Para os fãs de automobilismo, uma expressão faz parte das conversas sobre o tema: “o zero a 100 do carro”. Basicamente, a gíria se refere ao quão potente um motor consegue ser. Se um carro consegue ir de zero a 100 km/h em um menor tempo, mais rápido será. A metáfora (que está bem longe da TV, admito) serve para ilustrar como foi a 5ª semana do BBB22: o reality saiu de um marasmo pós-formação de paredão no domingo (13/2) para um “jogo da discórdia” ousado e agressivo na segunda-feira (14/2), que acabou até resultando em uma expulsão.
A grande sensação desta semana é que tudo passou muito abruptamente. Até então, Maria (que deixou o programa), talvez até não fosse uma favorita, mas também não era nenhuma planta — o que tem de sobra na casa. A artista tinha toda a capacidade de tomar o protagonismo para si. Agora, contudo, está fora do jogo.
Lamentar o destino de Maria não cabe mais. Até porque tudo seguiu de acordo com as regras: a agressão ocorreu, e em decorrência dela, veio a expulsão.
Agora, dentro do reality, o grande destaque é Natália. A mineira foi o alvo da maioria dos participantes (de forma mais óbvia nesta semana, do que ao longo das últimas três em que foi sempre ao paredão). A Bad Nat tem uma postura forte e que atrai de foram significativa os fãs: não teme tanto quantos os pares uma opinião negativa dos telespectadores — e exatamente por isso tem alta aprovação (mas não tanto quanto Arthur, é bom lembrar. O ator teve só 4,95% dos votos no último paredão, enquanto a Natália chegou a 9,03%).
A exponencial ascensão de Natália nesta semana, contudo, não é o suficiente para reerguer o BBB22. Apesar da expulsão de Maria (e até da recente chegada de Larissa e Gustavo) ter dado a impressão de que o reality mudou significativamente, no fundo, o programa provavelmente vai desacelerar dos 100 km/h em um breve futuro. Isso por uma razão bem mais simples do que parece: o grande problema está nos outros participantes.
O reality pode até tentar emplacar dinâmicas, ou surpresas, no cotidiano da casa. E isso até pode gerar um buzz — ou expulsão —, mas no fim, é difícil tudo mudar. No fim, as plantas ainda sugarão todo movimento que Boninho tentar criar.
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