Sindilegis e Sindjus-DF prepararam uma recepção “calorosa” para os parlamentares no aeroporto de Brasília, em mais uma manifestação contra a PEC 32/20, “que substitui servidores por terceirizados e temporários (que de temporários não têm nada, pois poderão ficar até dez anos – e com direito a renovação!) no serviço público”, informam os sindicatos
Centenas de manifestantes de entidades de todo o país formaram, novamente, um corredor com faixas, bateria e caixas de som para dizer aos deputados que “não aceitaremos a legalização da rachadinha”. Há registros de manifestações em pelo menos sete aeroportos nesta terça-feira (28) pela manhã.
Em Brasília, em frente aos Anexos II e IV da Câmara dos Deputados, há outro movimento. Parlamentares estão sendo recpcionados por um caminhão de LED do Sindilegis e Sindjus-DF “denunciando a farsa da PEC da Rachadinha”. Com a mensagem: “Senhor Deputado, eu vou te eleger pra desempregado”.
Nesta terça-feira (28), o Sindjus-DF e o Sindilegis cobriram a Esplanada dos Ministérios de bandeirolas com frase contrária à Proposta de Emenda à Constituição (32/2020): “Não à PEC 32, se votar não volta!”. A PEC do Poder Executivo, entre outras alterações, restringe a estabilidade no serviço público a carreiras típicas de Estado, modifica a organização da administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, lembram.
A ação conjunta entre os sindicatos está acontecendo, também, ao longo do canteiro central e às margens da Esplanada. A mensagem chama a atenção da população que passa pelo local. A fim de fortalecer cada vez mais a mobilização, também foram colocadas bandeirolas na quadra residencial dos deputados e na saída do Aeroporto JK.
Além dessa iniciativa, o Sindjus-DF e o Sindilegis ainda prevêem outras mobilizações para alertar parlamentares quanto aos “prejuízos da proposta para o funcionalismo, bem como a toda sociedade”.
Hoje, um caminhão com luz de LED irá exibir, em frente aos anexos II e IV da Câmara dos Deputados, mensagens que demonstram os motivos pelos quais os servidores públicos são contra a PEC 32 com o texto atual proposto.
“Estamos empreendendo todo esforço necessário pela derrubada dessa PEC tão prejudicial ao nosso Brasil. Colocaremos faixas e bandeirolas em todos os locais onde há passagem de parlamentares e cidadãos. Nas próximas semanas, trabalharemos ainda mais para que esse texto abusurdo não seja aprovado”, ressalta Costa Neto, coordenador-geral do Sindjus-DF.
O presidente do Sindilegis, Alison Souza, deixa um questionamento para os parlamentares: “o que está em jogo nessa PEC é: a quem pertencem os cargos públicos? À população, por meio dos concursos, ou a classe política através de processos simplificados de contratação? Ao que parece, esse grupo de políticos quer mesmo é colocar fim aos cargos públicos, prejudicando uma classe que atua meramente em prol dos interesses da população”, finaliza o servidor.