FGTS – Nota da Força Sindical

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A Central critica a intenção, embora não confirmada, do governo de reter parte do FGTS e informa que pretende entrar com ação no STF contra a possível iniciativa

Veja a nota:

“A Força Sindical considera um verdadeiro confisco o fato de o governo pretender reter parte do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos trabalhadores demitidos sem justa causa. A intenção do Ministério do Planejamento, já em estudo, foi divulgada hoje, 23, em vários meios de comunicação.

Vale ressaltar que a direção da Central também pretende entrar com ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra esta nefasta medida, caso a mesma seja implantada.

Não podemos permitir que o trabalhador tenha seu dinheiro retido justamente quando mais precisa, ou seja, quando desempregado. A ideia demonstra uma total e clara falta de sensibilidade social por parte dos tecnocratas do Ministério.

A medida coloca em risco um direito social de todos os trabalhadores brasileiros, e isto é muito perigoso.  O FGTS é um patrimônio dos trabalhadores, e como tal tem de ser preservado.

Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força)
Presidente da Força Sindical

João Carlos Gonçalves (Juruna)
Secretário-geral da Força Sindical”

DEMITIDOS DA GM FARÃO PROTESTOS NO CARNAVAL

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Metalúrgicos iniciam luta para anular demissões. Trabalhadores demitidos da General Motors farão protesto no Bloco Acorda Peão, no sábado de carnaval

 

Os metalúrgicos demitidos pela General Motors decidiram, em assembleia nesta quinta-feira (4), que farão uma campanha pela anulação das demissões na fábrica. O primeiro passo será um protesto neste sábado de carnaval, dia 6, no desfile do Bloco Acorda Peão, organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e CSP-Conlutas.

 

Um grupo de 517 trabalhadores foi demitido na segunda-feira (1º), após cinco meses em lay-off. Com a campanha, eles pretendem pressionar o governo federal e a empresa para que as demissões sejam revertidas. Uma caravana deverá ir a Brasília para reivindicar que a presidente Dilma Rousseff garanta, por meio de medida provisória, estabilidade no emprego para todos os trabalhadores.

 

O Bloco Acorda Peão sairá às 10h, com o samba-enredo “Seguir na luta é preciso”, em que o carro abre-alas vai trazer críticas à corrupção na Petrobras e à Samarco/Vale, empresa responsável pela tragédia em Mariana (MG). O bloco também vai comemorar os 60 anos de fundação do Sindicato dos Metalúrgicos, um dos mais combativos do país.

 

Com a decisão dos trabalhadores da GM participarem do desfile, haverá também faixas e cartazes contra as demissões.

 

Antes de ir para o bloco, os trabalhadores irão se reunir, às 9h, na sede do Sindicato, à Rua Maurício Diamante, 65, Centro. O Acorda Peão sairá da Rua Francisco Paes, 316, e desfilará pelas ruas centrais da cidade.

 

Luta por estabilidade

Durante a assembleia, o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, ressaltou que as demissões estão ocorrendo em todo o país e que se o governo federal não garantir estabilidade para todos, o índice de desemprego vai crescer ainda mais.

 

“Estamos comprovando que o PPE (Programa de Proteção ao Emprego) não está funcionando, como vimos na Volkswagen e Mercedes Benz. A única saída é a garantia de estabilidade e a redução da jornada sem redução de salário”, afirmou Macapá.

 

As duas montadoras (Volks e Mercedes) já anunciaram que irão afastar parte de seus funcionários, apesar de terem aderido ao PPE e reduzido salários. Na Região do ABC, o setor industrial fechou 28 mil postos de trabalho em 2015.

 

Desde segunda-feira, o Sindicato está tentando agendar uma reunião com a GM para discutir a situação dos trabalhadores, mas até agora a empresa não deu qualquer resposta.

 

Macapá se reuniu com o prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), na quarta-feira (3), e reivindicou que interceda para que a GM cancele as demissões.

 

O Sindicato defende que a Prefeitura e a Câmara Municipal devem cobrar a manutenção dos empregos e o investimento de R$ 2,5 bilhões no complexo de São José dos Campos, conforme acordo assinado pela montadora em julho de 2013.

 

“O tamanho da conquista depende do tamanho da nossa mobilização. Vamos colocar nossa campanha nas ruas e cobrar das autoridades medidas concretas em defesa do emprego”, disse Luiz Carlos Prates, o Mancha, membro da Executiva Nacional da CSP-Conlutas.