A Agência Nacional de Saúde (ANS) suspendeu a comercialização de planos de saúde de 10 operadoras. Desde ontem (6 de setembro), 51 produtos não podem ser comercializados ou receber novos clientes. Para acessar a lista dos planos suspensos, os beneficiários devem acessar o site da ANS (http://www.ans.gov.br/planos-de-saude-e-operadoras/contratacao-e-troca-de-plano/planos-de-saude-com-comercializacao-suspensa/operadoras-com-planos-suspensos)
Entre os planos suspensos em setembro estão os da Unimed de Manaus, da Unimed Norte/Nordeste, da Fundação Saúde Itaú, entre outros. Por meio de nota, a Unimed do Brasil informou que as operadoras do sistema “estão trabalhando para melhorar a qualidade dos serviços prestados aos seus beneficiários e atender às exigências da ANS”. Com 344 cooperativas, presentes em 84% do território nacional, que atendem 18 milhões de beneficiários no país, a Unimed do Brasil destaca que “as cooperativas mantêm uma operação sustentável: 98% avaliadas nas duas faixas mais altas do Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS 2017)”.
No caso da Fundação Saúde Itaú, o plano suspenso é destinado aos colaboradores do banco. De acordo com a assessoria de imprensa, a decisão da ANS aconteceu em razão de 10 reclamações, entre janeiro e março, e 9 reclamações, de abril a junho de 2019. Em média, são três reclamações por mês para uma população de 160 mil pessoas. “Nesse mesmo período, foram realizados 2,9 milhões de procedimentos médicos, incluindo 23 mil internações hospitalares. Trata-se, portanto, de um índice de reclamação extremamente baixo diante das pessoas cobertas e dos procedimentos realizados. Esclarecemos, ainda, que essa situação não afetará o atendimento do plano de saúde. A restrição é temporária e limita-se à inclusão de novos beneficiários”, ressalta a Fundação Saúde Itaú.
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) reconhece a importância da fiscalização e lembra que a ANS é o órgão competente, com a expertise para manter uma avaliação periódica da qualidade dos serviços administrativos e assistenciais das operadoras de planos de saúde no Brasil. E reforça o compromisso do segmento de saúde suplementar com o aprimoramento contínuo, no atendimento cada vez melhor dos milhões de beneficiários, que fazem por ano mais de 1,5 bilhão de procedimentos – consultas, internações, terapias e exames, incluindo tratamentos de alta complexidade, emergências e doenças crônicas. “Importante lembrar sempre que por reiteradas vezes as pesquisas de opinião de órgãos competentes, como a Datafolha, o Ibope ou ainda o IBGE, dentre outros, apontam que os serviços prestados pelas operadoras de planos de saúde são sempre bem avaliados por seus beneficiários, com índices que superam 80% de avaliações positivas”, enfatiza a Abramge.