Representante de Brasília no MasterChef, Vinícius vive às turras com Paola Carosella. Nesta terça-feira, ela o destitui do cargo de capitão da equipe e depois o elogiou: “está entre os que mais cresceram”
A relação entre a chef e jurada Paola Carosella e Vinícius, o representante de Brasília nesta edição do MasterChef parece uma toada sertaneja, bem ao estilo “entre tapas e beijos”. O episódio desta terça-feira (19/6) representou bem isso. A sofisticação deu o tom da noite. Na primeira prova da noite, os nove amadores tiveram que servir um brunch no hotel Palácio Tangará, um dos mais badalados de São Paulo. “Nunca tinha estado num hotel seis estrela antes”, observa Vinícius, deslumbrado com o luxo.
A prova reservou a primeira surpresa da noite: os cozinheiros foram divididos em três equipes e não em duas, como costuma acontecer. Vencedor da prova do episódio anterior, Vinícius pôde dividir as equipes. Escolheu para serem seus companheiros Rita e Thiago. Os outros trios ele formou como Hugo, Victor Hugo e Eliane; e Katleen, Maria Antônia e Evandro. Cada trio escolheu um capitão e uma cor. Vinícius foi o capitão da equipe azul, Victor Hugo, o do vermelho, e Katleen, a do amarelo.
Antes de a prova começar, os cozinheiros foram lembrados de que seriam avaliados individualmente. Os times se inspiraram em pratos do brunch do Tangará (o restaurante do hotel seis estrelas tem uma estrela no guia Michelin) para criar as próprias receitas. “Vocês terão quer fazer um cafoço”, explicou Paola, deixando todos confusos. “Café com almoço, mais conhecido como brunch, que vem do inglês”, brincou a argentina.
Os azuis começam a prova bem e, na sorte, acabam tendo, na opinião dos jurados Erick Jacquin, Paola Carosella e Henrique Fogaça, os pratos mais fáceis da noite. Os amarelos, por sua vez, pegaram o mais difícil, incluindo a temida sobremesa. Os vermelhos ficaram com o menu mediano.
Mas a facilidade azul logo se esvaiu. Paola chegou a elogiar a organização do time logo no início da prova: “Vocês estão pensando hoje, Vinícius!”. Mas logo a cozinha tornou-se um caos e o que era para ser um ovo perfeito, passou a ser um ovo pouchet, voltou a ser um ovo perfeito, quase foi um ovo mexido e terminou sendo um ovo dentro da casca, servido em diferentes pontos. A desorganização e a falta de ação de Vinícius deixou Paola Carosella enfurecida. “Você não é mais o capitão! Você não deu conta! Isso é uma vergonha! Passe agora a braçadeira para a Rita!”, ordenou a jurada. É… ódio e desejo!
Enquanto isso, os vermelhos alternavam momentos bons e ruins, tendo Hugo sempre centrado, como o destaque da turma. E os amarelos rezaram. Numa cena hilária, o padre Evandro pediu uma oração para que Maria Antônia não gritasse muito. Deu certo! A loirinha gritou só no final, quando o último prato havia sido entregue.
Mesmo com uma sobremesa mal apresentada ,mas saborosa, os aventais amarelos saíram-se vencedores da prova. “Ué… não éramos os mais fracos?”, provocou Katleen. Os três integrantes ficaram imunes, assim como Hugo, o destaque do time vermelho.
Por unanimidade, o time azul foi escolhido o pior. “Vocês não brilharam nem na cozinha, nem no salão”, decretou Paola.
Vinícius e Rita ajustam os últimos detalhes antes de servir o brunch da equipe azul no MasterChef
Saiba como foi a eliminação deste episódio do MasterChef!
Antes mesmo de a prova de eliminação começar, chamava a atenção o semblante carregado, tenso, triste de Vinícius, que costuma esbanjar confiança. A situação não melhora com a prova: reproduzir o prato cazuela de peixe com frégola sarda, de Paola Carosella. Entendeu? Eu também não!
Ainda bem que Paola estava lá e fez o prato que tem uma infinidade de passos! A coisa é tão complicada que eles tiveram duas etapas para cumprir. Em uma hora, eles deviam fazer o misen en place e parar. Isso… uma hora! O melhor (“se houver algum que mereça”, avisa Paola) se livra da eliminação. Os outros continuam a cozinhar.
É aí que Vinícius sente o problema que criou para ele mesmo: o trio forte que ele escalou está lutando, agora, contra ele. “Quem mandou nos chamar de fraco? O mezanino vai ficar quietinho para ele”, afirmou Katleen, que estava especialmente afiada na noite. O padre Evandro foi o único que tentou, em alguns momentos, ajudar o representante da capital a continuar no MasterChef.
Mas organização não é com ele. E quem fez a melhor misen en place foi Victor Hugo. Xi… um teoricamente mais fraco fora do páreo. Vinícius acabou se perdendo mesmo na prova. “A gente vê aqui no MasterChef que o estado emocional de vocês interfere no modo que vocês cozinham. E você não está bem hoje”, afirmou Fogaça. Não estava mesmo. O prato de Vinícius “não estava ruim”, mas não estava melhor do que o de Rita, Thiago e Eliane. Não deu pra ele. O representante de Brasília estava eliminado do MasterChef.
Emocionado, ele pediu desculpa por estar com a voz “embargada” e ouviu Fogaça dizer que era para ele passar no restaurante dele, o Sal (estágio à vista?). Paola Carosella abraçou o rapaz e, no momento mais beijos do que tapa, disse: “você é um dos que mais cresceram aqui no programa. Segue em frente”.
Relembre a trajetória de Vinícius no MasterChef
O goiano radicado em Brasília Vinícius chegou ao MasterChef causando. Ainda na fase classificatória, ele fez uma tarte tatin, sobremesa francesa à base de maçã. A jurada argentina Paola Carosella dava ali um sinal de que perseguiria o rapaz durante toda a competição, pois ele optou por não usar canela na receita porque o colega dela, Erick Jacquin, não gosta.
Depois de se classificar para o programa vieram os desafios de verdade. Na primeira caixa misteriosa — a que tinha duas caixas para eles escolherem –, Vinícius apresentou um “prato zoado com magret de pato com redução de romã acompanhado por chuchu gratinado e crosta de queijo”, como definiu Henrique Fogaça.
As provas de equipe também marcaram a trajetória de Vinícius. Na primeira, a de fazer pratos com linguiça para uma tropa de paraquedistas, o time do analista de marketing não foi bem. Na de orgânicos, também não.
Mas na de hambúrguer, a música tocou diferente. Além de levar o time vermelho à vitória, foi dele a ideia de colocar abacaxi grelhado no sanduíche, um dos fatores apontados como destaque pelos jurados.
A coxinha de Vinícius recebeu reclamações de Paola Carosella (sempre ela!), que chegou a perguntar se ele já havia comido o salgadinho. O caparccio de atum também gerou críticas, especialmente de Fogaça. Abatido, na prova de reprodução do crepe Suzette, Vinícius acabou na berlinda, mas se salvou, com a eliminação de Clarisse.
Como destaques positivos, Vinícius fez uma omelete tipicamente francesa, subiu para o mezanino nas provas do milho e das carnes exóticas e foi bem na farofa do baião de dois (mesmo com o time dele perdendo). Na disputa envolvendo queijos artesanais, ele se destacou, mas Hugo não o levou para o mezanino. A ousadia dele fez com que ele se destacasse ao cozinhar um pargo inteiro na prova de leilão de peixes. Deu tão certo que ele venceu aquela disputa, escapando da eliminação. A terceira vitória individual veio com a carne de bode.
Em meio a tudo isso, Vinícius ainda se viu no meio de uma treta com Ana Luíza, que não perdeu nenhuma oportunidade de alfinetar o rapaz, como na prova da reprodução da barriga de porco com cuscuz marroquino. Ele continuou sendo alvo dela na prova da sobremesa na qual levou a melhor a acabou tendo a oportunidade de dar o troco na semana seguinte, na prova das carnes exóticas, primeira prova do dia em que ela foi eliminada.