Repensar

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Nesta época de Natal, nos shoppings, nos teatros ou nas salas de concertos, shows promovidos por empresas abastadas têm feito muito sucesso entre os clientes. Mas o tratamento com os trabalhadores que fazem o evento acontecer deixa a desejar. Garçons e recepcionistas dizem que só recebem o pagamento. Nenhum muito obrigado ou reconhecimento pelo serviço benfeito.

Dilma vez por todas

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Para um governo que recomeçou de forma enviesada, não chega a ser surpresa o fato de vir a terminar também de forma confusa. Na verdade, o governo vem desabando a cada dia diante de todos. Com ele, despencam também os números da economia, a confiança da população e a imagem do país diante do mundo. No melhor estilo terrorista, o Estado foi sequestrado pela falência interna do governo, paralisando a máquina pública e estagnando a necessária produção de bens e riquezas. Com isso, segue sem solução a paralisia geral, com o governo se sobrepondo aos interesses da nação.

Ao levar de roldão a sociedade inteira para dentro do redemoinho institucional gestado e alimentado dentro do próprio Palácio do Planalto, fica evidente também a falência do modelo de presidencialismo de coalizão e, de quebra, a multiplicidade de legendadas partidárias.

A polarização, criada pelo governo, para resumir a refrega entre Dilma e Eduardo Cunha, coloca no mesmo ringue dessa política medíocre 200 milhões de brasileiros, alheios a contenda e vítimas potenciais da paralisação do Estado. Para piorar as coisas, o partido da presidente anuncia a convocação da militância para sair às ruas em defesa de um governo que o mesmo partido lavou as mãos e lançou às feras.

Dentro da estratégia do partido que um dia foi dos trabalhadores, o retorno à condição de oposição — em caso de vitória do impeachment — seria o melhor dos mundos, pois estaria a salvo em terra firme, longe das tempestades em alto-mar e, de quebra, pousaria de vítima da artilharia do que chama de direita golpista. A convocação dos gatos pingados fiéis para que venham para as praças pode ainda ensejar a generalização de conflitos fratricidas, com repercussões imprevisíveis. Nesse sentido, aumenta muito a responsabilidade dos verdadeiros estadistas para que o pior seja evitado.

Para um cenário que parecia se agravar a cada momento, possível negação do impeachment pelo parlamento, prolongando a permanência de Dilma no comando do Executivo, pode, ao empurrar a crise para frente sine die, elevar a temperatura da crise, arrastando o país inteiro para dentro do buraco, com efeitos igualmente catastróficos. Para quem pensa que resolver os problemas do país é prioridade, deve se lembrar que estamos a poucos dias do recesso. De toda forma, está aberta a maior oportunidade de todos os tempos, para sanear o Estado por meio das reformas políticas verdadeiramente necessárias.

Carf

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Crimes e fraudes cometidos no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) foram discutidos exaustivamente pela CPI que investigou o caso. Com relatório da senadora Vanessa Grazinento, a conclusão dos trabalhos pede o indiciamento de 28 investigados.

PNLT

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Em audiência para a análise do Plano Nacional de Logística de Transporte, o ministério do setor alega que o contingenciamento de 40% no orçamento vai acarretar atrasos em obras estratégicas. O que temos como notícia é que obras estratégicas já foram abandonadas há muito tempo por descaso e falta de gestão.

Entrelinhas

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Começam agora os acordos para viabilizar o impeachment. O Presidente do Senado, Renan Calheiros, e Aécio Neves conversaram sobre o assunto para discutir os procedimentos. Interessante que o argumento para o impeachment é a pedalada fiscal ,e quarta feira o Congresso aprovou a nova meta fiscal que permite deficit.

Kart

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Mônica Marques e Suênia Dantas, da Prezz Comunicação, nos enviam uma sugestão de pauta que vai agradar a quem aprecia a alta velocidade. Neste sábado, no Autódromo Internacional de Brasília, acontecerá a tradicional corrida “6 horas de kart”. A partir das 15h, o evento conta com a participação de nomes de peso, como o piloto de Fórmula 1 Felipe Nars; Pedro Piquet, da Fórmula 3; e também talentos da capital como o piloto Daniel Cunha, atual campeão brasiliense de kart.

História de Brasília

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Opinião do sr. Pedro Aleixo, ex-líder do governo: “O sr. João Goulart precisa ter reservas patrióticas. Se as tiver, renunciará. Se as negar, lançará o Brasil em dificuldades”. Diria o filósofo de Mondubim: “Pode casar com qualquer uma, contanto que seja a “filha da nhá Inácia”.(Publicado em 28/8/1961)

As mil palavras presas no lamaçal

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Num mundo em que as notícias viajam na velocidade da luz e os satélites vigiam diuturnamente cada canto da Terra, os discursos, mesmo feitos a milhares de quilômetros, precisam guardar, ao menos, proximidade com os fatos e com a verdade. No caso do pronunciamento da presidente na abertura da Conferência Global sobre o Clima (COP 21) em Paris, a maioria da plateia, com o mínimo de informação, percebeu que ali na tribuna estava uma chefe de governo que internamente enfrenta a maior crise política e econômica de todos os tempos, cujo partido e muitos de seus membros estão na alça de mira da Justiça.

Relatórios diários elaborados pelas embaixadas credenciadas no Brasil, com centenas de correspondentes internacionais espalhados por todo o território nacional, com a velha e conhecida má vontade com políticos locais, cuidaram de informar ao restante do planeta que a mulher que ocupa a tribuna para falar do meio ambiente é figura que extrapola a fronteira de fragilizada.

Com os índices de popularidade pessoal e da economia situados no subsolo, com as notas negativas atribuídas pelas agências de avaliação de risco ao país e pela iminência de sofrer processo de impeachment, as declarações de dona Dilma, infelizmente, caíram no vazio da descrença. Nem mesmo o pretenso realismo de lavar a roupa suja em público, ao falar do maior desastre ambiental da história do Brasil, convenceram a audiência das promessas da representante do Brasil para minorar os efeitos do aquecimento global.

“Estamos reagindo ao desastre, com medidas de redução de danos, apoio às populações atingidas, prevenção de ocorrências e também punindo, severamente, os responsáveis pela tragédia”, afirmou a presidente, quando, na verdade, todos sabem que seu governo, por causa da crise interna, levou uma semana para visitar e se inteirar da realidade em Mariana e, mesmo depois disso, as medidas para minorar os efeitos da catástrofe são consideradas aquém das necessidades.

Da mesma forma, a fala sobre as medidas para conter o desmatamento na Amazônia, que, segundo ela, caiu 80% na última década, fica prejudicada quando o mundo sabe que apenas entre 2014 e 2015 houve incremento de mais de 16% na derrubada da mata, com o desaparecimento de uma área cinco vezes maior do que a cidade de São Paulo.

Já dizia o filósofo de Mondubim: contra os fatos, não há discurso possível. Contra a realidade interna em que um mar de lama varre o governo, melhor entregar a batuta para quem sabe reger a administração. Créditos de carbono, cobrados do mundo, devem ser necessariamente precedidos de crédito pessoal. Confiabilidade externa requer, ao menos, apoio da sociedade internamente. Ou seja, PT saudações finais.