Leitura de férias: veja sugestões de livros para ler com as crianças

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A professora de literatura Luciana Carvalho de Aguiar com o filho Davi, de 4 anos (Foto: arquivo pessoal)

Por Wanessa Alves*

Segundo a cartilha Primeiros anos em suas mãos, distribuída pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, o desenvolvimento infantil e a forma como uma pessoa lidará com o mundo estão ligados aos estímulos recebidos nos primeiros anos de vida. Falar, cantar, brincar e ler para e com crianças estão entre as opções mais efetivas para melhorar a aprendizagem e fazer com que meninas e meninos se tornem emocionalmente mais saudáveis e tenham boas habilidades intelectuais e motoras.

Ao entrar na escola, idealmente, o hábito da leitura começa a ser inserido na vida dos alunos de forma divertida, por meio de projetos, apresentações musicais e rodas de leitura, por exemplo. Ao longo da vida, esse costume deve ser mantido também pela família. Para a professora de literatura e doutoranda em crítica literária pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura pela Universidade de Brasília (PósLit/UnB) Luciana Aguiar, “é em casa que os pais devem incentivar esse hábito, lendo com e para as crianças, comprando livros e levando-as à biblioteca”. E é isso que ela faz com o filho de 4 anos, Davi Aguiar.

Segundo Luciana, o hábito da leitura deve surgir em casa e ser reforçado na escola (Foto: arquivo pessoal)

Segundo ela, esse é o caminho para que o costume surja gradualmente. “Com o passar do tempo elas se apaixonam pela leitura”, afirma. Luciana explica que a leitura abre possibilidades de novas formas de pensar, de ver o mundo e de compreender as mudanças. A sugestão da pesquisadora é de que os pais também leiam para os filhos as obras de autores renomados no país. “Se a literatura tem essa conexão com a vida e se é por meio dela que nós entendemos a nossa realidade, é interessante ler os clássicos nacionais”, indica. Alguns exemplos são Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis (a sugestão é ler a obra na versão em quadrinhos), e A terra dos meninos pelados, de Graciliano Ramos.

Leia!

Memórias póstumas de Brás Cubas — em quadrinhos

Em um romance repleto de digressões filosóficas, o escritor se vale da posição privilegiada de Brás Cubas, como “defunto autor” ou “autor defunto”, para narrar as suas desventuras e revela as contradições da sociedade brasileira do século 19, especialmente por meio da análise aprofundada da psicologia das personagens.

Autor: Machado de Assis

Editora: Principis

80 páginas

R$ 10,90

 

A terra dos meninos pelados

Edição ilustrada de um clássico de Graciliano Ramos, A terra dos meninos pelados é o país de Tatipirun, onde não há cabelos e as pessoas têm um olho preto e outro azul. Mas este país é imaginário: criado por um menino diferente que, não tendo com quem se entender, falava sozinho. Raimundo Pelado, como era apelidado pelos vizinhos, tinha o olho direito preto, o esquerdo azul e a cabeça pelada. Nesta nova edição da clássica história de Graciliano Ramos, contamos com os traços e cores de outro Ramos, Jean-Claude, que apresenta um novo estilo para a obra.

Autor: Graciliano Ramos

Ilustrações: Jean-Claude Ramos Alphen

Editora: Galera Junior

88 páginas

R$ 49,90

 

Confira sugestões de lançamentos para ler nestas férias

As obras podem ser aproveitadas por crianças alfabetizadas, que poderão ler sozinhas, ou na companhia de outro leitor, que pode estimular meninos e meninas menores a curtirem a história mesmo sem ainda saberem ler

Pelo nariz

Quais aromas estão guardados na memória e que o fazem lembrar de algum lugar ou momento da vida? Por exemplo, você recorda do cheiro que sentiu quando viajou à praia? E do cheiro do pãozinho da padaria, você lembra? O livro Pelo nariz, escrito pelo brasileiro Arthur Nestrovski e ilustrado por Marcelo Cipis, instiga o leitor a relembrar ocasiões especiais a partir da memória olfativa.

Autor: Arthur Nestrovski

Ilustrador: Marcelo Cipis

Editora: Sesi-SP

48 páginas

R$ 44

Classificação indicativa: livre para todos os públicos

Quem quer este rinoceronte?

Do mesmo autor de A parte que falta — livro que ficou famoso nas redes sociais por abordar a busca incessante das pessoas em procurar a felicidade no outro —, Quem quer este rinoceronte? chega às livrarias com um estilo de escrita e ilustração leve e divertido. As páginas apresentam ao leitor as vantagens de criar um rinoceronte em casa. “Ele está à venda, bem barato, é enorme, o chifre, curvo e longo, é quietinho como um camundongo. Abana a cauda, contente, é bom de abraçar toda hora e muito útil ao redor da casa onde a gente mora”, descreve autor.

Autor e ilustrador: Shel Silverstein

Tradutor: Alípio Correia de Franca Neto

Editora: Companhia das Letrinhas

64 páginas

R$ 49,90

Classificação indicativa: livre para todos os públicos

Álbum de família

Escrito pela jornalista, documentarista e crítica teatral Gabriela Romeu, Álbum de família é uma biografia poética da trupe familiar Carroça de Mamulengos, uma das mais importantes companhias culturais do país. O grupo teatral surgiu há 40 anos em Brasília, com Babau e Schirley e, hoje, é formado por filhos, netos, genros e noras. A narrativa é escrita de forma simples e mistura fotos da família com as ilustrações de Catarina Bessell. A obra nos faz embarcar na história, assim como acontece quando vemos um álbum de família na casa de um amigo e ele vai nos contando o que aconteceu nos momentos em que a foto foi tirada. Confira um trecho do livro: “Era uma vez dois. Babau e Schirley, moça da saia rodada e olhar a plantar horizontes que ele encontrou nas primeiras curvas da estrada. Ela mais ele seguiram juntos, queriam formar uma trupe. Fizeram da estrada sua morada”.

Autora: Gabriela Romeu

Ilustradora: Catarina Bessell

Editora: Peirópolis

96 páginas

R$ 56

Classificação indicativa: livre para todos os públicos

Dó-Ré Mundo

O projeto musical Dó-Ré Mundo, presente na plataforma de conteúdos educativos PlayKids, lançou um livro com letras, cifras para violão e guitarra e QR code que levam direto para os videoclipes das canções. O projeto também pode ser acessado no YouTube [www.youtube.com/doremundo].

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Brinquedos miúdos e graúdos, nascidos na barriga da língua portuguesa

Escrito e ilustrado pela poeta e pesquisadora Selma Maria Kuasne, o livro apresenta, em forma de versos, as brincadeiras, a cultura, rimas, trava-línguas e adivinhas vindas de outros países que também falam português. As ilustrações, feitas pela autora, lembram desenhos infantis feitos à mão, com lápis, giz de cera e caneta colorida, o que torna a leitura rimada ainda mais animada.

Autora e ilustradora: Selma Maria Kuasne

Editora: Estrela Cultural

64 páginas

R$ 30

Classificação indicativa: a partir dos 10 anos

A menina do dia

Este é o primeiro livro infantojuvenil escrito pela escritora e atriz paulista Renata Bortoleto. A narrativa conta a vida de Íris, uma adolescente que sofre de insônia. Em uma madrugada, um estranho ancião sem rosto surge no quarto dela e, juntos, eles embarcam em uma aventura. Os percalços do caminho fazem com que a garota, que está entrando na adolescência, sinta saudade da infância e da família — um sentimento com que muitos vão se identificar. “De repente, vem um desejo de estar sendo cuidada pelos pais e na companhia da irmã, mesmo sabendo que heróis eles também não são. E de voltar no tempo, quando suas necessidades eram tão poucas e tão triviais”, diz um trecho do livro. A história da jovem convida o leitor a refletir sobre dramas, emoções, dúvidas e descobertas que sempre estão presentes nesta fase da vida.

Autora: Renata Bortoleto

Ilustradora: Lais Oliveira

Editora: Estrela Cultural

80 páginas

R$ 49,90

Classificação indicativa: a partir dos 12 anos

 

*Estagiária sob supervisão de Ana Paula Lisboa

Ainda não sabe o que fazer no Dia das Crianças? Google Assistente pode contar histórias para a garotada

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Como está a sua programação para o Dia das Crianças? Na véspera desse dia, a tecnologia pode ajudar a contar historinhas para crianças. A partir de agora, o Google Assistente tem mais uma função: contar histórias infantis. Ao falar “Ok Google, conte uma história”, o programa irá atender, de forma gratuita, o pedido. São mais de 30 audiolivros. Para ter acesso à ferramenta, é necessário ter um smartphone e instalar o app GooglePlay Livros, ou, uma das caixas de som inteligente com Google Assistente.

Para personalizar ainda mais a busca, o usuário pode pedir a história que deseja ouvir: “Ok Google, me conte a história da iara” ou “Ok Google, me conte a história da Rapunzel”. Os áudios têm entre quatro e 20 minutos de duração. As crianças também podem brincar como se estivessem conversando com personagens de desenhos animados da Cartoon Network. Para isso, basta usar o comando: “Ok Google, falar com Gumball Medieval” ou “Ok Google, falar com Ursos sem Curso”.

À esquerda, o pedido para que o Google conte a história. À direita, a história sendo reproduzida

Além disso, com a permissão dos pais, menores de 13 anos também podem ter a própria experiência personalizada no Assistente do Google ao fazer login com conta fornecida pelo Family Link, aplicativo que ajuda os pais a terem mais controle sobre o conteúdo que os filhos estão visualizando, e, bloqueá-lo, se for o caso.

Entre as histórias já disponíveis, estão João e Maria, Cinderela, RapunzelUm Dia de Praia (Galinha Pintadinha), Iara, Lobisomem e Os três porquinhos. Os contos são personalizados com música para ajudar a criança a embarcar na história contada. A narração também varia de acordo com o contexto. Algumas histórias são contadas por voz de mulher, outras, por timbre de homem.

Escritor Tino Freitas lança livro infantil sobre violência sexual

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Com Clara Lobo*

Leila, o novo livro do autor Tino Freitas e da ilustradora Thais Beltrame, aborda um tema que, à primeira vista, pode parecer muito complicado de discutir com o público infantil, seria até mesmo tabu: o assédio e a violência sexuais na infância. No entanto, é uma questão que envolve medidas urgentes mesmo na primeira infância: mais da metade dos casos desse crime ocorre até os 6 anos de idade.

Com muita delicadeza, o escritor e a ilustradora conseguem passar uma mensagem importante, que pode ajudar meninos e meninas a se defenderem desse tipo de violência, mesmo sem entender ainda direito do que se trata. O livro recém-lançado conta a história de Leila, uma baleia independente, de cabelos compridos, que adora nadar. Entretanto, em um de seus passeios, Leila encontra um vizinho estranho, o Barão. Ele a cumprimenta, a chama de “pequena”, a elogia e rouba um beijo de bom-dia. E o narrador entrega: foi como se ele tivesse roubado algo de uma criança.

A história é um ótimo instrumento para que todas as crianças entendam que ninguém pode tocá-las sem consentimento. Durante a primeira infância, as ilustrações e o texto podem ser mediados por pais ou outros adultos. “A literatura adulta reflete o que o homem é e a literatura infantil não é diferente. A violência, a morte, tudo isso também está presente no cotidiano das crianças”, reflete Tino sobre a iniciativa de escrever um livro com essa temática para crianças.

“Seria muito bom que as crianças tivessem acesso a temas complexos e sensíveis em ambientes confortáveis, como em casa ou na escola para aprenderem a lidar com os problemas”, ressalta Tino. O escritor radicado em Brasília começou a ter vontade de falar sobre assédio em 2014, quando visitou uma escola no Rio Grande do Sul e teve a sensação de que uma das crianças era vítima de violência.

O escritor comunicou o fato à professora e passou a pensar em como tratar o assunto. No ano seguinte, começou a produzir a obra, e o processo durou quatro anos. A intenção do autor é transmitir liberdade e empoderar os leitores, além de levar o assunto para dentro de casa, trazendo discussões a respeito da temática entre a família. Leila é um livro indicado para crianças a partir dos 8 anos e será lançado em 23 de julho.

Quando texto e imagem se casam

“É um livro que tem uma relação muito simbiótica entre texto e imagem. Um livro cheio de metáforas para que cada um faça a sua leitura, até mesmo as crianças”, observa o escritor. Nas páginas da obra, palavras e imagens se mesclam. Os autores assinam o projeto gráfico com a produtora editorial Lílian Teixeira e utilizam as páginas duplas como se fossem apenas uma, dando amplitude e vastidão ao mar, onde se passa a narrativa.

As imagens são indispensáveis para o fluxo da história, porque o texto verbal não diz que Leila é uma baleia e Barão um polvo, então o leitor precisa “ler as imagens” para compreender. Em sequência, os autores começam a usar apenas imagens na narrativa, fazendo com que o leitor vire o livro e o coloque na vertical, o que dá profundidade ao mar e traz uma sensação de queda, devido à tristeza que Leila desenvolve no decorrer da história.

O escritor Tino Freitas

Saiba mais sobre o lançamento

O livro será lançado em Brasília, no Sebinho Cult (comercial da 406 Norte, Bloco C) na terça-feira (23), das 19h às 22h. Confira o evento de lançamento no Facebook.

Haverá uma roda de conversa em que o escritor revelará segredos da produção do livro. Graça Ramos e Isabella Stephan participarão da conversa. Graça é jornalista, mestre em litetura e doutora em história da arte. Isabella é assistente social e atua amparando crianças e jovens vítimas de abuso ou exploração sexual infantil.

Das 19h as 20h, o bate-papo será no auditório do Sebinho (subsolo); em seguida, a sessão de autógrafos ocorrerá na área do Café (térreo).

Leia!

Leila
Autores: Tino Freitas (texto) e Thais Beltrame (ilustrações)
Editora: Abacatte
52 páginas
R$ 44 (em dinheiro ou cartão)
Leila é uma filhote de Jubarte que se cala diante do assédio e da violência do antagonista, seu vizinho. Um dia ela encontra a “sua voz” e tudo passa a ter um novo significado. Enquanto o leitor navega com Leila, ele também descobrirá outras histórias. Quem sabe, a sua. As ilustrações de Thais Beltrame (nanquim aguado e aquarela) são uma obra de arte à parte, que torna a leitura ora densa, ora leve, oferecendo ao leitor as sensações de um profundo mergulho até quase faltar o ar, ou do alívio de se chegar à superfície para um longo respiro. Sobre Leila, o escritor Leo Cunha escreveu um convite na quarta capa do livro: “Até as maiores personagens precisam encontrar sua voz. Conheça Leila e sua busca por Liberdade e Justiça. Uma busca que também é de todos nós”.

Conheça os autores

Tino Freitas mora em Brasília. Músico, escritor, contador de histórias, é também mediador de leituras. Seus livros têm como características o humor, a crítica social e o experimento com o suporte (papel/folha/livro objeto) enquanto importante elemento condutor da narrativa. Alguns receberam importantes láureas, como o Prêmio Jabuti.

Thais Beltrame reside e trabalha em São Paulo. Formada em artes plásticas pelo Columbia College Chicago, suas obras já foram expostas em diversos países. Ilustrou mais de uma dezena de livros e diversas publicações nacionais e internacionais. Também já ganhou o Prêmio Jabuti, entre outros.

Confira mais imagens do livro:

*Estagiária sob supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa

Maior parte dos casos de violência sexual contra crianças ocorre na primeira infância, o que chama a atenção para a importância de prevenir e combater esse crime

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Entre janeiro de junho de 2018, o Ministério dos Direitos Humanos registrou 8,5 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes em todo o país por meio do Disque 100 . Em 2017, em todo o ano, foram mais de 20 mil ocorrências. No Distrito Federal, o sistema computou 133 agressões até junho de 2018 e 319 durante o ano de 2017.

Como nem todos os crimes sexuais contra a população de 0 a 17 anos chegam a ser denunciados, o número total de casos deve ser muito maior. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que apenas 10% dos casos são notificados no país . E, em 71% dos casos, o agressor é um familiar ou alguma pessoa próxima da vítima.

Entre os 8.581 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes registrados na primeira metade do ano passado, 47,99% foram praticados contra meninas; e 40,70% contra meninos — em 11,31%, o gênero não foi informado. A maior quantidade de agressões foi registrada contra crianças de 4 a 7 anos, que correspondem a 21,47% das vítimas. Em 17,76% dos crimes, as crianças tinham até 3 anos.

O que acende o alerta para a importância de combater e prevenir esse tipo de violência na primeira infância, fase em que meninos e meninas são mais vulneráveis e têm menos possibilidades de denunciar. Os casos diminuem à medida que as crianças crescem: 20,01% das vítimas têm de 8 a 11 anos; 17,43% de 12 a 14 anos; 11,69% de 15 a 17 anos. A exploração sexual, quando se paga para ter sexo com a pessoa com menos de 18 anos, é responsável por 16,08% dos casos.

Em seguida, aparecem pornografia infantil (15,52%), sexting — divulgação de conteúdos eróticos por meio de celulares — (1,26%), grooming — sedução virtual — (1,13%) e exploração sexual do turismo (0,09%). Com relação à essa última modalidade, a Polícia Rodoviária Federal publica todos os anos um balanço de pontos vulneráveis nas rodovias brasileiras. Em 2018, foram constatados 2.487 pontos vulneráveis.

Dia de luta: 18 de maio

Legenda: Campanha do Governo de Alagoas contra esse crime

Maio é o mês-símbolo dessa luta. Em 18 de maio, celebra-se o Dia Nacional do Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data, instituída pela Lei Federal nº 9.970/2000 , é uma homenagem à jovem Araceli, menina de 8 anos que foi vítima de um crime que chocou o país em 1973. Em Vitória, no Espírito Santo, ela foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade. O crime, apesar da natureza hedionda, segue até hoje impune.

Faça Bonito!

O Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes promove a campanha Faça Bonito! para demarcar essa luta. Qualquer pessoa pode aderir, participar e divulgar. Saiba mais no site.

Na legislação

A Fundação Abrinq lançou recentemente o estudo Caderno legislativo da criança e do adolescente 2019 . A publicação apresenta quais são as proposições prioritárias para a infância e adolescência em tramitação no Congresso Nacional e faz um apanhado histórico das legislações já existentes. Uma das conclusões, no que diz respeito à violência sexual, é que a legislação sozinha não basta para garantir direitos. É preciso ter políticas públicas mais eficazes, tanto de combate, quanto de prevenção.

Entre os acordos e compromissos internacionais relativos à infância e à adolescência, está a Declaração de Estocolmo , resultante do Congresso Mundial sobre Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Organização das Nações Unidas (ONU), de 1996. O documento tem como objetivo combater o fenômeno da exploração sexual comercial de crianças, mediante uma ação integrada em todos os níveis, local, nacional e internacional.

Estudo da Fundação Abrinq mapeou a legislação que impacta crianças e adolescentes no Brasil, assim como projetos de lei em tramitação

A publicação da Fundação Abrinq conclui que “o cenário da infância e adolescência era aterrorizante nos anos que antecederam à Constituição Federal  de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) , em 1990”. Isso “pois crianças e adolescentes estavam submetidos a condições de vida sub-humanas, sofrendo de desnutrição crônica, sendo submetidos a trabalho forçado e precoce, sem acesso à educação e sofrendo todos os tipos de violência: abandono, violência, exploração sexual e demais situações que os colocavam em alta situação de risco”.

Com relação à violência sexual, a Constituição Federal brasileira resguarda crianças e adolescentes nesse sentido, nos artigos 5º e 227º. O ECA também é fundamental nesse sentido. No entanto, só a legislação é insuficiente para proteger as pessoas de até 17 anos desse tipo de crime, que, infelizmente, ainda é comum: a publicação da Abrinq cita que, entre os casos de violência sexual notificados no sistema de saúde, em 2011, mais de 70% dos estupros foram cometidos contra crianças e adolescentes no Brasil.

Por isso, a fundação recomenda a criação de programas efetivos: “a partir deste cenário, entendemos que é fundamental discutir e implementar políticas públicas voltadas à prevenção e redução da violência contra crianças e adolescentes, efetivando a doutrina da proteção integral prevista na Constituição Federal.” Na 55ª Legislatura (2015-2019) do Congresso Nacional, foram apresentadas e tramitaram 337 proposições que se relacionam, direta ou indiretamente, à violência contra a criança e o adolescente.

Dessas, 70 tratam de violência sexual, a maioria na lógica de agravar a punição do agressor após a violência. O estudo da Abrinq cita que, desde 2009, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostra que o número de casos notificados de violência sexual contra crianças e adolescentes é bem alto, por isso, exigem ação. “As alterações consecutivas na legislação penal, com vistas a agravar as penas para os agressores, são importantíssimas, mas, sozinhas, não vão reduzir esses terríveis indicadores — o que aponta para a necessidade de urgentes medidas de prevenção à violência”, defende o estudo.

Projetos de lei

Desde 2012, a Fundação Abrinq mapeia proposições legislativas que se referem, direta ou indiretamente, a direitos da criança e do adolescente e que tramitam nas duas Casas Legislativas. Até 7 de dezembro de 2018, foram identificadas 4.334 proposições, das quais ainda estão ativas 3.849. Desse total, 2.328 foram apresentadas e tramitaram durante a 55ª Legislatura (período de 2015 a 2018), e somente 193 delas chegaram ao fim do processo legislativo (arquivadas, devolvidas ou retiradas pelo autor e transformadas em norma jurídica). Ou seja, até dezembro de 2018, 2.135 proposições ainda tramitavam.

Confira propostas consideradas prioritárias pela Fundação Abrinq que envolvem a temática:

PL nº 4.018/2004, do Senado Federal , de Edison Lobão (PFL/MA): altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, e a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para combater a prostituição e a exploração sexual de crianças e adolescentes. Exige autorização judicial para que o adolescente possa viajar desacompanhado e aumenta para 30 dias o período de fechamento de estabelecimento que hospede criança ou adolescente desacompanhado dos pais ou responsável.

PL nº 6.831/2010 , da Câmara Federal, de Paes de Lira (PTC/SP): altera os arts. 213, 217-A e 225 do Decreto-Lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940, dispõe sobre o crime de estupro e dá outras providências. A proposta foi desarquivada este ano.

A youtuber Fabiola Melo aborda a própria experiência em livro para ajudar vítimas

Relato de uma vítima

Youtuber , palestrante e digital influencer cristã, Fabiola Melo foi vítima de abuso por uma pessoa de confiança da família aos 9 anos.

Na época, ela não entendeu a violência que havia sofrido, e sem denunciar, seguiu com as marcas dessa violação. Já adulta, motivada pela própria dor e pelos pedidos de socorro que recebe diariamente nas redes sociais, ela lança o escreveu o livro A culpa não é sua.

A obra é publicada pela editora Mundo Cristão e tem o objetivo de ajudar a todos que passam ou passaram pela mesma situação. Além da própria experiência, na obra, a autora revela relatos marcantes de diversas mulheres que também sofreram com a agressão, seja na infância, seja na vida adulta.

A publicação traz ainda uma série de complementos, como explicações acerca dos mitos e realidades relacionados ao abuso sexual de crianças e adolescentes, informações sobre os meios de denunciar o crime e dados sobre abuso no Brasil.

Leia!

A culpa não é sua

Autora: Fabiola Melo

144 páginas

R$ 29,90

 

 

 

 

 

Tema chega às telonas

A edição do Festival Varilux de Cinema Francês deste ano, entre 6 a 19 de junho, traz duas produções sobre abuso e exploração infantil. O longa Graças a Deus (Califórnia Filmes), de François Ozon, retrata o caso de um padre acusado de molestar dezenas de meninos entre os anos 1980 e 1990.

Na história, Alexandre (Melvil Poupaud) vive em Lyon com a esposa e os filhos quando descobre que o padre que abusou dele quando era escoteiro ainda trabalha com crianças. Por causa disso, ele inicia um movimento ao qual se juntam François e Emmanuel, outras vítimas do padre, para vir a público e buscar justiça. Mas eles terão que enfrentar todo o poder da cúpula da Igreja nessa batalha.

O outro filme que aborda a temática é Inocência Roubada (A2 Filmes), dirigido por Andrea Bescond e Eric Metayer. Adaptação de um espetáculo de dança da bailarina, atriz e diretora Bescond, a produção é baseada em uma história real. A dança foi a forma encontrada por ela para se libertar dos traumas sofridos na infância.

Ainda não há previsão de quando os filmes vão estrear.

Para estudiosos e outros interessados

A Universidade Federal de São Carlo (UFSCar) vai sediar evento internacional sobre crianças e adolescentes em situação de risco entre 20 e 30 de maio. O ciclo da Escola de Altos Estudos (EAE) – Crianças e Adolescentes em Situação de Risco: Dimensões Éticas, Intervenção e Inovação Científica tem como objetivo principal disseminar conhecimento científico de ponta sobre o impacto de experiências de adversidade e negligência no desenvolvimento humano, bem como discutir possibilidades de intervenção, mantendo um olhar atento para as questões éticas envolvidas.

Entre os palestrantes do primeiro ciclo, está Linda Liebenberg, professora da Dalhousie University, no Canadá. Podem se inscrever estudantes de graduação dos últimos anos, em especial, nas áreas de psicologia, psiquiatria, neurociências do desenvolvimento e educação especial, pesquisadores e alunos de pós-graduação da UFSCar e de outras instituições e pesquisa. Interessados devem se inscrever gratuitamente no site do evento:

A UFSCar ainda promoverá ainda um segundo e um terceiro ciclos. O convidado do segundo ciclo, em agosto, será Charles Nelson, da Universidade Harvard. No terceiro ciclo, em outubro, será a vez de Ilina Singh, da Universidade Oxford.

Livro explica às crianças a importância da amamentação

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Lançamento da Paulinas Editora, o livro É mamífero que fala, né?, de autoria de Moises Chencinski e Vanessa Abreu, chegou às livrarias e às lojas on-line com uma proposta inusitada: falar de aleitamento materno diretamente para as famílias, especialmente para as crianças, empregando uma linguagem carinhosa, cuidadosa e acessível.

Para construir o livro, o pediatra e homeopata Moises Chencinski, em parceria com a nutricionista e consultora em aleitamento materno, Vanessa Abreu, tiveram a ideia de abordar o tema de forma lúdica, fortalecendo o vínculo familiar (entre membros como pai, avós, tios), que é a base da rede de apoio para a mãe que amamenta. Ao analisarem as ideias, decidiram contar a história de maneira simples, para as crianças, relacionando-a com algo aprendido em sala de aula: os mamíferos. Com ilustrações da artista plástica Helena Cortez, o livro revela o que há de comum entre todos os mamíferos de maneira belíssima e poética.

 

Muitos fatores são conhecidos e explorados na obra: falta de informação ou informação inadequada (palpites) nas redes sociais, amigos e familiares e até de profissionais de saúde, falta de apoio à amamentação durante o pré-natal, na maternidade e mesmo nas primeiras consultas com o pediatra,falta de espaço na mídia para divulgação ética e constante sobre a importância do leite materno, licença-maternidade insuficiente para que ocorra aleitamento materno exclusivo, marketing abusivo das indústrias de fórmulas infantis, cultura de desmame desde a infância, quando a maioria das bonecas vem com mamadeiras e chupetas, e muitas outras questões.

Para não ficar só esperando que “os outros” façam alguma coisa em prol do aleitamento materno, o livro É mamífero que fala, né? chega com a missão de reunir a família, fortalecer os vínculos, reforçar a contação de histórias e disseminar informações sobre o aleitamento materno.

 

É mamífero que fala, né?

Autores: Vanessa de Abreu Barbosa Fernandes, Moises Chencinski

Ilustrações: Helena Cortez

Editora: Paulinas

40 páginas

R$ 31,50

 

Confira relato dos autores sobre a obra:

Livros de banho são lançados para bebês

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A Catapulta Editores lançou coleção de livros impermeáveis para tornar o momento do banho mais divertido para bebês e crianças pequenas. Oscar, Lilinha, Sofia e Valentim são os novos personagens das obras. As publicações podem ser usadas na hora do banho e cada uma conta com um bichinho como protagonista, que acompanha a história e pode ser usado em contato com a água.

A coleção tem quatro títulos diferentes com seis páginas, e é indicado para bebês a partir dos seis meses. Os títulos são: Oscar explora o fundo do mar, Lilinha adora cosquinha, Sofia e seus amigos se divertem debaixo d’água e O dia de Valentim, o pinguim.

Macios e resistentes, os livros vêm acompanhados de uma bolsinha plástica de zíper e um bonequinho com o personagem equivalente.

Conheça os livros!

Oscar explora o fundo do mar

Editora:
Catapulta Editores

Páginas: 6
R$ 49,90

Sofia e seus amigos se divertem debaixo d’água

Editora:
Catapulta Editores

Páginas: 6

R$ 49,90

O dia de Valentim, o pinguim

Editora:
Catapulta Editores

Páginas: 6

R$ 49,90

Lilinha adora cosquinha

Editora:
Catapulta Editores

Páginas: 6

R$ 49,90

Editora lança livros tácteis para bebês

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A Catapulta Editores lança livros tácteis com a proposta de inserir o hábito e o gosto pela leitura no universo dos bebês. Os livros Vejo no bosque e Vejo no oceano trazem páginas cortadas para compor as histórias e ilustrações estampadas.

Vejo no bosque é um convite para o bebê entrar no livro e ajudar o esquilo a buscar sua família, além de encontrar com outros amigos animais durante sua jornada. Ideal para mãos pequenas, o livro é táctil e bom para a criança manuseá-lo enquanto aproveita a história rimada e cheia de ilustrações.

Vejo no oceano é um convite para que a criança mergulhe no oceano ou passeie pelo bosque para conhecer os animais de cada ambiente. O personagem da história é uma tartaruga, que está em busca de sua família.

Saiba mais sobre os livros

Vejo no bosque

Editora: Catapulta

R$ 49,90

10 páginas

Vejo no oceano

Editora: Catapulta

R$ 49,90

10 páginas

Livros infantis do alemão Michael Ende ganham novas edições para o público brasileiro

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Dois livros do renomado autor alemão Michael Ende (1929-1995), O pequeno Papa-Sonhos e Um ursinho bem velhinho, voltam ao mercado em edição da Editora Salamandra. Ende é autor do clássico A história sem fim, que ganhou várias versões em forma de filmes e séries. As obras de Ende que chegam ao mercado editorial brasileiro agora abordam, de forma lúdica e encantadora, temas relacionados a diversidade cultural, convívio familiar e vida social.

Os dois volumes se passam numa atmosfera de contos de fadas, narrativas míticas e reflexões sobre a existência. Com tradução de Cláudia Cavalcanti, as publicações de Michael Ende são indicadas para crianças a partir dos 7 anos ou menores, caso a leitura seja mediada pelos pais ou outros adultos.

 

 

Para abordar problemas de sono

O livro O pequeno Papa-Sonhos acompanha a pequena princesa Sonolinda. A garota vivia no reino de Sonolândia, onde os habitantes acreditavam que o sono está diretamente ligado à vida e à saúde das pessoas. Tudo começa quando a menina deixa de dormir devido a pesadelos recorrentes, o que se transformou em uma vergonha nacional. A situação era tão grave que a princesa ficou doente. Após consultar os principais especialistas do país, o rei, o pai de Sonolinda, parte para encontrar a cura para os pesadelos da querida filha.

Ele viajou milhas e milhas, conversou com bombeiros, feirantes, taxistas, chineses centenários, esquimós, até que conseguiu encontrar uma criatura curiosa: o Papa-Sonhos, um pequeno ser que parecia um pedacinho de lua prateado, tinha braços, pernas e cabeça parecidos com os de um ouriço ou um porco-espinho, além de ter um rosto cheio de rugas sorridentes e uma boca gigantesca que se alimentava de pesadelos. O Papa-Sonhos revelou um encantamento que a filha do rei deveria ler todas as vezes que sentisse medo antes de dormir, convidando-o a devorar seus sonhos assustadores.

 

Uma viagem pelo sentido da vida

A obra Um ursinho bem velhinho mostra a busca do ursinho de pelúcia Washable pelo sentido da vida. Após a dona dele ter crescido e deixá-lo de lado, Washable foi indagado por uma mosca sobre qual o motivo de ele existir. Não sabendo a resposta, o urso então resolve procurar e encontra alguns insetos e animais, como o camundongo, que é esperto e vive à procura de comida para alimentar sua família; uma apressada abelha conta que existe para colher mel, construir colmeia e servir ao bem-estar da coletividade; para o cisne, o sentido da vida é a beleza; o cuco avisa ao ursinho que o legal da vida é enumerar, contar tudo o que existe: árvores, folhas, pinhas, dias, horas, tudo; um bando de macacos na selva responde que o objetivo da existência é fundar alguma coisa: uma associação, um clube, um comitê, um partido, alguma comunidade para que se estabeleça uma ordem de hierarquia. “Senão vira bagunça”, diz o macaco-chefe.

Ele também encontrou os elefantes, que refletiam profundamente sobre a questão, mas que não conseguiram ajudar. Por fim, uma borboleta falou de suas diferentes fases de transformações, explicando ao ursinho que viemos ao mundo para nos aprimorarmos. Os animais não conseguiram compreender o pequeno urso, já que só conseguiam utilizar suas próprias vidas como modelo ideal para a vida dos outros. Foi então que o urso encontrou enfim o seu verdadeiro motivo de existir — (e vamos parar por aqui para não dar spoiler).

Saiba mais sobre os livros!

O pequeno Papa-Sonhos

Autor: Michel Ende

Editora: Salamandra

Páginas: 32

R$ 45

Um ursinho bem velhinho

Autor: Michel Ende

Editora: Salamandra

Páginas: 32

R$ 45

E-book gratuito ajuda a ensinar crianças, de bebês aos 10 anos, a gostarem de ler

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O clube de assinaturas de livros infantis Leiturinha lançou um e-book gratuito com dicas para familiares e educadores incentivarem crianças, desde as mais novinhas, a criarem gosto por histórias e pelo hábito da leitura, que estimula a interpretação de texto, a criatividade e melhora a escrita e o vocabulário.

O guia #ParaGostarDeLer mostra o passo a passo da introdução à leitura e apresenta dicas de como fazer com que as crianças gostem da prática. A obra foi idealizada pela equipe de curadoria da Leiturinha, formada por mães, psicólogas e pedagogas que analisam os melhores conteúdos de acordo com a faixa etária.

Capa do e-book #Paragostardeler

O e-book é dividido por faixas etárias, de acordo com cada etapa do desenvolvimento infantil dos 0 aos 10 anos, para captar as principais particularidades de cada fase e utilizá-las como oportunidade de ganhar a atenção e o interesse dos pequenos.

Uma das dicas do material é deitar junto à criança que está iniciando sua jornada na leitura e deixar que ela veja o livro e o que está sendo lido, enquanto o adulto muda a entonação da voz para diferenciar os personagens da história.

Para baixar o e-book gratuitamente, acesse leiturinha.com.br/ebook e faça o cadastro no site.

Fundação publica 2ª edição do Caderno Brincar, que serve como material de apoio para educação infantil

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A Fundação Volkswagen (FVW) e a Nova Escola acabam de lançar a versão digital do Caderno Brincar — volume 2. A publicação consolida os referenciais teóricos e as experiências de destaque do projeto Brincar, promovido pela FVW em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SP) e a organização Mais Diferenças.

Caderno Brincar – Volume 2. Foto: Divulgação

Um ato natural que proporciona aprendizagem cultural, brincar é necessário na vida das crianças e deve ser prioridade diária em uma concepção inclusiva de educação. Independentemente de condições físicas, sensoriais, intelectuais ou sociais, as crianças precisam brincar e as unidades de educação infantil são lugares disponíveis para dar vazão e criatividade à imaginação. Muitos desafios são apresentados aos educadores, um deles é colocar em prática nas salas de aula ideias que valorizem os saberes e respeitem os tempos e interesses das crianças.

Iniciado em 2005, o projeto Brincar tem como objetivo contribuir para o fortalecimento da qualidade de educação infantil, em perspectiva acessível e inclusiva, envolvendo alunos, comunidade escolar e familiares. Além disso, contribui para que o brincar cumpra, também, outro papel fundamental: o da inclusão. Isso ocorre independentemente de condições físicas, intelectuais ou sociais das crianças, especialmente no início da trajetória escolar.

Em 2018, mais de 680 profissionais da educação infantil participaram de formações oferecidas pelo projeto em São Paulo. Além das 13 escolas públicas-polo que integram o projeto desde o início, educadores de outras 23 unidades aderiram à iniciativa. Houve, ainda, o acompanhamento presencial das escolas-polo e oficinas abertas à participação de familiares, comunidades e outros profissionais das unidades de ensino.

O Caderno Brincar apresenta, além desse desenvolvimento, entrevistas com Tizuko Morchida Kishimoto, mantenedora de grupo de pesquisas para infância na Universidade do Minho e especialista no campo dos jogos e brincadeiras, mantendo contato com pesquisadores do International Toy Research Association; e Gabriel de Andrade Junqueira Filho, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e defensor da ideia de protagonismo compartilhado entre as crianças e os educadores. O material servirá como guia e fonte de consulta para diretores, coordenadores e professores de unidades de educação infantil.

É possível acessar o Caderno Brincar gratuitamente pelo link , em que é possível baixar ainda outros materiais de apoio.