Escolhida relatora de PL que prevê às mulheres reserva de 25% das vagas ofertadas em concursos da segurança pública

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Foi selecionada a relatora para o projeto de lei 6299 (PL 6299/2016), do deputado federal Cabo Sabino, que propõe uma reserva para mulheres de 25% das vagas oferecidas em concursos na área de segurança pública. A escolhida foi a deputada Gorete Pereira, da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CMULHER) da Câmara dos Deputados.

“O objetivo foi subsidiar a formulação de projetos e políticas pautadas pelo respeito à diversidade de gênero, reconhecendo que a igualdade não se constrói ao se apagar as diferenças biológicas, sociais e culturais entre homens e mulheres, mas com sua devida valorização e abordagem que permita corrigir a desigualdade histórica que tem contribuído para limitar o exercício de direitos pelas mulheres”, critica Cabo Sabino no PL.

Se o PL for aprovado, a reserva acontecerá quando o número de vagas ofertadas na seleção for igual ou superior a quatro. Caso o quantitativo seja fracionado, ele deverá ser aumentado para o número inteiro subsequente, se a fração for igual ou maior a 0,5. O projeto também prevê que as candidatas concorrerão tanto às vagas reservadas quanto às vagas de ampla concorrência, de acordo com a classificação no certame.

O deputado frisa que foi apurado, na Pesquisa Perfil das Instituições de Segurança Pública, que a participação de mulher no âmbito das polícias civis é equivalente a menos de 20% do efetivo nacional. No caso das polícias militares e bombeiros, ela é ainda menor – correspondendo a 7,2% e 7,9%, respectivamente. “Hoje é possível encontrar mulheres em diferentes atividades, desde o comando até o operacional. No entanto, a maior parte delas continua atuando em postos administrativos”, completa.

48% dos servidores poderão se aposentar em até 10 anos

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Por Agência Estado -Ao longo dos próximos 10 anos, 48% dos servidores estaduais hoje na ativa – praticamente a metade da força de trabalho – terão direito a pedir a aposentadoria. Serão 1,8 milhão de funcionários públicos com direito a reivindicar um pecúlio para o resto da vida. “Pelas regras atuais, os sistemas previdenciários estaduais não vão suportar a conta e a crise, hoje concentrada em alguns Estados, vai se espalhar”, diz o economista Nelson Marconi, professor da Fundação Getulio Vargas e autor do levantamento.

Parte do fenômeno tem razões históricas. Como lembra o economista Paulo Tafner, especialista em Previdência, a concentração de aposentadorias nos próximos anos deriva de um boom de contratações que ocorreu em praticamente em todas as esferas do setor público no final dos anos 80 e início dos anos 90, durante a redemocratização. A Constituição de 1988 reforçou o processo, ao ampliar as obrigações de Estados e municípios nas áreas de educação, saúde e segurança, que dependem de muita mão de obra.

Pesa também o fato de duas categorias, professores e policiais, cujas contrações estão concentradas nos Estados, terem direito a aposentadorias especiais. Professores podem se aposentar com 50 anos. Em vários Estados, policiais têm entrado com pedido de aposentadoria aos 46, 47 anos de idade. Essa peculiaridade, inclusive, precisou ser considerada na pesquisa. Marconi adotou uma média ponderada para incluir as aposentadorias precoces no levantamento.

O problema ocorreria de qualquer maneira, mas tem pelo menos dois agravantes: chega no momento em que o brasileiro começa a ficar mais velho e a viver mais, o que eleva e prolonga os gastos da Previdência, e quando o País mergulha na mais profunda crise econômica da história – o que reduz a arrecadação que deveria suportar aumentos nos próximos anos.

“A recessão, a crise de crédito e de setores-chave para a arrecadação agravaram e anteciparam a crise estrutural da Previdência: servidores trabalham menos tempo para ficar mais tempo aposentados e não é a toa que há uma razoável correlação entre o tamanho da Previdência própria dos Estados e a crise financeira de muitos deles”, diz economista Jose Roberto Afonso, pesquisador do Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

De fato, nos dois Estados em situação financeira mais frágil – falta dinheiro até para a folha de pessoal – há fortes desequilíbrios na Previdência. No Rio, a previsão é que as contas estaduais encerrem o ano com um rombo de R$ 17,5 bilhões – R$ 12 bilhões vêm do sistema previdenciário. No Rio Grande do Sul, 56% da folha de pagamento do funcionalismo vai para aposentados e pensionistas.

Câmara aprova reajuste salarial para policiais, DNIT e outras carreiras do Executivo

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Agência Câmara Notícias – Foi aprovado em comissão especial da Câmara dos Deputados o projeto de lei do Executivo (PL 5865/16) que concede reajustes salariais para cargos das carreiras de Policial Federal; de Policial Rodoviária Federal; de Perito Federal Agrário; de Desenvolvimento de Políticas Sociais; e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).

Os reajustes são diferenciados por categoria e serão parcelados nos próximos três anos, a partir de 2017. O projeto também permite que servidores de três carreiras possam optar pela incorporação de gratificações de desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão.

A proposta teve parecer favorável do relator, deputado Laerte Bessa (PR-DF). Aprovado em caráter conclusivo, o projeto seguirá para análise do Senado, a menos que haja recurso aprovado para que sua tramitação continue pelo Plenário.

Tramitação rápida
Os deputados se dispuseram a ajudar na tramitação rápida do projeto no Senado para que não ocorram atrasos nos pagamentos. O vice-líder do governo, deputado Fernando Francischini (SD-PR), citou também a tramitação da proposta que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos (PEC 241/16), aprovada nesta terça-feira (25) pela Câmara, “para que a aprovação antes da aprovação da PEC 241 possa acontecer no Senado, trazendo tranquilidade”.

Segundo ele, “mesmo vislumbrando que um projeto do próprio governo como esse com certeza não vai ser afetado pela PEC, nós podemos também, para deixar todas as categorias mais tranquilas, aprovar antes da PEC 241 para que isso possa passar de uma maneira tranquila e todos possam estar no fim do ano esperando a primeira parcela da recomposição de uma maneira muito tranquila.”

Cálculo do reajuste
Para 2017, a PEC prevê um reajuste das despesas em geral de 7,2%; e, para os anos seguintes, pela inflação medida pelo IPCA. Mas os reajustes salariais – que, segundo os deputados, repõem perdas acumuladas – são, por exemplo, de mais de 23% para os policiais já em 2017 e de pouco mais de 35%, no total da categoria, até 2019.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) disse que a proposta do limite de gastos também poderá ter efeitos sobre novos reajustes e reposição de pessoal, pois, segundo ela, “o não cumprimento do teto em algumas áreas determina o não reajuste de salário, a não manutenção de vantagens e a não existência de concursos públicos”.

“Quero citar também que gasto primário, que é o que trata a PEC 241, engloba o aposentado servidor. Se alguém da ativa cumprir o seu período e for para a aposentadoria, não abrirá automaticamente vaga na ativa”, destacou.

Vitória dos policiais
Para a deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), porém, o momento é de avançar na negociação dentro do Senado: “Mas essa manhã não é manhã de politizar, de trazer problemas. É manhã de celebrar a grande vitória que os policiais rodoviários federais conquistaram nesse Brasil por sua forma de lutar, por sua forma de trabalhar”.

Novos reajustes
O deputado João Campos (PRB-GO), presidente da comissão especial, informou que os deputados também estão negociando com o governo reajustes para outras categorias, como os fiscais do Ministério do Trabalho.

Policiais do DF
A comissão decidiu ainda fazer uma indicação à Presidência da República para que negocie com o governo do Distrito Federal reajustes semelhantes aos dos policiais federais para a Polícia Civil do DF.

Distritais derrubam vetos que impediam nomeações de servidores em 2017

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Concurseiros do Distrito Federal, uma boa notícia!  Em sessão da Câmara Legislativa desta terça-feira (25), os deputados distritais derrubaram vetos parciais do governador Rodrigo Rollemberg, em relação à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017 – como os que barravam que novos servidores fossem nomeados e que perdas salariais fossem repostas. A rejeição dos vetos não garante a nomeação de novos funcionários públicos, mas faz com que seja possível que alguns cargos do Distrito Federal sejam providos ou que novos sejam criados.

Entre os quantitativos aprovados, estão 650 vagas para enfermeiros, 1.500 para técnicos de enfermagem, 280 para pedagogo/orientador educacional, 620 para técnicos administrativos da Secretaria de Saúde e 104 para profissionais de suporte metroviário.

No mesmo dia, representantes de aprovados em concursos públicos de várias categorias do GDF ocuparam as galerias na sessão ordinária da Câmara Legislativa para pedir aos deputados distritais a derrubada de vetos à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que atrapalham as nomeações. Entre os aprovados estavam postulantes aos cargos de orientadores educacionais, defensores públicos, dentistas, entre outros.

Com informações da Câmara Legislativa do Distrito Federal

Planejamento concluiu redução de mais de 3.200 funções e cargos comissionados

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Uma nova decisão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão dá continuidade à “política de valorização dos servidores públicos”. O órgão concluiu a redução de 3.290 cargos e funções comissionadas. Segundo o órgão, a medida visa colaborar com o ajuste da situação fiscal do país e o principal impacto é a redução de espaço para ocupação de cargos por pessoas sem concurso público no governo. Além disso, o governo federal publicou, no último dia 10, a Lei nº 13.346/2016, que converte 10.462 DAS em cargos exclusivos de servidores concursados.

O objetivo é racionalizar a atual estrutura de pessoal do Poder Executivo Federal para reduzir custos. Ao final da reforma administrativa, a previsão é que a economia alcance a ordem de R$ 230 milhões ao ano. Os cortes realizados proporcionarão uma economia anual de R$ 176,2 milhões e representam 76% do total de cargos e funções a serem reduzidos, conforme determinou o Decreto nº 8.785/2016.

Desde o início da reforma administrativa, já houve uma redução de 15,54% no total de cargos comissionados ocupados. O Ministério informou também que a diminuição percentual é ainda maior quando se consideram os cargos ocupados por servidores sem vínculo no governo federal – 21,87%.

Abaixo segue o detalhamento da redução dos cargos e funções gratificadas por órgão público:

Órgão / Entidade DAS FG
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão 275 34
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 272 67
Ministério da Saúde 215 29
Ministério do Trabalho 191 105
Ministério da Cultura 154 18
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações 154 49
Ministério da Defesa 126 0
Ministério de Minas e Energia 82 22
Ministério do Esporte 61 0
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços 31 -1
Ministério das Cidades 46 0
Ministério da Justiça 60 0
Ministério das Relações Exteriores 47 66
Ministério da Integração Nacional 38 3
Ministério do Turismo 29 0
Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União 52 0
Casa Civil da Presidência da República 108 8
Secretaria de Governo 133 0
Gabinete de Segurança Institucional (Extinção da Casa Militar/PR) 16 0
SUFRAMA 23 7
EMBRATUR 24 0
INMETRO 34 3
INPI 4 12
SUDAM 10 2
SUDENE 15 3
SUDECO 19 0
DNOCS 8 2
FUNAG 5 0
SUSEP 24 0
IBRAM 11 0
FCP 6 0
ENAP 21 0
IPEA 21 0
JBRJ 1 0
FIOCRUZ 61 33
FUNASA 59 20
FUNAI 87 0
CADE 9 0
ITI 1 0
AEB 8 0
CNPq 6 0
CNEN 8 0
COMEX 0 30
COMAR 0 24
COMAER 0 26
ABIN 23 0
INCRA 3 0
CVM 2 0
INSS 47 98
TOTAL POR TIPO DE CARGO 2.630 660
TOTAL GERAL 3.290

 

 

 

 

Governo determina prazo para realização de concurso da Codhab-DF

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O Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de quinta-feira (20/10), traz a publicação da Lei n.° 5.728, que determina a realização de concurso público na Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF). A lei obriga a companhia a providenciar a realização do certame para prover os empregos de carreira no prazo máximo de três anos.

O concurso para preencher as vagas na companhia se arrasta há três anos. O certame foi aprovado em 2013, e desde então os concurseiros aguardam que a seleção aconteça. Há 23 dias, em 28/09, foi publicado no diário oficial a renovação do contrato entre a Codhab/DF e o Instituto Quadrix para a realização de novo processo seletivo para o órgão.

Desde a criação da Codhab, em 2007, não foi realizado concurso público para provimento do quadro de pessoal. Só em 2013 foi publicada a autorização de abertura de um processo seletivo, com o objetivo de preencher 75 vagas imediatas e formar cadastro de reserva. No ano seguinte, o Instituto Quadrix foi definido como a banca organizadora, mas com a troca de governo, em 2015, o contrato perdeu a validade.

Ainda em 2015, o Quadrix foi escolhido novamente para organizar o concurso, com oferta da mesma quantidade de vagas previamente autorizadas. Em decorrência do decreto distrital, as seleções públicas que seriam realizadas em 2015 e 2016 foram suspensas. Por isso, o contrato com a banca foi renovado por mais 12 meses, tendo validade até setembro do próximo ano. De acordo com a instituição, a publicação do edital está prevista ainda para 2016.

Sobre a Codhab
O órgão foi criado pela Lei nº 4.020 de 2007 e tem como missão executar a Política de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal. Trata-se de uma empresa pública com personalidade jurídica de direito privado e está vinculada à Secretaria de Estado de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano (Sedhab).

 

PEC 241 e a realização de concursos públicos

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que impõe o teto dos gastos públicos, foi votada e aprovada na Câmara em primeiro turno de votação, no dia 10 de outubro. De acordo com o governo de Michel Temer, o objetivo da proposta é reequilibrar as contas públicas e impedir que a dívida do setor público – que alcançou 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do país – aumente. Mas, e no  que tange os concursos? Há ou não há motivos para preocupação?

Sobre concursos públicos, o que o documento estabelece é que, se o limite de crescimento de gastos for descumprido, os Poderes ou órgãos vinculados a eles ficarão impedidos, no exercício seguinte, de reajustar salários, contratar pessoal, realizar concursos públicos (exceto para reposição de vacância) e criar novas despesas, até que os gastos retornem ao limite previsto pela PEC.

O professor de direito constitucional do Gran Cursos Online, Wellington Antunes, enfatiza, por meio de análise do texto, que a proposta atinge exclusivamente o governo federal. “Até o momento, concursos estaduais, municipais e distritais não são atingidos pela PEC 241. Os concursos não vão acabar, porque a máquina pública não pode parar”, destaca. Ele afirma ser fundamental que as pessoas leiam a PEC, para compreender melhor o teor da proposta.

Wellington acredita que a população não sentirá tanto impacto negativo em relação às seleções, já que um processo de desaceleração vem ocorrendo desde 2014. “Ela [a PEC] não proíbe a realização de concursos. O que ela prevê são algumas punições, caso os limites impostos sejam descumpridos – uma delas é o impedimento da realização de concursos públicos. Pode ter uma diminuição, sim, mas não acredito que os concursos sejam extintos. Não acredito que essas medidas se diferenciem muito do que nós já vivenciamos atualmente”, declara.

O novo regime fiscal, caso aprovado, fica instituído para todos os poderes da União e os órgãos federais com autonomia administrativa e financeira integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. O texto limita por 20 anos os gastos federais ao orçamento do ano anterior corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para entrar em vigor, o texto-base ainda precisará passar pelo segundo turno e pelo Senado Federal. “Trata-se de uma proposta, que ainda está no início da tramitação. Nós nem sabemos se ela vai ser aprovada”, conclui o professor.

Com informações da Agência Brasil.

Justiça cancela aplicação de prova discursiva do concurso da Anac

Fachada do Ministério da Agricultura
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Atenção, concurseiros! Mais uma novidade sobre a prova da Agência Nacional de Aviação ( Anac). A justiça acaba de suspender a reaplicação da prova que seria neste domingo (23/10), para o cargo de especialista em regulação de aviação civil.

A 5ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal expediu nesta quarta-feira (19/10) o mandado de segurança coletivo que revalida a prova aplicada no dia 22 de maio.

O advogado especialista em concursos públicos e membro da comissão de fiscalização de concursos da OAB-DF, Max Kolbe, foi o responsável pela ação. Segundo ele, a liminar expedida pela 24ª Vara Federal do Rio de Janeiro beneficiava um único candidato que conseguiu a anulação de uma questão objetiva. Com isso, a avaliação discursiva aplicada posteriormente foi invalidada.

“Não houve qualquer ilegalidade na fase discursiva. Se houve algum problema com questões objetivas, as medidas tomadas devem ser implicadas estritamente neste âmbito”, destaca o advogado. Ele alegou ainda que tal medida fere o princípio de isonomia, da competividade do concurso público, da segurança jurídica, do interesse social, da publicidade, da eficiência, da legalidade e diversos outros, já que a prova discursiva tem caráter eliminatório e já foi realizada pelos outros candidatos sem que houvesse qualquer intercorrência, aguardando, inclusive, o curso de formação que teria início em próximo dia 31.

Com o mandado, a banca examinadora Esaf terá que reconsiderar os resultados obtidos na avaliação do dia 22 de maio, realizada por candidatos em todo o território nacional.

Entenda o caso

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) anunciou, por meio do Diário Oficial da União do dia 5 de outubro, a anulação do resultado da prova discursiva aplicada em 22 de maio de 2016, exclusivamente para o cargo de especialista em regulação de aviação civil, destinado aos candidatos com nível superior em engenharia mecânica, engenharia de produção ou engenharia aeronáutica.

Os candidatos estavam convocados a refazer a prova neste domingo (23/10) e os locais de prova já haviam sido divulgados por meio da banca organizadora do certame, a Escola de Administração Fazendária (Esaf). De acordo com o edital, os salários variam de R$ 5.957,52 a R$ 11.071,29.

O concurso foi lançado em 2015 e oferece 150 vagas imediatas para candidatos de ensino médio ou superior, sendo 12 reservadas a deficientes e 31 para candidatos negros.

Para o posto de especialista em regulação de aviação civil são 24 vagas para qualquer curso superior e admite a participação de quem é formado em engenharia mecânica, aeronáutica e de produção, com mais 18 vagas.

Além destes cargos, o concurso ofereceu chances para analista administrativo, economia, ciências contábeis, piloto, engenharia civil, de produção ou arquitetura. Já para o nível médio, há vagas para técnico administrativo e técnico em regulamentação de aviação civil.

Todos os candidatos foram submetidos a provas objetivas e discursivas.

Reajuste de nove carreiras de Estado pode causar impacto de R$ 5,15 bilhões

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Vera Batista – A polêmica que envolve o reajuste dos servidores públicos federais se arrasta há meses. Desde que assumiu o governo depois do impeachment de Dilma Rousseff, Michel Temer e a equipe econômica batem na mesma tecla: corte de gastos para reequilíbrio das contas públicas e retomada do crescimento. A pressão do funcionalismo por aumentos, no entanto, não cessou. Pelas contas de analistas de mercado, o rombo deste ano está previsto em R$ 170,5 bilhões.

O crescimento dos gastos com a categoria, entretanto, está longe do fim. Ainda existem nove carreiras de Estado esperando aprovação de aumentos pelo Congresso Nacional. São servidores da Polícia Federal e da Receita, entre outros, que representam 10% do funcionalismo federal (86.225), mas cujos reajustes elevariam a folha, só em 2017, em R$ 5,152 bilhões. O aumento do gasto federal com o reajuste já concedido a 1.140.775 servidores, no ano que vem é de R$ 265 milhões.

Atualmente, dois projetos de lei, os PLs nº 5.864/2016 e nº 5.865/2016, são defendidos com unhas e dentes pelos que estão inseridos neles. No primeiro, são contempladas as carreiras do Fisco (auditor fiscal e analista tributário); no segundo, as da Polícia Federal (delegado, perito criminal, agente, escrivão e papiloscopista), da Polícia Rodoviário Federal, além de perito federal agrário, perito de desenvolvimento de políticas sociais e o pessoal do plano especial de cargos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).

“Como apenas nove carreiras têm tanto espaço no orçamento? Como conseguiram tamanha proeza de causar um suposto constrangimento entre (Michel) Temer e (Henrique) Meirelles — o presidente e o ministro da Fazenda teriam se desentendido sobre a concessão de reajuste a essas categorias — logo de início? Porque têm mais poder de pressão e se aproveitam disso. É lamentável”, explicou o economista Gil Castello Branco, secretário-geral da Associação Contas Abertas.

Ele lembrou que um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que há no país cerca de 9,4 milhões de servidores públicos pagos pelos governos federal, estaduais e municipais. As despesas com pessoal nas três esferas representam 14% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país). “Se não houver controle, será um caos”, reforçou Castello Branco.

Ontem, deveria ter sido votado pela Comissão Especial da Câmara o texto dos policiais. Eles lotaram as galerias e fizeram muito barulho. Mas a votação do relatório foi transferida para hoje, às 14h. Isso porque o relator, deputado Laerte Bessa (PR-DF), aceitou o pedido para que os reajustes dos policiais civis da Capital aconteça na mesma data dos colegas da PF. O remendo desagradou as categorias beneficiadas pelo projeto, que tentam evitar que o enxerto de “penduricalhos” no PL atrase ainda mais a tramitação da matéria. “O problema é que as emendas, caso sejam rejeitadas no Senado, obrigam o projeto a retornar para a Câmara e atrasam a aprovação”, explicou Marcos Firme, diretor parlamentar da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).

O PL que trata da correção salarial da Receita também será discutido hoje e promete ser um barril de pólvora, porque há uma briga histórica interna por poder entre as duas principais carreiras do Fisco e entre ativos e aposentados. Auditores e analistas decidiram parar por três dias — o protesto começou ontem — para um trabalho de convencimento dos parlamentares no Congresso. “Vamos mostrar que a Receita caminha para uma ingovernabilidade total”, assinalou Claudio Damasceno, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores (Sindifisco).

Segundo Damasceno, até os integrantes da segunda sessão do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) aderiram. “Estamos aguardando o resultado da comissão. Se o PL continuar desfigurado — o texto trata analistas também como autoridades fiscais —, entraremos em greve geral por tempo indeterminado”, complementou. Uma paralisação nessas proporções, para o economista Roberto Piscitelli, pode significar “um tiro no pé”. “Guerra fratricida não leva a nada. A arrecadação está caindo e vai piorar. Com menos dinheiro em caixa, não restará outra opção ao governo senão anular todos os reajustes e controlar a inflação e os juros”, ironizou.

No mês passado, a arrecadação federal somou R$ 91,8 bilhões, queda real (descontada a inflação) de 10,12% frente ao mesmo mês de 2015. Foi o pior agosto desde 2009. Em relação a 2014, a retração alcançou 18,2%. Para Piscitelli, embora outros fatores tenham contribuído para o resultado, como a fraca atividade econômica, “não é vantagem alguma, nesse momento de recessão dizer que, após mais de um ano em movimentos pontuais de protesto e mantendo apenas 30% do efetivo trabalhando, os servidores tiveram participação nessa queda”, destacou.

  • Defensores sem correção

    Deputados e senadores, em sessão do Congresso Nacional, mantiveram o veto da Presidência ao projeto de reajuste dos defensores públicos federais (PLC nº 32/2016).  Na justificativa, o presidente Michel Temer justificou que a proposta contempla, para os anos seguintes, percentuais superiores aos dos demais aumentos concedidos ao conjunto dos servidores públicos federais. Também foram mantidos os vetos à lei que corrigia os salários de diversas carreiras, entre elas a de servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus, e à que criava o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento do Saneamento Básico, que implicava renúncia de receita.

Comissão especial pode votar proposta de reajuste para a polícia federal

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Da Agência Câmara -A Comissão Especial que analisa proposta de reajuste para carreiras da Polícia Federal e outras categorias de servidores públicos (PL 5865/16) reúne-se hoje para discutir e votar o parecer que será oferecido pelo relator, deputado Laerte Bessa (PR-DF).

O texto, enviado em junho pelo Poder Executivo, que altera a remuneração de cinco carreiras de servidores públicos e estabelece regras de incorporação de gratificação de desempenho a aposentadorias e pensões. A proposta prevê aumento salarial para cargos das carreiras de Policial Federal; de Policial Rodoviário Federal; de Perito Federal Agrário; de Desenvolvimento de Políticas Sociais; e do departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).

Os reajustes, que chegam a 37%, serão pagos em três parcelas até 2019. No caso de delegados, o salário no topo da carreira, que hoje é de R$ 22.805,00 passará a ser de R$ 30.936,91. Para o policial rodoviário federal, a remuneração, que hoje é de R$ 12.206,09 no final da carreira, chegará a R$ 16.552,34 em 2019. O Projeto de Lei com os reajustes foi assinado em junho.

De acordo com o governo, o custo da recomposição remuneratória das carreiras terá impacto de mais de R$ 2 bilhões em 2017 (R$ 2.010.400.498,00), mais de R$ 500 milhões em 2018 (R$ 548.206.868,00) e mais de R$ 500 milhões em 2019 (R$ 546.660.923,00)

Íntegra da proposta: