Categoria: Livros
A Fundação Volkswagen (FVW) e a Nova Escola acabam de lançar a versão digital do Caderno Brincar — volume 2. A publicação consolida os referenciais teóricos e as experiências de destaque do projeto Brincar, promovido pela FVW em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SP) e a organização Mais Diferenças.
Um ato natural que proporciona aprendizagem cultural, brincar é necessário na vida das crianças e deve ser prioridade diária em uma concepção inclusiva de educação. Independentemente de condições físicas, sensoriais, intelectuais ou sociais, as crianças precisam brincar e as unidades de educação infantil são lugares disponíveis para dar vazão e criatividade à imaginação. Muitos desafios são apresentados aos educadores, um deles é colocar em prática nas salas de aula ideias que valorizem os saberes e respeitem os tempos e interesses das crianças.
Iniciado em 2005, o projeto Brincar tem como objetivo contribuir para o fortalecimento da qualidade de educação infantil, em perspectiva acessível e inclusiva, envolvendo alunos, comunidade escolar e familiares. Além disso, contribui para que o brincar cumpra, também, outro papel fundamental: o da inclusão. Isso ocorre independentemente de condições físicas, intelectuais ou sociais das crianças, especialmente no início da trajetória escolar.
Em 2018, mais de 680 profissionais da educação infantil participaram de formações oferecidas pelo projeto em São Paulo. Além das 13 escolas públicas-polo que integram o projeto desde o início, educadores de outras 23 unidades aderiram à iniciativa. Houve, ainda, o acompanhamento presencial das escolas-polo e oficinas abertas à participação de familiares, comunidades e outros profissionais das unidades de ensino.
O Caderno Brincar apresenta, além desse desenvolvimento, entrevistas com Tizuko Morchida Kishimoto, mantenedora de grupo de pesquisas para infância na Universidade do Minho e especialista no campo dos jogos e brincadeiras, mantendo contato com pesquisadores do International Toy Research Association; e Gabriel de Andrade Junqueira Filho, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e defensor da ideia de protagonismo compartilhado entre as crianças e os educadores. O material servirá como guia e fonte de consulta para diretores, coordenadores e professores de unidades de educação infantil.
É possível acessar o Caderno Brincar gratuitamente pelo link , em que é possível baixar ainda outros materiais de apoio.
Obras do dramaturgo Walcyr Carrasco, publicadas pela Editora Moderna, conscientizam sobre como lidar com diferenças e preconceitos usando abordagem voltada ao universo infantil. As publicações podem ser boas ferramentas para que pais possam explorar a temática com crianças desde cedo.
O livro Laís, a fofinha aborda o drama da personagem-título, que passa a sofrer bullying na nova escola por ser gordinha. Desanimada com a vida, Laís inventa dietas malucas que colocam sua saúde em risco e se torna uma criança triste, até que vê a oportunidade de superação. O livro traz uma importante lição sobre aceitação própria e mostra como questões estéticas se revelam tão sem importância no decorrer da vida.
O preconceito com relação a deficiências físicas é o tema do livro A ararinha do bico torto. As páginas contam a história de Nina, pequena arara que nasceu com o bico torto, impedindo-a de se alimentar sozinha. Isso fez com que ela fosse rejeitada pela família. A sorte de Nina foi ser encontrada pelo garoto Mário, que se torna seu amigo e a alimenta. No fim das contas, a deficiência de Nina se tornou chamariz para fazer amizades com outros pássaros.
Os animais também são usados para ensinar lições em Pituxa, a vira-lata. O livro conta a história de Alice, uma garota rica e cercada de luxo que adorava seus dois pastores-alemães. Quando saía com a mãe, Alice se incomodava com a presença de um catador de papelão na companhia da cadela vira-lata dele, a Pituxa. Um dia, o pobre catador adoeceu, e Pituxa ficou sozinha. Triste e sem comer, a cachorra foi adotada pela mãe de Alice, para desespero da menina e dos dois cães de guarda. Uma reviravolta do destino, porém, fez com que Pituxa ganhasse uma importância tremenda na vida de todos.
No livro Meus dois pais, conhecemos a história de Naldo, um menino que não fica surpreso quando os pais dele resolvem se divorciar — afinal, o casal vivia brigando. Quando a mãe dele precisa mudar de cidade, o garoto acha natural ir morar com o pai. Naldo só não consegue entender por que a mãe e a avó são contra… O pai dele havia encontrado um novo companheiro, do mesmo gênero. Ao longo da história, Naldo aprende a respeitar e a amar o novo padrasto. A obra é importante para mostrar que existem diversos formatos de família.
Os títulos contam com ilustração de Ana Matsusaki e fazem parte da série Todos Juntos.
Confira os livros:
Laís, a fofinha
Autor: Walcyr Carrasco
Editora: Moderna
R$ 56
56 páginas
A ararinha do bico torto
Autor: Walcyr Carrasco
Editora: Moderna
R$ 56
48 páginas
Pituxa, a vira-lata
Autor: Walcyr Carrasco
Editora: Moderna
R$ 56
48 páginas
Meus dois pais
Autor: Walcyr Carrasco
Editora: Moderna
R$ 56
48 páginas
Livros infantis de autores do Chile, da Alemanha e da Suíça ganham versão brasileira
A Editora Sesi-SP lançou três livros destinados a pequenos leitores. As obras podem ser aproveitadas por crianças maiores sozinhas, ou apresentados às mais pequenas pelos pais ou por outros adultos mediadores. As publicações são do desenhista chileno Alberto Montt, do escritor suíço Peter Satamm, da ilustradora e escritora alemã Jutta Bauer, a jornalista e escritora alemã Petra Postert e o ilustrador alemão Jens Rassmus. Confira:
Laura e Dino
A pequena Laura e seu amigo Dino conversam sobre variados temas — como pizza, animais de estimação, morte, monstros, presentes, governo —, revelando que, onde há ingenuidade, também pode haver sabedoria. Em Laura e Dino, tudo é abordado com muito humor e ingenuidade. A obra mostra que a relação entre pais e filhos é construída dia após dia e que, às vezes, os pais têm mais perguntas que os filhos, e as crianças têm respostas melhores do que as dos pais.
Autor: Alberto Montt
Editora: Sesi-SP
R$ 48
140 páginas
Por que moramos fora da cidade?
No ônibus, na torre da igreja, na chuva, na lua, no chapéu do tio ou no sonho: não importa se é um lugar real ou imaginário, a excêntrica família de Por que moramos fora da cidade? vai, cedo ou tarde, se mudar para lá. Nessa obra, não interessa se cada rotina é marcada por experiências inusitadas (boas ou ruins) ou pelos acontecimentos corriqueiros: a família sempre está aberta a novas possibilidades de vida e aos aprendizados proporcionados. Ao embarcar nesta fantasia, o leitor pode tentar, também, encontrar seu lugar no mundo.
Autor: Peter Satamm
Ilustradora: Jutta Bauer
Editora: Sesi -SP
R$ 39,90
40 páginas
Eu ainda preciso de tudo isso!
“Coisas inúteis”, pensa o pai de Jim. Enquanto para ele são apenas uma chave enferrujada, um botão velho e uma pedrinha pontuda, que foram encontrados enquanto separava as roupas para lavar, para o garoto são objetos que escondem aventuras fantásticas. Em Eu ainda preciso de tudo isso!, a chave pertence a um feiticeiro malvado; o botão, a um capitão de navio; e a pedra, ao cume de uma montanha enorme, que um gigante furioso mordeu. Jim sabe que essas pequenas coisas são um grande tesouro.
Autora: Petra Postert
Ilustrador: Jens Rassmus
Editora: Seis-SP
R$ 39
36 páginas
Livro reúne resultados do Criança Feliz e de outros programas de desenvolvimento infantil
Estudo, feito com apoio de fundação holandesa, foca efeitos de políticas públicas para crianças de 0 a 6 anos de baixa renda
Lançado em dezembro de 2018, o livro Da ciência à prática — os programas de apoio ao desenvolvimento da América Latina reúne resultados de levantamento sobre as iniciativas de estímulo ao desenvolvimento de crianças de 0 a 6 anos de famílias de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade social.
Dividida em cinco capítulos, a publicação traz evidências científicas sobre a importância dessa fase, um histórico desse tipo de iniciativa no Brasil e no mundo e detalhes sobre a metodologia e o trabalho de programas que são referência na América Latina. Bons exemplos são Educa a Tu Hijo (Cuba), Chile Crece Contigo, Uruguay Crece Contigo, Cuna Más (Peru), Pastoral da Criança, Primeira Infância Melhor (PIM), Mãe Coruja Pernambucana e outros no Brasil.
As 212 páginas evidenciam ainda resultados do programa Criança Feliz no Brasil que, em julho de 2017, atendia 69 municípios e, hoje, está presente em 2.692 cidades, contemplando mais de 400 mil crianças e gestantes — especialmente nas regiões Norte e Nordeste. A produção editorial é da Cross Content, cuja equipe viajou centenas de quilômetros pelo Brasil, visitando 13 estados em diversas regiões, acompanhou visitas domiciliares em dezenas de cidades, além de entrevistar gerentes, supervisores, crianças, mães, pais, avós, entre outros beneficiados pelo Criança Feliz.
A publicação discute ainda a importância do investimento na primeira infância, que dá mais retorno do que qualquer outro investimento. O livro conta com o apoio da fundação holandesa Bernard van Leer. Uma versão gratuita da publicação está disponível para download no link.
Canções infantis utilizadas por educadores a partir da década de 1930 ganham registro fonográfico
Dotados de imensa riqueza histórica e educativa, chegam ao mercado os discos infantis Cantando e brincando com Vovó Linda — volumes 1 e 2, produzidos pela professora de educação musical infantil Ermelinda Paz, que trabalhou na Escola Municipal Guatemala, no Rio de Janeiro. Ambos têm como inspiração produções musicais datadas entre as décadas de 1930 e 1970.
O primeiro volume surgiu após extenso trabalho de pesquisa com pessoas-fonte e centros de documentação e pesquisa, como o Museu Villa-Lobos, o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, o Centro Brasileiro de Memória do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (Cemi/Iserj), a Associação de Músicos Arranjadores e Regentes / Sociedade Musical Brasileira (Amar/Sombras), a Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), dentre outros.
Algumas das canções do volume 1 são A janelinha, As formiguinhas e Passarinho. No volume 2, destacam-se composições como Baile da borboletas, Peixe Vivo e Sapo Jururu.
As 14 músicas que integram o volume 1 estimulam a criatividade, a espontaneidade e a expressividade das crianças. O CD conta também com a canção Acalanto para José, de autoria da própria pesquisadora, com o objetivo de ninar o neto.
Já o segundo volume conta com um coletânea de canções brasileiras, lançada em formato duplo: um CD completo com 27 faixas e outro CD com playbacks, para uso dos educadores em sala de aula, totabilizando 54 faixas. As faixas versam sobre temas como animais, e a relação entre adultos e crianças de forma amorosa e divertida. As canções também servem para jogos musicais e brincadeiras.
Os álbuns estão disponíveis gratuitamente on-line na plataforma Spotify. Acesse pelos links: Vol. 1 e Vol. 2. Também é possível adquirí-los de forma física pelo e-mail cdvovolinda@gmail.com. Saiba mais acessando o site da pesquisadora Ermelinda Paz: http://www.ermelinda-a-paz.mus.br/principal.html
Coleção de livros ilustrados com relevo é indicada para crianças a partir de 1 ano
A coleção de livros Milomania, lançada pela editora Catapulta, foi feita com o intuito de ajudar pais e responsáveis a introduzir a leitura na vida dos bebês. Composta por três diferentes títulos, Cores, Animais e Opostos, a série de livros traz ilustrações contornadas, que prendem a atenção da criança na história que está sendo contada.
De material cartonado, resistente e com ilustrações de cores fortes e chamativas, a obra é indicado para crianças a partir de 1 ano. As ilustrações têm contorno em alto-relevo, possibilitando que as crianças sigam todo a figura com o dedo, estimulando tanto o tato quanto a visão.
“A memória e a imaginação das crianças pequenas são estimuladas pelas ilustrações contornadas dos três livros da coleção”, afirma a diretora da Catapulta Editores, Carmen Pareras. As ilustrações são baseadas no trabalho do artista plástico argentino Milo Lockett, com o objetivo estimular a imaginação e a criatividade daqueles que têm acesso às obras.
Cada livro da coleção é composto de apenas 10 páginas e é de fácil manuseio. A série de livros pode ser encontrada nas maiores redes de livrarias do país. Os livros são vendidos separadamente e estão presentes para compra, também, em algumas lojas on-line.
Confira todos os livros da coleção:
Opostos
Cores
Animais
Coleção iniciada há 13 anos, Como me sinto permite que pais e filhos reflitam sobre sentimentos
A coleção Quando me sinto, iniciada em 2005, ganhou mais dois títulos inéditos: Quando me sinto nervoso e Quando eu me sinto decepcionado. Os dois novos livros se juntam aos outros títulos: Amado, Bondoso, Feliz, Irritado, Sozinho, Triste, Inveja e Medo.
A autora e ilustradora dos livros, Trace Moroney, transmite lições de como lidar com emoções e compreendê-las a partir das aventuras de um coelhinho. Além disso, apresenta textos que enfatizam a importância de os pais interagirem com os filhos, promovendo autoconhecimento para que eles alcancem autonomia.
Cada um dos títulos aborda situações que fazem o personagem se sentir daquela maneira, enfatizando algumas sensações trazidas por essas emoções. No decorrer das narrativas, o coelhinho entende o sentimento e passa a refletir sobre como cada sentimento pode colaborar para o seu crescimento.
Ao fim das histórias, a criança pode refletir sobre o que sente a partir de perguntas que podem ser melhor desenvolvidas em conversa com os pais. Já com direcionamento para os pais, os livros trazem algumas soluções de como se portar diante das atitudes dos filhos, ensinando a lidar com algumas situações diárias.
Com mais de 2 milhões de livros vendidos e abordagem positivista, as publicações foram traduzidas para 15 idiomas, incluindo o português. Os livros são produzidos em material resistente, de capa dura, com textura no personagem da capa, estimulando, além do cognitivo da criança, as habilidades sensoriais.
Confira todos os livros da coleção:
Quando me sinto nervoso
Quando me sinto decepcionado
Quando me sinto amado
Quando me sinto bondoso
Quando me sinto feliz
Quando me sinto irritado
Quando me sinto sozinho
Quando me sinto triste
Quando sinto inveja
Quando sinto medo
Autor: Trace Moroney
Editora: Ciranda Cultural
R$ 34,90 cada
Universo dos super-heróis é apresentado em coleção para crianças pequenas
Super-homem, Batman, Mulher Maravilha e Super Amigos podem ser apresentados para crianças a partir dos 2 anos por meio de lançamentos da Editora Ciranda Cultural. A coleção tem o objetivo de introduzir meninos e meninas pequenos ao universo nerd e geek dos heróis da DC Comics.
No total, são quatro volumes: Super Friends — Trabalhando em equipe; Superman — As histórias do homem de aço; Batman – Histórias de herói; e Wonder Woman — Aventuras da super-heroína. Cada um é, na verdade, uma caixa contendo seis minilivros cada.
De maneira lúdica, as crianças poderão conhecer os super-heróis e seu universo, aprendendo, ao mesmo tempo, noções do que é certo e do que é errado. Os personagens acabam se tornando modelos para as crianças, por estarem sempre prontos e dispostos a ajudar e a combater o mal.
No volume do Super-homem, os minilivros contam histórias sobre salvar o mundo e a sociedade. Cada minilivro tem cerca de 10 páginas, cada uma do tamanho de um único quadrinho de um HQ, com textos e ilustrações bastante coloridos.
Essa estrutura permite que a criança manuseie e se envolva, mas a história só fará sentido mesmo com a mediação de um adulto, essencial para um tempo de qualidade entre pais e filhos. O verso dos seis minilivros formam uma imagem maior dos personagens, então podem ser usados como quebra-cabeças.
Editora: Ciranda Cultural
R$ 29,90 (cada volume)
Pesquisadoras lançam livros sobre boas práticas e redes de cooperações em creches
O livro Redes de cooperação em creches: sete histórias sobre a integralidade do cuidado na infância e intersetorialidade em ação aborda, a partir de histórias de sete municípios do estado de São Paulo, boas práticas intersetoriais cotidianas encontradas nas creches. A publicação é organizada por Claudia Maria Simões Martinez e Carla Regina Silva, ambas docentes do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (DTO/UFSCar).
A obra traz dados gerados por pesquisa realizada entre 2013 e 2015, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV). O estudo investigou o que os gestores de creche fazem e o tipo de colaboração com a qual contam para solucionar problemas do dia a dia dessas instituições.
Como resolver problemas no dia a dia
A equipe de pesquisa foi composta pelas professoras da UFSCar Maria Cristina Piumbato Innocentini Hayashi, Regina Helena Torkomian e Patrícia Della Barba. Também participaram a docente convidada da Universidade do Porto (Portugal) Anne Marie Fontaine, bolsistas que receberam apoio da FMCSV/Fapesp e colaboradores da UFSCar e da Universidade de São Paulo (USP).
Escrito por docentes, terapeutas ocupacionais integrantes do DTO e estudantes, o livro é destinado a gestores e dirigentes de unidades de educação infantil públicas e privadas, além de profissionais envolvidos diretamente com o cuidado integral da criança na primeira infância.
O objetivo principal é indicar como resolver problemas do cotidiano, por exemplo: o que fazer se uma criança cai e se machuca, como revisar a segurança dos brinquedos e o que fazer quando se identificam maus tratos.
Leia!
Redes de cooperação em creches: sete histórias sobre a integralidade do cuidado na infância e intersetorialidade em ação
Organizadoras: Claudia Maria Simões Martinez e Carla Regina Silva
Editora: EduFSCar
135 páginas
R$ 29