Agrotóxicos e doenças

Publicado em ÍNTEGRA

ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960
colunadoaricunha@gmail.com;
com Circe Cunha e Mamfil

 

Charge: noticiasdocamposttr.blogspot.com.br
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       Não se tem ainda, no Brasil, um estudo mais preciso sobre as diversas doenças contraídas pelo homem da cidade e do campo pelo uso de agrotóxicos, principalmente pela aplicação do glifosato. Os levantamentos esparsos que se conhecem sobre o uso indiscriminado do herbicida, produzido pela Monsanto sob o nome de RoundUp, mostram que são elevados os números de doenças, como câncer, distúrbios da tireoide, má-formação de fetos e intoxicações diversas.

       O glifosato é o agrotóxico mais utilizado no mundo e, no Brasil, representa 50% das vendas, de acordo com dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). Diferentemente do que ocorre no nosso país, o uso desse veneno, na Europa, tem validade definida. Em países como a França, será banido, definitivamente, em 2022. Em outras partes do continente europeu, o uso também está prestes a expirar. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o produto como potencialmente cancerígeno.

       Outras pesquisas contrárias não têm a credibilidade pelo fato de serem financiadas pelas indústrias do produto. O Brasil é considerado o campeão mundial de uso do glifosato. Metade da importação do veneno é destinada para as lavouras de soja, depois, às plantações de cana e de milho — três commodities, que tornam o Brasil o maior exportador agrícola mundial —, cultivadas em latifúndios com área superior à de muitos países da Europa. Nesse sentido, o Brasil exporta não só esse tipo de alimento transgênico em enormes quantidades, mas, sobretudo, produtos altamente contaminados — 96% da nossa soja é transgênica. No caso do milho, a porcentagem é de 86%. Ou seja, o agronegócio produz basicamente alimentos geneticamente modificados e com alta dosagem de veneno.

     Essa é uma realidade que tem, como subproduto, grande incidência de doenças adquiridas pela população e, principalmente, pelo trabalhador do campo, além causar danos irreversíveis ao meio ambiente, com o envenenamento do solo, da água, dos animais silvestres, desde insetos polinizadores, como as abelhas, até animais maiores, mortos também por intoxicação severa. Além disso, os resíduos do veneno, presentes na água potável que consumimos, são cinco mil vezes maiores do que os presentes na água para consumo humano na Europa, o que é um escândalo sem precedentes.

       No Brasil, diferentemente do que ocorre em outros países, há uma bancada numerosa, conhecida como “bancada ruralista”, no parlamento, que, curiosamente, se move abertamente contra os interesses da população, sobretudo contra a saúde dos brasileiros, deixada de lado e a reboque de interesses puramente econômicos.

      Para se ter uma ideia, entre 2007 e 2014, houve registros de mais 25 mil intoxicações no Brasil — sem contar com as subnotificações — decorrentes exclusivamente do uso de venenos na agricultura. Ocorre que, na avaliação da bem-conceituada Fiocruz, para cada caso notificado ao Ministério da Saúde, estimam-se outros 50 casos que não foram registrados. Ou seja, 50 vezes 25 mil, um número absurdo mantido sob silêncio.

A frase que não foi pronunciada

“A alma da fome é política!”

Betinho

Continua

Pelos corredores dos aeroportos de grande parte do país, persiste a venda de revistas, subtraindo contas indevidas de cartões de crédito. As reclamações aumentam. Para se ter um quiosque em aeroporto é necessário pagar alto preço. Certo seria verificar a idoneidade desses comerciantes.

Absurdo

Outro assunto de muitas reclamações sobre os aeroportos brasileiros se refere aos preços cobrados por produtos simples: um pão de queijo, R$ 7, ou uma Coca-Cola, R$ 13.

Estacionamento

Outro valor superestimado, absolutamente, fora de todos os parâmetros. O que era espaço público foi privatizado e a população é submetida a preços exorbitantes.

História de Brasília

A sua posição, embora passageira, à frente do Gabinete do Presidente da Novacap, embora seja a valorização do cargo, não é conveniente a Brasília, que perde um técnico no seu plano de obras. Um cargo executivo na Diretoria da Companhia seria o justo lugar do sr. Vasco Viana de Andrade em Brasília. (Publicado em 11/10/1961)

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