Severino Francisco
Lula estendeu o tapete vermelho para Maduro quando o ditadorzinho esteve no Brasil. Nunca entendi a deferência dispensada a Maduro. Lula é um democrata; Maduro é um tiranozinho que transformou seu país em uma república bananeira com atos patéticos de arbítrio. Os extremistas de direita se esmeram em execrar a Venezuela e a brandir o seu fantasma. Mas as eleições no país vizinho revelaram que extrema direita e extrema esquerda se unem no desejo ditatorial.
No fundo, os candidatos a talibãs da taba invejam Maduro e queriam que o Brasil se transformasse em uma grande Venezuela. Não é por acaso que questionado sobre o processo democrático, Maduro tenha assumido o mesmo discurso e a mesma estratégia de colocar em dúvida a lisura das urnas eletrônicas nas eleições brasileiras. E, de maneira idêntica aos farsantes locais, sem nenhuma prova. “No Brasil, nem um único boletim de urna é auditado”.
No entanto, uma mentira repetida milhares de vezes pode enganar aos incautos ou aos tolos, mas jamais se tornará uma verdade. O TSE rebateu mais uma vez a fake news e reiterou que o Boletim de Urna traz um relatório detalhado com todos os votos digitados no aparelho. A auditoria e fiscalização dos sistemas eleitorais ocorrem antes, durante e após a eleição, por meio da análise do código-fonte e da lacração das urnas, acrescentou o TSE.
É, portanto, inteiramente falso afirmar que a a urna eletrônica não permite a recontagem dos votos. Quem quiser pode pode conferir o registro de todos os votos digitados em cada aparelho. O pior é que muitos ingênuos caíram na mentira inseminada artificialmente. Ensandecidos pela mentira da suposta falta de acesso ao código-fonte, extremistas instalaram uma bomba em um caminhão próximo ao Aeroporto de Brasília e uma horda de golpistas atacou os monumentos da democracia no fatídico 8 de janeiro.
Maduro requenta essas mentiras, pois o regime que ele impõe não sobrevive sem elas. E sem a censura, as perseguições aos adversários, às prisões ilegais, os tribunais de marionetes da justiça, as farsas dos julgamentos e a repressão aos manifestantes. Enfim, sem os recursos típicos das repúblicas bananeiras que os extremistas brasileiros à direita invejam.
Todavia, mesmo com todo esse aparato cerceador, Maduro teme o resultado democrático das urnas e, por isso, repete as baboseiras dos candidatos a talibãs da taba. O sistema de votação brasileiro passou por todos os testes de integridade sob o crivo de observadores nacionais e internacionais. A eficiência, a lisura, a confiabilidade e a agilidade do sistema brasileiro são reconhecidos e reverenciados pelo mundo civilizado.
Se comparado ao nosso, o sistema eleitoral norte-americano é uma carroça. O resultado só é contabilizado depois de muitos dias, o que favorece a especulação, as fraudes e as denúncias falsas. O nosso sistema nunca recebeu uma contestação comprovada. Só foi alvo de campanhas orquestradas de mentiras. Na verdade, quem está atrasada é parte de nossa classe política, que não defende a democracia pela qual foi eleita. Os candidatos a talibãs da taba, que desrespeitam a democracia, querem transformar o Brasil em uma Venezuela.