Saiba mais sobre Jaffar Bambirra, o Leonardo de O sétimo guardião

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Ator Jaffar Bambirra, o Leonardo de O sétimo guardião, estreia em horário nobre com personagem apaixonado por cinema, assim como ele. Confira entrevista!

Em junho de 2017, quando a novela Pega pega estava no ar, o lirismo de um personagem chamava a atenção em meio à ação da trama. Era Márcio, primeira experiência do ator Jaffar Bambirra na telinha. O rapaz chamou a atenção do público e da crítica e agora faz outra estreia: O sétimo guardião, folhetim em que interpreta o documentarista Leonardo. Essa é a primeira vez dele no horário nobre.

“Sinto que existe uma pressão maior, mas acho que ter feito Pega pega me deixou bem preparado e me fez entender como funciona trabalhar na televisão. Estou me divertindo muito com o Leonardo”, afirma Jaffar ao Próximo Capítulo.

Jaffar e Leonardo têm a forte paixão pelo cinema como um elo entre eles. Tanto que Leonardo registra tudo o que pode (e algumas coisas que não poderia também) com sua câmera para um webdoc e Jaffar faz faculdade de cinema.

“Leonardo me fez gostar mais de documentários e ele está me dando vivência com uma câmera na mão. Já o Jaffar, ainda está nos primeiros períodos da faculdade, então tem muita teoria ainda. Acho que um completa o outro”, compara o ator, que fez laboratório com o pessoal do programa Profissão repórter para dar mais credibilidade ao personagem.

Na entrevista a seguir, o ator Jaffar Bambirra fala sobre O sétimo guardião, música (ele também é compositor), política cultural e, claro, muito cinema. Confira!

Leia entrevista com Jaffar Bambirra!

O sétimo guardião é sua primeira novela em horário nobre. Sente muita diferença?
Sinto que existe uma pressão maior, mas acho que ter feito Pega pega me deixou bem preparado e me fez entender como funciona trabalhar na televisão. Estou me divertindo muito com o Leonardo.

Leonardo é um videomaker que quer fazer um webdoc sobre os moradores de Serro Azul. Até quando uma produção como essa pode invadir a privacidade dos personagens?
Ele quer fazer um docudrama sobre a cidade e acaba filmando tudo que acontece, então acaba invadindo um pouco a privacidade alheia. Eu acho que, até por isso, ele não mostra o que ele está gravando pra ninguém. Acho que só vai fazer quando tudo estiver pronto.

Leonardo seria uma espécie de paparazzi de Serro Azul?
Não. Acho que o principal fator que diferencia o Leonardo de um paparazzi é o olhar artístico que ele tem em relação à cidade. Ele vê Serro Azul de um jeito único, que os outros moradores talvez não enxerguem.

Foto: Globo/Estevam Avellar. Jaffar Bambirra: “o principal fator que diferencia o Leonardo de um paparazzi é o olhar artístico que ele tem em relação à cidade”

Como você, que é de uma geração que estuda cinema e já nasceu na era tecnológica, vê a chegada de novas plataformas para a arte, como os webdocs ou o streaming, que acaba de emplacar Roma no Oscar?
Eu sou apaixonado por cinema. Acredito que a experiência de estar numa sala junto com outras pessoas, olhando aquela tela grande ー tudo isso é quase um ritual. O fato de, além do cinema, eu poder ter uma plataforma com uma variedade enorme de conteúdos pra ver, na hora que eu quero, no lugar que eu quero é fantástico. Mas, já que falamos de Roma, por exemplo, é um filme que eu preferia ter visto no cinema do que em casa.

Você chegou a fazer algum laboratório para o Leonardo, mesmo o cinema fazendo parte da sua vida?
Sim. Além de assistir a muitos documentários, por ser o universo do personagem, tive a experiência de fazer uma vivência com a equipe do Profissão repórter e foi muito legal porque eles têm esse espírito investigativo que o Leonardo precisava, de filmar tudo todo tempo e de estar sempre com a câmera em mãos. Fiquei encantado com o trabalho que eles fazem.

O que o estudante de cinema Jaffar pode ensinar a Leonardo? E o contrário?
Acho que o Leonardo ensina até mais pro Jaffar, do que o contrário. Leonardo me fez gostar mais de documentários e ele está me dando vivência com uma câmera na mão. Já o Jaffar, ainda está nos primeiros períodos da faculdade, então tem muita teoria ainda. Acho que um completa o outro.

Você teve duas músicas na trilha de Pega pega, na qual também atuou. Como era a experiência de ouvir uma canção sua na trilha de uma novela?
Foi muito legal porque as pessoas que assistiam à novela me perguntavam nas redes sociais que músicas eram. O mais legal era que o Márcio as cantava. Então, as pessoas ficavam querendo saber mais.

Logo na estreia na tevê, você chamou a atenção da crítica como o Márcio de Pega pega. Como foi começar tão bem? Aumenta a expectativa para o próximo trabalho?
Foi ótimo. O Márcio foi um presente. Acho que foi o personagem perfeito pra começar, por muitos fatores: os parceiros de cena, a equipe, tudo fluiu pra que eu pudesse dar vida a ele. Fiquei muito feliz com a recepção. Acho que expectativa não, mas o Márcio me deu a base, uma segurança, pra que eu pudesse fazer o Leonardo.

Como você concilia as carreiras de cantor, compositor, ator e estudante de cinema?
Ainda estou entendendo isso. O mais difícil ainda são as aulas de cinema, porque como artista, nossos horários são muito variáveis… uma semana gravo pouco, na outra todos os dias, numa tem show e na outra não… Então, conciliar os horários ainda é um quebra-cabeça. Mas aos poucos acho que tudo vai se encaixando. Eu amo trabalhar e estudar. Quanto mais coisa eu estou fazendo, mais feliz eu fico.

Em Estação rock, seu primeiro longa, você interpreta um roqueiro. A música é bem presente em sua vida, não?
Muito. Eu penso em música o tempo todo, passo o dia cantarolando coisas. A música que me levou pra arte, dela eu pude conhecer a minha paixão pela interpretação. Nesse filme, inclusive, pude viver um personagem que também é assim e que tem um sonho de viver da música e da banda. Foi muito legal.

Você vai lançar um disco em breve?
Pretendo. Ainda no início deste ano, provavelmente, em março, vou lançar meu segundo single Quando fui seu par, uma música que compus com meu amigo Nitai Domingues e é produzida pelo Pedro Mamede. O projeto de um álbum ainda está mais pra frente, mas é um objetivo.

Como compositor, a experiência em O sétimo guardião ou em um outro trabalho acaba te influenciando?
Acho que como artista, tudo que a gente vive influencia no momento de criação. A gente só fala do que a gente vê, vivencia, ou imagina, talvez por isso vivemos em eterno estudo.

Você tem 21 anos — é muito jovem — e está numa área um tanto negligenciada por governos brasileiros há tempos. Como vê o futuro nessa profissão?
A arte não vai deixar de existir nunca. O que nosso governo não entende é a importância que ela tem para a formação e para a sustentação de uma sociedade. A arte mexe com as pessoas num lugar muito profundo, ela transforma, ela educa, ela é cultura. Além de tudo gera emprego, traz retorno financeiro para o país. É muito triste, com 21 anos, ver que nosso futuro está negligenciado dessa forma. Mas resistiremos.

Recentemente, o autor Aguinaldo Silva vem incluindo críticas políticas no texto de O sétimo guardião, em personagens como o do Marcelo Serrado, Nicolau. Como vê essa ligação entre a arte e a realidade?
A arte é realidade, mesmo no seu âmbito mais fantástico, ela sempre vai ter referências nossas. E como estamos passando por um momento em que a política, não só partidária, mas a política como um todo, tem sido muito discutida, é legal que ela esteja presente numa novela das 21h, porque atinge muita gente.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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