Bem-vindo a selva

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Criada por Ari Cunha desde 1960

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com Circe Cunha e Mamfil   

         Não tem saída: enquanto perdurarem os aumentos seguidos nos preços dos combustíveis, sobretudo do diesel, que alimenta as frotas de caminhões nas estradas, os preços dos alimentos nas gôndolas dos supermercados continuarão em ascensão acelerada.

         Se formos somar a esse fenômeno perverso os constantes aumentos de impostos ordenados por um governo, que parece ter perdido completamente as rédeas da economia, aí sim é que a elevação dos preços ao consumidor vai seguir em direção ao céu. Neste momento, que parece anteceder a mais um ciclo inflacionário de longa duração, os economistas, de modo geral, começam a suspeitar também dos números oficiais apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –IBGE, o que pode significar um motivo a mais de preocupação para a população.         Sem referências corretas e sem dados confiáveis, resta aos brasileiros reativar o Data dona-de-casa, que em outros momentos de inflação serviu, muito bem, para que a população se mantivesse em estado de alerta permanente, pesquisando preços, optando por atacadistas, substituindo produtos por outros similares e adotando toda uma estratégia para defender suas finanças.

         Da porta de casa para fora, os brasileiros sabem que só podem contar com pouquíssimas pessoas, assim mesmo não de modo total. Em períodos de crise econômica que se avizinham, a melhor tática é desconfiar de todos, sobretudo do governo e de seus agentes e de suas políticas ilusórias. Em tempos assim, muitos chegam a fazer o oposto do que recomendam as autoridades, estocando alimentos, poupando em dólar ou o que for, desde que não fiquem amarradas as condições impostas pelos governantes.

         Não existe, até hoje, instituto de pesquisa ou de estatística mais fiel do que observar in loco os preços dos produtos, sejam em supermercados, feiras, depósitos ou outros onde os produtos ficam ao alcance da vista dos consumidores. Os empresários também conhecem na pele os efeitos provocados por um governo sedento de impostos e taxações. Contra isso também fazem o que podem para não verem reduzidos suas margens de lucro.

         Não são poucas as empresas que desde o início desse ano fecharam as portas devido as condições impostas pela política econômica do governo. Os que permanecem fazem o que podem para não sucumbir, aumentando os preços ou mesmo reduzindo o volume dos produtos ou simplificando as formas de apresentação do mesmo. Tudo vale a pena se a política econômica é pequena.

          A situação parece ter entrado num ciclo tão melindroso que para a acompanhar a atual realidade foi criado um neologismo, o reduflação. Trata-se de um fenômeno em que os produtos e mercadorias expostos aos consumidores nas gôndolas no comércio, mantém seus preços ou sofrem uma variação para cima, sendo que o volume desses mesmos s produtos ofertados diminuem ou encolhem de tamanho.

         A continuar nessa toada chegará o dia em que um pacote de biscoitos conterá apenas uma ou duas unidades por embalagem, mesmo assim ao preço de um pacote grande. Como disse certa vez um jornalista estrangeiro em visita de trabalho ao Brasil: Bem-vindo à selva.

A frase que foi pronunciada:

“Grande parte da inflação é autoconstruída, está na cabeça da gente.”

Presidente da Argentina, Alberto Fernandez

Atividades

Sempre foi grande a demanda da população na conservação dos equipamentos esportivos e dos parquinhos infantis. O GDF começou as reformas e novas construções de parquinhos em todas as regiões administrativas. O esporte e a música são duas portas para salvar as crianças em situação de vulnerabilidade.

Tchau

Quem mora no ParkWay e optou por telefone fixo da Oi está passando apuros. A linha não funciona, as reclamações são recebidas mas o problema não é resolvido.

Ronda

Por falar em ParkWay aquela região precisa de um policiamento mais ostensivo. O índice de assaltos e agora estupros, têm alarmado os moradores.

História de Brasília

Com esta medida, a Justiça recebe o apoio de tôda a cidade, e, particularmente, do comércio de Brasília. A valorização do uso de cheque tem que ser defendida, e a sua moralização é necessária. (Publicada em 24.03.1962)

 Alerta da OCDE

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com Circe Cunha e Mamfil   

         Não é de hoje que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tem os olhos postos em cima do Brasil, sobretudo após a deflagração da Operação Lava Jato em março de 2014. De lá para cá a Organização passou a monitorar, passo a passo o que acontece em nosso país, já que havia, não por parte dos governos de esquerda, mas por parte do Estado brasileiro, um interesse antigo em ingressar como membro efetivo nessa instituição multilateral.

         De fato, o Brasil e alguns outros países são até hoje considerados como uma espécie de parceiros-chave ou “Key partners”. A adesão como membro pleno, traria segundo as esquerdas prejuízos a economia brasileira, obrigando a mudanças constitucionais do tipo liberalizantes, além de outras mudanças características à países de economia aberta.

         É de conhecimento público que nenhuma liderança do atual governo deseja continuar com o processo de adesão à organização, uma vez que isso iria contra a política estatizante pregada por esses partidos. De toda a forma a OCDE, passou a acompanhar o que acontecia no Brasil, durante a Operação Lava Jato, pois tinha conhecimento de que num mundo globalizado, ações de corrupção de grande monta, como foram as reveladas pela Operação Lava Jato, possuíam e requeriam ramificações perigosas fora do país, sendo que essas atividades, por seu poder de capilaridade , acabaria prejudicando outra nações, além do próprio Brasil.

          Depois da Operação Lava Jato, o interesse da OCDE em monitorar o combate à corrupção em outros países se intensificou a ponto de a organização criar e fortalecer um grupo específico para acompanhar as operações da polícia contra a corrupção. Até 2022 esse grupo mantinha monitoramento ativo dentro do Brasil. A partir de 2023, com o retorno do governo de esquerda, esse monitoramento esfriou, principalmente porque foi durante essa administração que os cidadãos e o mundo puderam assistir as revelações do maior caso de corrupção, jamais visto em qualquer outra parte do planeta.

          Por sua enormidade esse escândalo ocupou, por longo tempo, as principais manchetes no noticiário aqui e no exterior. E justamente por sua magnitude e pelos fatos que aconteceram a posteriori, com o desmantelamento de toda a Operação Lava Jato, com o “descondenamento” de suas principais lideranças a OCDE achou por bem continuar à distância acompanhando esse caso e suas histórias mal contadas.

         Chega a notícia de que a OCDE, por meio de um relatório, recém divulgado, afirma, com todas as letras, que o Brasil vem perdendo sua capacidade de julgar os casos de corrupção e de suborno internacional. As críticas da entidade são direcionadas a recente decisão do ministro do Supremo, Dias Toffolli, no caso que  ele, monocraticamente, decidiu anular provas do acordo de leniência que vinha sendo mantido com a Odebrecht, uma vez que a anulação dessas provas irá “gerar preocupação internacional significativa”.

         No caso dos subornos transnacionais, a OCDE destaca que o Brasil das 60 alegações de suborno, o país cuidou de investigar apenas 28. Para a OCDE soa estranho que o Brasil não condenou de forma definitiva nenhum dos acusados pela Operação Lava Jato e congêneres, sendo que oito foram simplesmente absolvidas por prescrição de prazos e outras manobras jurídicas.

         Na avaliação da OCDE a decisão do ministro Tofolli, põe em risco a segurança jurídica internacional, o que não é pouca coisa. A OCDE diz ainda que as leis brasileiras não são eficientes no combate a corrupção e na condenação de pessoas influentes.

         Num documento de 117 páginas a OCDE enxerga diversas barreiras a contenção da corrupção no país e fora de suas fronteiras. As repercussões  negativas da decisão do ministro do Supremo prosseguem e outros relatórios internacionais de grande respeitabilidade que virão à tona brevemente  , como o Uncac ( Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção) e o Gafi (grupo de Ação Financeira Internacional, ligado ao G-7.

          Na avaliação da Transparência Internacional as investigações levadas  à cabo pela Operação Lava Jato revelaram o maior caso de suborno e pagamento de propina da história, o que é confirmado pelo Departamento de Justiça dos EUA.  Por conta a Operação Lava Jato, autoridades de combate à corrupção e a assuntos ligados ao pagamento de subornos acreditam que muitas empresas brasileiras envolvidas nesses casos nebulosos, promoveram operações gigantescas de exportação de corrupção, sobretudo a Odebrecht, hoje chamada de Novonor, para esconder o passado de crimes contra a economia do Brasil e de muitos países onde operou.

A frase que foi pronunciada:

“O poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente.”

John Acton

Insensatez

Essa prática de repetir o absurdo para tentar chegar ao convencimento acabou de cruzar a linha da insensatez. Disse Leana Wen da Planned Parenthood Nossa missão central é oferecer, proteger e expandir o acesso ao aborto e à saúde reprodutiva. Nós nunca recuaremos nessa batalha”, tuitou Wen. “É um direito humano fundamental e a vida das mulheres está em jogo”. Isso quer dizer que só vão abortar fetos masculinos?

Só mais uma

Lucro – Segundo o e-book Aborto: A Planned Parenthood, responsável por 40% dos abortos realizados nos EUA, possuía em 2016, 719 unidades operando. Dos 579.00 abortos realizados, a empresa obteve uma receita de U$ 1.237.300.000.

Juntas

As maquininhas de remarcar preço voltaram a todo vapor nos supermercados. Existe pacote de 5kg de arroz custando R$35. Uma pena que as donas de casa não se comuniquem para formar boicote aos mercados mais afoitos.

Zíper

Figurões de Hollywood, ONGs alemãs, Norueguesas optaram pelo silêncio enquanto a Amazonia arde.

História de Brasília

Com esta medida, a Justiça recebe o apoio de tôda a cidade, e, particularmente, do comércio de Brasília. A valorização do uso de cheque tem que ser defendida, e a sua moralização é necessária. (Publicada em 24.03.1962)

      Mundo, vasto mundo

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com Circe Cunha e Mamfil   

 

         Desde meados do século passado que muitos estudiosos já suspeitavam, que com o estreitamento da humanidade, propiciado tanto  pelo aumento descontrolado da população mundial, como pelos processos tecnológicos trazidos pela globalização das  comunicações instantâneas, que essa conexão direta entre os quase 8 bilhões  terráqueos, marcaria  o século XXI como uma era em que, por razões históricas e por fatos mal resolvidos do passado, o Ocidente e o Oriente entrariam em choque.

         O processo colonial, a orientações político ideológicas e mesmo as crenças religiosas serviriam como pano de fundo, para as desavenças dessas duas bandas do globo. Claro que somado a esses fatores, todos eles criados pelo gênio humano, viriam somar elementos mais concretos como é o caso aqui do aquecimento global, das mudanças climáticas, do esgotamento dos recursos naturais, bem como da poluição e da pouca atenção dada aos gastos estratosféricos com armamentos e outros desperdícios.

          Num mundo superpopuloso e onde os recursos naturais e alimentos vão minguando, pouco o quase nada serve de motivo para a instalação de conflitos. Uma vez deflagrados e dada a interconexão existente hoje, não custa muito para que uma guerra local se espalhe para outras regiões, mesmo distantes. A humanidade parece vivenciar agora os mesmos experimentos realizados no passado como ratos numa colocados numa caixa.

         A medida em que mais ratos vão sendo colocados dentro da caixa, aumentam as disputas entre eles, por espaço e comida. Ciente do que ocorre na superfície, o planeta, que os esotéricos denominam de Gaia e que acreditam se tratar de um ser vivo, com consciência e tudo, vai dando um jeito de sacudir e agitar suas placas tectônicas para se livrar de parte da população incômoda.

         O século XXI, inaugurado com os ataques as Torres Gêmeas de Nova York em setembro de 2001, começou sob os augúrios de que essas próximas décadas seriam inesquecíveis para todos, a começar por nos colocar diante de uma encruzilhada definitiva, a marcar o fim ou a mudança radical de rumos para a raça humana.

         Nessa polarização global que se anuncia, é preciso escolher seu lado na trincheira. Para os ocidentais o que está em jogo e mesmo em perigo é o fim da fabulosa cultura judaico-cristã, dos valores greco-romanos, da razão, do humanismo, do iluminismo e das ciências, e sobretudo da democracia.      Tanto nos conflitos atuais entre Rússia e Ucrânia, como entre Israel e as facções mulçumanas que desejam seu aniquilamento, é preciso que todos, nessa parte do globo em que estamos, se posicionem a favor do Ocidente e de suas tradições. Há um choque entre civilizações acontecendo nesse momento. Melhor seria se todos baixassem as armas. Mas na impossibilidade dessa decisão, o melhor é ficar ao lado daquilo que sempre prezamos e que foi conquistado a duras penas com muita luta e muito sofrimento. Abrir mão de valores que sempre foram a própria razão de nossa existência parece improvável.

A frase que foi pronunciada:

“Suas crenças se tornam seus pensamentos,

Seus pensamentos se tornam suas palavras,

Suas palavras se tornam suas ações,

Suas ações se tornam seus hábitos,

Seus hábitos se tornam seus valores,

Seus valores se tornam seu destino.”

Gandhi

Casa do Ceará

2023 é o ano em que a Casa do Ceará comemora 60 anos. Na solenidade vários títulos de Instituição Amiga foram entregues pelo reconhecimento na parceria na presença de várias autoridades. À frente da Casa do Ceará está José Sampaio de Lacerda Júnior que convida os brasilienses a conhecer esse pedacinho do nordeste na capital. Quem estiver interessado em ser sócio é só procurar a instituição na 910 Norte. Com um trabalho competente, a Casa do Ceará disponibiliza vários cursos técnicos à comunidade. Desde a renda bilro até culinária. Há também profissionais da saúde que atendem por um preço bem abaixo no mercado. Fernando César Mesquita é o único fundador da Casa do Ceará que está aí para nos contar a história.

Baby Duo

É muito bom ver a naturalidade da loja com campanhas publicitárias com fotos de bebês e crianças com síndrome de Down. Isso sim é inclusão.

História de Brasília

Com esta medida, a Justiça recebe o apoio de tôda a cidade, e, particularmente, do comércio de Brasília. A valorização do uso de cheque tem que ser defendida, e a sua moralização é necessária. (Publicada em 24.03.1962)

   Sem plano piloto

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         Moradores de Brasília, sejam eles residentes nas áreas tombadas pela Unesco, ou mesmo das diversas regiões administrativas que compõem o Distrito Federal, já puderam perceber, com a desagradável sensação de desalento, que o Poder Público da capital, já não consegue deter o avanço assustador de invasões das áreas públicas. Agora já não são somente os grileiros e outros grupos organizados e orquestrados por políticos locais a invadir e tomar posse de terras públicas nos quatro quadrantes da cidade. Indivíduos também invadem acreditando na impunidade.

         Onde quer que haja terras com vegetação nativa ou mesmo ajardinada e sem construções ao redor, ali mesmo é que serão parceladas as porções de terras para serem criminosamente revendidas aos interessados. Enquanto esse processo perverso segue sem muitos contratempos e repressões, também as áreas verdes do Plano Piloto, concebidas dentro do projeto original da capital, conforme a ideia de cidade-jardins defendida pelo modernismo urbano, vão sendo ocupadas por construções de barracos de lata, transformados em comércio alternativo.

         Não bastassem esse lento desvirtuamento e destruição de uma capital planejada, diversas áreas espalhadas pela cidade, passaram a servir como abrigo para moradores de rua, que acorrem de todo o país para a capital, nesses últimos meses. Par piorar uma situação, que em si mesma já é alarmante e tende a piorar a cada dia, agora o próprio Supremo Tribunal Federal, dentro da sua nova roupagem política auto imposta de indutor da história do Brasil, proibiu a remoção de pessoas em situação de vulnerabilidade, em todo e qualquer espaço público do Distrito Federal.

          Com isso, as poucas ações que vinham sendo comandadas pelo Governo do Distrito Federal, para remoção dessas pessoas, ficou reduzida a zero. Não precisa nem dizer que o caos e o descontrole tomaram conta da cidade, com a proliferação desses moradores em toda a parte, principalmente no Plano Piloto, onde as áreas verdes e sob a proteção e sombra das árvores, famílias inteiras vão se estabelecendo em barracos improvisados de lona ou de restos de madeira.

          Também não é preciso mencionar aqui que as extensas áreas verdes que cercam todo o plano piloto, formam um convite, irrecusável, para instalação desses novos moradores. Não será surpresa se em pouco tempo essas áreas sejam ocupadas definitivamente pela população de rua, que não para de aumentar.

          Com um processo acelerado como esse, de desfiguração paulatina da capital, e aproveitando o fato de que o atual governo, tem sua vertente política voltada basicamente para o atendimento das reivindicações das populações de baixa renda, as ações do poder público local, além de limitadas, estão cerceadas pela justiça.

         De mãos atadas e mesmo impedido de reagir, o GDF ainda não jogou a toalha, mas há quem aposte que daqui para frente será cada vez mais difícil manter um mínimo de urbanidade na capital.

A frase que foi pronunciada:

“Um náufrago no mar estava afundando pela terceira vez quando avistou um navio que passava. Reunindo suas últimas forças, ele acenou freneticamente e pediu ajuda. Alguém a bordo olhou para ele com desdém e gritou de volta: “Pegue um barco!”

Daniel Quinn, Além da civilização: a próxima grande aventura da humanidade

Sem sentido

Em pleno trecho 8/9 do Setor de Mansões do Lago Norte brota da terra uma construção onde não há conexão com as ruas num lote onde não existe no geoportal. Em breve chegará a conta de água, luz e IPTU. Não importa se está em área verde.

Neoenergia

Por falar nisso, falta luz constantemente nesse setor. Apesar das chamadas a demora no atendimento é praxe.

SLU

Uma capivara enorme foi atropelada na estrada parque Paranoá Norte. A solução foi jogar no mato porque o SLU também não atendeu a solicitação.

STF

Remoção forçada de pessoas em cenário de vulnerabilidade está proibida pelo STF. Mas até agora ninguém tentou erguer uma lona na SQS 313.

Jogão

Gama Master e convidados especiais reinaugurarão o Bezzerrão. O Estadio Valmir Campelo Bezzerra estava em reforma há 3 anos. Sábado, dia 21 às 14h. A entrada é 1kg de alimento.

História de Brasília

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 No princípio era o logos

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com Circe Cunha e Mamfil   

         Em carta enviada a essa coluna, o leitor e amigo Rubi Rodrigues recorda que em 2006, por ocasião da aula magna proferida na Universidade de Regensburg, o então Papa Bento XVI chamava a atenção de todos, e em especial, dos pensadores da Academia da Baviera, para a necessidade da busca pelo desenvolvimento de uma “razão ampliada” ou um “logos” capaz de harmonizar razão e fé.

         A questão, diga-se de passagem, não é nova e tem sido debatida desde o século XVII com o surgimento da corrente filosófica do racionalismo, cujo os maiores expoentes foram Descartes, Spinoza e Leibniz, que juntos instigavam as pessoas a duvidarem de todo o conhecimento, dizendo que a razão era a única forma que o ser humano possuiria para alcançar o verdadeiro conhecimento, ou mais simplesmente a verdade.

         A propósito Descartes dizia que “Nosso pensamento é imperfeito, mas somente pode ter sido criado por um ser perfeito que é Deus. Deus sendo perfeito não pode querer nos enganar em relação às nossas sensações e se as nossas sensações também são verdadeiras, o mundo exterior existe e é conforme nós o sentimos e intuímos.” Era a forma que o filósofo encontrara para afirmar que podia duvidar de tudo, mas, ao menos teria a certeza de que estava pensando e duvidando. “Sou um ser que duvida, que pensa”, dizia.

         Já Ratzinger, um intelectual respeitável e ex-professor da Universidade de Bonn, num tempo em que era comum aos alunos e mestres manterem um estreitamento nas relações acadêmicas de acordo com o próprio espírito  da universitas, via com clareza a responsabilidade que a universidade possuia em trabalhar para o reto uso da razão em suas várias dimensões, de forma a tornar esse conhecimento um experiência viva.

          Nesse conjunto de saberes, que não se contrapunham, destacava-se também a faculdade de Teologia, que como todas as outras, não se cansava de interrogar sobre questões como a racionalidade da fé, incluindo essa disciplina no rol do que considerava a “universitas scientiarum”.

         Para um ambiente em que predominava a dúvida e os questionamentos, próprios da ciência, Ratzinger lembra, nessa aula magna que sua academia nunca fora perturbada, mesmo que ocupando-se do trabalho árduo de  estreitar  a fé e a racionalidade com a discussão sobre a existência de Deus e sua obra. Nesse sentido o papa e intelectual lembra que : “mesmo perante um cepticismo tão radical seja necessário e normal interrogar-se sobre Deus através da razão e isto deva ser feito no contexto da tradição da fé cristã: no conjunto da universidade, isto era uma convicção fora de questão.”

         Curiosamente a carta do leitor Rubi, datada de 5 de outubro foi-nos enviada dois dias antes da invasão do grupo terrorista Hamas ao território israelense, ocorrido no sábado dia 7. Essa espantosa coincidência vem a propósito de uma lembrança feita por Ratzinger nessa aula magna,   em que ele cita um diálogo travado em 1391 pelo imperador bizantino e paleólogo,  Manuel II, com  um persa culto em  cristianismo e islamismo,  acerca do que chamou da verdade de ambas as religiões.

         Nessa discussão sobre as estruturas da fé de ambas as crenças e seus métodos próprios de levar adiante os ensinamentos de Deus. Para o imperador de bizâncio e dentro daquelas circunstâncias  temporais em que o diálogo se deu, o monarca não aceitava as condições pouco racionais e desumanas impostas pela doutrina da Jihad, ou guerra santa, defendida pelo Islã.

         Naquela ocasião o imperador teria dito:” “Mostra-me também o que Maomé trouxe de novo, e encontrarás apenas coisas más e desumanas, como a sua ordem de difundir através da espada a fé que ele pregava”. Para ele a difusão da fé pela violência era irracional, pois a violência estaria em oposição a natureza de Deus e da alma. “Deus não se apraz com o sangue”. “A fé, disse Manuel II, A fé é fruto da alma, não do corpo. Por conseguinte, quem quiser levar alguém à fé precisa da capacidade de falar bem e de raciocinar corretamente, e não da violência e da ameaça… Para convencer uma alma racional não é necessário dispor nem do próprio braço, nem de instrumentos para ferir nem de qualquer outro meio com o qual se possa ameaçar de morte uma pessoa…”

         Em outras palavras é preciso agir segundo a razão e o entendimento humano de que Deus proporcionou à sua criação . O que no dizer no evangelho de João  “no princípio era o logos e o  logos é Deus”.

A frase que foi pronunciada:

“Nunca no campo do conflito humano tantos deveram tanto a tão poucos.”

Winston Churchill

Conhece?

         Parece implicância. Mas se a música mais executada no Brasil nos últimos 10 anos é “Ex mail ove” seria natural que a publicidade viesse da assessoria da Gaby Amarantos. No lugar disso quem divulga é o Ecad.

Sem base

         Uma das combinações por trás das cortinas é divulgar números absurdos de mulheres que praticam aborto no Brasil. Faltam números precisos e transparentes. Dados assistenciais estão somente disponíveis para o setor público e dados de mortalidade dependem de investigação do óbito. Difícil acreditar que no Brasil, cerca de 800 mil mulheres praticam abortos todos os anos. E que dessas, 200 mil recorrem ao SUS para tratar as sequelas de procedimentos malfeitos. A mesma Organização Mundial da Saúde (OMS), que dizia nada adiantar usar máscaras durante a Covid, aponta que o número de abortos pode ultrapassar um milhão de mulheres.

Obras

Moradores do Lago Norte esperam que o estrago feito no asfalto do primeiro retorno seja resolvido em breve. Que se estenda em mais faixas, que se instale um semáforo, que se transforme em jardim. Mas deixar como está é um absurdo.

História de Brasília

E por falar em justiça, está-se destacando o desembargador Colombo de Sousa, por suas medidas de benefício geral. Primeiro, o casamento gratuito, e, agora, punição para os que utilizam cheques sem fundos. (Publicada em 24.03.1962)

 Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar

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         No atual estágio de maturação de nossa democracia, os brasileiros ainda não aprenderam a dar um tratamento mais racional ao ato de votar, usando dessa preciosa prerrogativa não só para mudar os rumos da política, mas, sobretudo para mudar os rumos do país.

          A sentença de que cada povo tem o governo que bem merece só faz sentido para aqueles que não dão a devida importância ao voto e seguem a crença de que nada irá mudar, seja esse ou aquele o novo inquilino do Palácio do Planalto. A obrigação pedagógica para que cada cidadão vote, apenas tem feito com que as pessoas compareçam forçosamente as sessões eleitorais para cumprir uma tarefa e escapem das penalidades cívicas. Mais importante do que obrigar as pessoas a comparecer nas sessões de votação é ensinar a elas o quão fundamental para todos é o voto consciente de cada um.

         Para tanto seria necessário em primeiro lugar que os tribunais, inclusive o eleitoral, fizessem uma espécie de pente fino rigoroso, para tirar do páreo todos aqueles candidatos com pendências judiciais, varrendo para longe conhecidos postulantes que acumulam processos que se arrastam sine die. Infelizmente a Lei da Ficha Limpa, nascida da iniciativa popular, ou seja, da vontade dos eleitores foi desidratada no próprio Congresso, Casa dos representantes do povo.

Pelo desenrolar dos acontecimentos, parece que não será ainda na próxima eleição que os cidadãos poderão experimentar uma renovação geral dos quadros políticos. Os muitos grotões miseráveis do país continuarão a ser explorados por oportunistas e populistas de todo o tipo, prometendo quinquilharias em troca de voto o que demonstra, não o poderio eleitoral mas o desdém com que muitos brasileiros ainda tratam o voto.

         Como primeiro passo, nessa longa jornada que se exige para a construção de um conjunto de leis verdadeiramente cidadãs e que coloquem todos os brasileiros na mesma planície, acabando com privilégios de todo o tipo, é necessário pôr um fim definitivo no instituto da reeleição para todos os cargos públicos, bem como nos cargos vitalícios, na blindagem e proteção de autoridades, e em muitas outras regalias frontalmente contrárias ao espírito republicano.

         Na esfera Federal ou mesmo aqui na capital, desde a emancipação política, tem sido prática comum, com a proximidade das eleições, a realização de seguidas reuniões, após o fim do expediente, de todos os detentores de cargos de chefia, para traçar estratégias com vistas à campanha eleitoral do chefe do Executivo e de sua bancada de apoio.          Nesses encontros, os ocupantes da máquina pública indicados pelo governante são instados a “colaborar” ao máximo com as campanhas, inclusive convocando subordinados seus para essas tarefas. Fatos desse tipo ocorrem com mais frequência ainda nas Administrações Regionais, onde os todos os ocupantes de cargos de confiança são muitas vezes obrigatoriamente recrutados para trabalhar, “discretamente” nas campanhas de seus padrinhos. Com promessas de vir a continuar nesses postos, em caso de eleição de seus protetores, muitos desses servidores passam a trabalhar como cabos eleitorais, na esperança de permanecerem na folha de pagamento do GDF.

A frase que foi pronunciada:

“Toda a arte de governar consiste na arte de ser honesto.”

Thomas Jefferson

Solidariedade

O caso aconteceu em Londres poucos dias atrás. Cristopher Guedes, morador do Gama vendeu tudo o que tinha para tentar a vida na capital do Reino Unido. Fazia entregas de moto. Almoçou com os colegas e se despediu depois de ter recebido um chamado. Aguardava o sinal verde do semáforo. Aberta a passagem, acelerou e um carro da polícia que vinha em alta velocidade na contramão, bateu de frente com a moto do brasileiro, que perdeu a vida. As autoridades britânicas prometeram desenrolar a documentação para o traslado, mas a família precisa de ajuda para o enterro que será no Gama.

Gratuito

Por falar em Gama, hoje é a estreia da ópera Fosca, de Carlos Gomes, no teatro do SESC no Gama, às 19h. Mais uma produção da Cia de Cantores Líricos de Brasília. Uma beleza as instalações desse teatro. Tudo novo, bem cuidado, um exemplo a ser seguido pelo Plano Piloto.

História de Brasília

E por falar em justiça, está-se destacando o desembargador Colombo de Sousa, por suas medidas de benefício geral. Primeiro, o casamento gratuito, e, agora, punição para os que utilizam cheques sem fundos. (Publicada em 24.03.1962)

 Um olho na missa e outro no padre

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         Mesmo as mais carolas fiéis da igreja, daquelas que assistem a missa todos os dias, há muito tempo já incorporaram a velha lição que reza: “um olho na missa e outro no padre.” Com isso fica entendido que em que qualquer situação da vida é preciso sempre não se deixar absorver totalmente por tarefas do momento, alheando-se do mundo em volta. Antes é preciso ficar atento também às situações do entorno.

          Essa lição, observada agora, vale precisamente com relação aos acontecimentos relativos à guerra que Israel volta a empreender em resposta aos ataques covardes cometidos pelo grupo terrorista Hamas contra a população civil daquele país no último sábado.

         De lá para cá a imprensa em geral tem se ocupado desses acontecimentos diuturnamente, deixando de lado, ou em segundo plano, as notícias que não param de ocorrer em nosso entorno imediato. Lembrando aqui que o Brasil, não vive, desde janeiro, por conta dos últimos acontecimentos políticos internos, num ambiente de perfeita paz e harmonia, quer entre os Poderes da República, quer entre a população e o atual governo.

         Mesmo sob o aspecto econômico, há, e isso é inegável, uma apreensão generalizada acerca da saúde das contas públicas e de um possível aumento da inflação, com consequente aumento no custo de vida. Nossos problemas internos dão deram um alívio ou deixaram de existir, com a eclosão da guerra os israelitas contra aqueles que insistem em seu aniquilamento.

         Para aqueles que estão no comando do país, as atenções da opinião pública voltadas exclusivamente para o conflito no Oriente Médio, servem como uma luva de pelica, para a implementação de medidas, que em situações normais, seriam quase impossíveis de serem feitas. Por isso, um olho nas guerras, inclusive entre a Rússia e a Ucrânia, que prossegue, e outro nas ações do governo, e nas medidas que seguem sendo criadas pelos Três Poderes.

         Para alguns cientistas políticos a população em geral não gosta de ouvir verdades, preferindo as narrativas e os contos de fadas. Por certo, pelas agruras diárias pela sobrevivência, que têm que suportar, a população procure mesmo um balsamo nos problemas alheios e distantes e com isso encontre algum consolo para seus próprios problemas. Mas o fato é que por suas consequências em cadeia, as guerras além mar cedo ou tarde irão repercutir fortemente em nossa economia interna, piorando o que já vinha sendo um grande pesadelo para muitos.

         É como naquela situação na qual toda a família fica atenta a absorvida pela briga dos vizinho e não percebe que o ladrão entrou, sorrateiramente, pela porta dos fundos e fez a limpa em toda a casa.

A frase que foi pronunciada:

“Nunca no campo do conflito humano tantos deveram tanto a tão poucos.”

Winston Churchill

Conhece?

         Parece implicância. Mas se a música mais executada no Brasil nos últimos 10 anos é “Ex mail ove” seria natural que a publicidade viesse da assessoria da Gaby Amarantos. No lugar disso quem divulga é o Ecad.

Sem base

         Uma das combinações por trás das cortinas é divulgar números absurdos de mulheres que praticam aborto no Brasil. Faltam números precisos e transparentes. Dados assistenciais estão somente disponíveis para o setor público e dados de mortalidade dependem de investigação do óbito. Difícil acreditar que no Brasil, cerca de 800 mil mulheres praticam abortos todos os anos. E que dessas, 200 mil recorrem ao SUS para tratar as sequelas de procedimentos malfeitos. A mesma Organização Mundial da Saúde (OMS), que dizia nada adiantar usar máscaras durante a Covid, aponta que o número de abortos pode ultrapassar um milhão de mulheres.

Obras

Moradores do Lago Norte esperam que o estrago feito no asfalto do primeiro retorno seja resolvido em breve. Que se estenda em mais faixas, que se instale um semáforo, que se transforme em jardim. Mas deixar como está é um absurdo.

História de Brasília

E por falar em justiça, está-se destacando o desembargador Colombo de Sousa, por suas medidas de benefício geral. Primeiro, o casamento gratuito, e, agora, punição para os que utilizam cheques sem fundos. (Publicada em 24.03.1962)

  Oásis inatingíveis

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         Guardadas as devidas proporções, a guerra entre o governo palestino e o Estado de Israel, que agora se reinicia e volta a assustar o mundo, torna-se pequena e até insignificante se for comparada a verdadeira guerrilha vivida nas principais metrópoles do Brasil. Por aqui, segundo as estatísticas divulgadas pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, um brasileiro é morto a cada 8 minutos, vítima da violência urbana, que há décadas assola nossas principais capitais. São em torno de 60 mil homicídios a cada ano, muitos dos quais, jamais serão solucionados ou terão os executores identificados, julgados ou presos.

         Em termos de mortes violentas, somos imbatíveis. Para os especialistas e aqueles que buscam explicações para essa mortandade elevada, as causas desse flagelo social podem ser debitadas à falência e a corrupção que se espraiou através das instituições públicas, afetando sobremaneira as áreas de educação e de segurança. Há ainda que mencionar como fontes direta desses morticínios, o próprio sistema judiciário, que parece que tende a abolir as penas e punições aos criminosos, sejam eles cometidos por pessoas comuns e principalmente quando o crime, seja ele qual for, é praticado por pessoa poderosa e com grande trânsito e influência dentro do governo e do Estado.

          Como um crime que acontece às escuras, a corrupção, como reconhece o próprio Ministério Público, se traduz pela violência contra a toda a sociedade, não tanto por seus efeitos diretos e imediatos, mas por suas consequências deletérias e nefastas de longo prazo. Disse o ministro Barroso em palestra na PUC do Rio: “Ninguém quer um Estado policial. Queremos que seja preservado o devido processo legal e o direito de defesa. Mas queremos um Estado onde as pessoas sejam devidamente punidas. Um Estado que puna os empresários que fraudem licitações, os operadores do mercado financeiro que lucrem com insider trading, os gestores de fundos de pensão que desviem recursos. Isso não é Estado policial, é Estado de Justiça.”

Barroso disse ainda na ocasião que, “é preciso enfrentar o equívoco tropicalista que acha que corrupção ruim é a dos outros”. “Não existe corrupção do bem”, avaliou, declarando que a sociedade brasileira precisa enfrentar o sistema atual, onde os que praticam crimes contra a administração pública “frequentam os mesmos banquetes” e se protegem mutuamente.

         Pudesse o Brasil ser livre ou menos afetado por uma espécie de corrupção endêmica, que parece paralisar o Estado, por certo os índices de criminalidade e mesmo a violência urbana diária cairiam vertiginosamente, nos colocando entre os países do primeiro mundo no quesito paz social.   Não temos, como no caso de Israel, movimentos terroristas como o Hamas e outros da mesma periculosidade a atormentar a sociedade e o governo, levando àquele país à um estado de permanente prontidão e segurança interna.  No do Brasil, nossos terroristas são representados por dezenas de quadrilhas do crime organizado, armadas com o que há de mais moderno e letal e que surgem a todo o momento em diversos cantos do país.  De fato, essas quadrilhas vêm ao longo do tempo se especializando e treinando táticas de guerrilha urbana para defender suas fontes ilegais de lucro. O pior é que, por seu poderio econômico, essas quadrilhas investem muito na preparação de indivíduos, e mesmo em campanhas políticas, financiando candidatos, que após eleitos irão, de dentro do Estado, favorecer e proteger o crime organizado e suas atividades.

          Não chega ser surpresa que esse avanço do crime organizado se dá à medida em que o Estado vai sendo enredado pela corrupção, o que ajuda não só na destruição da credibilidade das instituições, como contribui ainda para a sensação correta da pouca efetividade de uma democracia indiferente aos problemas da nação. A questão aqui, nessa comparação desigual entre o morticínio decorrente da guerra ente Israel e palestinos e o que ocorre no Brasil atual, com dezenas de milhares de mortes violentas a cada ano, é que tanto num caso como o outro, a multiplicidade de razões históricas impede que a paz nesses dois cantos do planeta, pareçam sempre miragens distantes ou oásis inatingíveis.

A frase que foi pronunciada:

“A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa.”

Jô Soares

Mais barato

Um dos melhores lugares para os celíacos almoçarem em Brasília é a Galeteria Gaúcha, do Lago Norte. Apesar de ter massa na cozinha, o galeto, arroz, cada produto é feito em área diferente o que elimina o risco de contaminação.

História de Brasília

O trabalho é longo, mas ajudará em muito a Procuradoria, tão ciente no cumprimento do seu dever. É preciso apenas uma coisa: justiça para todos. (Publicada em 24.03.1962)

          Programa interno

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         Não se sabe que razões levaram a mídia nacional a dar pouca atenção e espaço à uma notícia de grande relevância para o país e que foi veiculada essa semana pela CNN Brasil, dando conta de que caso venha a ser eleito nesse segundo turno, o governo petista irá, logo nos primeiros dias, implementar o que chama de uma “suspensão temporária de regras fiscais”.          O documento interno, preparado, entre outros, pelos ex-dirigentes petistas, José Genuíno e Rui Falcão, que comandam as discussões de bastidores da campanha, prevê, logo no início de governo, a decretação dessa medida excepcional, dada a situação de emergência, que o partido enxerga na área econômica nacional.

         Com essas medidas extraordinárias o governo petista teria em mãos os meios legais necessários para enfrentar o que chamam de caos herdado do governo anterior, possibilitando ao Executivo ampla liberdade para romper as regras fiscais, utilizando o Orçamento livre de amarras e de todas as regras impostas pela responsabilidade fiscal. Em outras palavras, o que poderá acontecer, caso vença o candidato da esquerda, é a decretação do vale tudo, com o orçamento sendo usado, não dentro de critérios técnicos como manda o manual de contabilidade básica, onde as colunas do passivo e ativo ou dos gastos e receitas são preenchidos e executados sob rígida e séria previsões.

         Essa ideia de um plano emergencial , mesmo que temporário, nos traz de volta a um passado recente, onde os planos econômicos se sucediam, de forma contínua, sendo acompanhado apenas pelo tilintar da maquininha de reajuste de preços nos supermercados. É tudo o que o mercado e principalmente as Bolsas não querem. É a reinvenção da roda e a transformação do Brasil num laboratório de testes.

         Esse retorno ao passado, onde a imaginação ia além dos dogmas da economia, custou ao país décadas de atraso e estagnação. A ideia de que o “novo” governo, que de novo nada possui, no andar da carruagem, virá para consertar o país é um perigo e já foi visto no passado, quando essa mesma turma denominava o boom econômico deixado por Fernando Henrique Cardoso de “herança maldita”.

         A baixa inflação e os números recordes de contratações com carteira assinada, provam que a economia brasileira segue, atualmente, seu rumo ascendente, sendo por isso, muito elogiada por diversas instituições internacionais, colocando o nosso país entre as nações que mais rapidamente têm se livrado dos malefícios da pandemia mundial. O que é temeroso e incerto é essa ideia vaga, contida no documento, de “corrigir imediatamente o Orçamento herdado”, “para recuperar a capacidade de investimento do BNDES, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal”, exatamente as instituições que ganharam protagonismo nesse mesmo governo, durante a chamada Operação Lava Jato.

          Com esse verdadeiro pacote de medidas virão as versões remendadas do programa Mais Médicos, a cobrança de imposto sobre grandes fortunas e outras ideias de gênio que nos levaram, a partir de 2014 para o abismo mais fundo de toda a nossa história. Não surpreende que esse documento tenha sido mantido em âmbito interno do partido. Sua divulgação seria perigosa para o presente e principalmente para o futuro .

A frase que foi pronunciada:

“A economia é o começo e o fim de tudo. Você não pode ter uma reforma educacional bem-sucedida ou qualquer outra reforma se não tiver uma economia forte.”

 David Cameron

Beleza

Uma árvore com cachos de flores amarelas no final da L4 Norte chamou atenção por uma semana com a floração. Fila de carros parados para fotografar o presente da natureza.

Protesto

Recebemos da Alemanha a carta da eleitora de 73 anos, Diana M. Pinto Machado, que enfrentou a chuva em Frankfurt e uma fila por 3 quarteirões. Reclamou da falta de respeito aos preferenciais. Grávidas, cadeirantes e idosos não foram considerados pelo Consulado brasileiro.

Surpresa

“Adicionalmente aos procedimentos do caput deste artigo, a identidade poderá ser validada por meio do reconhecimento biométrico na urna eletrônica, quando disponível.” Essa é a única alusão da Resolução Nº 23.669 que dispõe sobre reconhecimento biométrico dentro dos atos gerais do processo eleitoral para as Eleições 2022. Foi uma surpresa usar a o reconhecimento biométrico durante o processo eleitoral, e não apenas anteriormente, como nas últimas eleições. Nenhuma notícia sobre o assunto foi dada antes do sufrágio.

Especiais

O verde que ilumina o Congresso é iniciativa do senador Romário. Trata-se do Dia Mundial da Paralisia Cerebral.

História de Brasília

Nós sabemos que temos professôras demais na Fundação. Novecentas, ao todo, mas nem tôdas estão trabalhando. O ideal seria uma depuração total, trabalhando para quem ganha, e atividade para todo o mundo, e não para um grupo. (Publicada em 11.03.1962)

 Um elefante numa loja de cristais

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         Demorou, mas felizmente a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) resolveu enfim, por nota oficial, condenar a tramitação da ação que pede a descriminalização do aborto no Brasil até a 12ª semana de gestação, em pauta na Suprema Corte. Havia por parte dos católicos mais do que suspense, um verdadeiro estranhamento com a posição titubeante da entidade. Muitos acreditavam inclusive que a CNBB não iria se pronunciar sobre o assunto, por acreditar que a aproximação ideológica entre a entidade e o atual governo poderia provocar desentendimentos e outros mal entendidos.

         Através da “Nota pela vida e em repúdio à ADPF 442, a Comissão Especial de Bioética da entidade declarou que a “eliminação voluntária e consciente de uma criança, fere o princípio da inviolabilidade da vida humana garantido pela Constituição Federal de 1988.”  Na nota a CNBB lembra que sociedade brasileira tem como entendimento de que “toda a vida humana é preciosa, tem valor intrínseco irrenunciável e inviolável.” Para os bispos do Brasil a vida humana deve ser protegida com o máximo cuidado, desde o início.

         A CNBB lembrou ainda nesse documento, que o processo em discussão no Supremo Tribunal Federal, no qual os juízes passaram a considerar que um feto de 12 semanas não é um ser de direitos, que “ o ser humano deve ser respeitado e tratado como pessoa desde a concepção.”

          Não é segredo para ninguém que desde o surgimento do Cristianismo, documentos tratam do assunto, sendo que a partir do século XIX o tema passou a ser condenado de forma mais explícita, inclusive com a pena de excomunhão para aqueles que a praticassem. No entanto em 2015, num ato de reconciliação da igreja com as mulheres, o Papa Francisco orientou todos os sacerdotes da igreja que perdoassem as mulheres que tenham praticado o aborto e que peçam remissão desse pecado pelo ato contra a vida do feto.

          Já para a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé o problema do aborto diz respeito também a igreja, já que ela tem consciência bastante clara de que é sua vocação defender o homem contra tudo aquilo que poderia, porventura corrompe-lo ou rebaixá-lo. Por isso mesmo, que o Filho de Deus se fez homem e  portanto não existe homem algum sobre a face da Terra que não seja seu irmão e que não seja chamado a tornar-se cristão e receber a salvação.

         Mesmo para áreas da ciência como a embriologia o assunto é visto com certa prudência e uma boa dose de luz. “O desenvolvimento humano é um processo contínuo que se inicia quando um oócito de origem feminina é fecundado por um espermatozoide, de origem masculina. No Brasil polarizado pela política ideológica, o assunto não poderia ser tratado de outra maneira.

         Durante as últimas eleições a direita foi proibida de veicular provas em vídeos que mostravam que as esquerdas e seu candidato preferido eram ferrenhos defensores da interrupção da gravidez.  Durante toda a campanha o então candidato do sistema escondeu sua posição em favor do aborto, vindo a declará-la apenas após o pleito.

         A Nota da CNBB é importante por deixar claro um assunto que mesmo na igreja, ou naquela parte que ainda possui influência inegável da Teologia da Libertação, que o aborto, quer queiram ou não movimentos como o feminismo, é um ato contra a vida humana. “Não se pode fazer qualquer distinção relevante, científica ou ética, entre um feto com menos 12 semanas e um outro com mais semanas de idade gestacional ou anos de vida.

         Somente a arbitrariedade pode explicar os diversos limites gestacionais dentro dos quais o aborto é permitido em diferentes países ou mesmo em diferentes Estados de um mesmo país. O fruto da geração humana, desde o primeiro momento da sua existência, isto é, a partir da constituição do zigoto, exige o respeito incondicional que é moralmente devido ao ser humano na sua totalidade corporal e espiritual. O ser humano deve ser respeitado e tratado como pessoa desde a sua concepção e, por isso, desde esse mesmo momento devem ser-lhe reconhecidos os direitos da pessoa, entre os quais e antes de tudo, o direito inviolável de cada ser humano inocente à vida.”

         No tocante ao chamado ativismo jurídico, fator que tem aumentado a temperatura política no país, levando a choques diretos os Poderes da República, a posição do Supremo, até agora sobre o aborto, legalizando a prática até as 12 semanas, contraria não só os brios dos legisladores, com parece afrontar a posição da maioria dos brasileiros.

          Segundo dados fornecidos pelo Ipec em 2022, 70% dos brasileiros se dizem contra a legalização do aborto. Na pesquisa apenas 20% dizem ser a favor dessa prática. Trata-se, como se observa, de um tema que pode ser definido concretamente como sendo um elefante numa loja de cristais.

A frase que foi pronunciada:

“Assista um aborto com a parafernália tecnológica mostrando o que acontece durante o processo. Não acredito que continue a favor dessa causa.”

Maria das Dores Muniz

História de Brasília

No intuito de colaborarmos com a Justiça, já que desejam moralizar a história, publicaremos a relação de todos os apartamentos alugados ilegalmente, ocupados ilegalmente, ou fechados, em Brasília. (Publicada em 24.03.1962)