Capanga de ‘Terra e paixão’ já foi candango na construção de Brasília

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No ar como Sidney na novela das 21h, o ator Paulo Roque foi protagonista da minissérie Mil dias — A saga da construção de Brasília

Patrick Selvatti

Como Sidney, um dos capangas da família La Selva na novela Terra e paixão, Paulo Roque ganhou visibilidade nacional. Antes de morrer, o pau-mandado de Antônio (Tony Ramos) e Irene (Glória Pires) aprontou poucas e boas e projetou o ator cearense ao sucesso nesse que foi o seu papel de maior relevância em uma novela. “É uma felicidade ver que tudo que eu venho construindo através do meu trabalho, durante todos esses anos, vem sendo reconhecido. Uma alegria gigante pelo Sidney e uma responsabilidade imensa de estar à altura da confiança dos autores e diretores da novela”, declarou ao Próximo capítulo.

Paulo celebra a oportunidade de trabalhar com grandes nomes da teledramaturgia, como Tony e Glória, que dão vidas aos seus patrões. “Tudo que falam de Tony Ramos e Glória Pires é a mais pura verdade. São ícones e muito generosos em cena”, elogia o ator. Ele conta que a repercussão nas ruas tem sido muito tranquila. “É engraçado ser reconhecido pelo Sidney. Na internet, a repercussão é até maior”, completa.

Famoso agora pela novela global, Paulo Roque foi um dos protagonistas da série minissérie Mil dias — A saga da construção de Brasília, lançada pelo History Channel em 2018. A produção trouxe, em quatro episódios, a história da nova capital do país sob o ponto de vista daqueles que trabalharam na empreitada. O ator nordestino não conhecia a cidade e aprendeu a amá-la. “Viver o Domingos, um candango que vem do Nordeste para construir Brasília e em busca de melhores oportunidades, me fez mergulhar na história do nosso país. Fiquei mais fascinado ainda. Da ideia utópica ao que Brasília se transformou na realidade. Eu visitei de ponta a ponta, do plano piloto até as cidades satélites. Os pontos históricos, o lago Paranoá, o monumento a Juscelino, o Planalto Central, Taguatinga, Ceilândia. Me emocionei muito e hoje Brasília tem um outro significado pra mim. Criei uma relação de afeto”, conclui Roque.

ENTREVISTA/ Paulo Roque

Paulo Roque, ator | Crédito: Priscila Nichelli/Divulgação

Como é a sensação de estar na primeira novela com um papel de tanta relevância?

Felicidade de que tudo que eu venho construindo através do meu trabalho durante todos esses anos vem sendo reconhecido. Uma alegria gigante pelo Sidney e uma responsabilidade imensa de estar à altura da confiança dos autores e diretores da novela.

Você atua com os dois maiores nomes da produção. Como é a troca com Tony Ramos e Glória Pires?

Tudo que falam de Tony Ramos e Glória Pires é a mais pura verdade. São ícones e muito generosos em cena. Tony além de muito divertido nos camarins, um excelente contador de histórias e uma enciclopédia viva, contracenar com ele é um presente. Glória Pires, que atriz! Uma leveza e uma potência em cena. Que privilégio fazer com ela cenas tão potentes. Glorinha é diva. Sempre fui fã, agora eu não sei mais nem como classificar o sentimento por esses dois gênios!

E a repercussão nas ruas, tem sido bacana?

Tem sido muito tranquila. É engraçado ser reconhecido pelo Sidney. Na internet, a repercussão é até maior.

Você é um ator nordestino e hoje as novelas estão abrindo maior espaço para vocês. O que você tem a dizer sobre isso?

Acho que quanto mais diversidade e pluralidade, melhor. Estamos conquistando espaço quando o Nordeste é retratado, mas precisamos estar presentes também em tramas que não sejam nordestinas. Isso tem acontecido. Acho que as oportunidades estão vindo, mas podem e devem ser ampliadas ainda mais.

Mas muito se fala em neutralizar sotaques também. Isso é algo que te preocupa?

Sim. Nos pedem isso. Eu até entendo se você está escalado para fazer um personagem de uma outra região. Não gosto dos rótulos. Eu tive a felicidade de fazer personagens de outras regiões, mas adoro quando faço um personagem que é nordestino também.  Volto às minhas raízes. O Brasil é plural e rico em sotaques. Eu acho lindo.  Nós não deveríamos ser rotulados por nossa região.

Você foi um dos protagonistas da série Mil Dias, que relatava a construção de Brasília. Você já conhecia a cidade? Qual a relação que ficou para você da capital do país após essa experiência?

Não conhecia. Viver o Domingos, um candango que vem do Nordeste para construir Brasília em busca de melhores oportunidades me fez mergulhar na história do nosso país. Fiquei mais fascinado ainda. Da ideia utópica ao que Brasília se transformou na realidade. Eu visitei de ponta a ponta, do plano piloto até as cidades satélites. Os pontos históricos, o lago Paranoá, o monumento a Juscelino, o Planalto Central, Taguatinga, Ceilândia. Me emocionei muito e hoje Brasília tem um outro significado pra mim. Criei uma relação de afeto.

Patrick Selvatti

Sabe noveleiro de carteirinha? A paixão começou ainda na infância, quando chorou na morte de Tancredo Neves porque a cobertura comeu um capítulo de A gata comeu. Fã de Gilberto Braga, ama Quatro por quatro e assiste até as que não gosta, só para comentar.

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