Only murders in the building
Only murders in the building Crédito: Craig Blankenhorn/Hulu/Divulgação/Star+ Only murders in the building

Only murders in the building repete fórmula (e continua se saindo bem)

Publicado em Séries

Produção transmitida no Brasil pelo streaming da Star+, Only murders in the building encerrou a aguardada segunda temporada com mais humor e investigações

Depois do piloto, talvez o maior desafio de qualquer série seja a segunda temporada. Toda popularidade e hype do primeiro ano chegaram ao fim, mas o público ainda quer mais. Manter esse “ritmo” frequentemente se torna o calcanhar de Aquiles das produções seriadas. Mas Only murders in the building conseguiu driblar esse obstáculo com maestria. Não perdeu o ritmo e conseguiu entregar outra investigação de qualidade (e muito humor).

Para quem não lembra, a produção — transmitida no Brasil pelo streaming da Star+ — apresenta três típicos moradores do Arconia, um condomínio de Nova York.

Mabel (Selena Gomez), Charles (Steve Martin) e Oliver (Martin Short) não têm nada de excepcional em termos gerais, sendo que uma das poucas coisas que os une é o amor pelo “true crime”, ou seja, investigar casos de assassinatos em podcasts. Para a “sorte” deles, esses crimes ocorrem com uma proximidade assustadora — logo, nada mais óbvio do que criar o criar o próprio podcast contando detalhes dessa “investigação particular” dos três.

E neste segundo ano, a vítima é a própria síndica do Arconia, Bunny (Jayne Houdyshell).

Alerta: o texto a seguir tem spoilers da segunda temporada de Only murders in the building

Quando é bom se repetir

Na essência, a receita de Only murders in the building seguiu a mesma ideia da primeira temporada. O trio quase foi incriminado, perseguiu suspeitos errados e chegou no final para solucionar o crime de forma “grandiosa”.

O bom, contudo, é que essa receita continua funcionando (difícil saber até quando ela dura). Grande parte desse funcionamento é possível graças à excelente química do trio principal. Juntos, os protagonistas conseguem entregar um tom cômico assertivo e sagaz — sim, um pouco pastelão eventualmente, mas perdoável.

Uma tentativa de mudança desta segunda temporada foram os convidados especiais. Nomes de peso de Hollywood deram uma passadinha pelo Arconia. Amy Schumer, Cara Delevingne, Shirley MacLaine e Ben Livingston são alguns exemplos. Na prática, os convidados acabaram enrolando mais do que qualquer outra coisa — principalmente nos primeiros episódios da nova temporada.

No fim, contudo, todos saíram da história e foram esquecidos sem grandes traumas (ou erro de roteiro).

Em síntese, Only murders in the building entregou o que todo fã de série espera de uma segunda temporada: estabilidade e manutenção de qualidade. Os 10 episódios definitivamente merecem uma maratona.