Buser vence disputa jurídica contra o Sinagências

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MPF não identificou irregularidades na atuação da Buser em caso envolvendo suposta intimidação de fiscais e arquiva pedido de investigação contra startup. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), entrou com uma ação contra a Buser Brasil Tecnologia Ltda. Entre os motivos, alegou que “a Buser e os seus prepostos ameaçam os servidores-fiscais em pleno desempenho de suas funções, e muitas vezes ainda os intimam, no aconchego de seus lares, com notificações extrajudiciais”

 

Para a Buser, a disputa jurídica joga luz sobre a fiscalização abusiva de agentes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em relação à atuação de fretadores. A Buser saiu vitoriosa. A 2ª Câmara de Coordenação e Revisão Criminal do Ministério Público Federal acaba de determinar, por unanimidade, o arquivamento de um pedido de investigação contra a startup que conecta viajantes a empresas de fretamento colaborativo por suposta perseguição a fiscais.

O pedido de investigação teve início em 2020, proposto pelo Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências). A responsável pela análise do caso, a procuradora da República, Carolina Martins Miranda de Oliveira, considerou a acusação do sindicato genérica e insuficiente para demonstrar que a startup tenha intimidado os servidores públicos, pedindo assim o seu arquivamento.

O caso teve início depois que a Buser entrou com denúncias contra fiscais por perseguição, durante apreensões irregulares de ônibus que realizavam viagens intermediadas pela plataforma. Na ocasião, a Buser e as empresas de fretamento iniciaram ações judiciais contra os fiscais para buscar reparação dos prejuízos causados pela indevida atuação nas operações, que, de forma deliberada, descumpriam medidas judiciais que garantiam a livre operação das empresas,l informa a startup. Em outros casos levados ao Judiciário, a Buser e suas parceiras sustentam que algumas apreensões e fiscalizações coordenadas pela ANTT foram abusivas, com ameaças a motoristas e passageiros.

“Descontentes, os fiscais recorreram ao Sinagências, que não apenas acusou a Buser de perseguir os filiados, como ainda protocolou o pedido de investigação acusando a startup de crimes contra a ordem econômica e estelionato pela suposta prática de transporte irregular de passageiros. A denúncia, no entanto, não prosperou, comemora a Buser.

Na decisão, a procuradora Carolina Martins Miranda de Oliveira destacou ainda que “deflagrar uma investigação criminal sem qualquer elemento concreto que sugira autoria ou materialidade delitivas, como no caso em apreço, não faz mais que despender indevidamente recursos públicos, já tão escassos, o que certamente se dá em prejuízo de outras apurações possivelmente mais exitosas no campo criminal.”

Na última segunda-feira (26/04), a 2ª Câmara de Coordenação e Revisão – Criminal do Ministério Público Federal ratificou o posicionamento da procuradora e determinou o arquivamento do pedido de investigação, considerando de forma unânime que a denúncia do sindicato “não traz fato criminoso concreto a ser investigado”.

Histórico
A decisão do Ministério Público Federal não é a primeira que discute sobre excessos na atuação dos fiscais da ANTT contra a Buser e suas parceiras. Medida semelhante já foi tomada pela Justiça Federal em São Paulo, que chegou a estipular uma multa de R$ 100 mil (Processo nº 5021649-46.2020.4.03.6100) caso a Agência Nacional de Transportes Terrestres volte a impedir viagens intermediadas pelo Buser no Rio de Janeiro e em São Paulo, após episódios recorrentes de descumprimento de decisões judiciais que autorizavam a atuação de empresas parceiras, explica a Buser.

Caso semelhante já ocorreu também em Minas Gerais, onde o DEER-MG e todas as autoridades a ele vinculadas, foram proibidas de interromper as viagens de ônibus intermediadas pela Buser, também por descumprimento de ordem judicial (1027611-88.2020.4.01.3800). O caso ainda motivou o juiz Ricardo Machado Rabelo, da 3ª Vara Federal de Belo Horizonte, a estabelecer multa diária de R$ 1.000 para casos de descumprimento da medida.

Com mais de três milhões de usuários cadastrados e dois milhões de viagens intermediadas, a Buser está presente em mais de 400 cidades, em 22 estados e no Distrito Federal. As viagens custam até 60% menos do que as adquiridas nas rodoviárias, o que democratiza o acesso ao transporte dentro da legalidade, com conforto e segurança.

Regulamentação dos fretadores de ônibus por aplicativo avança após encontro com Bolsonaro

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Os empresários de ônibus de fretamento colaborativo de viagens por meio de aplicativos saíram satisfeitos e esperançosos de um encontro com o presidente Jair Bolsonaro na manhã de hoje (02). Eles pedem a revogação de um decreto que torna inviável a atuação por meio de apps semelhantes ao Uber.

Ao presidente, os manifestantes, que fizeram pela manhã um ato na Esplanada dos Ministérios, reivindicaram a revogação do decreto 2521/1998, que determina o chamado “circuito fechado”, que é a obrigatoriedade de venda de viagens de ida e volta obrigatória para o mesmo grupo de passageiros.

Segundo os empresários, Bolsonaro questionou se o decreto era alvo de ações na Justiça e, ao saber que já havia decisões considerando-o ilegal, afirmou que poderia revogá-lo ainda hoje. “Não posso ter um decreto que está extrapolando a norma legal”. “Se o decreto estiver irregular eu revogo hoje ainda”, afirmou Bolsonaro.

Bolsonaro fez na sequência uma chamada de vídeo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e, ao colocá-lo em contato com os líderes da manifestação, afirmou que precisavam estar perfeitamente sintonizados para tomar a decisão. “Até no tocante a impostos eles pagam o ISS a mais do que os outros, que não pagam”, destacou o presidente segundo relatam os empresários.

O CEO da Buser, Marcelo Abritta, era um dos mais entusiasmados com o retorno do presidente e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas – que também conversou com a categoria por vídeo-chamada feita pelo próprio presidente.

“O Ministério de Infraestrutura vem fazendo trabalho exemplar e abrindo mercados. Conseguimos demonstrar que o trabalho dos fretadores é legal e importante para a geração de empregos e arrecadação de tributos, além de oferecer viagens mais baratas aos consumidores”, ressaltou Abritta.

Para Salomão de Souza Fernandes, um dos organizadores da manifestação e representante do sindicatos de pequenos e médios fretadores do Pará, “ a manifestação é um apelo aos Três Poderes pela modernização das regras do setor de transportes, que hoje além de beneficiar apenas as empresas de linhas regulares, impõem restrições pesadíssimas contra o sistema de fretamento. Somos profissionais, cumprimos todas as exigências legais e tributárias e geramos milhares de empregos diretos e indiretos. Não aceitamos que a ANTT coloque sobre o nosso esforço e dedicação a imagem de piratas ou irregulares. O país precisa modernizar a regulação e oferecer opções mais baratas e seguras aos passageiros”.

Abritta, da Buser, diz que o sistema de fretamento por aplicativos é a inovação do setor, oferecendo mais qualidade no atendimento e viagens por preços muito mais baixos, permitindo acima de tudo o direito de escolha ao consumidor. “Nós estamos aqui para mostrar que temos lado e que não iremos abandonar quem depende do transporte para viver e gerar a prosperidade, emprego e renda que o Brasil tanto precisa”, afirma Abritta.

Operadores do “Uber do ônibus” farão protesto em São Paulo amanhã e organizam manifestação em Brasília

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Previsão é de que mais de 100 ônibus circulem em comboio pela capital em protesto contra medidas da Artesp contra aplicativos de viagens. A principal queixa é a tentativa da agência em obrigar o “circuito fechado” – compra de ida e volta aos passageiros. Os fretadores destacam que essa norma já foi considerada inconstitucional pela Justiça em outros estados, como Minas Gerais e até mesmo em São Paulo

Empresários de pequenas empresas de transporte de passageiros, que atuam em viagens fretadas por meio de aplicativos de viagens, farão nesta quarta-feira (28) uma manifestação pelas ruas de São Paulo, com destino ao Palácios dos Bandeirantes. A medida é um protesto contra as recentes medidas anunciadas pela Artesp – Agência de Transportes do Estado.

A principal queixa dos manifestantes é pela tentativa da agência em obrigar o “circuito fechado”, ou seja, a compra de ida e volta aos passageiros. Os fretadores destacam que essa norma já foi considerada inconstitucional pela Justiça em outros estados, como Minas Gerais e até mesmo em São Paulo.

Para o CEO da Buser, Marcelo Abritta, dois pontos vem causando revolta entre os fretadores. “Todos estão indignados com a iniciativa da Artesp porque as medidas tratam as empresas como se fossem clandestinas, o que não é verdade. Além disso, a venda do circuito fechado causa uma ociosidade de cerca de 30% dentro dos ônibus, o que é uma perda de receita que inviabiliza a operação”.

A startup anunciou que caso a manifestação não sensibilize Artesp e governo do Estado, irá recorrer ao Judiciário e protocolar junto ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas de São Paulo uma denúncia contra a Artesp, acusando a agência de direcionamento de Consulta Pública.

“Confiamos que tanto a Artesp quanto o governo do Estado levarão em consideração que a atividade é plenamente regular, faz parte da nova economia e conta com alto grau de receptividade entre a sociedade, e que portanto não deve ser tratada como irregular, mas sim vista como lícita e plenamente adequada à livre concorrência e ao livre mercado”, destaca Abritta.

Além da manifestação regional os empresários já se organizam para uma carreata até Brasília, num ato de sensibilização dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, buscando a modernização da regulação do setor, que hoje ainda não evoluiu dentro da ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre.

“Enfrentamos atualmente uma série de apreensões que descumprem decisões judiciais que nos dão a garantia de podermos atuar dentro da lei. É preciso que haja a compreensão de que a tecnologia é uma aliada ao desenvolvimento econômico, gerando renda para centenas de pequenos empresários do setor e milhares de empregos diretos e indiretos”, assevera Abritta.

As viagens intermediadas por aplicativos representam hoje uma opção mais barata ao passageiros, custando menos da metade dos preços cobrados na rodoviária, uma vez que o valor das viagens é formado por meio de rateio. O sistema é uma realidade na Europa, onde empresas como a alemã FlixBus foram pioneiras na modalidade. Há, inclusive, planos para que a empresa ingresse no mercado brasileiro já em 2021, disputando uma fatia do mercado que tende a aquecer diante do alto custo cobrado pelas empresas aéreas.

Empresas do próprio setor tradicional já adotaram seus próprios aplicativos para atuar no mercado, como por exemplo o WeMobi do Grupo JCA , que reúne empresas como Auto Viação 1001, Viação Cometa, Viação Catarinense, Rápido Ribeirão, entre outras.

Serviço
O protesto será um comboio de ônibus de empresas que prestam serviço de fretamento por meio de aplicativos. O itinerário será o seguinte:

• Ponto de partida, às 9h30 – Rua São Quirino, altura do nº 603, na Vila Guilherme
• Av. Morvan Dias de Figueiredo, Corredor Norte-Sul
• Av. Santos Dumont, Corredor Norte-Sul,
• Av. Ipiranga,
• Rua Henrique Schaumann,
• Rua Cardeal Arcoverde,
• Av. Brigadeiro Faria Lima,
• Marginal Pinheiros
• Av. Morumbi.
• Ponto de chegada: Palácio dos Bandeirantes, Morumbi