Salvos pela Constituição

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: CEDI/Câmara dos Deputados (Agência Senado)

 

 

Entre os anos de 1987 e 1988, o Congresso Nacional esteve reunido em Assembleia Nacional Constituinte e, sob a presidência do deputado Ulysses Guimarães, tratou de formular essa que seria a 7ª Carta Magna do país. Ao longo de 20 meses de trabalho, 559 parlamentares, com exceção dos deputados petistas que se recusaram a participar da homologação e dos trabalhos coletivos, trabalharam para entregar ao país um conjunto de leis modernas e possíveis, dentro do contexto e dos acontecimentos daquela época.

Promulgada em 5 de outubro de 1988, a chamada Constituição Cidadã, foi, como nenhuma outra anteriormente, testada à fogo e ferro, garantindo, em momentos conturbados a manutenção e a normalidade das instituições, sobretudo da democracia. Nesse sentido basta dizer que os impeachments de Fernando Collor, em 1992 e de Dilma Roussef em 2016, assim como os escândalos do orçamento de 1993; do mensalão entre 2005 e 2006, assim como o rumoroso caso do Petrolão, revelados pela Operação Lava Jato a partir de março de 2014, puseram à prova a Carta de 88, o que impediu que o país caísse numa espécie de abismo institucional, com resultados gravíssimos.

É preciso salientar que por muito menos outras Constituições pereceram por não suportar abalos políticos. De todos os solavancos sofridos pela Constituição de 88, nenhum se compara aos 13 anos de governo petista. Durante aquele período e até com reconhecimento do próprio Lula, em 2013, o país seria ingovernável, caso o texto proposto pelas esquerdas fosse aprovado. As seguidas tentativas de transformar o Brasil num regime aos moldes cubanos, como pretendido a partir do Foro de São em 1990 ou com a criação da Unasul em 2004 e até mesmo através do pesadelo da Ursal de 2001, encontraram na Carta de 88 um forte empecilho.

Aliás, foi graças a Carta Magna que o país foi protegido de aventuras inconsequentes, cujo os desdobramentos poderiam, inclusive, resultar em confrontos fratricidas. Nesse ponto vale destacar a estruturação do Ministério Público como órgão independente, o que inauguraria a possibilidade de uma nova época, com o surgimento do combate efetivo à corrupção.

Com isso, as leis ganharam uma nova dimensão de respeito, sobretudo com a exigência de maior publicidade e transparência nos atos públicos. Foi graças a esses mecanismos legais trazidos pela Constituição Federal que foi possível dar início ao combate à corrupção e a secular impunidade dos criminosos do colarinho branco, algo até então impensável.

Não restam dúvidas de que a Constituição de 1988 deixou um legado democrático e humanista justamente por resgatar os direitos fundamentais dos indivíduos e da sociedade o que foi contemplado no capítulo referente ao Estado Democrático de Direito, baliza da cidadania e da justiça Social. Sem essa importante Carta, é certo que o Brasil não atingiria a maioridade política que pudesse igualá-lo aos países mais desenvolvidos do Ocidente. Sem a Constituição de 1988 estaríamos à deriva, navegando entre um regime militar que naturalmente se esgotara e um Estado anárquico entregues à pressão grupos políticos e empresariais sem ética ou patriotismo. Seríamos mais uma República de bananas encravada no continente Sul-americano, nesses tristes trópicos.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A voz do povo é a voz de Deus. Com Deus e com o povo venceremos, a serviço da Pátria, e o nome político da Pátria será uma Constituição que perpetue a unidade de sua Geografia, com a substância de sua História, a esperança de seu futuro e que exorcize a maldição da injustiça social.”

Ulysses Guimarães, político brasileiro

 

 

Perseguição

Com a terceirização dos serviços de telefonia ou de instalação de cabos óticos, os carros não são identificados, deixando, em polvorosa, autoridades locais e federais. Os mais neuróticos pensam em interceptações.

 

 

 

Conselhos Tutelares

Começam amanhã as eleições para Conselheiros Tutelares. Qualquer pessoa com título de eleitor poderá votar. Veja a seguir, o quadro de perguntas e respostas elaborado pela SEJUS. Gustavo Rocha, secretário da Secretaria de Justiça e Cidadania, enaltece a população que estará presente na escolha do candidato que trabalhará na sua região.

Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press

–> O eleitor tem a obrigação de votar?

Não. O voto para conselheiro tutelar é facultativo. No entanto, contamos com a ampla participação dos eleitores no dia 6 de outubro, das 9h às 17h. É preciso que cada cidadão compreenda que tem o dever de ajudar a promover e garantir os direitos das crianças e adolescentes de sua comunidade. Uma das formas de exercer esse dever é escolhendo os conselheiros tutelares do local onde vive. Na prática, são esses profissionais que trabalham para garantir que todas as crianças e adolescentes tenham seus direitos efetivados, além de colocá-los a salvo de situações de violência, maus-tratos e discriminação. Portanto, escolher os conselheiros tutelares é um compromisso da população com a causa da infância e adolescência.

Quem pode votar?
Estão aptos a votar os cidadãos brasileiros em pleno gozo dos seus direitos políticos, com domicílio eleitoral no Distrito Federal. Resumindo: se você votou nas eleições gerais de 2018, significa que está em dia com a Justiça Eleitoral e pode participar desse processo democrático.

Quais os locais de votação?
Os locais de votação para conselheiro tutelar não são exatamente os mesmos das eleições gerais. Como se trata de um processo menor, as zonas eleitorais foram agrupadas. No total, serão instalados 148 locais de votação em todas as regiões administrativas do DF. Por isso, é importante que o eleitor consulte previamente onde votará, no site http://conselhotutelar.sejus.df.gov.br/

Quais os documentos necessários para votar?
O eleitor precisa do Título de Eleitor, documento original com foto ou o aplicativo ‘e- título’. Na ausência do título, somente será permitido o voto se o cidadão apresentar documento oficial com foto e conhecer previamente a zona e a seção eleitoral correspondente.

Em quantos candidatos o eleitor pode votar?
O eleitor pode votar em um candidato da região administrativa onde seu título esteja registrado. Portanto, quem mora em Taguatinga só poderá votar no candidato de Taguatinga, por exemplo.

Como escolher os candidatos?
Os candidatos estão a todo vapor com as campanhas eleitorais, que estão permitidas até 5 de outubro, véspera da votação. Este é o momento para os cidadãos buscarem informações sobre os concorrentes de sua cidade e assim poderem fazer uma escolha consciente no dia da eleição. São mais de 800 candidatos na disputa. No site http://conselhotutelar.sejus.df.gov.br/ está disponível a lista com todos os que estão concorrendo às vagas de conselheiro. No dia da votação, é bom levar uma “colinha” com nome e número da pessoa em quem vai votar.

Quem organiza o processo de escolha?
Além do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal [CDCA/DF] e da Secretaria de Justiça e Cidadania [Sejus], a organização desse processo conta com a cooperação técnica, operacional, patrimonial e de pessoal de outras secretarias, como Comunicação; Educação; Segurança Pública; Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão; e Casa Civil. Outra parceria fundamental é com o Tribunal Regional Eleitoral [TRE], que cederá, pela primeira vez, urnas eletrônicas para os cidadãos votarem. Dessa forma, a eleição contará com mais segurança, confiabilidade e maior capacidade para mobilizar cerca de 2 milhões de eleitores.

O processo de escolha conseguiu mobilizar servidores para trabalhar no dia da votação?
Sim. Temos um número significativo de servidores públicos do Governo do Distrito Federal mobilizados para trabalhar na eleição. Conseguimos capacitar 4.630 servidores, entre voluntários e convocados. Eles vão atuar como mesários, agentes de informação e como apoio logístico, de preferência nas regiões administrativas em que moram.  Queremos agradecer aos servidores que participaram dos treinamentos realizados nos fins de semana e que agora vão contribuir com o processo de escolha trabalhando no dia da eleição.

* Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania 

 

 

Frota

Caminhões novos já estão preparados para a coleta seletiva do lixo de Brasília. Felix Palazzo, do SLU, quer que a população compreenda a necessidade da cultura do descarte consciente. Além de uma cidade mais limpa, o lado social é importante, já que o meio de vida dos catadores é a reciclagem.

Arte: sema.df.gov
Arte: sema.df.gov

 

 

Absurdo

Por falar em lixo, continua o absurdo de se permitir que homens, pais de família, trabalhadores, fiquem pendurados em caminhões respirando lixo enquanto recolhem o descarte de prédios e casas. O Código Nacional do Trânsito é omisso em relação à segurança dos lixeiros. Não permite conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados. É dever do estado defender seus cidadãos.

Foto: donnysilva.com

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Bem, doutor. O senhor vai ouvir, agora, muitas futricas, conversas fiadas, e ouvirá, também, muitas palavras de admiração, de carinho, de dedicação. A cidade amanhece mais satisfeita. Seja bem-vindo. (Publicado em 30/11/1961)

Democracia é capturada por poderes

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Charge: Mafalda e a democracia

 

Se, como dizia Thomas Jefferson, a Constituição é para os vivos, e não para os mortos, o que abriria uma oportunidade, para cada geração, adequá-la à realidade de seu tempo, a nossa Carta, seguramente, ainda não pôde ser testada em toda a sua amplitude e profundidade aos novos ventos que em nosso país sopram como tempestades.

Há, ainda, um longo caminho a percorrer sob a égide desse conjunto de leis, embora não se despreze, de todo, algumas emendas necessárias a aperfeiçoá-las conforme avançamos democracia adentro.

Nesses trinta e um anos que nos separam daquele distante 5 de outubro de 1988, quando a Constituição foi finalmente promulgada, com o que de mais avançado havia em termos de ordenamento jurídico, o país, seguramente, viveu momentos de graves crises institucionais e, em todos esses acontecimentos, o escudo propiciado pela Constituição soube conduzir o transatlântico Brasil a águas tranquilas.

Esse, talvez, foi o mais valioso legado herdado pelos brasileiros nas últimas décadas e, sem dúvida, o mais vital. Logicamente, como toda obra humana, a nossa Constituição, vista no presente, tem necessitado de pequenos reparos para continuar atualizada e útil. Talvez um dos pecados que podem ser identificados em sua origem é que a Assembleia Constituinte não tenha sido instalada exclusivamente para a elaboração dessa Carta e logo após dissolvida.

Os políticos que tomaram posse naquele ano de 1987 sabiam que teriam que conciliar os trabalhos normais do Legislativo com a elaboração da Carta e que continuariam no Congresso após o término dessa missão. Com isso, o chamado Centro Democrático, um conjunto de parlamentares da velha política atuaram, como puderam, para a preservação de certos pontos vantajosos e do antigo status quo.

Nessa época, como lembrou o relator da Constituição, deputado Bernardo Cabral, “os corredores do Senado e da Câmara dos Deputados fervilhavam de pessoas”. Eram milhares de brasileiros de todos os setores do país, levando e trazendo propostas e abaixo-assinados para serem incluídos na nova Carta.

Após muita discussão e embates, e depois de tramitar nas Comissões especiais, o projeto final foi submetido a discussões em nada menos do que 119 sessões no plenário. As brigas e desentendimentos acalorados eram contidos pela experiência e serenidade de Ulysses Guimarães.

Para alguns analistas, o fato de a Constituição ser redigida por políticos que seguiam em seus mandatos fez com que a Nova Carta favorecesse, em demasia, os sistemas partidários e sua fragmentação em um número grande de legendas sem lastro popular ou conteúdo programático coerente.

Dessa forma, parte do poder acabou sendo capturado por grupos de pressão, dando origem às atuais bancadas, muitas das quais com atuação totalmente contrária à vontade popular, fechadas em seus nichos de interesse. Essa atuação em causa própria fez com que os constituintes optassem por um modelo que levou a República a se render a um presidencialismo de coalizão em que o Executivo ficaria, doravante, a reboque dos interesses de grupos dentro do Legislativo.

Tal modelo favoreceu a política do toma lá dá cá, que, durante os governos petistas, foram elevados ao paradoxo surreal do mensalão, com a compra, pura e simples, de grande número de parlamentares dentro do Congresso. Alguns outros aspectos, como a vinculação obrigatória de qualquer candidato a um partido político, conferiu um certo monopólio da democracia a apenas essas legendas, impedindo a participação política de brasileiros na vida pública e nos destinos do país.

Passados todos esses anos, alguns reflexos negativos ainda são observados no ordenamento político do país, como provam as recentes minirreformas partidárias conferindo bilhões de reais às legendas nas rubricas fundo partidário e fundo eleitoral, além do corporativismo acentuado, das deformações operadas na Lei de Abuso de Autoridade, nas medidas de combate à corrupção e na manutenção de infindos privilégios de toda a ordem.

De certa forma, a democracia foi capturada pela classe política, criando uma hipertrofia desse poder em relação aos demais. Com isso, abriu brechas para um constante desequilíbrio entre os poderes, ora favorecendo um, ora outro, em contraposição à vontade popular, obrigando milhões de brasileiros a ocupar seguidamente as ruas em manifestações onde ora protestam contra um poder, ora protestam contra outro.

 

 

A frase que não foi pronunciada
“A voz do povo é a voz de Deus. Com Deus e com o povo, venceremos, a serviço da pátria, e o nome político da pátria será uma Constituição que perpetue a unidade de sua geografia, com a substância de sua história, a esperança de seu futuro e que exorcize a maldição da injustiça social.”
Ulysses Guimarães

Foto: agenciabrasil.ebc.com.br


História de Brasília

Abaixo desta coluna, vocês verão uma carta que nos foi endereçada pelo deputado Breno da Silveira, e o discurso pronunciado pelo mesmo parlamentar na Câmara dos Deputados. (Publicado em 01/12/1961)

Um olhar sobre nossos bens naturais

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Foto: Bruno Kelly / Reuters

Após o período mais intenso das queimadas que esse ano varreram boa parte de nossas matas, matando milhares e milhares de espécies de animais e plantas, de Norte a Sul do país, é necessário, a exemplo do que fazem os bombeiros nos rescaldos dos sinistros, a realização de um levantamento sério, para que se conheça os reais prejuízos causados pelas queimadas em 2019.

De certo, os prejuízos, apenas no âmbito da diversidade biológica, serão catastróficos. O que aconteceu esse ano equivale, em termos de pesquisas científicas e de preservação, a dezenas de incêndios como aqueles que consumiram os Museus Nacionais nos últimos anos. E pena que esse sentimento de perda irreversível só seja sentido por pesquisadores e cientistas que estão mais envolvidos com essas riquezas pouco cuidadas por nós.

Pela extensão das queimadas nesse ano, é provável que algumas espécies de plantas e de animais, que sequer tínhamos correto conhecimento, tenham se perdido para sempre. Sem o devido conhecimento do bioma que nos cerca e qual sua importância para nosso meio ambiente, em termos de simbiose e outras trocas, é certo que, a longo prazo, outras espécies venham sentir essa perda e acabem por desaparecer também. O equilíbrio do meio ambiente é delicado e sente as interferências humanas.     Pelo o que conhecem os cientistas, e não é muito quando se trata do vasto bioma, algumas espécies de aves só se alimentam de determinados frutos, produzidos por determinada planta. Com o desaparecimento dessa espécie vegetal, também essas aves estão condenadas. O inter-relacionamento entre as espécies é um mecanismo delicado que trabalha como um relógio, o desaparecimento de uma peça, produz um colapso em série para todo o sistema.

O mais triste em todo esse episódio que expôs o país à um vexame internacional, é que essas tragédias parecem não ter surtido grande efeito internamente. Prosseguem as derrubadas de árvores, as queimadas para plantio e pasto e os garimpos ilegais e não, avançam indiscriminadamente em toda a região Norte. O apoio recebido do governo pelos garimpeiros e por outros poderosos lobbys que agem em cima da dilapidação do meio ambiente, cria a sensação de que explorar essas riquezas, sejam por que meios, é lícito e permitido aos brasileiros e aos índios.

O sinal errado emitido pelas autoridades tem funcionado como um incentivo para a depauperação das riquezas naturais do país. Esse nacionalismo às avessas, que age com o pensamento de que “é meu e faço com ele o que quiser” é um caminho que leva seguramente a perda não só dessas riquezas em si, mas a perda da autoridade moral de posse sobre esses bens.

Não bastasse essa tragédia, o tráfico e contrabando de espécies de vegetais e animais ainda é uma prática corrente em nosso país. Trata-se da terceira maior atividade ilegal de todo o mundo, responsável, segundo os pesquisadores, por retirar do meio ambiente dezenas de milhões de espécies a cada ano. Além de exportar ilegalmente espécies de animais para todo o mundo, o Brasil passou também a importar de outros países, espécies estranhas ao nosso meio ambiente, o que tem acarretado graves problemas para o equilíbrio ecológico interno. “A fauna exótica introduzida pode se tornar invasiva, conquistar áreas muito maiores do que as previstas, suprimir a fauna nativa e transmitir novas doenças. Mais de 180 tipos de zoonoses transmitidas por animais já são conhecidos”, alertam os cientistas.

No dia consagrado à São Francisco de Assis, protetor dos animais, e em que igrejas em todo o mundo abençoam os animais, é preciso um olhar de atenção com as espécies que habitam esse mesmo espaço e que aqui estão, muito antes da chegada dos homens e da civilização.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A Legislação tem sido sempre interpretada ao sabor das conveniências, das circunstâncias e dos interesses localizados.”

Senador Álvaro Dias, sobre as decisões do STF

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

 

 

Europa

De malas prontas para partir nesse domingo, em direção à Polônia. A convite da Opera Baltycka Gdansk, o maestro Jorge Antunes viajará para assessorar nos últimos ensaios de sua ópera Olga. A estreia europeia da ópera acontecerá nos dias 11, 12 e 13 de outubro, e outras cinco récitas acontecerão em novembro de 2019 e em março de 2020. Depois dos sucessos de Carlos Gomes na Europa no século XIX, é a primeira vez que uma “grand-opéra” brasileira é levada a palcos europeus.

Foto: brasiliarios.com

 

 

Consulta

Volta e meia seu celular toca, ou mesmo o telefone fixo, com um número de outro estado: 5535338300. Há um site onde você consulta números estranhos para saber a origem e um pequeno histórico sobre tentativas de golpe, presidiários, cobranças infundadas, etc. Veja em Últimos registros no Devo Atender?.

 

 

Vistorias

Cintos de segurança, extintores vencidos, freios e pneus são os maiores problemas dos transportes escolares.

Foto: oregional.com

 

 

Sucesso

Brazil Expo Florida reúne mais de 4 mil pessoas no Broward Convention Center Evento com a presença, na cerimônia de abertura, do Cônsul-Geral do Brasil em Miami, Embaixador João Mendes Pereira; do Vice-Governador do Mato Grosso do Sul, Murilo Zauith; do Senador Eduardo Girão, além do Vice-Prefeito do Condado de Broward, Dale V.C. Holness.

Cartaz: centrocomunitariobrasileiro.org

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quem chefia o gabinete do prefeito é o Paulo Nogueira. Deixou Nova Iorque por Brasília, e não alega nunca este seu gesto, que só pode ser interpretado como a favor do Distrito Federal. (Publicado em 30/11/1961)

Três de Outubro e o fim da história

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Visitantes do Bürgerfest para o Dia da Unidade Alemã em 2018 – Foto: picture alliance / dpa (bz-berlin.de)

Fatos seguramente relevantes para a vida da sociedade possuem, junto aos historiadores, a capacidade de assinalar marcos que delimitam e fixam fronteiras temporais, separando tempos com características distintas. São as chamadas datas históricas que funcionam como uma espécie de coordenada temporal, facilitando, de forma didática, o entendimento de cada período dentro da história humana. Assim é que é o fato que melhor registra e delimita a entrada da civilização Ocidental no século XXI: o ataque terrorista às Torres Gêmeas do World Trade Center, nos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001.

A partir daquele instante, estava inaugurado um novo tempo em que as ameaças de grupos terroristas e suicidas iriam levar uma inquietude nunca vista pelos países desenvolvidos. Era como se as Cruzadas medievais iniciassem um caminho contrário, partindo agora do Oriente Médio, em direção ao Ocidente, opondo os guerreiros de Alá aos cristãos do mundo moderno e rico.

Da mesma forma em que o século XXI era marcado por esses ataques sangrentos e indiscriminados, o século passado terminava melancolicamente com a queda simbólica do Muro de Berlim. Com esse evento, ocorrido em 9 de novembro de 1989, era posto um fim à Guerra Fria e a divisão do mundo em dois blocos. Mais do que a reunificação das duas Alemanhas, a queda desse muro de 65 quilômetros, dividindo um mesmo país em parte Oriental e Ocidental, representou para muitos historiadores um marco que anunciava, de modo patente, o grande fracasso representado pela experiência do sistema socialista, em sua tentativa de igualar, à força, os desiguais e assim resolver essa que é a maior das contradições humanas.

Três de Outubro passou a ser a data oficial que marca a reunificação Alemã e que passou a ser chamada de Dia da Unidade Alemã (Tag Der Deutschen Einheit). Dessa forma, o conturbado e revolucionário século XX terminava de maneira triste, deixando em ruínas o que seria o grande sonho do marxismo, com a tomada do poder pelo proletariado. Na verdade, o que ocorreu, durante todo esse período, nada mais foi do que a tomada do poder pela nomenclatura do partido comunista, deixando os trabalhadores na miséria.

Nesse sentido, o século passado deixou ainda um enorme passivo para os cem anos posteriores que se iniciavam, entregando ao sistema capitalista a responsabilidade de pôr em ordem a questão das desigualdades, um problema aparentemente sem soluções à vista, mas que requer a tomada de um conjunto de providências capaz de evitar colapsos futuros.

Com o fim do socialismo e do estatismo sobre a economia, se cumpria a perspectiva proposta por Hegel no século XIX de que os últimos 25 anos do século XX seriam marcados pelo equilíbrio entre o liberalismo e a igualdade jurídica confirmado, no caso aqui, pelo chamado Estado do Bem-Estar Social, com o advento dos Direitos Trabalhistas e outras conquistas alcançadas pelos trabalhadores, como é o caso da previdência.

Para alguns historiadores, como Francis Fukuyama, a queda do Muro de Berlim significou “O fim da História”. Do comunismo, afirmou Fukuyama, não sobrará nem o rastro.”

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A arte não é um espelho para refletir o mundo, mas um martelo para forjá-lo.”

Vladimir Maiakóvski, poeta, dramaturgo e teórico russo.

Vladimir Maiakovski (1893-1930) – comunidadeculturaearte.com

 

 

Dois

Já são dois os senadores que não aguentaram a seca do cerrado. O senador potiguar, Styvenson Valentim, e o senador capixaba, Marcos do Val. Receberam cuidados médicos para amenizar o mal-estar.

Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

 

 

Sem cartaz

Na embaixada do Brasil em Berlim, uma iniciativa do Partido dos Trabalhadores em protestar contra as queimadas na Amazônia foi uma vergonha. Dez manifestantes ocuparam o local.

 

 

Desafio

Lançado nesse ano, pelo Conselho Nacional de Justiça, os procedimentos relativos a pessoas indígenas acusadas, rés, condenadas ou privadas de liberdade. Trata-se de orientações a Tribunais e Magistrados. Não sabemos, mas durante o caso Denílson, ficou claro que crimes envolvendo índios trabalham com uma nova ótica, conceitos multiculturais e necessitam equalizar o Estatuto do Índio, a Constituição e Convenções Internacionais de Direitos Humanos.

Leia mais em Manual Resolução 287/2019

 

Engraçado

No Hospital Brasília, uma placa indica a sala dos injetados com contraste. Abaixo, há o espaço para a tradução em inglês. Deixaram o espaço para o “english text”. Quem repara mostra um sorriso de soslaio. Veja a seguir.

 

 

Manutenção

Por falar em manutenção, é preciso uma manutenção nos semáforos da cidade. São muitos os que estão com o botão verde sem acesso aos pedestres durante a travessia.

Semáforo na via W3 Norte, em Brasília. — Foto: Káthia Mello/G1 DF

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Niemeyer é que anda meio triste. Acha a cidade meio parada, o povo diferente. Eu acho que é ciúme, natural em quem lega uma criação de muita estima. (Publicado em 30/11/1961)

Corrupção, a maior das violências

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Ilustração: novaescola.org

 

No Dia Internacional da Não-Violência, comemorado em todo o mundo em 2 de outubro, em homenagem ao pacifista Mahatma Gandhi, a ferocidade da nossa espécie ainda persiste como um dos maiores e mais graves fenômenos a acompanhar a história dos seres humanos sobre o planeta e que, em pleno século XXI, ainda está longe de ser erradicada de forma definitiva ou satisfatória. Matamos desde que existimos.

Os historiadores consideram que boa parte da história humana tem sido escrita com sangue e que esse aspecto bestial de nossa formação está intrinsecamente presente na própria dualidade de nossa personalidade a abrigar, num mesmo espaço, o Eros e o Tânatos, ou seja, os instintos de vida e os instintos de morte.

Mesmo para os mais otimistas sobre a raça humana, não há como compreender e estudar o comportamento dos homens, ao longo da história, simplesmente descartando seu lado violento e os seguidos impulsos de destruição. De fato, vivemos como sobre escombros que são ciclicamente destruídos e reerguidos num processo sem fim. A história de toda e qualquer nação sobre o planeta, mesmo a brasileira, comporta um vasto número de episódios violentos que, à luz da razão, envergonham e mancham o passado de muitos, mesmo dos mais civilizados.

Não é por outra razão que também os mártires pela paz, ou aqueles que lutaram e morreram sonhando com um mundo de concórdia entre os homens, somam-se aos milhares, embora o propósito de suas batalhas ainda ressoe, em todas as partes do planeta e em todos os tempos, como uma possibilidade e uma meta a ser buscada. Ao contrário dos antigos que acreditavam no niilismo ou que para erguer novos mundos era preciso destruir os antigos e recomeçar do zero, hoje essa crença, não totalmente abandonada, perdeu muito de seu vigor original.

Falar em estatísticas e números que comprovam a persistência do fenômeno da violência no mundo, e particularmente no Brasil, servem apenas à guisa de ilustração e de nada adiantam para entender a raiz dessa questão e como debelá-la. Importa muito mais, nesse exíguo espaço, mencionar fatores que seguramente contribuem para minorar o problema da violência e que tem sido testado aqui e em todo o mundo com grande êxito.

O primeiro e talvez mais importante diz respeito ao incentivo de uma educação verdadeiramente voltada pela paz, com respeito aos direitos humanos e às diferenças. Infelizmente não se vê entre nós quaisquer resquícios desse tema nos currículos escolares do básico ao universitário, sendo um assunto pouco abordado e muito menos falado em salas de aula. De concreto, sabe-se que, nos países onde a educação é tratada como prioridade absoluta, os índices de violência são baixos, comparados a outras nações. Dos elementos reconhecidamente necessários a uma educação pela paz, a grande maioria dos pedagogos, das mais diferentes vertentes do ensino, apontam as artes como a ferramenta mais eficaz na diminuição das estatísticas de violência, capaz de aproximar o aluno dos aspectos fundamentais do humanismo.

Também com relação a esse tema, é sabido que na maioria das escolas públicas em nosso país, falar de educação artística é quase uma heresia, dado o pouco valor prático que as autoridades enxergam nessas disciplinas. Se para os pedagogos e didáticos esse é o caminho correto para a diminuição da violência, para os economistas e sociólogos é preciso, antes de tudo, diminuir as desigualdades sociais, dando acesso a toda a população a serviços públicos de qualidade.

Em nosso caso particular, é consenso que ainda não conseguimos resolver nem o problema de uma educação de qualidade, inclusiva e que pregue a não-violência como tema diário, nem tampouco a questão da desigualdade social, o que faz de nosso país um dos campeões mundiais em violência. Ocorre também que o que nos coloca e garante nossa posição no alto desse pódio é o fenômeno da corrupção sistêmica, em si uma das maiores violências, equivalente a crimes como genocídio e que ainda estamos longe de nos ver livres.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável.”

Mahatma Gandhi, advogado, nacionalista, anticolonialista nascido em Porbandar, na Índia

Foto: Rühe/ullstein bild/Getty Images

 

 

Consumidores

Começou hoje o 9º Encontro Regional dos Produtores de Maracujá no Pipiripau e Fruticultores em Planaltina. Felipe Camargo, engenheiro-agrônomo, declarou que os produtores estão percebendo que as frutas têm o manejo e cultivo mais fáceis e a produção está crescendo. A parceria entre a Emater e Ceasa-DF é uma possibilidade de preços mais baixos, com o custo menor de transporte.

O cultivo do maracujá e de outras frutas vem ganhando espaço no DF | Foto: Tony Winston / Agência Brasília

 

 

Novidade

Estudos sobre o desenvolvimento de uma linha de caminhões movidos a gás chegam ao Brasil. A Cummnins e Agrale se uniram e já estão prontas para mostrar o resultado na maior feira do transporte rodoviário de carga do país, a Fenatran, que vai acontecer em São Paulo.

 

 

Instituto

Ney Ferraz, do Iprev-DF, e assessoria garantiram que identificariam as pessoas que fazem saques usando cartões de servidores públicos que já morreram. Ainda não temos o resultado.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A torre de televisão, nem se fala. A catedral, também. É melhor mudar de assunto, e passar para o Tribunal de Contas. A obra recomeçou, e serão obedecidos, mesmo, os cálculos do Cardoso. (Publicado em 30/11/1961)

Idosos de 2030: um desafio a encarar

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Autor — Foto: Marcelo Camargo/ABr (valor.globo.com)

 

No último dado apresentado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2018, até 2050, o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará próximo de 2 bilhões, o que equivalerá à aproximadamente um quinto da humanidade.

Dentro desse quadro, é preciso destacar que, há exatos três anos, o Brasil já possuía a quinta maior população idosa do mundo, o que não é pouca coisa. Entre 2012 e 2018, o número de brasileiros com mais de 65 anos cresceu 26%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com uma população de 207,8 milhões, 10,5% desse total é formado hoje por indivíduos com idade superior a 65 anos, o que equivale a 21,872 milhões de pessoas.

Pelas projeções dos estatísticos, daqui a uma década, nosso país terá um número de idosos superior ao de crianças na faixa de zero a 14 anos. Isso significa que a população brasileira está envelhecendo numa velocidade muito superior a qualquer outra do planeta.

Ocorre que nos países desenvolvidos tem havido tempo, disposição e recursos para preparar a mudança no perfil etário de suas populações. No Brasil, apesar de todos os alertas dados por especialistas no assunto, não parece haver qualquer movimento por parte das autoridades para preparar nosso país para essa nova e séria realidade.

De fato, o Estado e a própria sociedade não estão preparados para essa mudança, não se observa políticas públicas nesse sentido. Enquanto no Legislativo se observa a formação de poderosas bancadas políticas, com grande poder de pressão e lobby sobre o governo, como é o caso das bancadas do agronegócio, da bíblia, da segurança e outras, não há resquícios sequer de uma bancada dos idosos, capaz de levar os governantes e parlamentares à formulação de leis e políticas públicas próprias para enfrentar esse futuro anunciado.

Como a maioria das ações adotadas pelo Estado, o que parece estar acontecendo é que, quando o problema se instalar de vez, de modo irreversível, as autoridades vão analisar as possíveis políticas para enfrentar essa questão e quem sabe adotar medidas de afogadilho. Nesse caso, como sempre acontece, serão atendidos em primeiro lugar as próprias elites políticas e todos aqueles do alto da pirâmide, o restante, ver-se-á.

Nem mesmo a tão propalada e difícil reforma da previdência, nos moldes como está sendo confeccionada agora, parece possuir os instrumentos para enfrentar a grave mudança no perfil demográfico de nosso país. Trata-se de um problema que, a exemplo de outros que parecem não render votos e visibilidade, está sendo empurrado para frente a cargo dos governantes que virão. Ocorre que, nesse caso, as políticas públicas com um olhar para a população idosa necessitam de tempo de elaboração, justamente pela complexidade do tema, que irá necessitar de um laborioso, metódico e paciente plano que adapte nosso país para os novos tempos. Em outras palavras, essa preparação irá requerer um trabalho minucioso de relojoeiro, ajustando cada pequena peça no seu lugar, de forma que o conjunto trabalhe em harmonia.

Enquanto não for adotado um programa suprapartidário, contínuo e de longo prazo para começar a elaborar esse conjunto de medidas para o Brasil do futuro, os idosos têm que, por conta própria, ou se preparar para o pior, ou adotar providências para pressionar o Estado, acordando-o da letargia.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Mesmo com toda libertação feminina essa grande “paciência” que nos caracteriza não deve nunca acabar. É uma riqueza de infinitos alcances que aumenta os poderes de paz do Universo.”

Simone de Beauvoir, escritora

Foto: Simone de Beauvoir em Paris em 1945. Denise Bellon (Álbum) – (brasil.elpais.com)

 

 

Coletiva

Hoje o presidente da CAIXA, Pedro Guimarães, anunciará o funcionamento da opção pela sistemática de Saque Aniversário, a nova modalidade de saque do FGTS. A notícia será divulgada em breve.

 

Mais CVV

Centro de Valorização da Vida comemora 40 anos firmando parceria com a Fundação BB e mais voluntários. Nossa sociedade está caindo em depressão e consumindo cada vez mais medicamentos tarja preta, inclusive crianças. Os laboratórios faturam, suicídios aumentam e o CVV busca mais gente para poder atender a demanda que é bem maior que a estrutura existente.

Foto: O diretor da Fundação BB, Rogério Biruel (e), participou da inauguração da sede em Brasília, no dia 25 de setembro. (fbb.org.br)

 

 

Auditoria cidadã

Maria Lucia Fattorelli diz que o PLP 459/2017 representa autorização para pagamento por fora de controles orçamentários mediante desvio de arrecadação tributária durante o percurso dos recursos pela rede bancária, além de geração ilegal de dívida onerosíssima.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quem não vai bem é o Zé Paula Viana. Já está cansado de pedir equipamento para o DTUI, e desde o tempo do “professor”, não recebe nada. Mesmo assim faz o que pode. (Publicado em 30/11/1961)

Civilizados com bicho de pé

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Foto: agenciabrasil.ebc.com

 

Originário da língua polinésia, o termo tabu, significando alguma coisa sagrada, perigosa, proibida ou pouco limpa, ganhou no idioma português, além do sentido próprio, certa noção de discriminação imposta pela sociedade a tudo que possa ir contra à religião, às opções sexuais, ao estilo de vida comumente aceito, entre outras manifestações discriminatórias ao diferente, ao revolucionário.

O maior inimigo do tabu é justamente a ação transformadora do tempo, que age sobre cada nova geração, modificando continuamente a percepção da realidade. No Brasil, o ato de quebrar certos tabus diz muito sobre nossas origens e nosso processo civilizatório.

O colonialismo com suas características inerentes ao escravismo, ao patriarcalismo, às crenças religiosas, não só europeias, como indígenas e africanas, moldaram nosso jeito de ser, miscigenando não apenas as três raças de três continentes, mas nosso íntimo, nossas crendices e tabus. Somos o que somos, selvagens e arredios inseridos no século XXI. Jesus, Maria, José, Ogum, Oxossi, Oxumaré, mesclam-se à Tupã, Anhangá, Sumé, gerando o que somos: civilizados com bicho de pé.

A mudança, que se acredita radical, entre governos de tendências ideológicas antagônicas, fez com que muitos tabus, que se pretendiam ser colocados no fundo do mar, viessem à tona, trazidos à luz pela necessidade premente de serem, ao menos, repensados nesse momento.

Um desses tabus que urge que seja quebrado pelo bem de milhares de brasileiros é justamente o que regula o uso medicinal de medicamentos à base de canabidiol, não só para os que sofrem os sintomas da epilepsia, mas os portadores de Esclerose Múltipla, Mal de Parkinson, Esquizofrenia, Aids, efeitos colaterais provocados pela quimioterapia do Câncer, vários tipos de Depressão severa, Ansiedade, doenças degenerativas, entre outras.

A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), portadora de tetraplegia, é uma das defensoras do uso medicinal do CBD. Em sua luta para que se estabeleça uma legislação regulamentando essa questão, a senadora lembrou que mais de 40 países pelo mundo afora já decidiram o assunto, institucionalizando o uso do medicamento, como é o caso de boa parte dos Estados Unidos, vários países da Europa e até Israel.

Hoje no Brasil os pacientes que buscam essa terapia são obrigados a pedir autorização judicial e importar esse tipo de medicamento a custos elevadíssimos e depois de vencer um trâmite surreal de burocracia. É preciso, segundo ela, e outros parlamentares que defendem um projeto de lei específico sobre o assunto, que sejam autorizadas e incentivadas as pesquisas e a produção desses remédios em todo o país, não só para barateá-los, como também para torná-los acessíveis a todos os brasileiros que necessitam. “Se a saúde das pessoas não emociona os parlamentares, então vamos falar de economia”.

Na Colômbia, foram criados 1,7 mil empregos. […] O mercado legal de cannabis é um dos segmentos da economia global que mais cresce. A taxa é de 22% ao ano. No Brasil, a estimativa de crescimento é de R$ 1,1 bilhão. Isso reverteu o desemprego na Flórida. E o desemprego é uma das maiores doenças do Brasil”, afirma a parlamentar, mostrando também pesquisa de opinião pública mostrando que três em cada quatro brasileiros apoiam o uso desse medicamento. Mesmo na contramão da aprovação de uma lei tratando desse assunto, pesquisa sobre a importação desse medicamento mostra que seu uso, para fins medicinais, vem crescendo a um ritmo acelerado.

Em apenas um ano (2015), mais de 78 mil unidades de produto foram importadas para uso terapêutico. O Senado aprovou na Comissão de Direitos Humanos a sugestão legislativa para uso medicinal do CBD. O autor do relatório foi o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“— Se a gente aprovar um projeto permitindo só o canabidiol, o medicamento que inclusive eu tomo, vai ser proibido. Isso vai fazer com que eu perca a minha força laboral. E, poxa, alguém aqui já me viu alucinando em algum canto do Congresso? Alguém aqui já me viu falando besteira? Alguém aqui tem algum senão quanto à minha dedicação, à minha seriedade no meu trabalho?”

Senador Mara Gabrilli

 

 

Na verdade

Carregados de dados e emoção, os depoimentos dos coordenadores do Centro de Valorização da Vida na Câmara e no Senado. O caso é que quem conhece potenciais suicidas não tem à mão um serviço de emergência ou quem não pode pagar por remédios caros ou profissionais competentes fica mesmo à deriva. Acesso à prevenção de suicídio é restrito.

Foto: setembroamarelo.org

 

 

Prática

Uma música inicia o atendimento no número telefônico 188. “Sua chamada é a….40.” Difícil acreditar que o CVV funcione desse jeito. Além disso, são voluntários. Eles recebem algum tipo de capacitação? Algumas pessoas que já foram atendidas acreditam que não. Muito ruim o serviço.

 

 

 

Passagens subterrâneas

Hora da faxina nas passagens subterrâneas. Cheiro de urina, e algumas com fezes, mostram a falta de manutenção. Quem quer se proteger do trânsito usando esses corredores é obrigado a suportar esse descaso.

Foto: Andre Borges/Agência Brasília

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O dr. Laranja, de quem falavam mal, que não conhecia a cidade, e não sei mais o quê, está se revelando na Novacap. Reuniu o que havia de melhor para a diretoria, e está indo muito bem. (Publicado em 30/11/1961)

Muito tabu e pouca racionalidade.

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Foto: ingredientesonline.com.br

Como todo assunto que requer uma pausa no preconceito , obrigando as pessoas a repensar o que acreditam ser o monólito onde estão esculpidos “seus valores e dogmas”, quaisquer questões que envolvam mudança de paradigmas, são, logo de saída bombardeadas sem ao menos terem tido a possibilidade de manifestarem-se.

Foi assim com a questão do divórcio, um assunto tabu e que sofreu grande resistência por parte da Igreja e de parte da sociedade conservadora, embora as tentativas de institucionalização dessa questão aparecesse, de forma tímida, desde a proclamação da República em 1889. Foi somente em 1977, com a emenda constitucional número 9, que o divórcio foi instituído oficialmente pela Lei 6515. De autoria do ex-senador Nelson Carneiro, a controversa lei gerou grande polêmica naquele período também. Lembrando que nos anos 40, 50 e 60, mulheres desquitadas ou que decidiram deixar seus maridos, por violência ou outros motivos justos, sofriam horrores e preconceitos de toda a ordem, sendo taxadas de “mulheres de vida fácil” entre outros maus dizeres.

Até mesmo a sua colocação no mercado de trabalho, era tarefa difícil, vivendo marginalizadas, perseguidas e mal faladas. Em outras questões fundamentais e que dizem respeito à evolução e transformação natural da sociedade, persistem ainda certos tabus em assuntos como o feminismo, a educação sexual de adolescentes, o papel da mulher na vida moderna, orientação sexual, percepção de gêneros, aborto entre outros temas que mostram a dinâmica social como um fenômeno ligado a própria história humana.

Nesse sentido merece reflexão profunda também a questão hodierna da regulamentação do uso medicinal de remédios à base de canabidiol. Como todo assunto tabu, a aceitação do princípio farmacológico desse produto, tem merecido, por parte das autoridades as mais controversas avaliações, sendo, como toda novidade nesse país, bombardeada com os mais estapafúrdios argumentos. Curioso observar sobre esse e outros temas tabus, que a antiga resistência feita pela Igreja Católica a certas mudanças nos hábitos e condutas sociais, vão sendo substituídos hoje pela oposição ferrenha das igrejas neopentecostais, principalmente porque essas adquiriram certo status político dentro do Congresso e, portanto, maior poder de influir em assuntos nas esferas cíveis.

Em depoimento contundente e emocionado a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), comentou sua própria relação e experiência com os remédios à base de canabidiol, sensibilizando seus colegas da Comissão de Direitos Humanos (CDH) a aprovar, através de um projeto de Lei que irá tramitar na Casa, o uso desse tipo de medicamento. Segundo a parlamentar, que ficou tetraplégica há algumas décadas atrás, por conta de um acidente. Há significativos avanços em seu tratamento desde que começou o uso medicinal dessa substância à base de THC. “Eu mexo muito pouco do pescoço para baixo, mas eu mexo muito mais do que eu já mexi um dia, porque eu era uma pessoa deitada, que respirava numa máquina, que não falava, que não sentava, que não sentia e que não se mexia. […] Sabe por que eu faltei tanto tempo aqui, fiquei de licença? Porque durante todo o período que fiquei sem ter o THC, eu desenvolvi uma epilepsia refratária” , confessou a senadora, ressaltando que além dela, milhares de pessoas em todo o país sofrem com o mesmo problema e com outros tipos de complicações, justamente pela falta desse tipo de medicamento.

Na sua avaliação, é preciso que o Congresso não evite que outros brasileiros possam ter a mesma qualidade de vida e de saúde. “Temos que legislar também com o coração” disse a parlamentar, lembrando que hoje o THC é fundamental em sua vida. “Quando ele entra no meu corpo é como tirar o desconforto e a dor com as mãos”, confessa.

A frase que foi pronunciada:

“E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.”

Gênesis 1:12

 

Câmara Legislativa

É muito interessante o PL 333/2019 onde permite a entrada de cães em asilos. Mas se quiser ver um idoso feliz realmente é só encher a casa de crianças. Esse contato é saudável tanto para o futuro, com crianças que respeitam os idosos quanto para o passado, resgatando a alegria do idoso.

 

Sucesso total

No restaurante do Sesc, no Senado uma homenagem ao Rio de Janeiro. Dos aventais dos garçons à decoração da mesa, tudo sobre o tema carioca – “Rio de Janeiro – Sabor em todos os sentidos”. Teresa Corção, a chef embaixadora de cozinha brasileira do Senac RJ, impressionou em todos os aspectos, inclusive no detalhe de uma florzinha comestível enfeitando a rabanada.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O dr. Jaime Almeida é, agora, diretor financeiro. Cada vez que viaja para o Rio, os empreiteiros vão ver se ele embarca mesmo, e, quando volta, as mesmas pessoas vão ver se a pasta veio mais “reconfortante”. (Publicado em 30/11/1961)

O preço de Dilma

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Foto: ricardoantunes.com

 

Não é de hoje que a ex-presidente Dilma Rousseff vem num périplo frenético pelo planeta para, basicamente, fazer o que mais aprendeu, não apenas durante o período que integrava a cozinha dos movimentos de guerrilha, mas, sobretudo, quando foi alçada ao poder pelo chefão petista, e que pode ser resumido em mentir, falseando a verdade e os fatos históricos, de forma a colocá-la numa posição quer de vítima, durante o regime militar, quer de presidente afastada por impeachment por um suposto golpe urdido pelo Congresso.

O desconhecimento e mesmo o desprezo com que o mundo desenvolvido acompanha o desenrolar desses tipos de acontecimentos no Brasil, um país visto como exótico, distante e perdido no tempo, tem ajudado essa senhora a expor sua narrativa ficcional a plateias basicamente formadas pelo que restou da esquerda radical no mundo contemporâneo. De toda forma, esse tour, ao mesmo tempo em que reforça a imagem negativa do país, prejudica os negócios do Brasil lá fora. Com ponto ou sem ponto no ouvido.

Depois de mais de uma década da razia promovida pelos governos petistas ao erário e que quase transformou o país numa ruína gigantesca, com milhões de desempregados e uma inédita depressão econômica, todo esse cenário é, em sua versão, debitado unicamente aos opositores e à classe política dominante.

O mais curioso é que os custos desse passeio, do outro lado do Atlântico, são feitos exclusivamente em países de primeiro mundo, onde se hospeda nos mais caros hotéis do lugar e onde frequenta os mais requintados restaurantes, nos quais saboreia acepipes dignos de um monarca.

Tudo isso, é claro, colocado na conta do pobre contribuinte brasileiro. De um modo geral, é reconhecido que, desde que chegou ao poder, para exercer uma espécie de governo tampão entre 2010 e 2014, até o retorno do chefão, e talvez até antes, quando ocupou o Ministério das Minas e Energia e a Casa Civil, Dilma é sem dúvida a presidente que mais deu prejuízos em toda a história do país, quer por sua gestão desastrada, ou pelo fato de dar continuidade ao processo sistemático de corrupção que se instalara no governo de seu antecessor. Somente em uma única empresa pública, a Petrobras, Dilma e seus auxiliares provocaram um rombo que ascende a bilhões de reais.

Hoje, fora da presidência, sua equipe de oito assessores entre seguranças e secretários custa, aos pagadores de impostos, R$ 5,5 milhões ao ano. Somente no ano passado, Dilma espetou no erário uma conta de meio milhão de reais ao Palácio do Planalto. É de longe a presidente que mais gasta em viagens e outras mordomias. Segundo informações do próprio Palácio, os custos com sua equipe no ano passado, sem contar dos salários, foi de R$ 632,2 mil. Desse montante, R$ 587 mil foram gastos em diárias e passagens em primeira classe.

Em Madri, por onde anda agora, Dilma tem repetido, à plateia da Central Sindical do Partido Comunista da Espanha, que Bolsonaro é um neofascista que está destruindo a Amazônia e a soberania do Brasil e que o golpe que sofreu visou apenas a implantação do modelo neoliberal.

O mesmo fala em relação ao ex-presidente Lula que, em sua narrativa, foi condenado e preso para não disputar as eleições que, em sua visão, venceria com facilidade. A ex-presidente também repete o mantra de que a Operação Lava Jato foi feita exclusivamente para mirar em Lula e nos petistas, deixando o restante dos envolvidos do lado de fora.

De tanto semear essas mentiras, Dilma acredita que um dia elas poderão germinar como verdadeiras, da mesma forma como quem semeia feijão e colhe laranjas. No terreno baldio da cabeça da ex-presidente tudo é possível.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Onde foi que erramos?”

Juca Kfouri, em entrevista no seu canal, pergunta à “ex-presidenta” Dilma, que ficou sem palavras, sem resposta.

 

 

Doação

Projeto UDF sem Fronteiras está arrecadando livros infantis para a Casa da Paternidade. A iniciativa é das professoras Elisa Muniz e Josilene Moura.

Banner: facebook.com/udfsemfronteiras

 

 

Talento

Já desfilava desde os 13 anos. Sabe o que quer. Já morou em dezenas de países. Agora com 18 anos, está em Hong Kong. Gosta tanto que chama de Home Kong. Veja a seguir algumas fotos da modelo Mariana Dominicini.

Fotos: 2mmodel-books.netwalkapp.com e classmodelos.com

 

 

Desburocratizar

Hoje, o advogado-geral da União, André Luiz de Almeida Mendonça, proferirá palestra em São Paulo durante o Seminário “Desburocratização e Eficiência Estatal”. O evento é promovido pela Federação das Indústrias do Estado da capital paulista. O debate gira em torno do papel da Advocacia-Geral da União e do Judiciário na modernização da gestão pública.

Reprodução/PGU

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Não sei que significado darão a essa palavra, com o amontoado de casebres existentes, sem que ninguém queira sair de onde está para passar uma rua, ou uma praça. (Publicado em 30/11/1961)

As ruas e os shoppings

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Foto: Valdemir Cunha (viagemeturismo.abril.com)

 

Em qualquer cidade do mundo, uma das grandes atrações, preferidas por 9 em cada 10 turistas, é poder caminhar com tranquilidade pelas ruas e avenidas, observando as pessoas, as praças, o comércio local e as vitrines das lojas, com suas variedades de produtos e preços. Nesse tipo de esporte, andam-se quilômetros sem perceber. É assim em Nova Iorque, Paris, Londres, e na maioria das grandes cidades, onde as ruas são limpas, iluminadas, seguras e aprazíveis. Sentar em um banco, ver o público se movendo de um lugar para outro, fazer um lanche, tomar um café, repor as energias e seguir desbravando a cidade, a pé, conhecendo seus segredos, sua gente.

Não apenas turistas buscam esse prazer, mas os próprios moradores também buscam as ruas para se distrair. A rua é a extensão natural da casa e uma necessidade do ser humano para interagir, conversar, encontrar amigos, se divertir. Muito mais do que um lazer, as ruas representam um fator de saúde para muitos que vivem fechados em espaços exíguos e com poucos movimentos.

Em Brasília, essa necessidade foi amplamente pensada e posta à disposição de seus moradores, principalmente dentro do Plano Piloto, que, à época da construção da capital, se acreditava ser o espaço principal e único da cidade. Dentro dessa concepção é que foram projetadas as avenidas W3 Norte e Sul.

Com uma extensão de aproximadamente 13 quilômetros, incluindo o trecho em que corta perpendicularmente o Eixo Monumental, essas duas avenidas, outrora o centro nervoso da capital, são reconhecidas, pela maioria dos urbanistas, como o principal e potencial eixo de comércio da cidade. Com um desenho e uma topografia para lá de favoráveis a todo o tipo de atividade comercial e de lazer, essas, que poderiam ser duas das maiores e mais aprazíveis avenidas do mundo, continuam esquecidas e adormecidas numa espécie de sono profundo

Com isso, um processo lento e gradual de decadência foi-se instalando nessa vital artéria, propagando seus males para as várias ruas adjacentes. Os prejuízos econômicos para a capital, ao longo de todos esses anos de abandono, são incalculáveis e, se corrigidos, dariam para construir uma outra capital.

Inconcebível que numa moderna vitrine do que de melhor se fez em arquitetura e urbanismo nesse país, uma longa via como essa, praticamente esperando uma oportunidade para acontecer e brilhar, não se tenha um projeto racional e belo que possa restituir a vida a essa avenida.

Enquanto esse dia não chega, os shoppings, que se aproveitaram dessa leniência de seguidos governos continuam faturando. Do estacionamento aos preços de qualquer produto, o custo pela manutenção desses edifícios gigantes são repassados aos consumidores. Um simples cafezinho, que na rua você encontra por até R$ 4, nos shoppings chegam a custar R$ 10. Essa majoração de preços assustadora vem por conta dos altos alugueis e de outros custos que esse tipo de mercado geram para os lojistas.

Revitalizar as avenidas W3 Sul e Norte é acabar com esse tipo de monopólio de comércio que gera lucro apenas para os donos do empreendimento. O renascimento das W3’s significa a geração de milhares de empregos, aumento na oferta de produtos, concorrência mais intensa e melhores preços para os consumidores, além de uma excelente opção para os turistas e para os habitantes da cidade, que terão a oportunidade de fugir dos ambientes monótonos, caros e sempre iguais dos shoppings.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Susana estava mais W3 do que nunca.”

Nicolas Behr, candango construtor de poesias

Foto: Ailton de Freitas

 

 

Dia desses

Alegre e rodeado por amigos, o general Mourão se deliciava num restaurante especializado em carnes, na asa norte.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

 

 

De olho

Em 19 de outubro de 1961, essa coluna publicava sobre o uso indevido de carros oficiais. Os abusos continuam 57 anos depois.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

 

Cores e perfumes

Sucesso o FestFlor. Produtores como o seu Francisco Araújo puderam trocar cartões com negócios prósperos. O lucro foi satisfatório na mostra. Segundo a Emater, são 139 produtores de flores e plantas ornamentais que recebem capacitação pela instituição. Dados revelam que em Brasília, por consumidor, são gastos R$ 44,23 por ano na compra de flores contra R$ 26,27 da média nacional, movimentando cerca de R$ 200 milhões anuais até o consumo final.

 

 

Pega mal

É preciso o pessoal da página do governo do DF ficar mais atento às informações repassadas aos leitores. Há uma aba na página do GDF que chama a atenção pelo nome: “espalhe a verdade”. Ao acessar a url (http://www.brasilia.df.gov.br/category/espalheaverdade/), a notícia mais atualizada é de abril de 2017.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A cidade livre está se acabando em matéria de comércio, e aumentando demais em miséria. É um horror, a gente ver aquilo que foi o núcleo pioneiro. As fossas estouradas, jogam esgotos na rua e a câmara aprova a “urbanização”. (Publicado em 30/11/1961)