”
Albert Camus, jornalista, escritor, dramaturgo e filósofo francês nascido na Argélia
Trem bom!
Parcerias com o Ministério da Infraestrutura compartilham conhecimento em cursos que vão até novembro. “O Governo Federal está iniciando, a partir desse acordo, tratativas para propor novas políticas públicas que irão viabilizar o transporte ferroviário de passageiros. Acredito que, com essa capacitação, teremos grandes avanços técnicos para o segmento e conseguiremos consolidar e potencializar o turismo e a economia do país”, afirmou o secretário da SNTT, Marcello Costa.
Ilegal/legal
Mais uma regularização que deixa a população da região de cabelo em pé. Dessa vez é a bela região da Vargem Bonita. Segue a 1ª etapa que consiste em verificar se a área está localizada em acordo com o PDOT no que diz respeito à área passível de regularização.
Defenda-se
Centenas de alunos que tinham, no Complexo Esportivo Claudio Coutinho, DEFER, a oportunidade de desenvolver aptidões no desporto, até competindo nacionalmente em salto ornamental, natação, karatê, estão desolados com a ordem da saída do local, depois da parceria Arena BSB.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
No supermercado da Asa Norte a carne chega somente às 15 horas. Pela manhã, não há. Outro dia o açougue funcionou só até 18 horas, porque não havia luz. Assim, se vive na Asa Norte. (Publicado em 19/01/1962)