Conversando com um serial killer: Ted Bundy faz parte de uma vertente que a Netflix tem feito escola: os documentários, especialmente, os voltados para o mundo judicial e criminal. Dividido em quatro partes e com direção de Joe Berlinger, a produção se debruça sobre os assassinatos envolvendo Ted Bundy, casos que marcaram os Estados Unidos nos anos de 1960 e 1970.
Apesar de ter sido executado há cerca de 30 anos, Bundy, que foi condenado a pena de morte, é o narrador da produção. A série documental apresenta uma entrevista feita pelo jornalista Stephen Michaud quando o suspeito ainda estava na cadeia. A grande promessa do seriado é apresentar os crimes pelo ponto de vista do próprio assassino, em uma espécie de autocatarse que o homicida tem ao “analisar” os fatos.
Um dos pontos positivos de Conversando com um serial killer: Ted Bundy é a apresentação consistente do assassino. É fácil perceber o quanto a pesquisa histórica foi bem feita e solidamente estruturada. Com bastante detalhes, a produção ultrapassa o clássico “lugar onde nasceu e forma de criação” — típicas deste tipo de produção — e chega até as atividades políticas de Bundy, assim como falhas na investigação, que geraram mais vítimas do assassino. Outro aspecto a favor da produção é a capacidade de edição ágil e satisfatória.
Entretanto, seria um erro encarar a produção como perfeita. Uma das grandes promessas do documentário é enfim apresentar a confissão de Bundy (algo exaustivamente repetido desde os primeiros minutos), mas tal gravação também parece ser um dos maiores segredos da produção, sendo usada como ferramenta de enredo — como uma espécie de clímax —, algo que eventualmente se torna um tanto enfadonho para quem assiste.
Vale citar também a forma levemente superficial com a qual as vítimas são representadas. Muitas histórias poderiam ter sido mais aprofundadas, mas são simplesmente citadas com um depoimento de época, algo que causa certo afastamento e desconforto. Em síntese, a produção parece mais inclinada a agradar ao público que é mais aberto e próximo ao gênero.
Em meio a polêmicas
Desde que foi lançado, o documentário Conversando com um serial killer: Ted Bundy se tornou sinônimo de polêmica. A maior delas envolvendo alguns espectadores, que resolveram destacar a beleza do assassino. O serviço de streaming, inclusive, teve que se pronunciar sobre o fato.
“Eu tenho visto muito do que se fala sobre a beleza do Ted Bundy e eu gostaria de gentilmente lembrar que existem literalmente centenas de homens gostosos no nosso serviço — e quase todos eles não são condenados por assassinatos em série”, tuitou a página oficial da Netflix.
Outro fato que colocou o documentário no centro das discussões foi uma outra produção que também tem a história do assassino como mote. O longa-metragem Extremely wicked, shockingly evil and vile, que estreou no começo do ano no Festival Sundance e teve os direitos comprados pela Netflix. O filme foi acusado de retratar Ted Bundy, vivido pelo galã Zac Efron, de forma glamourizada e como um homem atraente.
Ator carioca de 46 anos retorna às produções bíblicas com Reis em ano que festeja…
Ator de 33 anos comentou sobre os trabalhos no audiovisual que vem emendando desde 2020…
Atriz que protagoniza No ano que vem e estará de volta com Rensga Hits celebra…
Protagonista das cinco temporadas de Star Trek: Discovery, Sonequa Martin-Green comenta o caminho trilhado pela série…
Ator pernambucano, de 37 anos, entrou para o elenco de Família é tudo, da Globo, e…
Atriz gaúcha protagoniza série independente gravada no Mato Grosso e exibida em uma tevê estatal…