Atriz Gabriela Mag vive momento especial no streaming e no cinema

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Gabriela Mag estreou em julho no streaming, com Sintonia, e nas telonas, com Coisa pública. Confira entrevista com a atriz!

O dia 13 de julho foi especial para a atriz Gabriela Mag, pois ela estreou no streaming como a Tally da terceira temporada de Sintonia e no cinema como a Mayara de Coisa pública. Em comum, além da idade, as duas têm uma bolha social em que vivem. O problema é que elas estão prestes a estourar.

“Tally é uma influencer, que nasceu nos jardins, já com o mundo em suas mãos. É muito empoderada, vaidosa e por toda sua situação socioeconômica, vive numa bolha de privilégios da qual começa a sair quando conhece Doni (Jottapê), que veio de um lugar muito diferente. Mayara é uma jovem residente de uma república e que dá aula para criancinhas pela manhã para pagar sua faculdade à tarde. Ela também vive numa outra bolha: pois sempre teve seus desejos oprimidos. Por isso, replica essas atitudes intolerantes que sofreu a quem está ao seu redor”, compara a atriz.

Entrevista // Gabriela Mag

Ao lado de Jottapê em Sintonia

Você estreou no mesmo dia em Sintonia e no filme Coisa pública. Quais são as principais diferenças e semelhanças entre a Tally e a Mayara?
Tally e Mayara têm aproximadamente a mesma idade, mas fora isso, acho muito difícil identificar semelhanças entre essas duas jovens. Tally é uma influencer, que nasceu nos jardins, já com o mundo em suas mãos. É muito empoderada, vaidosa e por toda sua situação socioeconômica, vive numa bolha de privilégios da qual começa a sair quando conhece Doni (Jottapê), que veio de um lugar muito diferente. Mayara é uma jovem residente de uma república e que dá aula para criancinhas pela manhã para pagar sua faculdade à tarde. Ela também vive numa outra bolha: pois sempre teve seus desejos oprimidos. Por isso, replica essas atitudes intolerantes que sofreu a quem está ao seu redor.

Você tem cenas sensuais com o Jottapê em Sintonia. Como foi a preparação para essas cenas?
Foi uma experiência muito bonita pra mim, tanto como mulher, quanto como atriz. Era meu primeiro trabalho e minha primeira cena de sexo. O diretor, Johnny Araújo, se preocupou em conversar comigo e com o Jottapê antes, nos mostrar referências, esvaziar o set o máximo possível e pelo tom da série e do relacionamento dos personagens, optou por uma cena mais romântica, que explícita. O Jottapê é sempre muito parceiro em todas as cenas, nos ajudamos bastante e nessa em específico, se mostrou muito profissional, me pedia licença o tempo todo. Tudo isso me deixou muito à vontade.

A Tally registra cada passo dela nas redes sociais, pois é uma influenciadora. Como é a sua relação com as redes? Não acha que muita exposição pode ser perigoso?
No começo da minha carreira na internet, adorava compartilhar todo o meu dia a dia. Hoje prezo muito mais pela minha privacidade, por dois motivos: preservar minha saúde mental e minha integridade física.

Por outro lado, as redes sociais podem te ajudar em bandeiras, como o feminismo, por exemplo. Como dosar?
Para mim, os maiores benefícios da internet são: facilitar a comunicação, a visibilidade e a informação, principalmente para as pessoas com menos oportunidades. Tenho essa necessidade de trocar minhas vivências e pensamentos com outras mulheres e é nisso que procuro focar através dos meus conteúdos nas redes sociais. Escolho bem as ideologias e produtos que represento, de modo a somar nas vidas das mulheres que me seguem e acreditam em mim.

Apesar de muito religiosa, a Mayara apresenta uma máscara onde estão escondidos assuntos tabus. Acha que ainda há muitas Mayaras escondidas por aí?
Todos nós, em algum momento, já deixamos de fazer algo para sermos aceitos pela sociedade. Isso porque o patriarcado dita regras que vão desde como nossa aparência deve ser ou como devemos nos portar até quem nós devemos ou não devemos amar. Então, infelizmente, existem sim, muitas pessoas que ainda não se libertaram dessas amarras, muitas Mayaras.

Quando a bolha onde ela vive explode, o que fica de lição?
Espero que o sofrimento de Mayara, por se esconder e se reprimir tanto, sirva para que quem pratica a homofobia e a justifica nos dogmas da Igreja, reflita sobre a diferença entre todo esse julgamento e o amor de Deus. E que as pessoas lgbtqiapn+ que sofrem esse tipo de preconceito, se identifiquem e se libertem.

A religiosidade de Mayara beira o fanatismo. Ficou com medo de uma determinada parcela do público não aceitar isso ou acusar o filme de estar falando mal da religião?
Coisa Pública não é um filme para fazer com que a gente se sinta bem e sim que a gente se transforme. É forte, violento e escancara atos de racismo, machismo e homofobia, que todos, por nossa criação, ainda carregamos dentre de cada um de nós. A crítica, através da personagem de Mayara, não é feita a religião em si é muito menos a Deus, mas sim aos discursos homofóbicos que os homens propagam dentro da Igreja.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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