A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). O nome de Clézio Marcos De Nardin foi finalmente oficializado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, para o Instituto de Pesquisas Especiais (Inpe), após mais de uma ano da saída de Ricardo Galvão. Em nota de apoio, o SindCT deseja ao novo diretor “uma profícua e exitosa gestão, baseada no compromisso maior com a ciência e o conhecimento, no diálogo com a comunidade interna e defendendo o Inpe”
Segundo o sindicato, o nome foi escolhido a partir de uma lista tríplice do Comitê de Busca, desconhecida pelos funcionários. Nas boas-vindas, o pedido é para que o cientista que agora vai ocupar o cargo tenha uma gestão “baseada no compromisso maior com a ciência e o conhecimento, no diálogo com a comunidade interna, defendendo o INPE quando este for atacado e não se curvando aos síndicos de ocasião e àqueles que desconhecem a história desta instituição e o seu comprometimento com o Brasil”
Veja a nota:
“Mais de um ano se passou desde a exoneração do legítimo diretor do INPE, Dr. Ricardo Galvão, apeado do cargo por reagir às acusações infundadas do presidente Bolsonaro ao instituto, aos seus funcionários e à honra do seu diretor. Durante este período de interinidade, o INPE voltou a ser atacado de diversas formas pelo atual governo: duvidaram dos dados que mostraram o incremento acentuado na destruição dos biomas brasileiros, tentaram desqualificar os sistemas de monitoramento do desmatamento e das queimadas e menosprezaram a excelência da produção científica que fundamenta os resultados que tanto incomodam a um projeto de destruição ambiental. E calado ficou o interventor.
Após longa espera, o Comitê de Busca entregou ao Ministro Marcos Pontes uma lista tríplice, da qual não conhecemos os integrantes, tendo sido escolhido o Dr. Clézio Marcos De Nardin para dirigir o INPE nos próximos 4 anos.
Clézio é um cientista qualificado, formado e treinado no próprio Inpe, onde se doutorou em Geofísica Espacial e atualmente é Coordenador-Geral de Ciências Espaciais e Atmosféricas do INPE. E assim se credenciou, aos olhos do Comitê de Busca, para dirigir uma instituição tão complexa como o INPE, que nos seus 59 anos de existência tem prestado bons serviços à sociedade e contribuído para o avanço da Ciência.
A comunidade espera do novo diretor que ele se paute nos exemplos dos que o antecederam no cargo e que mire como ideal para o INPE, aquele vislumbrado pelo Dr. Fernando Mendonça nos primórdios desta caminhada: construir e fortalecer uma instituição comprometida com a excelência dos resultados nas missões que lhe são destinadas e, acima de tudo, uma instituição civil, de Estado.
O SindCT se orgulha de estar há mais de 30 anos ao lado do INPE, auxiliando na sua defesa nas instâncias que lhe competem, defendendo os interesses dos seus servidores e empenhado no fortalecimento do serviço público brasileiro. Nesta perspectiva desejamos ao novo diretor uma profícua e exitosa gestão, baseada no compromisso maior com a ciência e o conhecimento, no diálogo com a comunidade interna, defendendo o INPE quando este for atacado e não se curvando aos síndicos de ocasião e àqueles que desconhecem a história desta instituição e o seu comprometimento com o Brasil.