Retrospectiva: O 2020 que valeu a pena na TV e no streaming

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O Próximo Capítulo lista a seguir os melhores de 2020. Confira!

O ano está quase no fim e o Próximo Capítulo aproveita para fazer um balanço do que deu certo na telinha — seja na televisão, seja no streaming. Com muitas reprises, 2020 foi de poucas estreias. Mas não dá para dizer que elas não valeram a pena. Veja os destaques na nossa opinião:

Por Vinicius Nader

Melhor reality — BBB20. Impressionante ver como um reality pelo qual já não se dava mais nada se reinventou em 2020, com uma dinâmica interessante, que mesclou anônimos e influenciadores digitais e atores. Além disso, os brothers trouxeram discussões sobre machismo e racismo.

Melhor ator — Mark Ruffalo (I know this much is true). O papel duplo dos gêmeos Dominick e Thomas na série da HBO rendeu a Mark Ruffalo o Emmy de melhor ator deste ano. Não foi à toa. Numa trama pesada, com muitas reviravoltas e temática delicada, Mark imprimiu sutilezas, como o modo de olhar ou de andar, que identificam os irmãos.

2020. Crédito: Globo / João Faissal. Cena da série Sob pressão – Plantão covid. Dra. Carolina.

Melhor atriz — Marjorie Estiano (Sob pressão — Plantão covid). Com a pandemia, a ação do especial foi transferida para um hospital de campanha. Protegida por máscara, face shield e outros equipamentos de segurança, Marjorie teve somente o olhar e a voz abafada para emocionar. E ela deu conta!

Melhor apresentador — Pedro Bial. O jornalista se reinventou com a impossibilidade de receber convidados no estúdio do seu Conversa com Bial. As entrevistas temáticas sobre os 70 anos da televisão brasileira surpreenderam ao levar, por exemplo, Xuxa e Lucélia Santos de volta a Globo. Fechando o ano em alta, Bial conversou com o ex-presidente dos EUA Barack Obama e fez uma apresentação polêmica para a entrevista com Cláudia Costin.

Melhor série, especial ou minissérie — Sob pressão — Plantão covid. O que já era bom, melhorou. A série teve dois episódios tensos, verdadeiros e que flertavam com a esperança. Além de Marjorie, Julio Andrade (Dr. Evandro) liderou o elenco afinadíssimo. De quebra, uma música inédita uniu as vozes de Gilberto Gil e Chico Buarque.

2020. Crédito: Globo/ Divulgação. Fabíula Nascimento e Emílio Dantas em cena da série Amor e sorte.

Destaque do ano — Produções remotas. Sem possibilidade de aglomerar em cenas com muita gente ou de gravar em auditórios lotados, o jeito foi se adaptar à realidade, apostando em produções, geralmente pensadas para o streaming, gravadas de forma remota, com elenco enxuto e recursos operados pelos próprios atores. Sinta-se em casa e Diário de um confinado, do Globoplay, e Amor e sorte, da Globo, se destacaram em um variado leque de opções.

Mico do ano — Salve-se quem puder. A novela de Daniel Ortiz estreou em janeiro e foi interrompida três meses depois. Teve tempo o suficiente para mostrar que o enredo das três amigas que assumem novas identidades após testemunhar um crime não decolaria. Além disso, a trama não funcionou como comédia, sendo uma sucessão de erros. Poderia não voltar.

Por Adriana Izel

Melhor reality show — A fazenda. O ano de 2020, definitivamente, foi dos realities. O melhor, sem dúvidas, foi o BBB20. Mas, para não nos repetirmos, vou escolher o da Record. Mesmo que tenha tido alguns problemas, principalmente quando se trata das provas (a emissora falhou em várias delas), o programa conseguiu conquistar o público. Mérito do elenco, que rendeu, e do apresentador Marcos Mion.

Melhor ator — Antony Starr (The Boys). Fugindo dos nomes de atores dos prêmios, destaco o intérprete do vilão Homelander da série da Amazon Prime Vídeo. Na segunda temporada, o ator conseguiu entregar uma atuação ainda mais impactante, de um personagem um tanto quanto perturbado.

Crédito: Suzanna Tierie/Divulgação. Bom dia, Veronica, série brasileira.

Melhor atriz — Camila Morgado (Bom dia, Verônica). Puxando sardinha para o Brasil, a atriz levou para si a série brasileira da Netflix, mesmo não sendo a protagonista. Camila soube passar o medo e a destruição da autoestima de uma mulher que sofre com a violência dentro de casa.

Melhor apresentador — Fabio Porchat. Depois de uma ótima temporada do Que história é essa, Porchat?, o humorista seguiu para uma segunda, que começou antes da pandemia, foi pausada e voltou adaptada no GNT. Mesmo remotamente, o apresentador conseguiu arrancar dos convidados ótimas participações.

Crédito: Amanda Matlovich/Netflix – Minissérie A vida e a história de Madame C.J. Walker da Netflix

Melhor série, especial ou minissérie — A vida e a história de Madam C.J. Walker. A minissérie da Netflix traz a história da personagem-título, a primeira mulher negra a se tornar milionária dos Estados Unidos pelo esforço do próprio trabalho. Uma narrativa importante e muito bem contada por Octavia Spencer.

Destaque do ano — AmarElo — É tudo pra ontem. Na reta final do ano, Emicida lançou o documentário do ano. O especial da Netflix traça um panorama da história do negro no Brasil ao mesmo tempo que retrata os bastidores da gravação do álbum AmarElo e do show de mesmo nome apresentado em São Paulo em 2019.

Mico do ano — Game dos clones. O reality show tinha tudo para trazer um novo formato aos fãs de realities de namoro. Porém, entregou uma dinâmica sem graça e repetitiva. Até Sabrina Sato, que tem se mostrado ótima apresentadora, não agregou ao programa.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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