Aquecimento Emmy! Como já virou tradição, toda sexta-feira o Próximo Capítulo publicará matérias sobre produções indicadas ao prêmio de 2019 que ainda não foram citadas no blog. Acompanhe!
À primeira vista, Fleabag, da Amazon Prime Vídeo, pode causar estranheza. Isso porque a produção tem uma protagonista atípica das telas — mas não da vida real –: uma mulher autodestrutiva embolada em mil problemas. Fleabag (Phoebe Waller-Bridge, que também escreve, produz e dirige a trama) — única expressão usada para denominar a personagem — é uma mulher que vive um momento de muitas frustrações na vida profissional, pessoal e amorosa.
Ela está em relacionamento que, claramente, não a faz feliz. Não tem uma boa relação com o pai, interpretado pelo ator Bill Paterson, e nem com a madrasta, vivida por Olivia Colman — personagens que também não têm nomes mencionados, assim como a protagonista. Com a irmã, tem também suas tensões, causadas, principalmente, pela figura inversa que Claire (Sian Clifford) representa: é uma executiva bem-sucedida, enquanto a personagem principal está à beira da falência. Em meio a tudo isso, a protagonista ainda precisa lidar com a perda da melhor amiga e sócia da cafeteria (da qual é uma das donas), que (acidentalmente) se mata.
Diferentemente de tramas em que a protagonista seria mostrada como forte, em Fleabag, ela é imperfeita e fraca, e sabe disso. Ela se afunda cada vez mais a cada um dos seis episódios das duas temporadas já disponíveis na Amazon Prime Vídeo. Até por isso, talvez seja mais fácil uma identificação com a personagem. Outro motivo que a aproxima do público é a quebra da quarta parede — aquele momento em que o personagem se dirige ao espectador –, que ocorre em todos os episódios. A personagem de Phoebe Waller-Bridge parece buscar no público a amizade, e a atriz faz isso de forma muito natural, como se o espectador fosse alguém com quem ela pode falar e compartilhar a verdade. Isso, inclusive, pode levar Phoebe a derrubar a favorita Rachel Brosnahan, de Marvelous Mrs. Maisel.
Temas importantes, tabus e até incômodos fazem parte da trama. Luto, abandono parental e sexo são alguns dos assuntos abordados em Fleabag, de uma forma crua, e, ao mesmo tempo, com uma pitada de humor. Só que um humor britânico, cheio de piadas e sacadas inteligentes, que, em sua maioria, saem da boca da protagonista.
Por ser revolucionária, Fleabag tem grandes chances de sair do Emmy de 2019 com algumas estatuetas, principalmente, se a academia quiser premiar narrativas diferenciadas e que estão em sintonia com a contemporaneidade do discurso da série: a aceitação das imperfeições humanas.
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