Pezão e a regência do verbo pedir

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Às seis horas, a polícia chegou ao Palácio Laranjeiras. Exibiu o mandado de prisão. O governador não resistiu, mas fez um pedido. Queria tomar banho e fazer a barba. Conjugou, então, o verbo pedir. Com ele, uma questão de regência. Ele pediu para o deixarem tomar banho e fazer a barba? Ou pediu que o deixassem tomar banho e fazer a barba?

Pedir para é duplinha manhosa que só. Ela esconde o substantivo licença. Pedir que, ao contrário, joga limpo. Sem esconder nada, significa solicitar. Ora, o governador pediu licença. Logo, pediu para o deixarem tomar banho e fazer a barba. Pediu para tomar banho e fazer a barba.

Não é pedido de licença? Então estendam o tapete vermelho para pedir que: O empregado pediu ao chefe que não lhe desse só aumento de trabalho. Mas um aumentinho de salário. A procuradora pediu que os repórteres saíssem da sala.