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Enap abre inscrições para programas de mestrado e doutorado profissionais
Servidores efetivos interessados em ampliar os estudos na área de gestão e políticas públicas podem se inscrever em programas de mestrado profissional ou doutorado profissional oferecidos pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
Ao todo são 60 vagas distribuídas entre 30 oportunidades para o mestrado em governança e desenvolvimento (MPGD), 20 para o mestrado profissional em avaliação e monitoramento (MPAM) e 10 oportunidades para o curso de doutorado profssional em políticas públicas (DPPP).
As inscrições podem ser feitas até 4 de setembro, no site da Enap. Todos os programas têm cotas para negros e pessoas com deficiência. Podem participar dos programas servidores estáveis, em exercício em órgão ou entidade da administração pública federal, estadual, municipal, distrital ou nas Forças Armadas; ou empregados públicos concursados em exercício em entidade da administração pública federal, estadual, municipal ou distrital.
De acordo com a direção o Enap, os programas também terão o objetivo de contribuir para melhorar a abordagem de situações reais do cotidiano. “Os programas de mestrado e doutorado profissionais da Enap são voltados para servidores públicos que buscam aprofundar seus conhecimentos e competências em políticas públicas e governo, com foco na aplicação de teorias e métodos na resolução de problemas concretos da administração pública e da sociedade”, disse Alexandre Gomide.
A coordenadora-geral de pós-graduação stricto sensu da Diretoria de Altos Estudos (DAE), Regina Luna Santos de Souza, destaca que os programas fazem uma importante interface entre pesquisa qualificada e demandas concretas da Administração Pública. “Os programas de mestrado e doutorado profissionais demandam um trabalho robusto de pesquisa e dedicação nesta instigante e necessária tarefa de construir conhecimento. Neste caso, voltado para resolução de problemas que tem a ver com questões ligadas ao desafio de quem trabalha com políticas públicas na prática. Esperamos que os candidatos apresentem propostas inovadoras e bem fundamentadas e que estejam em sintonia com os desafios ligados à pesquisa”, afirmou ela.
Tanto o mestrado quanto o doutorados são presenciais. As aulas serão ministradas na Enap, em Brasília. Os cursos serão realizados sem ônus para os alunos, ressalvado o ressarcimento do valor integral do curso em caso de desligamento ou desistência.
O cronograma dos programas de mestrado profissional e doutorado profissional preveem ainda a realização de prova on-line, em 15 de setembro, e entrevistas no período que vai de 18 a 22 de novembro. O resultado final com o nome dos selecionados será divulgado em 2 de dezembro. O início das aulas está previsto para fevereiro de 2025.
“Para se entrincheirar no poder, os governos precisam fazer mais – eles também precisam mudar as regras do jogo. Autoritários em busca de consolidar seu poder com frequência reformam a Constituição, o sistema eleitoral e outras instituições de maneiras que prejudiquem ou enfraqueçam a oposição, invertendo o mando de campo e virando a situação de jogo contra os rivais”
Cássio Faeddo*
A política deveria servir para garantir a autonomia das instituições
O que a maioria dos políticos possuem, especialmente quando visam permanecer no poder, é o instinto de sobrevivência.
A patacoada ocorrida em uma triste madrugada desta semana, na qual partidos ditos de oposição votaram sim para aprovar a PEC 23 na Câmara dos Deputados, só não foi mais vergonhosa do que o contorcionismo retórico de deputados para justificarem seus votos.
Prorrogar o Bolsa Família, mesmo com algum reajuste, poderia ocorrer por diversas formas legislativas, mas é evidente que se não mudar o nome do programa para Auxílio Brasil, não atender-se-iam os interesses eleitorais de Jair Bolsonaro para sua reeleição.
Como afirmam Steven Levitsky e Daniel Ziblat no livro “Como as democracias morrem”: o paradoxo trágico da via eleitoral para o autoritarismo é que os assassinos da democracia usam as próprias instituições da democracia – gradual, sutil e mesmo legalmente – para matá-la.
Levitsky e Ziblat, explicam que uma das estratégias para contornar a ordem constitucional e “lidar com oponentes potenciais é comprá-los”. E é exatamente o que vem ocorrendo no Brasil.
Porém, o preço institucional, de ordem constitucional e democrática é alto, como explicam Daren Acemoglu e James Robinson: “prosperidade e pobreza são determinadas pelos incentivos criados por instituições”, e a PEC 23 será o fundo do poço para a democracia e almejada estabilidade econômica já em deterioração.
Para Acemoglu e Robinson, a política deveria servir para garantir a autonomia das instituições, sustendo a importância de regras jurídicas claras e estáveis para que as instituições econômicas possam funcionar.
Voltando para Levitsky e Ziblat, estes arrematam: “para se entrincheirar no poder, os governos precisam fazer mais – eles também precisam mudar as regras do jogo. Autoritários em busca de consolidar seu poder com frequência reformam a Constituição, o sistema eleitoral e outras instituições de maneiras que prejudiquem ou enfraqueçam a oposição, invertendo o mando de campo e virando a situação de jogo contra os rivais.
Essas reformas são muitas vezes levadas a cabo sob pretexto de algum benefício público, mas, na realidade, estão marcando as cartas do baralho em favor dos poderes estabelecidos. E, por envolverem mudanças legais e mesmo constitucionais, permitem que os autocratas consolidem essas vantagens durante anos ou mesmo décadas.”
Ora, nada mais conveniente para tal objetivo do que, em um sistema fisiológico e corrupto, como a criação de um novo auxilio assistencial para engrandecer o concedente, em troca da distribuição de emendas aos legisladores. Tudo com dinheiro dos contribuintes.
Desta forma, todos continuam no poder. O primeiro por ser futuramente confundido com o próprio programa assistencial, e os legisladores inaugurando obras espetaculosamente nos seus redutos eleitorais. Nada mais conveniente e desleal no sistema democrático.
Nos parece solar que um programa de assistência social deveria ser um benefício permanente e com um nome que não ofenda os preceitos da moralidade e impessoalidade de forma reflexa.
Para Lula foi Fome Zero e Bolsa Família. Agora, com muito alarde por certo, se for aprovado, será o Auxílio Brasil de Jair Bolsonaro.
Já tarda que esse tipo de medida de marketing eleitoreiro seja proibido por ser claramente inconstitucional. A nomenclatura deveria ser algo como auxílio assistencial e ponto final.
E quanto à farra das emendas de deputados que almejam reeleição, além das legais, porém imorais, verbas para divulgação de mandato, devem urgentemente serem revistas.
A dinheirama despejada que, segundo veículos de comunicação, foi cerca de R$1 bi, é cupim para a democracia, e o alongamento de dívida interna uma irresponsabilidade fiscal sem igual.
Os órgãos de imprensa informam que apenas PT, PSOL, PC do B e NOVO votaram unanimes contra a PEC 23. Porém, dez do MDB, quinze deputados do PDT, dez do PSB, vinte e dois do PSDB, e vinte e nove do PSD deixaram se levar pelo doce canto da sereia das emendas.
Pior foram aqueles que sequer votaram, sendo omissos no compromisso com a democracia quanto esta encontra-se em risco.
Como justificar a postura de parlamentares de oposição que aprovaram, com poucas exceções, a irresponsável medida populista?
Aguarda-se uma solução para esse ataque aos cofres públicos e democracia, bem como deslinde legislativo dentro dos mecanismos do Bolsa Família, afinal todos sabemos que políticos quando querem aprovar algo arrumam condições.
*Cássio Faeddo – Advogado. Mestre em Direito. MBA em Relações Internacionais – FGV/SP
O governo ironizou e os críticos apostaram que a greve dos caminhoneiros, marcada para essa segunda-feira, não iria decolar. Não avançou, dizem especialistas, porque a categoria não é organizada e continua “do lado mais sombrio da religião, da política e da discriminação”
Os motivos eram claros: a categoria não conta com a adesão dos patrões e do governo. “Não é uma categoria organizada e homogênea. Grande parte tem seu próprio caminhão e a outra parte depende que as grandes empresas fechem as portas para impedir a entrada do funcionário. Não é à toa que há um claro incentivo à pejotização e à crença de que o empregado é dono do seu próprio negócio. É a forma de enfraquecer a união, retirar direitos e manter o trabalhador preso à sua própria necessidade”, analisa Graça Costa, secretária de organização sindical da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Quando se trata de caminhoneiro autônomo, a relação empregatícia não existe ou é confusa, afirma Graça. “Porque a reivindicação teve como um dos motes o valor do frete, estava claro que a participação dos patrões era improvável, mesmo com o preço dos combustíveis nas alturas”, reforça Graça Costa. Outro sindicalista que não quis se identificar ressalta que ainda não há a consciência na categoria de que “o poder, na maioria das vezes, não está com o indivíduo; quem manda é o mercado ou alguns setores que, a despeito das milhares de mortes pela covid-19, continuam lucrando nas bolsas de valores e nas transações internacionais”.
De acordo com um cientista político que preferiu o anonimato, “romper a barreira que até o momento os próprios caminhoneiros construíram para blindar o governo contra a população em geral não será uma tarefa fácil”. Esses profissionais se iludiram a ponto de achar que estariam salvos de sustos com os neoliberais no poder e se decepcionaram, destaca. “Mas não a ponto de se convencerem que é urgente mudar suas cabeças. Continuam no lado mais sombrio da religião, da política e da discriminação. Nada do que pediram, tiveram de fato. Mas ou não querem admitir, ou ainda acham que algo vai cair do céu”, enfatiza o cientista.
O governo se empenhou para conter a ânsia dos que “pensavam ser donos das estradas”, contou uma fonte. Acionou a Justiça Federal e conseguiu 29 liminares contra bloqueio de rodovias, refinarias e portos, em 20 estados. E manteve a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em operações nos 26 estados e no Distrito Federal. No boletim das 17h30, o Ministério da Infraestrutura (MInfra), com base em informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública por meio da PRF, informou que não havia “registro de nenhuma ocorrência de bloqueio parcial ou total em rodovias federais ou pontos logísticos estratégicos”. Não recebemos retorno das entidades que chamaram a greve.
Liberais treinam estudantes para difundir ideais e suprir incapacidade de governos
80 jovens participaram de iniciativa para aprimoramento de ações sociais em diversos estados e para difundir o movimento liberal pelo Brasil. O evento se baseou no manifesto It’s time to build, que incentiva a população a se mobilizar após governos se mostrarem ineficazes em resolver problemas sociais do país. Entre os projetos, está a criação de uma chapa liberal para as eleições da União Nacional dos Estudantes (UNE)
Foto: Rafael Revadam
A incapacidade dos atuais governos em solucionar os problemas sociais no Brasil, segundo os organizadores do evento, motivou a criação do Treinamento Nacional de Lideranças 2021 (TNL 2021), iniciativa do Students For Liberty Brasil (SFLB) (https://studentsforliberty.org/brazil/) com o objetivo de capacitar jovens para que desenvolvam ações sociais e difundam o movimento liberal pelo país.
Com mais de 1.000 estudantes interessados, o SFLB selecionou 80 coordenadores locais, que participaram presencialmente da ação. Os selecionados têm entre 17 e 30 anos, e são de diferentes estados como Amazonas, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. “São líderes de projetos sociais de impacto, espalhados pelo Brasil inteiro. E quando falamos em impacto, consideramos tanto o impacto social nas regiões em que vivem, quanto o impacto no movimento liberal, levando os ideais de liberdade ao máximo de pessoas possível”, explica Nycollas Liberato, diretor-executivo do Students For Liberty Brasil.
Realizado em São Paulo, o evento teve como foco o manifesto It’s time to build (“É tempo de construir”, em livre tradução), de Marc Andreesen, uma das pessoas mais influentes do Vale do Silício. “A ideia do manifesto é que não devemos ficar parados esperando os governos resolverem as coisas. Governos continuamente se provaram incapazes de resolver os problemas da sociedade”, complementa Ivanildo Terceiro, diretor de comunicação do SFLB.
“Neste ano, nós selecionamos as pessoas a partir dos projetos que elas já estavam desenvolvendo em suas regiões, são pessoas que sabem quais são os problemas que desejam resolver e que já estão colocando a mão na massa. Por isso, o evento acabou sendo algo bem prático. Agora, o desafio dos participantes é praticar o que aprenderam nas palestras e aplicar em suas iniciativas locais”, complementa Ivanildo Terceiro.
Projetos selecionados envolvem de política estudantil a relação com a África
E como selecionar 80 jovens entre os mais de 1.000 interessados? Como o tema do TNL 2021 foi a execução de projetos, os interessados tiveram que desenvolver iniciativas a serem aplicadas em suas comunidades. Cada ideia foi cadastrada na LibertyLab, a incubadora de projetos do SFLB, para análise.
Entre os temas aprovados para o TNL 2021 estão projetos de desenvolvimento de startups, difusão do empreendedorismo em nível nacional, ação de integração supranacional entre Brasil e África e uma chapa liberal para as eleições da UNE, a União Nacional dos Estudantes.
“A União da Juventude Livre (UJL) surgiu da ideia de formar uma chapa liberal para disputar as eleições da UNE. Infelizmente, estamos percebendo que não existe espaço para jovens liberais na UNE, tanto que fomos boicotados de eventos online. E queremos mudar isso. Hoje, a UNE virou uma máquina que defende políticos específicos, e acreditamos que isso não é certo, já que a entidade precisa agir independentemente de posições políticas”, explica Jéssica Sziminski, coordenadora do núcleo da UJL no Rio Grande do Sul.
“Queremos auditar as contas da UNE, pressionando o uso correto das verbas que a entidade recebe, e verificando se estes recursos estão destinados realmente para apoiar estudantes. Porque a gente sabe que existem algumas ações em aberto. Por exemplo, a UNE recebeu uma verba para construir um alojamento e a obra não foi finalizada. O que ocorreu? Então, essa é a nossa primeira pauta”, detalha Jéssica.
Outra iniciativa, a Integração Supranacional – Brasil e África, visa a difusão do movimento liberal no continente africano. “Este é um projeto em que a gente tenta desenvolver e capacitar os coordenadores africanos (do Students For Liberty). Da mesma forma que o SFLB nos instruiu, nós tentamos instruir eles. Quando nós começamos, havia apenas 3 ou 4 coordenadores online. Hoje, vemos um aumento de público, e eles tomando a iniciativa. Por exemplo, solicitando dias a mais de reuniões para debatermos livros e teorias. É um projeto muito empoderador, que tem muito potencial. E é como um filho mesmo, dando os seus primeiros passos”, pontua Danyele Slobodticov, representante da ação.
Fim da política tradicional e teoria liberal foram temas debatidos
Na programação do TNL 2021, temas atuais foram debatidos por meio de palestras, workshops e atividades de perguntas e respostas (Q&A’s). Entre as temáticas, houve uma reflexão sobre como as divisões políticas do passado evoluíram dentro da política-partidária para uma divisão por tribos em que a identidade se coloca acima da realidade. “Esse é um dos motivos pelo qual não podemos continuar esperando uma resposta dos Governos”, pontua Ivanildo Terceiro.
“Juntamente com estes jovens, nós vamos difundir o liberalismo no país, por meio de novas iniciativas, que se tornem alternativas às soluções estatais já conhecidas. Queremos liderar pelo exemplo e trazer concorrência para a política. Os políticos nos fizeram acreditar que só eles podem melhorar o país, mas nós vamos mostrar que a sociedade é capaz de fazer o mesmo e fazer melhor”, complementa Ivanildo.
Além da participação presencial, toda a programação do TNL 2021 foi transmitida online e estará armazenada na Camélia, a plataforma liberal desenvolvida pelo Students For Liberty Brasil. “O TNL 2021 foi uma oportunidade única dos coordenadores se encontrarem novamente, depois deste tempo de pandemia. Os participantes tiveram a oportunidade de conversarem entre si e trocarem percepções sobre problemas e soluções, de modo a se organizarem efetivamente para levarem a ideia de liberdade a cada canto do país”, conclui Nycollas Liberato.
Sobre o Students For Liberty Brasil (https://www.studentsforliberty.org/brasil/)
Presente no Brasil desde 2012, a organização é um braço do Students For Liberty, a maior organização estudantil em prol da liberdade do mundo, presente em 110 países. A organização sem fins lucrativos tem como propósito educar, desenvolver e empoderar a próxima geração de líderes da liberdade.
Cartórios do Brasil passam a receber denúncias contra violência doméstica
A partir de hoje, Campanha nacional Sinal Vermelho conta com os mais de 13 mil Cartórios brasileiros para prestar auxílio discreto e sigiloso às mulheres em situação de vulnerabilidade. Segundo a AMB, mais de 17 milhões de mulheres sofreram violência física, psicológica ou sexual entre agosto de 2020 e julho de 2021, número que representa 24,4% da população feminina com mais de 16 anos no Brasil
Os mais de 13 mil Cartórios brasileiros agora são pontos de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica. A partir desta segunda-feira (25/10), todas as unidades do país integram a campanha Sinal Vermelho, que tem como objetivo incentivar e facilitar denúncias de qualquer tipo de abuso dentro do ambiente doméstico e que, por meio de um símbolo “X” desenhado na palma da mão, poderão, de maneira discreta, sinalizar ao colaborador a situação de vulnerabilidade, que então acionará a Polícia.
A ação nacional permanente integra a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR), entidade que representa todos os Cartórios do país, a uma iniciativa nacional da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), já transformada em Lei Federal nº 14.188, de 28 de julho de 2021 -, como uma das medidas de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher previstas na Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), e no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
Para integrar os Cartórios à iniciativa, a Anoreg/BR produziu e disponibilizou uma série de materiais às unidades de todo o país, como vídeos, cartilha, cartazes e materiais para as redes sociais, de forma a preparar os funcionários para oferecer auxílio – abrigando a mulher em uma sala da unidade – e acionar as autoridades. Caso a vítima não queira ou não possa ter auxílio no momento, os profissionais deverão anotar seus dados pessoais – nome, CPF, RG e telefone – e comunicar posteriormente as autoridades responsáveis.
“Os Cartórios foram considerados serviços essenciais durante todo esse período de pandemia, seja pelos atos de cidadania que praticam, seja pela segurança jurídica que emprestam aos atos pessoais e patrimoniais das pessoas, de forma que usar sua presença em todo o território nacional como forma de atuar na proteção das mulheres, ainda mais fragilizadas neste momento, é um papel que não devemos nos furtar”, destaca o presidente da Anoreg/BR, Claudio Marçal Freire.
Números divulgados pela AMB apontam que mais de 17 milhões de mulheres sofreram violência física, psicológica ou sexual entre agosto de 2020 e julho de 2021, número que representa 24,4% da população feminina com mais de 16 anos que reside no Brasil. Já as chamadas para o número 180, serviço que registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, tiveram aumento de 34% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço do governo federal.
Anoreg/BR
Fundada no dia 4 de maio de 1984, com sede na cidade de Brasília (DF), a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR) é a única entidade da classe com legitimidade, reconhecida pelos poderes constituídos, para representar os titulares de serviços notariais e de registro do Brasil em qualquer instância ou Tribunal, operando em harmonia e cooperação direta com outras associações congêneres, principalmente com os Institutos Membros e Sindicatos, representativos das especialidades. É regida pelo Código Civil brasileiro, pelas demais disposições legais aplicáveis e pelo Estatuto.
Centrais sindicais convocam ato em 2 de outubro contra “o descaso do governo na saúde, crise política, uma nefasta política econômica, com aumento recorde do desemprego e falta de renda, aumento de juros, enquanto os preços dos alimentos, combustíveis, gás de cozinha e energia elétrica não param de subir, o que deixa a vida dos brasileiros em numa condição de extrema vulnerabilidade”
“É preciso dar uma Basta já a essa política autoritária e incompetente. O próximo dia 2 de Outubro é, portanto, mais um grande momento de irmos às ruas para gritar em alto e bom som: Chega! O Brasil precisa urgentemente de um novo projeto com desenvolvimento econômico sustentável, com emprego, renda, saúde, moradia, transporte e educação dignos e para todos”, informa a Força Sindical.
Veja a nota:
“As Centrais Sindicais, protagonistas históricas da sociedade, convocam para os Atos Programados no Dia 2 de Outubro em todo o País e diversas cidades do mundo. Chega!
Fora Bolsonaro!
Em São Paulo, o Ato acontecerá, a partir das 14 horas, na Av. Paulista, defronte ao Masp.
É importante ressaltar que o Brasil vive um momento muito difícil e perturbador, com o descaso do governo na saúde, crise política, uma nefasta política econômica, com aumento recorde do desemprego e falta de renda, aumento de juros, enquanto os preços dos alimentos, combustíveis, gás de cozinha e energia elétrica não param de subir, o que deixa a vida dos brasileiros em numa condição de extrema vulnerabilidade.
É preciso dar uma Basta já a essa política autoritária e incompetente. O próximo dia 2 de Outubro é, portanto, mais um grande momento de irmos às ruas para gritar em alto e bom som: Chega! O Brasil precisa urgentemente de um novo projeto com desenvolvimento econômico sustentável, com emprego, renda, saúde, moradia, transporte e educação dignos e para todos.
Portanto, no Dia 2 de Outubro, é importante fortalecer e intensificar a presença da classe trabalhadora organizada nas manifestações de ruas, nas assembleias, atos e passeatas.
Participe! Leve a bandeira, faixas e cartazes da sua entidade demonstrando sua indignação com atual governo e política econômica.
Ressaltamos a importância de usar máscara, álcool gel e respeitando o distanciamento durante os atos!
Viva a Democracia!
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
João Carlos Gonçalves (Juruna)
Secretário-geral”
Anafe – Seminário sobre Instituições Jurídicas e a Defesa da Democracia
Evento gratuito terá presenças dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, e dos ex-ministro Nelson Jobim e Eugênio Aragão, da Justiça
A Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe) fará, entre os dias 9 e 13 de agosto, o seminário “As instituições jurídicas e a defesa da democracia”, com o objetivo de debater questões cruciais à afirmação e consolidação do regime democrático no país.
Ao longo dos cinco dias de atividades, terão palestras de advogados públicos e privados, juízes, incluindo ministros e ex-ministro do STF, ex-ministro da Justiça, membros do Ministério Público, defensores públicos e juristas sobre o funcionamento das instituições jurídicas, seu papel na defesa e promoção das políticas públicas e dos arranjos democráticos.
Para o presidente da associação, Lademir Rocha, o seminário é importante não só pela abrangência e representatividade das entidades associativas que participam, como pela importância e atualidade dos temas trazidos para o debate. “O evento compreende questões como o acesso e a judicialização da saúde, adoção de medidas sanitárias e restrição de direitos, competência dos entes federativos, advocacia de Estado, regulação e cooperação regulatória, jurisdição constitucional em tempos de crise, combate à corrupção, equilíbrio fiscal, atividade correicional, racismo, liberdade de expressão e democracia, sistema eleitoral e regras da disputa política, autonomia do Banco Central e reformas constitucionais, entre outros”, afirma.
“As instituições jurídicas e a defesa da democracia” é uma realização da ANAFE em parceria com a Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE); Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR); Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF (ANAPE); Associação Nacional dos Procuradores Municipais (ANPM); Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP); Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (ANADE); e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A transmissão será pelo canal da TV Anafe no YouTube: www.youtube.com/tvanafe. A programação é gratuita e, ao final do evento, os participantes receberão certificado de presença.
Confira abaixo a programação completa:
9 de agosto
18h – Solenidade de Abertura, seguido pela live “Os desafios das Associações” com a presença de Lademir Rocha – ANAFE; Eduardo Fernandes – AJUFE; Ubiratan Cazetta – ANPR; Vicente Braga – ANAPE; Gustavo Machado – ANPM; Rivana Ricarte – ANADEP; Eduardo Kassuga – ANADEF; Felipe Scaletsky – OAB.
10 de agosto
9h30 – Eduardo André Brandão de Brito Fernandes – Juiz Federal – Presidente da AJUFE: Ações Judiciais e Medidas de Isolamento Judicialização dos Decretos de Lockdown e o Princípio Federativo.
11h – Cláudia Maria Dadico – Juíza Federal: Criminalização da Disseminação de Fake News em Saúde
Ricardo Wey Rodrigues – Advogado da União: Medicina Baseada em Evidências
13h30 – André Carneiro Leão – Defensor Público: Defensoria Pública como expressão e instrumento do Regime Democrático
14h30 – Silma Dias Ribeiro de Lavigne – Defensora Pública: Acesso à Saúde e Crise Sanitária
16h – Márcio Commarosano – Procurador do Município: O Cliente da Advocacia Pública no Regime Republicano: Orientação Jurídico-Democrática de Autoridades
18h – Nelson Jobim – Ex-ministro da Justiça e Ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal: Sistema Eleitoral
11 de agosto
9h – Cleso da Fonseca Filho – Procurador Federal: O Estado Regulador Policêntrico no Contexto da Pandemia
10h – Gilmar Mendes – Ministro do Supremo Tribunal Federal: Jurisdição Constitucional e Federalismo em tempos de pandemia
15h – Vicente Martins Prata Braga – Procurador do Estado – Presidente da ANAPE: Advocacia Pública no Combate à Corrupção
17h – Daniel Menezes – Procurador da Fazenda Nacional – Anelize Lenzi Ruas de Almeida – Procuradora da Fazenda Nacional: Equilíbrio Fiscal e Exigência de Créditos Tributários em meio à Pandemia: Transação e Pec Emergencial
18h – Galdino José Dias Filho – Procurador Federal: Advocacia Pública no Estado Ditatorial e no Estado Democrático Aldemário Araújo Castro – Procurador da Fazenda Nacional: Atividade Correicional sobre Manifestações Políticas
12 de agosto
9h – Roger Raupp Rios – Desembargador Federal: Estado Democrático de Direito e Discurso de Ódio
10h30 – Enrico Rodrigues de Freitas – Procurador da República; Lívia Maria Santana e Sant’Anna Vaz – Promotora de Justiça; Samuel Vida – Advogado e Professor Universitário: Racismo Como Causa de Instabilidade Política
13h30 – Domingos Sávio Dresch da Silveira – Procurador da República: Liberdade de Expressão e Democracia
15h – Ubiratan Cazetta – Procurador da República – Presidente da ANPR – Há Democracia Possível na Polarização?
17h – Luiza Frischeisen Subprocuradora-Geral da República: Lei Antiterrorismo e Lei de Segurança Nacional: Riscos para a Democracia
13 de agosto
10h – Cármen Lúcia – Ministra do Supremo Tribunal Federal: O controle de Fake News nas Eleições: Liberdade de Expressão em Conflito com a Democracia?
13h30 – Rafael Bezerra Ximenes de Vasconcelos – Procurador do Banco Central: Autonomia do Banco Central: Importância e Riscos
15h30 – Silvana Batini César Góes – Procuradora Regional da República: Competência da Justiça Eleitoral para Crimes Conexos aos Eleitorais: Impasses e Desafios
17h30min – Eugênio José Guilherme de Aragão – Ex-Ministro da Justiça: Lawfare e Condições de Elegibilidade
19h – Lademir Gomes da Rocha – Procurador do Banco Central – Presidente da Anafe: As Instituições Jurídicas em Tempos de Contrarreformas: Riscos para o Estado Democrático de Direito.
Para AssIBGE, negacionismo de Guedes revela ignorância estatística
A entidade, representante de funcionários do IBGE, divulga nota indignada com as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Demonstrações públicas de ignorância e inépcia por parte de um ministro de economia são bastante preocupantes. No caso de Paulo Guedes, porém, elas já não causam mais surpresa. Este sujeito que, apresentado como o coração do governo, nesta quadra já se revela como um mero protozoário da cena política, ou, talvez, um vírus”, diz a AssIBGE
Veja a nota;
“AssIBGE Sindicato Nacional em resposta ao delírio governamental e sua vontade de regressar ao mundo sem informações
No dia seguinte à malsucedida live de Bolsonaro, na qual o presidente buscou desacreditar o processo eleitoral, Paulo Guedes mimetiza o chefe, e com argumentos de espantosa fragilidade, ataca o IBGE.
Sob o argumento de que a instituição – vinculada ao Ministério da Economia – está na era da pedra lascada, não esconde seu desejo candente de restabelecer um tempo no qual os dados podiam ser escondidos. As saudades do governo Pinochet, no qual atuou, parecem lhe perturbar a alma.
Demonstrações públicas de ignorância e inépcia por parte de um ministro de economia são bastante preocupantes. No caso de Paulo Guedes, porém, elas já não causam mais surpresa. Este sujeito que, apresentado como o coração do governo, nesta quadra já se revela como um mero protozoário da cena política, ou, talvez, um vírus.
O CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), é voltado para o controle de admissões e demissões de empregados do regime celetista, pelo que não contempla a totalidade do mercado de trabalho ao não tratar dos informais, os trabalhadores por conta própria e os servidores públicos. Cabe lembrar também que o CAGED passou por mudanças metodológicas e operacionais implementadas de forma atabalhoada (como seria de se esperar da atual gestão), provocando descontinuidade nos dados coletados.
Os dados de desocupação do IBGE, por outro lado, buscam retratar todo o conjunto do mercado de trabalho. A confusão propagada por Guedes, vinda, portanto, por uma figura da alta hierarquia da área econômica do governo, são reveladoras ou de indigência política, ou intelectual.
O IBGE é reconhecido pela excelência do quadro de servidores e goza da confiança do povo brasileiro. Resistirá aos ataques promovidos por esta caquistocracia que há de sucumbir aos bons ventos da democracia.”
Os 12 milhões de servidores públicos precisam de mais representantes na política
“É necessário que os milhões de servidores espalhados pelo país reavaliem suas prioridades de bancada no momento das eleições. Pense nisso: 2022 está logo ali”
Antonio Tuccilio*
Os servidores públicos precisam escolher melhor quem nos representa na política. Isso é um fato. Não é de hoje que políticos de outras áreas traçam os mais mirabolantes planos para condenar e acabar com a reputação do serviço público no nosso país. É preciso que tenhamos lideres fortes que nos represente nas câmaras municipais, assembleias legislativas e Congresso Federal. E temos força para isso. Afinal, somos 12 milhões de agentes que trabalham pelo bem da sociedade.
Os últimos anos têm sido particularmente dramáticos para o serviço público. A Reforma da Previdência reduziu direitos, a PEC Emergencial congelou salários e agora estamos próximos da votação da Reforma Administrativa, uma das maiores ameaças a nossa estabilidade e carreiras públicas. Ela representa a precarização definitiva do serviço público. A falta de maior e mais efetiva representatividade do funcionalismo na política dificulta nossa luta simplesmente porque não temos, nos vários escalões, quem defenda os nossos valores e direitos.
Em todas as Casas legislativas, temos diversas bancadas. É a dos ruralistas, dos religiosos, da saúde, dos esportes. Menos a bancada do serviço público. Precisamos nos unir e constituir uma força que conhece nossa história.
Destaco aqui que há alguns vereadores, deputados estaduais e federais e senadores que lutam pelo bem do serviço público de forma incansável. Mas, justamente por ser um trabalho exaustivo, ser dividido em poucas pessoas se torna pesado. Por isso, é necessário que os milhões de servidores espalhados pelo país reavaliem suas prioridades de bancada no momento das eleições. Pense nisso: 2022 está logo ali.
*Antonio Tuccilio– Presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP)
A Justiça Federal do Rio de Janeiro, na sentença em mandado de segurança – MS nº 5043023-04.2021.4.02.5101-RJ – acatou pedido da Associação dos Funcionários do BNDES (AFBNDES) e do economista Arthur Koblitz, presidente da Associação, para obrigar o BNDES a dar posse imediata a Koblitz no cargo de representante dos empregados no Conselho de Administração (CA) do banco. A sentença também deferiu o pedido de anulação da convocação de novas eleições para o cargo, conforme havia sido imposto pela administração do BNDES
A Justiça Federal entendeu que a justificativa para não nomear o vencedor não tinha nenhum amparo legal, uma vez que o candidato eleito não mais ocupava qualquer cargo em organização sindical, o que era de pleno conhecimento do Comitê de Elegibilidade, explica o advogado Breno Cavalcante, do escritório Cezar Britto & Advogados Associados.. “A liminar é cristalina e denuncia um caso de perseguição política àquele que daria voz às reivindicações dos empregados e empregadas do BNDES no Conselho de Administração do banco”, reforça Cavalcante.
De acordo com a advogada Isabela Blanco, que também atuou no caso pelo escritório Cezar Britto & Advogados Associados, a decisão da Justiça Federal é pedagógica e chega em um momento em que o país passa por tensionamentos e perseguições a empregados públicos que fazem críticas à atuação da diretoria do BNDES e do governo federal. “É preciso garantir que, em qualquer espaço onde são tomadas decisões que afetem o banco e seus funcionários e funcionárias, haja lugar para a representação dos empregados. É necessário compreender que como premissa de um Estado Democrático, está o direito a voz de todos aqueles e aquelas que fazem parte de um Banco que tem como missão o desenvolvimento econômico e social do país”.
Entenda o caso:
No final de dezembro de 2020, Arthur foi eleito, em primeiro turno e com 73% dos votos, como representante dos empregados no CA do BNDES. Nos meses seguintes à eleição, foi iniciado o processo de background check, cujo objetivo é subsidiar a análise de compatibilidade do vencedor ao cargo que seria realizada, posteriormente, pelo Comitê de Elegibilidade. Em 26 de janeiro deste ano, o Comitê concluiu a inexistência de vedações legais para o preenchimento do cargo, acatou parecer da diretoria do BNDES e fez uma consulta formal à Comissão de Ética da Controladoria-Geral da União. A CGU afirmou que não tinha competência para apurar o caso. Porém, o procedimento de nomeação e posse do candidato eleito foi paralisado.
Desta forma, foi necessário ajuizar um primeiro mandado de segurança (MS nº 5011659-14.2021.4.02.5101-RJ) com o objetivo de obter a manifestação final do Comitê de Elegibilidade, uma vez que não havia qualquer impedimento legal à nomeação e posse do vencedor da eleição. A Justiça Federal acatou o pedido liminar dos impetrantes e determinou que, em 72 horas, o Comitê de Elegibilidade emitisse seu parecer final. Mas em 8 de março, o Comitê apresentou manifestação final desfavorável à nomeação de Arthur com base em duas razões: (1) a vedação da Lei das Estatais, que estabelece que dirigentes de organizações sindicais não podem assumir o CA; e (2) suposto conflito de interesses, motivado pela publicação de artigo crítico à gestão do BNDES.
Perseguição política
“Como se depreende de forma inequívoca da sequência de acontecimentos acima, todo o arcabouço técnico-jurídico que referendaria a decisão da Diretoria do BNDES de realizar nova eleição para escolha do representante dos empregados no Conselho de Administração do banco, não passa de um castelo de cartas, escorado em um fragilíssimo parecer opinativo do Comitê de Elegibilidade”, diz a decisão da Justiça Federal carioca.
Para o juízo federal, a alegação de que o vencedor “defende ‘posições de uma parcela dos empregados, nitidamente em confronto com a visão de outros empregados’ soa pueril e sem sentido, ainda mais quando se considera que o candidato recebeu 73% dos votos válidos dos empregados do BNDES, na eleição de seu representante. O que queria o Comitê de Elegibilidade? Unanimidade no posicionamento dos empregados em todas as questões envolvendo o BNDES? Eleições com candidato único, para que obtivesse 100% dos votos?”.
Fonte: Assessoria de Comunicação do escritório Cezar Britto & Advogados Associados