“Todos nós podemos ser reféns destas emoções no deserto, não somos melhores daqueles que possuem pavor, medo, pânico, frustração, vaidade, orgulho, soberba e tantos outros sentimentos. Apesar de não sermos melhores, com nossa inteligência, precisamos pensar no resultado de sermos levados por estas emoções, elas nos levariam a um resultado positivo?”
Alexnaldo de Jesus*
Vamos iniciar nossa abordagem, buscando o significado geográfico e ecológico do “deserto”: “zona árida, vegetação inexistente, bioma com baixa diversidade…”. Transpondo isto para informações e notícias tanto na mídia como do governo ou dos sindicatos sobre a “reforma administrativa” percebemos que as notícias são pouco diversas e bem árida para os servidores públicos.
No primeiro momento, os que confiam nos “olhos” tendem a reclamar, criando uma insatisfação com o governo, com os colegas, com o Sindicato, com a família, porque não enxergam saída e precisam transbordar suas emoções de medo, pavor, pânico, dúvidas.
Porém, há aqueles que reclamam por interesses externos (partido político, oposição) e outros por interesses pessoais (o objetivo é conseguir prestígio pessoal com cargos não por mérito técnico, mas porque foi líder de uma resistência ou de um acordo ou fez networking com políticos), igualmente, estão cheio de emoções: frustração, orgulho, vaidade, soberba e outros.
Todos nós podemos ser reféns destas emoções no deserto, não somos melhores daqueles que possuem pavor, medo, pânico, frustração, vaidade, orgulho, soberba e tantos outros sentimentos.
Apesar de não sermos melhores, com nossa inteligência, precisamos pensar no resultado de sermos levados por estas emoções, elas nos levariam a um resultado positivo? Analisemos cada um dos resultados das emoções:
Ser dominado pelo medo, pavor, pânico – o resultado é ficar parado, sofrendo, reclamando.
Ser dominado pela dúvida – o resultado é não ter coragem para avançar, para sacrificar.
Ser dominado pela frustração – o resultado é aceitar a adversidade, sofrer.
Ser dominado pelo orgulho, vaidade e soberba – o resultado é não mudar a direção e ficar andando em círculo e sofrer no final.
Do ponto de vista prático, este governo vai até 2022 (quem quiser exercer sua oposição poderá fazer nas urnas em 2022), assim como obter prestígio sem mérito é algo superficial, com duração curta, ambas as estratégias não resolverão o nosso problema: fortalecimento das nossas carreiras.
Contudo, se analisarmos para além das circunstâncias e lembrarmos da promessa dos anos 90 das carreiras que exercem atividades exclusivas de Estado das quais as carreiras da regulação estão incluídas, podemos levantar a cabeça, ter bom ânimo e nos lançar a defender um projeto de lei sobre este tema (Projeto Arca).
Estamos caminhando nesta direção do projeto de lei que regulamenta as carreiras que exercem atividades exclusivas de Estado, acreditamos na promessa:
“Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel…” (Êxodo 3.8).
Que o Senhor Jesus nos abençoe!
*Alexnaldo de Jesus Presidente do Sinagências, advogado de formação há 16 anos é especialista em regulação pela Ancine/RJ desde 2011