No ar como o manipulador Er, de Gênesis, o ator Tiago Marques está na terceira novela bíblica da carreira ー ele fez O rico e o Lázaro (2017) e Jesus (2018). Além da temática religiosa, Thiago destaca outra coisa em comum que as três produções trouxeram a ele: “Cada projeto é uma oportunidade de aprender algo novo”.
“Em O rico e o Lázaro, eu fiz minha estreia na TV e foi um desafio enorme. Uma coisa é estar na sala de ensaio, outra coisa é ir para o set, onde tem uma equipe enorme e vários outros elementos. Em Jesus, eu já tinha vivenciado aquele lugar e foi incrível. Em Gênesis, estou me sentindo mais confortável e aproveitando esse processo”, compara o ator.
Mas esse conforto nem sempre acompanha Tiago. Como a carreira de ator é muito instável no Brasil, o rapaz já foi até garçom e teve outras profissões pelo caminho. “Acredito que em todas as profissões existam desafios e barreiras a serem quebradas, mas quando se fala em arte, é definitivamente frustrante lidar com essa instabilidade”, reflete.
Tiago não chama a atenção apenas pelo talento. O ator é bonito e, vez ou outra, aparece numa campanha publicitária. Isso fez com que ele tivesse que conviver com o rótulo de galã. O bonitão confessa que isso já o incomodou, mas que faz parte do passado.
“Já me incomodou muito essa questão do rótulo. Hoje não me incomoda tanto. Eu busco me dedicar à atuação de tal maneira que a beleza venha agregar e não seja o principal atrativo”, ensina.
O teatro apareceu por acaso na vida de Tiago e nunca mais saiu. Ele buscou os palcos para tratar uma crise de ansiedade. O ator conta que, com a arte, aprendeu a conviver com a própria ansiedade e entendeu as origens, o que ajuda a conter as crises. “Uma pessoa com ansiedade vai ser pra sempre uma pessoa com ansiedade. A questão é: como eu entendo isso em mim e aceito isso sem julgamento? Porque é muito delicado. Estar ansioso não significa que você tenha ansiedade. Ter ansiedade é viver o tempo inteiro ansioso”, comenta.
De olho no futuro, Tiago Marques tem planos para quando Gênesis terminar: é o curta Alcateia, do qual é também roteirista. “É um curta pós apocalíptico, que se passa em 2030. Devido ao negacionismo humano, o nosso planeta entrou em colapso, muitos recursos acabaram e a humildade está beirando a extinção. O filme conta a história de dois irmãos, Isaac e Jonas, sobrevivendo em meio a tudo isso”, adianta.
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