Assistindo à série belga Tabula rasa, da Netflix, só uma coisa me vem à cabeça: espero que os belgas façam seriados melhor do joguem bola. Isso porque o suspense é muito bom e o Próximo Capítulo torce para que, no caminho do hexa, a gente escreva sobre produções francesas ou uruguaias por aqui — os possíveis adversários do Brasil, caso a Seleção Canarinho passe para as semifinais.
Mas vamos a Tabula rasa. A série acompanha a agonia de Annemie D’Haeze (Veerle Baetens), ou simplesmente Mie, como ela gosta de ser chamada. E adianto logo que a agonia dela é também a nossa: a maestria do roteiro aumenta a tensão a cada um dos 9 episódios, com várias viradas de mesa e surpresas dignas de uma jogada de Eden Hazard.
Mie é uma mulher jovem que, por conta de uma doença que desafia os médicos, perdeu a memória recente após sofrer um grave acidente de carro. Ela se lembra de algumas pessoas mais frequentes na vida dela, como o marido, Benoit (Stijn Van Opstal), e a mãe, Rita (Hilde Van Mieghem), e de alguns fatos do passado mais distante, mas não sabe o que acabou de acontecer. Com o avançar da série, a psiquiatra dela e o inspetor Wolkers (Gene Bervoets) também passam a ser rostos conhecidos para Mie.
No início de Tabula rasa, somos apresentados a Mie num hospital psiquiátrico, onde ela acaba de ser internada. Isso é tudo que sabemos de início: sem o motivo que a levou até ali, sem saber se há cura para o que ela tem. O pior: Mie sabe o tanto quanto nós.
Ainda na estreia, algumas coisas vão se clareando para nós. Mie foi levada para a clínica após ser encontrada sozinha numa floresta com o braço machucado e as mãos sujas de sangue. Além disso, ela é a principal suspeita de Wolkers em estar envolvida no desaparecimento de Thomas De Geest (Jeroen Perceval), homem de quem ela não se lembra.
A cada episódio, acompanhamos um dia na vida atual de Mie e voltamos no tempo para chegar às conclusões. Primeiro, vemos Mie e a família há quatro meses, depois há três… até que os tempos se encontrem e, muitas reviravoltas que não serão adiantadas aqui depois, os mistérios sejam resolvidos. Uma dica é: fique atento ao 5º episódio ー é nele que se desenrola muita coisa.
Além de uma trama completamente envolvente pelo mistério, Tabula rasa tem fotografia e abertura caprichadas, interpretações corretas e uma criança fofa, a atriz-mirim Cécile Enthoven, que vive Romy, filha de Mie e Benoit. Craques da televisão, os belgas bem que poderiam pisar na bola lá na Rússia!
Ator carioca de 46 anos retorna às produções bíblicas com Reis em ano que festeja…
Ator de 33 anos comentou sobre os trabalhos no audiovisual que vem emendando desde 2020…
Atriz que protagoniza No ano que vem e estará de volta com Rensga Hits celebra…
Protagonista das cinco temporadas de Star Trek: Discovery, Sonequa Martin-Green comenta o caminho trilhado pela série…
Ator pernambucano, de 37 anos, entrou para o elenco de Família é tudo, da Globo, e…
Atriz gaúcha protagoniza série independente gravada no Mato Grosso e exibida em uma tevê estatal…