O reinício de velhos problemas

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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge do Feliciano

Com o retorno das aulas em toda a rede pública do Distrito Federal, programado para o próximo dia 11 desse mês, uma série de assuntos, de suma importância para os estudantes e para a educação em geral e que estavam momentaneamente deixados de lado, devem retornar ao centro das discussões. Uma dessas questões, e talvez das mais prementes, é com relação aos seguidos e crescentes casos de violência que vêm ocorrendo em boa parte das escolas públicas da capital. Por razões estranhas e ainda pouco explicadas, os casos de violência, envolvendo aluno contra aluno e alunos contra professores, ainda não mereceram a devida atenção das autoridades, o que, na prática, significa que em 2019 esses episódios lamentáveis irão retornar às páginas do noticiário policial.

A rotina de insegurança de professores e de alunos, frente a escalada da violência nas escolas, com seguidas agressões verbais e mesmo físicas, tem transformado nossos estabelecimentos de ensino num ambiente de trabalho insalubre e mesmo perigoso para esses profissionais e para o alunado.

Pesquisa do sindicato dos professores mostrou em trabalho recente que nada menos do que 97,15% dos educadores já presenciaram cenas e atos de violência dentro das escolas. De fato, a onda de violência experimentada por todo o Distrital Federal nos últimos anos já transpôs os muros das escolas. As ocorrências envolvendo alunos armados, portando entorpecentes, brigas de gangues, ameaças de morte e outros fatos dessa natureza, já são realidades presentes no dia a dia de muitos de nossos estabelecimentos de ensino.

No estado vizinho de Mato Grosso, como no restante do país, onde esses casos também vêm ocorrendo, foi preciso a aprovação de uma Lei específica (Lei10.473) instituindo uma chamada “Política de Prevenção à Violência contra Profissionais da Educação da Rede de Ensino”, para assegurar proteção efetiva a esses trabalhadores, inclusive com a penalização também dos pais e responsáveis.

Pedidos de afastamento e de licenças de professores com depressão e medo de retornar ao convívio de alunos violentos aqui no Distrito Federal vêm se avolumando a cada ano, sem uma resolução efetiva por parte das autoridades. Não se conhece, até o momento, nenhuma proposta ou projeto oriundo da Câmara Distrital que trate desse assunto. A última proposta nesse sentido foi apresentada pelo ainda deputado federal Rodrigo Rollemberg (PL- 6269), ainda em 2009, na Câmara dos Deputados. De lá para cá, por conta do baixíssimo contingente do Batalhão Escolar, os casos de violência nos estabelecimentos de ensino só sofrem uma redução efetiva durante os recessos e as férias escolares, o que não deixa de ser um alívio para as autoridades e para a comunidade em geral. Um alívio que não é o ideal. O foco da não violência deve ser justamente o período letivo.

 

A frase que não foi pronunciada:

“Como ensinar a não violência às crianças com a televisão ligada na eleição para a presidência do Senado?”

Pai de família pensando nas incoerências do país.

 

Passado

Por falar em violência na escola, leia, abaixo, a sequência de historinhas sobre o que ocorria no Colégio Caseb, quando Brasília nascia, em novembro de 1961. A conclusão é que o acompanhamento dos pais na vida escolar dos filhos é fundamental. Já dizia o filósofo de Mondubim: “Se filho não precisasse de pai e mãe, nasceria de uma árvore e cairia quando estivesse maduro.”

Foto: CASEB (museudaeducacao.com.br)

Historinhas (11/1961)

A notícia publicada nesta coluna, sobre a situação de alunos transviados na Escola da Caesb, criou uma situação de alarme justificada, mas os defeitos de interpretação devem ser corrigidos.

 

Não fizemos alusão à vida dos alunos dentro do Colégio, mas depois das aulas, ou durante as “gazetas”, que se realizam em virtude da pouca atenção de muitos pais para com os filhos.

 

Quando elogiamos o plano de ensino de Brasília, estávamos reconhecendo, mas reconhecemos, também, que o Rio nos mandou inúmeros transviados para o convívio com alunos habituados simplesmente à vida escolar.

 

Estes, são os órfãos de pais vivos, que, através de contatos com alunos normais, vão desvirtuando os estudiosos, contaminando as amizades, destruindo a educação.

 

Educação é berço, e a escola é o seu ponto de aprimoramento. Para que se evitem os problemas de juventude, tão comuns no Rio e S. Paulo, é que fizemos a denúncia, não à escola, mas aos pais, aos responsáveis, pra que acompanhem, mais de perto, a vida de seus filhos.

 

A informação que temos da Escola, confirmada por nossa visita em horário escolar, é a de que a assistência ao aluno não será redobrada, porque já é eficiente, mas as punições para casos irregulares serão implacáveis e definitivas.

 

Piscinão

É fundamental que tenha sempre policiamento no Piscinão do Lago Norte. Os bêbados dirigindo colocam em risco a vida de todos os que passam por ali, principalmente aos domingos da manhã até à noite.

 

Todos por tudo

Segue, até o dia 13 de abril, o projeto SOS DF com a parceria da CEB, SLU, DF Legal, Detran, DER e administrações regionais. Por toda a cidade, desobstrução da rede fluvial, lâmpadas trocadas, pistas sinalizadas, e por aí vai.

Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

 

Senado

Agora que estamos só nós dois aqui. Se os representantes do povo acolheram o voto aberto e não eletrônico (pelo resultado no painel) como voto seguro, imagine o que não acontece nas urnas eletrônicas por esse país afora. O próprio ministro Marco Aurélio de Mello fez impecável defesa do voto transparente e auditável. “Prevalece, como direito inalienável dos cidadãos, a submissão dos atos de exercício de poder, tanto do Executivo como do Judiciário e do Legislativo, à luz meridiana, dogma do regime constitucional democrático. Constitui fator de legitimação das decisões governamentais, indissociável da diretriz que consagra a prática republicana do poder, o permanente exercício da transparência”. Urnas eletrônicas só com voto impresso!

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Esclarecendo

Jornalistas conceituados acreditam na violabilidade dos votos impressos. Eles ficam na seção de votação. São acomodados em uma urna (que é verificada com antecedência se está realmente vazia). Só tornam a recontagem dos votos e auditoria possíveis.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Estes, são os órfãos de pais vivos, que, através de contatos com alunos normais, vão desvirtuando os estudiosos, contaminando as amizades, destruindo a educação. (Publicado em 10.11.1961)

A complexidade de se alcançar o ser, até o humano.

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Tirinha: Mafalda, Quino

 

Sem uma educação que coloque o ser humano em destaque, à frente da ciência e da razão, estamos fadados ao insucesso, construindo pessoas como quem constrói máquinas. Nesse sentido, chama a atenção a frase do neurocientista português António Damásio, autor, dentre outras obras do livro “A estranha ordem das coisas”.

Para esse pesquisador, é preciso educar massivamente as pessoas para que aceitem umas às outras. Sem esse tipo de educação, diz, os seres humanos vão matar-se uns aos outros. Segundo Damásio, nossos instintos básicos nos impelem a pensar primeiro em nossa própria sobrevivência, os outros que se lixem.

Vivendo numa Europa que assiste ao renascimento do nazismo e de outras formas de xenofobia, decorrentes, em parte, dos fenômenos das imigrações e do globalismo, o neurocientista destaca a importância de saber aceitar os outros, que pode ser desenvolvida por uma educação mais voltada ao humano. Em sua concepção, a ausência do lado emocional, desprezada pela maioria das escolas tradicionais, acaba por prejudicar a própria racionalidade. Para ele, nossas emoções foram responsáveis pela definição de nossa cultura. “Aquilo que fomos sentindo ao longo de séculos, fez de nós o que somos hoje”, afirma o neurocientista, para quem é a cultura que nos distingue dos demais animais nesse planeta.

A linguagem foi um dos nossos primeiros instrumentos para, nos comunicarmos e nos entendermos com os outros, construirmos nossa cultura e nossa civilização ao longo de todos esses séculos. O sentimento, afirma, tem um papel único no aparecimento das culturas, pois foram eles os grandes motivadores das culturas atuais. Em outras palavras, foram as condições que levaram à dor e ao sofrimento que induziram as pessoas a pensar em meios de evitar esses mesmos sentimentos no futuro. “Os sentimentos, aquilo que sentimos, são o resultado de ver uma pessoa que se ama, ou ouvir uma peça musical ou ter um magnífico repasto num restaurante. Todas essas coisas nos provocam emoções e sentimentos. Essa vida emocional e sentimental que temos como pano de fundo da nossa vida são as provocadoras da nossa cultura.”

Desse modo, organizar-se para sobreviver, parece ser a sina de todos os seres vivos, até mesmo dos microrganismos mais básicos. Vivemos, assim, à semelhança do que ocorre com as bactérias, em permanente estado de conflito e de cooperação. Para esse pensador, é importante insistir nas humanidades para formar tantos homens comuns como cientistas. “Quando me perguntam qual é, em minha opinião, o maior cientista em minha área de pesquisa, respondo que é Shakespeare”, diz António Damásio, ao lembrar que as melhores e mais precisas definições de vida, nos são dadas justamente pelas obras de arte como a pintura, literatura, a música e outras expressões do gênero.

Só elas são capazes de transmitir o sentimento do que é viver, estar vivo. Uma das grandes barreiras das ciências e isso vale também para o modelo de educação que temos, é que eles são obsessivamente voltados para a objetividade e para o racionalismo, deixando de lado os aspectos do sentir que é encarado como algo apenas subjetivo.

A priorização excessiva dada pela maioria de nossas escolas ao desenvolvimento cognitivo, em detrimento do afetivo, tem prejudicado a própria pedagogia, afastando a educação de seu papel humanizador.

 

A frase que foi pronunciada:

“Viver é o ofício que quero ensinar aos meus alunos, pois antes de se tornar um magistrado ou soldado, ele será chamado para a vida humana a se tornar primeiramente homem.”

Jean Jaques Rousseau, filósofo

Charge: humorpolitico.com.br

 

Crianças

Cuidados sempre presentes com as crianças diabéticas, principalmente no momento da alimentação na escola. A Sociedade Brasileira de Diabetes dá dicas de como lidar com os cuidados que uma criança com diabetes necessita no ambiente escolar.

Foto: bancodasaude.com

Volta às aulas: como cuidar do diabetes no ambiente escolar

Atenção e cuidados especiais são necessários para que a criança com diabetes possa manter um dia a dia saudável na escola

A rotina da criança e adolescente com diabetes causa uma série de preocupações aos pais, já que a doença exige cuidados diários, como alimentação regrada e, em alguns casos, até aplicação de insulina diversas vezes ao dia e o monitoramento frequente da taxa de açúcar no sangue. Em casa, o controle fica por conta dos responsáveis, que já sabem lidar com os desafios, mas, quando voltam às aulas, fica a pergunta: como manter essa rotina?

De acordo com Débora Bohnen Guimarães, nutricionista e coordenadora do Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a criança e adolescente com diabetes deve, primeiramente, ter uma alimentação adequada e saudável no ambiente escolar – que não foge muito do padrão preconizado a todas as crianças. “O grande problema é que nem sempre as cantinas oferecem alimentos saudáveis. Com isso, o melhor seria mesmo se planejar para levar a merenda, favorecendo iogurtes ou sucos naturais sem açúcar, sanduíches leves, biscoitos, bolos ou cereais integrais e frutas”, aconselha.

Porém, quando o aluno opta pelo lanche oferecido na escola, ele pode contar com alguns métodos que o auxiliam a manter os níveis de glicemia estáveis, como a contagem de carboidratos, que possibilita calcular a quantidade exata de insulina que deve ser utilizada para cada refeição. “Essa é sempre uma ótima opção para dar flexibilidade alimentar, pois o estudante pode comer qualquer alimento desde que ele ajuste sua dose de insulina ultrarrápida. Não há alimentos proibidos, mas sim um controle dentro dos conceitos do que é saudável ou não. No caso de lanches oferecidos pela escola e dependendo da idade da criança, será necessário auxílio de um adulto para realizar a contagem. O que os pais podem fazer é tomar conhecimento do cardápio anteriormente e já estabelecer, junto aos educadores da escola, a quantidade de alimentos adequados para a criança, que estará de acordo com seu regime de insulina”, comenta a nutricionista.

Aplicação dos medicamentos
É importante que os pais tenham uma conversa com a direção e coordenação do local de ensino a respeito do diagnóstico e tratamento que seus filhos estão realizando no momento: desde as doses de insulina, o grau de controle do diabetes, os casos de hipoglicemia e até as necessidades alimentares.

Segundo Débora, as crianças que precisam de ajuda para tomar insulina em escolas nas quais não há enfermeiros ou outro profissional que se dispõe a arcar com os cuidados necessários com monitorização de glicose e aplicação de insulina, acabam adaptando suas rotinas de medicamento. “Os pais, muitas vezes, vão até a escola para dar a insulina na hora do intervalo ou adequam o regime de insulina anterior e de lanche da escola para que não haja necessidade dessa aplicação. Os alunos com diabetes que estão em terapia de múltiplas injeções diárias podem não precisar de insulina em algumas refeições, como no meio da manhã ou da tarde, e normalmente é esse o período que os pais escolhem para seus filhos estudarem”, afirma.

Atualmente, existem escolas “amigas da criança com diabetes”, que oferecem profissionais que se dispõem a ajudar no controle da glicemia e até mesmo aplicam a insulina. Os pais devem treiná-los de acordo com a receita médica do aluno. Esta, porém, ainda não é uma obrigação de todos os locais de ensino.

Ensinando sobre diabetes
Visando disseminar a educação em diabetes no ambiente escolar, a SBD é parceira em iniciativas como o Projeto Kids – Diabetes in Schools, criado pela ADJ – Diabetes Brasil em parceria com a International Diabetes Federation (IDF), que oferece materiais educativos para auxiliar as escolas com informações sobre o diabetes. O material é conhecido como “Pacote Educativo para Informar sobre Diabetes nas Escolas”, e foi aprovado pelo Ministério da Saúde, SBD e Sociedade Brasileira de Pediatria.

Alguns locais, como o Centro de Referência Diabetes nas Escolas (CRDE) da Santa Casa de Belo Horizonte, oferecem até mesmo treinamento presencial ou à distância para capacitar os profissionais das escolas sobre os cuidados necessários com o aluno com diabetes, a fim de que os pais e alunos tenham segurança em relação ao tratamento durante o período escolar. “Os professores, coordenadores, diretores e demais profissionais são vistos como membros da equipe de tratamento do diabetes, então é necessário desmistificar a doença, orientá-los a respeito dos cuidados e alertá-los sobre as dificuldades do aluno com diabetes”, comenta.

Um ponto importante é o apoio necessário para que o bullying com estes estudantes não ocorra, já que pode atrapalhar a aderência ao tratamento e, consequentemente, prejudicar a saúde da criança. “A situação deve ser analisada por toda equipe escolar para que esses adolescentes se sintam à vontade com a doença – seja por ajuda emocional, caso necessário, ou por apoio familiar e dos professores no esclarecimento de toda a turma do aluno. A escola deve ser um ambiente de apoio, saudável e de segurança, sem necessidade de vitimização ou exposição à condição do aluno com diabetes. Dessa forma, a aliança entre casa e escola será um meio ideal para a manutenção de uma boa saúde para todos”, completa Débora.

Sobre a SBD
Filiada à International Diabetes Federation (IDF), a Sociedade Brasileira de Diabetes é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1970, que trabalha para disseminar conhecimento técnico-científico sobre prevenção e tratamento adequado do diabetes, conscientizando a população a respeito da doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Também colabora com o Estado na formulação e execução de políticas públicas voltadas à atenção correta dos pacientes, visando a redução significativa da doença no Brasil.
Conheça nosso trabalho: www.diabetes.org.br.

 

Trânsito

Até hoje os motoristas do Lago Norte não conseguem manter a direita livre no primeiro sinal do local. Apesar de duas placas sinalizando que a direita é livre, quando o semáforo aponta o vermelho, os veículos param nas três faixas. Só um cone barril reflexivo resolveria a situação, impedindo os motoristas de seguirem em frente na faixa da direita.

Foto: mapio.net

 

Cotidiano

Desde o dia 12 de janeiro, os senadores se articulam pelo voto aberto no Senado. Não foi tão difícil calcular os votos. Quem queria voto aberto seria contra Renan, quem defendia o voto secreto seria a favor. E assim foi a eleição. Exatamente como o esperado.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quando elogiamos o plano de ensino de Brasília, estávamos reconhecendo, mas reconhecemos, também, que o Rio nos mandou inúmeros transviados para o convívio com alunos habituados simplesmente à vida escolar. (Publicado em 10.11.1961)

 

Educação humanizadora

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Foto: Raquel Freitas/G1

 

Fossemos buscar um ponto comum, capaz de estabelecer ligações entre os fatos violentos que ocorrem em grande número e cotidianamente em todo o Brasil, que elemento básico é possível identificar, ao mesmo tempo, em casos distintos como o rompimento da barragem em Brumadinho, os ataques do crime em Fortaleza, os episódios de feminicídios e outros crimes?

Em comum, além da atuação voluntária do ser humano em cada um desses casos, verifica-se, sobretudo, que a enorme maioria desses acontecimentos acontecem pela ausência de uma educação completa. Não apenas no aspecto informativo, mas, e principalmente, quanto ao item formativo. Nesse sentido, fica evidenciado que a falta de uma educação integral está por detrás de todos esses acontecimentos. Não somente a educação que ensina fórmulas e regras, mas a que desperta em cada um o sentido maior da humanidade que é a solidariedade.

Pode parecer estranho que um alto técnico ou um engenheiro especializado, destes que trabalha na direção de uma grande empresa como a Vale, não tenha recebido educação. Obviamente que isso é impossível. Mas analisando do ponto de vista desse desastre em Minas Gerais, que, registre-se, não foi por causa natural, é possível verificar que, depois da repetição desse evento catastrófico, pelas mesmas causas, o que salta aos olhos é a deficiente formação educacional dessas pessoas, principalmente do grupo dirigente dessa empresa.

Psicanalistas apontam a existência binária em cada ser humano do Eros e do Tânatos. Do amor e da morte. Somente a educação, realizada de forma integral, teria a capacidade de desenvolver e despertar, em cada pessoa, o senso de humanidade. Nesse caso teríamos a situação, um tanto bizarra, de um grupo de engenheiros e outros técnicos gabaritados e humanamente educados, fazendo greve ou se recusando a validar o projeto de construção de uma barragem naquelas condições.

A negligência e o descaso em relação às consequências danosas que podem advir sobre outras pessoas, demonstram, de forma cabal, uma educação feita pela metade, na qual a parte relativa à formação humanitária foi desprezada. A mesma carência de uma educação completa, capaz de unir homem e ciência, é notada nos casos dos ataques em Fortaleza, nos casos de feminicídios e de outras violências. Em comum, faltam a todos eles, em diversos graus e por razões que vão além desse texto, a luz da educação, capaz de iluminar não só o cérebro, mas o espírito. As bestas feras que agem abertamente, quer nas ruas ou dentro das grandes empresas, conscientes ou não, carecem dessa mesma fonte de saber, que é o senso comum.

O que torna os homens diferentes de outras espécies e, quiçá, superior a outros animais, é a capacidade de refletir sobre o sofrimento, sua finitude e dessa forma evitar o cometimento dos mesmos erros. Nossas escolas, carentes de tudo, mal dão conta da parte informativa, sendo que muitas, sequer conhecem ou valorizam a parte formativa, mesmo em assuntos triviais como a importância da cidadania.

 

A frase que foi pronunciada:

“O sonho da razão produz monstros”.

O pintor espanhol Francisco Goya (1746-1828), celebrizado pelas telas que mostravam os horrores e desastres das guerras, dos fuzilamentos de seu tempo.

Goya, Francisco. O fuzilamento de 3 de maio de 1808, 1814.

 

Ex-senador

Nos corredores do plenário do Senado vários parlamentares comentavam a ausência de Romero Jucá. Na verdade, articulador e conciliador como ele é raro.

Charge do Simanca

 

Calor

Acostumado com o calor da Bahia, o senador Jaques Wagner transpirava aos cântaros no plenário.

Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

 

N’água

O filósofo de Mondubim costumava descrever situações como as de ontem, na escolha do presidente do Senado, como um passeio de patos na lagoa. Por cima da água, todos tranquilos. Por baixo d’água, a velocidade em busca do destino.

Foto: Leonardo Prado/Câmara dos Deputados

 

Contraste

Kajuru, agora senador, quebrou todo e qualquer nervosismo no plenário. Estáticos, com o pensamento à mil, os colegas de plenário não moviam um músculo enquanto ele contava a história do pai que tinha uma amante. A imprensa divulgou que Heloísa Helena vai trabalhar no gabinete de Kajuru. A troca de experiências entre os dois será enriquecedora.

Foto: Fernando Leite

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Não fizemos alusão à vida dos alunos dentro do Colégio, mas depois das aulas, ou durante as “gazetas”, que se realizam em virtude da pouca atenção de muitos pais para com os filhos. (Publicado em 10.11.1961)

Reduzida à questão política, o problema fundiário do DF não tem solução à vista

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Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Nessas últimas eleições na capital, ficou mais do que evidenciado que a questão fundiária de Brasília continua sendo o grande leitmotiv de 9 em cada 10 postulantes aos cargos eletivos locais. Em outras palavras, ficou claro que a transformação de loteamentos em moeda de trocas políticas continua sendo o grande catalisador das eleições no Distrito Federal.

Candidatos em palanque que não prometam facilidades na aquisição de lotes, mesmo contrariando normas legais, parece não ter chance de se eleger por essas bandas. A descoberta desse filão político, na década de noventa, verdadeira mina de ouro de votos, possibilitou, ao ex-governador, Joaquim Roriz, permanecer por mais de uma década e meia à frente do Palácio do Buriti. De lá para cá, e por conta dessa política, a cidade sofreu um processo acelerado de inchaço populacional, que, obviamente, não foi acompanhado por qualquer planejamento urbano prévio.

Com isso a capital adentrou definitivamente para o clube dos estados-problema da União. Como no vale tudo das campanhas é impossível chamar à razão e ao bom senso tanto candidatos como eleitores, a vitória dessas chapas populistas, acaba acarretando uma perda irreparável para a cidade e para os próprios cidadãos, que vêm a antiga qualidade de vida da capital sendo negociada em palanques e comícios.

Nas eleições de 2018 não foi diferente. De novo a maioria dos candidatos, tanto ao Executivo, como ao Legislativo, prometeu a construção de novos núcleos habitacionais para seus eleitores. A diferença é que desta vez, foram ainda perigosamente mais além, prometendo, entre outras sandices, extinguir a própria Agência de Fiscalização (Agefis) responsável pela implementação de políticas de fiscalização de atividades urbanas, e que, nos últimos anos, tem tido um papel importante no combate a grilagens e às invasões de terras públicas.

Aos ouvidos de muitos eleitores e principalmente aqueles ligados à indústria de invasões, o fim da Agefis soa como um verdadeiro cântico das sereias, capaz de mobilizar contingentes enormes de novos invasores. Com a eleição, agora desse grupo que descrê na necessidade de uma cidade possuir um meticuloso planejamento urbano para existir, a questão que se coloca, logo em primeiro plano é: a quem interessa a extinção da Agência de Fiscalização, que, bem ou mal, tem feito o trabalho de desfazer promessas demagógicas de candidatos, derrubando invasões, algumas verdadeiras mansões, construídas em áreas públicas?

Entidades técnicas e, portanto, devidamente balizadas no assunto como o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-DF), o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-DF), a Associação Brasileira de Engenharia e Arquitetura (ABEA) e a Associação Brasileira dos Arquitetos Paisagistas (ABAP-DF) acabam de encaminhar ofício à Câmara Legislativa do DF, externando profunda preocupação com o Projeto de Lei, enviado pelo Executivo, que dispõe sobre a extinção da Agefis em regime de urgência. “A urgência, diz o documento, inviabiliza, por exemplo, a participação da sociedade, de entidades e instituições oficiais envolvidas com a fiscalização do uso e ocupação do território, como este Conselho, que, até o momento, não foram consultados sobre esta extinção.” Para as entidades técnicas, o desastre de Brumadinho reforça a necessidade de fortalecimento dos órgãos de fiscalização, sobretudo para a defesa da própria sociedade. Já para as entidades políticas…

 

A frase que foi pronunciada:

“Vale, Vale, o teu vale é de lucros. O do povo é de lágrimas.”

Pe Fábio de Melo

 

Brumadinho

“Calma aê! Aconteceu?” É o que grita o homem no momento em que fugia da torrente de lama, enquanto tentava alcançar o carro. Assista a gravação feita pelo funcionário terceirizado da Vale, Leandro Dias, no exato momento em que a barragem se rompeu.

 

Momentos

Dia de esvaziar as gavetas dos gabinetes no Senado. Hoje os novos senadores ocupam seus lugares no comando legislativo do país. Li, pela agência Brasil, que os seguintes parlamentares estão unidos pelo voto aberto para a presidência da Casa: a nova senadora, Soraya Thronick, a senadora Simone Tebet, os senadores Davi Alcolumbre, Tasso Jereissati, Álvaro Dias, Reguffe, Esperidião Amin, Major Olímpio e Angelo Coronel.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

 

Curiosidade

Psicopatas sociais são facilmente reconhecidos, mas apenas por exames de imagem. Fora isso, são pessoas que usam máscaras diversas durante os dias, interpretando papéis diferentes de acordo com os próprios interesses. Um exame próprio de Pet Scan é capaz de acompanhar a parte do cérebro onde, em todas as pessoas normais, é possível ver as emoções, o que não acontece com os psicopatas. No caso deles, a área cerebral que reflete as emoções é inativa, ou seja, não há arrependimentos. A parte ruim da história é que a corrente de psiquiatras e psicanalistas que acredita não haver recuperação é maioria.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A notícia publicada nesta coluna, sobre a situação de alunos transviados na Escola da Caesb, criou uma situação de alarme justificada, mas os defeitos de interpretação devem ser corrigidos. (Publicado em 10.11.1961)

Barragem do Paranoá

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Foto: TV Globo/Reprodução

 

Desastres e calamidades de toda espécie têm, ao lado dos danos humanos e materiais, o condão de deixarmos de sobreaviso para a possibilidade de novos eventos, principalmente se padrões de segurança e de prevenções não forem adotadas a tempo.

No Brasil, onde medidas de prevenção e segurança normalmente só são adotadas a posteriori, o alto custo em vidas humanas é o que sempre fica de lição pela negligência das autoridades. Forem devidamente investigados, um a um, nossos grandes acidentes, como o ocorrido a pouco em Brumadinho, um padrão sinistro vai demonstrar que 9 em cada 10 desses eventos ocorrem pela exclusiva falta de controle e de prevenção por parte dos responsáveis pela obra.

A cadeia de responsabilidade é comprida e, por razões óbvias, normalmente acaba por penalizar os autores menores, lá na ponta. Passados os primeiros momentos de comoção, o caso vai encolhendo e se perdendo na distância do tempo, para no final, desaparecer por completo. Mariana é um exemplo dessa nossa pouca memória.

Após três anos, o caso esfriou e não fosse o mesmo evento, com maiores perdas de vida, ocorrido há poucos quilômetros dali, a questão das barragens improvisadas para contenção de rejeitos de minérios restaria apenas como velho recorte de jornal que normalmente os sobreviventes guardam no fundo da gaveta para lembrar fatos experimentados no passado. A ocorrência cíclica desses sinistros evidencia não só a nossa diminuta e seletiva memória, mas garante impunidade aos culpados, o que, por sua vez, abrem novos caminhos para a repetição dessas tragédias. Se não podemos corrigir os defeitos da memória, pelo menos podemos trazer para a capital os ensinamentos desse recente acidente e, quem sabe, aplicá-los no caso das Barragens do Paranoá e do Descoberto.

Projetada no início dos anos sessenta, apenas para conter e formar o Lago, a Barragem do Paranoá, armazena algo em torno de 500 milhões de metros cúbicos de água, o que, em caso de rompimento, a tornaria potencialmente muito mais devastadora do que outras do gênero. Para uma barragem com mais de meio século de construção e que não foi estruturada para receber o fluxo diário de mais de 20 mil carros diariamente, os riscos estão bem presentes. Esses sinais, que prenunciam colapsos, talvez não sejam visíveis aos passantes despreocupados, mas, aos olhos dos técnicos, os primeiros sintomas estão lá presentes e precisam ser levados a sério como as trincas e rachaduras no asfalto.

Ainda no ano passado, o presidente da Indústria da Construção Civil, Luiz Carlos Botelho, afirmou a esse jornal que a barragem do Paranoá, por suas características construtivas, não poderia continuar sendo usada para a circulação de cargas, e para a intensa mobilidade urbana ocorrida naquela região nesses últimos anos. A criação de bairros populosos naquelas áreas aumentou significativamente o fluxo na Barragem, crescendo na mesma proporção o desgaste e, consequentemente, encurtando sua vida útil.

Trata-se, pois, de uma situação que requer atenção emergencial das autoridades.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A política é a arte de escolher entre o desastroso e o intragável.”

John Kenneth Galbraith, economista canadense

 

Maçãs

Dia desses, um indiozinho andava em frente ao colégio Dom Bosco comendo uma maçã. O tempo todo cuspia a casca. Os micos espalhados pelas casas em busca de alimentos também cospem a casca da maçã. Quem entende de natureza sabe das coisas. Experimente raspar a casca de uma maçã e veja quanta cera a protege.

Foto: reddit.com

 

Replantando o ParkWay

Festa no Viveiro Comunitário do Park Way nesse sábado, dia 2. Das 9h às 12 horas, a comunidade será bem-vinda. Cada visitante receberá uma muda. A Administração promoverá atividades enaltecendo a importância do cerrado. O espaço viveiro comunitário também é um local preparado para a comunidade visitar e discutir as melhorias para a região.

Imagem: facebook.com/ReplantandoParkWay

 

Horror

Uma denúncia do Sr. Geraldo Carmo, morador de Brumadinho, hoje sem ter onde morar, dá conta de que a sirene para o alarme do rompimento da barragem não foi instalada por completo. O poste ficou por lá sem mais cuidados, o que representa a falta de preocupação com o imprevisível.

Foto: Agência EFE

 

Proposta

Chan Woo Kim, embaixador da Coréia do Sul, fez uma visita a Superintendência da Zona Franca de Manaus propondo parcerias bilaterais. Quem o recepcionou foi o superintendente da autarquia, Appio Tolentino. A Embaixada da Coréia do Sul visita SUFRAMA na busca de parcerias entre o estado do Amazonas e a Coréia do Sul.

Foto: site.suframa.gov.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Há uma superquadra na Asa Norte que não será vendida. A Novacap resolveu conservar a mata virgem existente, e a nascente que embeleza toda aquela área. (Publicado em 09.11.1961)

Mar de lama

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Charge do Cazo

Por sua extensão territorial, pela multiplicidade de cidades e mesmo pelo elevado contingente populacional, o Brasil é um país que requer a realização permanente de grande número de obras públicas de infraestrutura variadas de pequeno e grande portes, apenas para atender às necessidades presentes. Com isso, milhares desses empreendimentos, financiados, obviamente, com recursos do contribuinte são executados a cada ano, nas diferentes regiões do país. Fiscalizar, conforme manda o manual de boas práticas da administração, essa quantidade de obras, algumas de elevada complexidade técnica, exige dos órgãos de controle pessoal preparado e em número suficiente para dar conta de uma tarefa desse tamanho.

Para acrescentar alguns complicadores à complexa equação, há ainda a existência de inúmeros casos de malversação dos recursos. Ou seja, entre o projeto na prancheta e a finalização da obra vai um extenso e tortuoso caminho. É justamente nesse desvão da estrada burocrática que o dinheiro dos cofres públicos vai minguando, minguando até desaparecer por completo, normalmente deixando a obra inconclusa. A finalização fica como legado para a futura gestão.

Ao analisar só o aspecto corriqueiro em nosso país, tem-se, ao fim de cada ano, centenas de obras públicas inacabadas para serem corroídas pelo tempo, o que eleva às alturas os prejuízos para os cidadãos. Quando ocorre da obra pública ser definida como de grande porte, os prejuízos, pelos números astronômicos, passa a receber a tarja de “incalculável”, sendo, automaticamente, debitada na conta dos contribuintes no quesito deficit público. Com essa rotina histórica, vimos, desde 1500, construindo o Brasil. Com isso, vamos nos movendo para frente, dando dois passos adiante e um para trás. Pelas consequências brandas contra os envolvidos diretamente nesses casos escandalosos, é de se presumir que esse é ainda, depois de cinco séculos, um grande negócio, capaz de enriquecer, em apenas quatro anos, todo um clã político. Com as parcerias público-privadas, pensadas, inicialmente, para serem um alívio para o contribuinte, o aroma inebriante emanado pelo dinheiro público fácil, passou a atrair enxames de empreiteiras, logicamente, interessadas também nessas facilidades.

À fiscalização rarefeita veio se juntar uma miríade de administradores políticos sem remorsos ou escrúpulos, eleitos e absolvidos a cada quatro anos, devidamente assessorados pelos mais gananciosos e aéticos empresários de que se tem notícia. Não espanta, pois, a eclosão diária de todo o tipo de escândalos de corrupção, bem como notícias dando conta da morte de centenas de trabalhadores, sepultados por milhões de metros cúbicos de lama. Talvez, seja esse mesmo o tão propalado mar de lama de que tanto falam.

 

A frase que foi pronunciada:

“Se falarmos com calma, de maneira profissional, permita-me chamar a atenção para o fato de que a Rússia fornece armas ao governo legítimo da Síria, em total conformidade com as normas do direito internacional. Não estamos violando nenhuma regra ou norma.” 

Vladimir Putin, presidente da Rússia

Charge do Elvis Braga Cartunista

 

Fio terra

São mais de 50 milhões de descargas elétricas por ano no Brasil. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. Com o verão, as descargas elétricas aumentam a possibilidade do corte repentino da energia. O INPE mostra, cientificamente, que é preciso levar a sério o aterramento nas edificações para evitar perdas materiais e eliminar o risco de choques que colocam vidas em risco.

 

Orientações

Hoje, ainda em comemoração ao Dia do Farmacêutico, comemorado no último dia 20, quem passar pela Rodoviária Interestadual, das 9h às 12h, poderá ver o Conselho de Farmácia do DF em ação. O foco será idosos com doenças crônicas e crianças. “Esperamos poder atender cerca de 3 mil pessoas com exames de glicemia, de pressão, orientações quanto ao uso correto de medicamentos e distribuição de material informacional”, disse a presidente da autarquia, Dr.ª Gilcilene Chaer.

Imagem: Maurício de Sousa

 

Presença

Por falar nisso, a presidente do CFDF lembrou muito bem: é obrigatória a presença de um responsável técnico de nível superior durante o funcionamento das farmácias. Essa foi uma conquista que precisa ser preservada e cobrada.

 

 

Invasões

Atrás do Colégio do Sol, no Lago Norte, havia uma placa sinalizando que a área era de proteção ambiental. Agora há casas e muros altos. Essa é uma área de vários Núcleos Rurais. Muitos deles invadidos pela grilagem. E a administração do Lago Norte fica por ali.

 

Autoestima

Bonito ver o alto astral das moças e senhoras que limpam as ruas da cidade. A roupa quente e o trabalho pesado não as impedem de trabalhar maquiadas, com adereços e bem penteadas.

Foto: facebook.com/sludf

 

Dietas

Dietas que vão e vêm raramente são tratadas pela importância que trazem em relação à saúde bucal. O Conselho de Odontologia de São Paulo mostra como a alimentação adequada reflete nos dentes, gengivas e hálito. Um dos exemplos foi o jejum intermitente onde a pessoa tem o pH diminuído, o que interfere na acidez da boca.

Imagem: minhavida.com.br

 

Contraste

Imaginem o que é uma pessoa depender da hemodiálise e não poder ir à clínica porque o governo local não liberou a verba. O Ministério da Saúde já fez a lição de casa. São milhares de pacientes renais que dependem das clínicas de diálise, que prestam serviço ao SUS, que estão no terceiro mês trabalhando sem receber. A realidade é: quando o governo local deixa de cumprir as obrigações o povo que se vire, já o oposto é bem diferente.

Charge do Marcos

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os tampões das galerias pluviais da tesourinha do Hospital Distrital estão obstruídos, e uma enorme poça esteve formada durante todo o dia de ontem. Se hoje chover novamente, a situação se agravará. (Publicado em 09.11.1961)

O Brasil é fake

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Foto: Reprodução/GloboNews

Por suas peculiaridades históricas e culturais, nada parece resistir à atmosfera corrosiva que cobre o Brasil. Por aqui, qualquer ideia ou realização importada tende, inexoravelmente, à degeneração progressiva, transformando-se em algo mais adaptado às nossas elásticas exigências éticas. Com isso, acochambramos, ao nosso jeitinho de ser, o mundo ao redor. Nem mesmo a coxinha de galinha, feita a partir do peito da ave, escapa dessa desconstrução.

Modismos, como a compliance, que vem a ser o estabelecimento de boas práticas de gestão e governança de uma empresa, e que em todo o mundo civilizado serve para proteger a sociedade de atos lesivos cometidos por grandes e poderosas corporações, por aqui, perderam o fôlego e sumiram sem deixar rastros.

Durante os escândalos da Petrobras, muito se falou em colocar as empresas sob regras rígidas de comportamento. O mesmo se deu há três anos, quando do mega “acidente” de Mariana. Naquela ocasião, as autoridades e mesmo a empresa Vale correram ao público para anunciar um novo tempo de gestão administrativa, e até mesmo política, sobre o assunto.

Casos como esses, afirmavam o governo e a empresa, jamais voltariam a ocorrer. Bastaram menos de três anos para o mesmo estado ser vítima do mesmo acidente, pela mesma empresa e pelas mesmas causas, ou seja, negligência e acertos suspeitos entre a Vale e a administração pública, como veiculado na imprensa.

Nesse novo episódio, onde aproximadamente quatro centenas de pessoas perderam a vida, um novo tsunami de lama, provocado pelo rompimento de uma velha barragem, deixa patente nosso descompromisso com a seriedade. Começa agora o jogo de empurra. Aos olhos do mundo, que assiste atônito os seguidos episódios de nossas desventuras, o Brasil é fake.

Desde a tragédia da Gol, passando pela boate Kiss, além de Mariana, ocorridos durante o lastimável governo petista, nenhuma ação eficaz e efetiva foi colocada em prática. Sobre as barragens, nem quantas existem de fato por todo o país é possível se afirmar. Nem tampouco quantas oferecem riscos imediatos de colapso.

Das possíveis 790 barragens de dejetos de minérios, aproximadamente 400 se localizam em Minas Gerais. Dessas, 180 pertenceriam à Companhia Vale. Até as revistinhas do Mauricio de Souza mostravam o mau humor do Chico Bento quando algum empresário visitava a cidade para fazer proposta de nova mineradora na cidade. Moradores dessas localidades não acreditam nas autoridades e nem nos anúncios oficiais feitos por essas empresas mineradoras. Relatos vindos de toda a parte falam na possibilidade real de novos rompimentos.

Em Congonhas do Campo, também em Minas Gerais, depoimentos prestados pela população local citam uma barragem da Vale, com vinte vezes a capacidade de Brumadinho, ou seja, com 240 milhões de m3, como o local ideal para a ocorrência de uma nova tragédia do tipo.

O lobby poderoso das empresas mineradoras e a baixa resistência moral da nossa classe política, responsável por esses acordos e regras frouxas para mineração, resultam, obviamente, nesses mega acidentes, o que reafirma o nosso compromisso com a sorte. Ou com o azar.

 

A frase que foi pronunciada:

“…Licença, dona Dirma! A gente num intendi muito das coisa da lei mais intendi das nossa necessidade! I nóis precisa das mata, dos rio, dos pexe…I tá todo mundo achando que isso vai sê mexido pra pior! A senhora podi ajuda pra isso num acontece? Nossa gente vai agardecê por toda a vida. Eu juro!”

Chico Bento, personagem de Maurício de Sousa, cartunista.

P.S.: O Código foi aprovado pela ex-presidente Dilma com 9 vetos

 

Goiás

Motoristas reclamam com as diferentes velocidades permitidas nas estradas que levam os brasilienses a Pirenópolis. As mudanças parecem ser propositais, sem ter em mente a segurança dos viajantes.

 

Muda já

Por falar nisso, vamos ver se haverá algum progresso sobre os carros perdidos no pátio do Detran. Se for mudança de lei ou se for algum decreto do Denatran. É um absurdo transformar em ferro velho tanto dinheiro que poderia ajudar o estado.

 

Curiosidade

Pouca gente sabe que a Galeteria Gaúcha está pronta para receber celíacos no almoço. Apesar de ter macarrão na cozinha, a massa é preparada longe dos demais alimentos.

Foto: galeteriagaucha.com.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Na W-3, em frente ao Posto da Cat., há uma firma funcionando num SCR com a construção interrompida na primeira laje. (Publicado em 09.11.1961)

Invasões

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Foto: pcdf.df.gov.br

Antes de ser um problema de cunho social, o que é verdade apenas em parte, a questão das invasões de terras no Distrito Federal , principalmente após a chamada maioridade política da capital, é um imbróglio político iniciado e provocado pelos próprios políticos locais que enxergam nessa atividade um meio de angariar apoio popular, mesmo indo contra o bom senso.

Ocorre que políticos não operam com a razão, sendo guiados unicamente pelo o que se considera ser um “faro” para oportunidades. O fato é que a demagogia populista que orienta muitos políticos locais tem provocado enormes e irreversíveis prejuízos ao urbanismo da capital, destruindo todo e qualquer esforço para manter a cidade habitável.

Eleitores, também possuem parcela de culpa nessa questão, uma vez que por conta de pragmatismos inconfessáveis acabam aderindo e votando em candidatos que prometem abrir as porteiras das terras publicas à seus correligionários. Com isso, a cada nova eleição e mesmo durante a gestão de muitos governos, os episódios de invasões de terras públicas vão se sucedendo ciclicamente, ameaçando o futuro da capital.

Durante as últimas campanhas eleitorais pelo comando do Executivo e do Legislativo locais, era possível e até fácil encontrar candidatos prometendo erguer novos e magníficos bairros em várias partes do Distrito Federal, inclusive em regiões sabidamente de preservação ambiental. Nessas campanhas houve até candidatos que prometeram lutar, caso eleitos, para acabar com os órgãos de fiscalização e de combate a essas invasões irregulares.

Foi possível , inclusive, ouvir candidatos que prometiam reerguer as casas derrubadas pelos órgãos da administração nesses locais, Com isso, parte dos eleitores oportunistas passaram a enxergar uma luz verde para o início de mais uma onda de invasões. É justamente isso o que está ocorrendo agora com mais um movimento orquestrado de invasões que vem acontecendo por todo o Distrito Federal.

Como resultado dessa irresponsabilidade dos políticos com a coisa pública, mais uma vez os brasilienses assistem ao confronto entre invasores e as forças policiais. O combate a grilagem de terras , dessa vez vem ocorrendo basicamente no Paranoá e em Planaltina com mais intensidade , e em outras partes do DF de modo mais brando. Com isso, promessas sem lastro de terras fartas, vão se transformando rapidamente em decepção, pancadaria e prisões .

 

A frase que foi pronunciada:

 

“Planejadores, arquitetos de projetos urbanos e aqueles que eles conduziram junto com eles em suas crenças não são conscientemente desdenhosos da importância de saber como as coisas funcionam. Pelo contrário, eles se esforçaram muito para aprender o que os santos e sábios do planejamento ortodoxo moderno disseram sobre como as cidades deveriam funcionar e o que deveria ser bom para as pessoas e negócios nelas. Eles tomam isso com tanta devoção que, quando a realidade contraditória se intromete, ameaçando quebrar o aprendizado tão valiosamente conquistado, eles devem abandonar a realidade ”.

Jane Jacobs, escritora e ativista política do Canadá, nascida nos Estados Unidos

 

Europa, cheguei!

Basta dar uma olhadela nas imagens do dia em que o deputado do BigBrother Jean Wyllys cuspiu em Bolsonaro. Depois do mal feito bateu em retirada com tanta rapidez que agora é possível compreender o que está acontecendo.

 

Científico

Danilo Porfírio de Castro Vieira apresenta o resultado dos estudos no doutorado: Política Externa Norte-Americana no Oriente Médio e o Jihadismo. O doutor em Ciências Sociais ainda não marcou o lançamento do livro, mas já assumiu a presidência da Comissão de Liberdade Religiosa, da OAB do DF.

 

Conveniente

Houve um  blecaute em Águas Claras. Mais de 10 mil residências ficaram sem energia. Mas de repente as luzes da Biblioteca Central da UnB apagaram e veio a informação que toda a Asa Norte estava sem luz. E não foi bem assim.

 

Fonte

Enquanto a Câmara Legislativa enfrenta uma votação séria sobre a extensão do modelo  do Hospital de Base Alexandre Ribondi está internado lá sentindo na pele como as coisas funcionam.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA 

A construção desses postos de Polícia na Área Verde, desmoraliza o Plano de Brasília, porque terá que, inclusive, criar o acesso de viaturas a uma área proibida ao tráfego. (Publicado em 09.11.1961)

Ficar em casa

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Foto: connectionsacademy.com

Todo e qualquer estudo sério que pretenda apontar onde estão os nós que dificultam o pleno desenvolvimento econômico e social e país, tem, necessariamente que colocar a educação como o calcanhar de Aquiles do gigante brasileiro. A educação, ou melhor, a carência de ensino está na base e origem de todos os nossos problemas. Trata-se de uma avaliação já feita no passado e confirmada por todos os educadores do país, mas que , ainda hoje, carece de atenção das autoridades e de um plano realmente eficaz e duradouro, capaz de perpassar gerações para que possa apresentar resultados visíveis e permanentes. E é justamente por se tratar de um problema básico para nosso país, que deve ser iniciado de forma integral, consistente, isso é, abrangendo todos os aspectos da educação e o quanto antes.

Especialistas e pedagogos são unânimes em reconhecer que a aplicação de um bom ensino fundamental , para crianças de 6 a 14 anos, conforme prevê a Lei 11274/06, assegura à esses alunos maiores probabilidades de seguirem estudando até a conclusão do nível superior. Nesse sentido, é louvável a iniciativa do governo federal de editar medida provisória para regulamentar a educação domiciliar de crianças em idade escolar, conhecida como “homeschooling”.

Como toda decisão política, essa medida também é recheada de polêmicas e um prato cheio para críticas da oposição. Como essa atividade ainda não está regulamentada pelo Congresso Nacional, a matéria foi vetada pelo Supremo Tribunal Federal, o que não quer dizer que , cumprida todas as formalidades a suprema corte não venha adotar outro entendimento. O próprio ministro do STF, Luís Roberto Barroso, relator do caso, já adiantou ser favorável a medida , desde que a criança se submeta as avaliações da rede pública de ensino. Barroso reconheceu que, embora esse não seja um método ideal de ensino, a prática vem demonstrando que crianças que são educadas dentro de casa, apresentam , em média, melhores resultados em avaliações.

O que ocorre é que a contaminação ideológica , com todo o seu viés político e de preconceito, acomete boa parte das academias de educação. São justamente elas que vem atacando a medida por considerarem que estudar em casa retira das crianças o fundamento da convivência e da interação propiciados pelas escolas e que esses aspectos  são necessários , também ao processo de educação.

Para esses críticos, o homeschooling irá, facilitar e aumentar os casos de xenofobia e de racismo. Considerações a parte, o fato é que todas as mudanças, sofrem naturalmente, resistências na tentativa de manter o status quo, quer por medo das consequências das mudanças, quer por dogmas políticos de todo o gênero.

O mesmo parece acontecer também com o tele trabalho ou homeoffice já adotado em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. Embora com objetivos distintos, o ensino doméstico e o trabalho em casa são tendências de um mundo moderno e congestionado que parecem ter chegado para ficar.

O mais curioso é que essas modernidades, propiciadas pela tecnologia, indicam querer nos levar de volta ao tempo em que as famílias passavam a maior parte do dia reunida e trabalhando sob o mesmo teto.

 

A frase que foi pronunciada:

 

“Não há escola igual a um lar decente e nenhum professor é igual a um pai virtuoso”.

Mahatma Gandhi, idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha como um meio de revolução

 

Ainda nada


Nem todas as notas de compras emitidas trazem o valor embutido dos impostos. Anos atrás foi prometido aos brasileiros que os produtos industrializados teriam os impostos reduzidos pela metade. Esse desconto até hoje não foi sentido nem visto pelos consumidores.

 

Nada ainda

 

Outra promessa não cumprida é o RIC Registro de Identidade Civil. O Brasil seria a vanguarda em relação aos avanços tecnológicos para a identificação de um cidadão. Os brasileiros seriam identificados em suas relações com a sociedade e com os órgãos públicos ou privados.

 

Novidade

Marcio Cammarosano, Fabrício Motta, Hélio Mileski, Juscimar Ribeiro, Augusto Dal Pozzo, Daniel Ferreira, Edgar Guimarães, José dos Santos Carvalho Filho, Marçal Justen Filho, Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Paulo Modesto, Rafael Maffini, Rodrigo Valgas dos Santos, Sara Campos e Sergio de Andréa Ferra são os juristas que apresentaram a Comissão de Trabalho, Administração de Serviço Público um anteprojeto com mudanças na legislação que rege o  funcionamento da administração pública. Vem novidade por aí. A notícia é da Câmara dos Deputados.

Foto: uol.com.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA 

Quem autorizou a construção dos postos policiais dentro das superquadras, deve saber que na W-3, atrás dos supermercados, há local apropriado para serviços de utilidade pública. (Publicado em 09.11.1961)

Dewey, Gramsci e a Escola sem Partido

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Em alguma sala de aula desse Brasil (Foto: facebook.com/socialistadeiphone)

Democracia é essencial à humanidade por um simples fato: só ela é capaz de permitir uma verdadeira e eficaz relação de harmonia entre o indivíduo e a sociedade, colocando em equilíbrio e paz essas relações. A eleição agora, de um novo presidente e, consequentemente, a aprovação de sua plataforma de governo pela maioria da população, significa, entre fatores, que nesse momento, parcela majoritária dos brasileiros achou mais prudente tomar rumo totalmente contrário às medidas que vinham sendo adotadas dentro do receituário das esquerdas.

Isso não quer dizer que, lá na frente, a situação não venha a se modificar, afinal, isso é da natureza democrática. Até lá, é preciso ser realista para insistir num ponto fundamental: o início de uma nova orientação político administrativa do país não possui o condão de, per se, enterrar discussões e assuntos do interesse da sociedade.

Esse é especificamente o caso da discussão que vinha sendo travada entre aqueles que defendem e refutam a chamada Escola Sem Partido. O fato da discussão ter esfriado por uns instantes, não significa que ela deixou de existir ou foi banida para sempre dos meios acadêmicos. E por uma razão também simples: no pano de fundo dessa discussão, mesmo que muitos não tenham sequer notado, existe a figura do professor, que vem a ser a figura central de toda essa trama.

E é aqui que a discussão toma uma outra direção e foge tanto dos apelos ideológicos e fáceis dos partidos, como do desejo do Estado em preparar mão de obra obediente e alienada. A verdadeira escola, se isso pode existir, não está a serviço nem de um, nem de outro sujeito.

É sabido que no Brasil, por suas especificidades históricas e culturais, os grandes temas mundiais, tenham a natureza séria que tiverem, sempre acabam descambando para o lado pândego de nossas interpretações, compensando assim nossa pouca profundidade erudita em temas complexos. No caso da discussão em torno da ESP, a confusão foi estabelecida logo de saída pela nossa pouca informação do tema. No calor dos debates rasos, até mesmo a figura do filósofo e pedagogo norte americano, John Dewey, foi convocado para justificar, do ponto de vista intelectual, tanto um lado como o outro lado.

Interessante é que em nenhuma das partes era possível encaixar o pensamento de Dewey e mais uma vez por um simples detalhe: a ele, tanto os defensores como os detratores da ESP, interpuseram como figura catalisadora e central do tema, a figura do ideólogo e filósofo Italiano Antonio Gramsci. Com isso, o tema foi reduzido ao seu mínimo divisor comum, ficando prisioneiro dentro do labirinto de estratégias e táticas políticas para a tomada do poder. “Não tomem quartéis, tomem escolas e universidades”, teria recomendado Gramsci no início do século passado. Embora contemporâneos, Dewey e Gramsci tinham, por suas obras e reflexões, visões opostas sobre o papel da educação na vida do indivíduo e na formação da sociedade. Enquanto o filósofo americano via a educação não apenas como um processo social de desenvolvimento, mas como a própria vida, Gramsci via na educação um meio de formar e transformar pessoas em sujeitos aptos a dar prosseguimento ao socialismo.

Dewey, por sua vez, baseava suas ideias num compromisso com a cultura democrática. Para ele, a democracia não era apenas um jogo de regras políticas. Democracia como educação era um modo de viver, era a própria vida. Para tanto, as escolas eram um local de liberdade, onde se podia vislumbrar a possibilidade de ser livre, isso é, liberto das armadilhas do Estado ou de partidos, ou seja, do que for.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O objetivo da educação é o avanço do conhecimento e a disseminação da verdade.”

John Fitzgerald Kennedy, ex- presidente norte americano

 

Venezuela

Crente que tivesse apoio de outras ditaduras, o presidente Maduro não precisa esperar. Depois do PT, só a senhora Gleise Hoffmannn o apoiou corajosamente. Disse o amigo Alexandre Garcia: “Da União Soviética à Venezuela; não são as ditaduras socialistas que fracassam; é o próprio socialismo que não funciona, nem com poderes ditatoriais.”

Foto: facebook.com/alexandregarciaoficial

 

Perigo

No piscinão do Lago Norte, é possível ver, de vez em quando, jet ski entre os banhistas. Não se sabe se o perigo iminente é responsabilidade de quem aluga, no local, o veículo náutico ou do próprio condutor.

 

Boa ideia

Talvez pelo aluguel mais barato, a Polícia Federal tenha escolhido o Riacho Fundo para o atendimento da seção de passaportes. A experiência de quem não costuma sair do Plano Piloto é enriquecedora.

 

Experiência

Falando nisso, pode ser interessante, para a Secretaria de Educação, promover passeios de intercâmbio entre as escolas do Plano e RAs.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os jornais estão publicando a chamada geral de trabalhadores para o reinício das obras de Brasília. É uma notícia que está para nós, como a chuva está para o Nordeste. (Publicado em 09.11.1961)