Rosanne Mulholland: “Brasília é o primeiro lugar pretendo visitar quando tudo passar”

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Atriz nascida em Brasília, Rosanne Mulholland lança livro infantil e se declara à capital federal: “Sinto muita falta!”

A atriz Rosanne Mulholland vive um momento especial na vida, ainda descobrindo a maternidade de Davi, filho dela e do ator Marcos Veras. Nascida em Brasília e cria dos palcos da capital federal, Rosanne está há mais de um ano sem vir à cidade por causa da pandemia. Mas ela espera que esse afastamento termine logo.

“Sinto tanta saudade de Brasília! É o primeiro lugar que pretendo visitar quando tudo isso passar. Tenho família e amigos muito especiais na cidade”, afirma Rosanne. “Tenho muitas lembranças da infância, da família, dos amigos, do início das aulas de teatro, dos meus primeiros trabalhos como atriz, do céu azul, do horizonte, do pôr do sol”, continua.

À espera do próximo trabalho como atriz ー ela ainda não sabe se nos palcos ou nas telas e estará em dois filmes já prontos, A espera de Liz, de Bruno Torres, e Mudança, de Fabiano Souza ー , Rosanne lança o livro infantil Para onde foi o meu coração?.

Entrevista // Rosanne Mulholland

Para onde foi meu coração? é um livro infantil, mas trata de um tema difícil, que é a morte. Estamos preparados para falar de assuntos como esses para crianças?
É um tema delicado e difícil. Não sei se tem como estar preparado, mas precisamos estar abertos para conversar e acolher. Não tenho a intenção de explicar o que é a morte, eu foco na vivência do luto.

Como você achou a linguagem do livro para falar da morte de um jeito que não seja “infantilizado”, mas que também não seja “adulto demais”? É tênue essa linha, não?
Busquei uma maneira lúdica de contar sobre o luto, sem ignorar que é um momento dolorido. Ao mesmo tempo, quis mostrar que nós temos as ferramentas para superar e seguir adiante com esperança e alegria.

Sua experiência como atriz ajudou na escrita de alguma forma?
Atuar e escrever são formas diferentes de contar uma história. O fato de ser atriz me ajuda a me colocar no lugar dos personagens.

O que a maternidade mudou seu jeito de olhar o mundo?
Me tornei mãe em um momento muito difícil para o mundo todo. O foco da minha vida mudou em meio a uma pandemia que também mexe muito comigo e potencializa tudo. Percebo que me tornei mais controladora – o que é totalmente inútil porque está claro que não temos controle de nada. Meu olhar para o mundo é melancólico nesse momento, é como se vivêssemos em uma lacuna de tempo enquanto estamos em quarentena. É como se o mundo do meu filho ainda não fosse esse de agora, mas o do pós pandemia. A chegada do meu filho mudou minha relação com o tempo e com meus projetos. Não há mais tempo a perder e não há mais tempo perdido porque estar com o Davi será sempre o tempo mais bem gasto.

Você tem planos de voltar à televisão? E aos palcos?
Pretendo voltar a trabalhar assim que possível. Ainda não sei se será em teatro, TV ou cinema.

Você estará em A espera de Liz, de Bruno Torres, e Mudança, de Fabiano Souza. O que pode adiantar desses projetos?
A Espera de Liz é um filme muito sensível, que revela o resgate do relacionamento entre duas irmãs. Mudança se passa nos anos 1980 e explora o relacionamento entre pai e filho.

Como é sua relação com Brasília atualmente? Ainda vem muito por aqui?
Sinto tanta saudade de Brasília! Ia com frequência, mas já faz mais de ano que não vou por causa da pandemia. É o primeiro lugar que pretendo visitar quando tudo isso passar. Tenho família e amigos muito especiais na cidade. Sinto muita falta!

Quais são as melhores lembranças que guarda da capital federal?
Nossa, são tantas! Tenho muitas lembranças da infância, da família, dos amigos, do início das aulas de teatro, dos meus primeiros trabalhos como atriz, do céu azul, do horizonte, do pôr do sol…

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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