Colheita

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Chico Buarque, como a maioria dos compositores de sua geração, assumiu posicionamento político contundente contra o regime militar implantado a partir de 1964 no país. Por essa postura, pagou seu preço, com perseguição, censura e saída do país, para fugir de repressão ou coisa pior. Como todo cidadão brasileiro tem direito de defender essa ou aquela tese, apoiando ou criticando quem quer que seja. Nas composições escondia nas letras, com duplo sentido, o que tinha que ser dito. Cantava a liberdade enquanto o país reprimia palpites e impressões.

Ocorre que, como figura pública, o que ele pensa tem repercussão e alcance maiores do que das pessoas comuns. Se ele acha que deve abertamente apoiar o governo petista, é problema dele. Só que, dada a conjuntura atual, em que a polícia e a maioria da opinião pública estão no encalce das figuras de proa do lulopetismo, defendê-los exige, além de boa dose de ousadia e de muita lábia, disposição diuturna para contradizer manifestações contrárias de toda ordem.

O que ocorreu com o compositor, na madrugada de terça-feira, em frente a um restaurante no Leblon, na Zona Sul do Rio, foi a repetição de outros entreveros entre populares e pessoas que publicamente têm saído em defesa do atual governo. As hostilidades contra políticos desse partido têm sido tônica em diversos lugares, restaurantes, aeroportos e outras áreas de grande frequência de pessoas. Acontece com atores, músicos, empresários e com os próprios políticos.

Não foi a primeira e, com certeza, não terminará por aí. É importante lembrar que a semente dessa ojeriza contra o PT e petistas ilustres foi devidamente plantada por Lula, seu partido e seguido à risca pela atual presidente. Como diz um trecho da música Apesar de você, do próprio Chico: “Você que inventou este estado / E inventou de inventar/ Toda a escuridão/ Você que inventou o pecado/ Esqueceu-se de inventar / O perdão” . Chico, como outros ilustres brasileiros, infelizmente e por tempo indefinido, terão ainda de colher os frutos da cizânia que foi lançada em solo fértil por um partido que acreditou que podia tudo contra todos, o tempo todo.

Bom projeto

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João Carlos Souto, da Secretaria de Justiça e Cidadania mostra como é um sucesso o Programa Mãos Dadas pela Cidadania. Os internos em regime semiaberto que ficam no CPP passam o dia tomando sol enquanto trabalham. Têm como responsabilidade pintar meio-fio, muros, trocar lâmpadas pela cidade. A cada três dias trabalhados, um a menos na pena.

Voluntariado

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Com energia total a primeira-dama do DF, Márcia Rollemberg, estimula ações voluntárias em áreas carentes como a saúde, educação, cultura entre outras. “O trabalho voluntário, muitas vezes, se faz presente onde o Estado não chega. É uma questão de inteligência o governo poder dar voz a essas pessoas e permitir que elas possam utilizar todo o talento, a energia e o compromisso que têm para ajudar o Estado a cumprir as finalidades de construir políticas públicas”, explica o governador em entrevista à imprensa.