Matheus Abreu, o Tato de Malhação, desabafa: “Faltam produções que saibam dialogar bem com o jovem”

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Ator que se despede do protagonista Tato, de Malhação — Viva a diferença, Matheus Abreu se prepara para filmar um longa-metragem e exalta: “Tato tem um grande coração”. Leia entrevista completa com o ator!

“Tato tem um grande coração”. A afirmação do ator Matheus Abreu, que defende o personagem em Malhação – Viva a diferença, nem precisava nos lembrar disso. O rapaz teve atitudes nobre durante toda a temporada, muitas vezes colocando o interesse do outro na frente do dele.

Por isso, Tato vai fazer falta. O rapaz sonhador e bondoso, que, nas palavras do ator, “teve que se virar e ser responsável desde muito novo e, em toda trama, sempre buscou apoiar a qualquer custo a quem ele tinha afeto” é bastante crível. “Eu me sinto muito próximo ao Tato. Tento ser um pouco mais racional que o ele nas minhas decisões, mas nem sempre é fácil, o coração fala alto por aqui também”, contou Matheus, em entrevista ao Próximo Capítulo na qual também fala sobre cinema e teatro. Agora é ler e correr pra ver o último capítulo da novelinha!

Leia entrevista completa com o ator Matheus Abreu!

A temporada Viva a diferença chega ao fim como uma das mais bem sucedidas dos últimos anos. Qual o balanço você pode fazer do Tato e da temporada como um todo?
Estou muito feliz com o retorno que recebemos desse projeto, percebo que essa temporada dialogou muito bem com assuntos que normalmente não são discutidos tão abertamente nesse horário. Colocar em pauta o consumo de álcool e drogas por adolescentes é mais que necessário, pois sabemos que acontece e ao colocar isso em uma obra abre espaço para reflexão e discussão, assim como o racismo, a corrupção, a importância da escola pública, entre vários outros assuntos importantes presentes nesta temporada.

O Tato age primeiramente com o coração em várias questões, como quando assume a paternidade do filho da Keyla ou na relação com Aldo. O Matheus também é mais passional?
Tento ser um pouco mais racional que o Tato nas minhas decisões, mas nem sempre é fácil, o coração fala alto por aqui também.

Matheus Abreu comemora o sucesso de Tato em Malhação

Seu segundo filme, Hoje eu quero voltar sozinho, e sua primeira novela, Dois irmãos, foram sucesso e te apresentaram como um expoente da sua geração. Percebe essa pressão de alguma forma?
O primeiro longa que fiz foi O segredo dos diamantes, direção de Helvécio Ratton, um filme lindo. Tinha 15 anos quando rodamos, depois fiz o Hoje eu quero voltar sozinho e Dois irmãos, minha primeira obra na tevê. Não encaro como uma pressão. Desde que conheci o teatro me apaixonei pela atuação e sempre corri atrás, me veio a vontade de entender melhor o que eu vivia, busquei estudar mais, ter o máximo de experiências que sinto que possam me nutrir como ator e ansiava em participar de belos projetos como estes, o que fica é a gratidão pois me sinto abençoado.

Tanto em Hoje eu quero voltar sozinho como em Malhação você esteve em produções voltadas para a sua faixa etária. Faltam produções de qualidade para o jovem na televisão e no cinema brasileiros?
Sinto que faltam produções que saibam dialogar bem com o jovem, que falem com sensibilidade de maneira aberta e atualizada sobre os conflitos, alegrias, descobertas e dúvidas que passamos nesta fase. Acho que as duas obras citadas o fazem de forma belíssima, fico muito feliz por participar de projetos audaciosos e relevantes como estes.

Você se viu em alguma questão tocada por Tato. Ele “te representou” de alguma forma?
Tato tem um grande coração e teve que se virar e ser responsável desde muito novo, em toda trama ele sempre buscou apoiar a qualquer custo a quem ele tinha afeto e isso são questões que me sinto muito próximo ao Tato.

O Tato sempre foi apaixonado por gastronomia e deve optar pela faculdade de gastronomia. Ser ator sempre foi sua escolha?
Eu queria ser nadador quando era mais novo. Essa vontade mudou quando, aos 9 anos, conheci o teatro. Daí já não tive olhos pra qualquer outro ofício, o teatro me ganhou inteiro, de corpo e alma.

Em breve você começará a preparação para um filme em que viverá o bailarino Thiago Soares. Como será esse trabalho? O que você já pode adiantar?
O filme tem a direção do Marcos Schechtman e a produção criativa de Guillermo Arriaga. O Thiago começou na dança de rua e conheceu o balé mais tarde, aos 15 anos. Na preparação para esse trabalho tenho aulas com o Manoel Francisco, com quem o Thiago se prepara quando vem ao Brasil e o com a Helena Varvaki, magnífica. Estamos suando, literalmente, mas muito felizes ao encarar esse desafio. E que desafio…

Em Dois irmãos você interpretou personagens que depois foram defendidos por outro ator. Como era seu contato com o Cauã Reymond. Nesses casos, vocês constroem o personagem juntos?
O Luiz Fernando Carvalho, diretor de Dois Irmãos, dispunha de um galpão em que passávamos horas ensaiando, experimentando, conhecendo melhor as personagens. Eu e Cauã trabalhávamos muito juntos, fazendo aulas de árabe, de sapateado e nas improvisações podíamos nos ver trabalhando ー assim era possível dar a mesma cor ao Omar e ao Yaqub de cada fase.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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