Como escolher um hotel pet friendly

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Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo esclarece os cuidados necessários antes de reservar um hotel pet friendly. Tutores devem se informar principalmente sobre os cuidados de higiene do local

Crédito: Reprodução

Viajar e poder levar o amigão é um sonho que muitas pessoas conseguem realizar hoje, com a ampliação da oferta de hotéis pet friendly. Porém, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) alerta que os tutores precisam se informar muito bem sobre as instalações e regras de cada hospedagem antes de pegar a estrada.

De acordo com o médico-veterinário e presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP, Thomas Faria Marzano, primeiramente os tutores devem procurar se certificar sobre os cuidados com a higiene do local, que devem ir além dos convencionais para a manutenção da limpeza dos ambientes.

Escolha deve ser criteriosa

As exigências feitas pelo hotel para que o pet seja aceito também são fundamentais. “Deve ser exigido que o animal esteja em boa condição de saúde, com carteira de vacinação em dia, vermifugação e uso de antiparasitários para prevenção contra pulgas e carrapatos e, preferencialmente, com apresentação de exame de fezes”, diz o médico-veterinário.

Marzano lembra que todos os cuidados são formas de garantir que os animais não transmitam doenças. Um exemplo é a Dirofilariose, conhecida popularmente como verme do coração e que é considerada grave, mas que pode ser prevenida com fármacos.

“Também é indispensável que o animal use coleira repelente para a prevenção da Leishmaniose”, enfatiza o médico-veterinário sobre a doença que também afeta humanos e é transmitida por picada de mosquito aos cães e aos seres humanos.

Segundo Marzano, todos os cuidados listados são considerados básicos para a saúde dos cães e gatos e devem ser mantidos independentemente da viagem. No entanto, observar se o hotel exige esses cuidados é uma forma de garantir que os demais animais hospedados também estejam tratados com as mesmas medidas preventivas, para a garantia da saúde dos hóspedes, humanos ou animais.

Bem-estar

Além dos cuidados no âmbito sanitário, há o fator bem-estar a ser avaliado. Neste quesito, Cristiane Schilbach Pizzuto, médica-veterinária presidente da Comissão Técnica de Bem-Estar Animal do CRMV-SP, é categórica: “não basta estar com a questão sanitária saúde em dia, é preciso pensar nas condições necessárias para o bem-estar do animal.”

A jornalista e estudante de medicina veterinária Ana Catarina Flaque, decidiu se hospedar com seu cãozinho, Chorão, um viralatinha de aproximadamente 6 anos, na cidade de Brotas, interior de São Paulo.  Atualmente, existem estabelecimentos com espaços específicos para a acomodação dos animais e há aqueles que permitem que os pets fiquem no quarto com seus tutores, quese responsabilizam por todo o cuidado com os peludos. Esta foi a opção escolhida por Ana. “Eu adorei. Agora só quero viajar se puder levar o Chorão.”

No entanto, conversando com hóspedes sobre viagens anteriores com os pets, Ana soube que nem sempre a viagem é tão positiva. “Percebi que muitos tiveram problemas e, embora a minha experiência tenha sido boa, passei a ser mais cautelosa em relação aos hotéis.”

Comportamento

A dica de Cristiane Schilbach Pizzuto é que, antes mesmo de começar as pesquisas para a hospedagem, os tutores avaliem se o pet tem um comportamento compatível com a viagem que se pretende fazer.

Em casos de animais muito agitados, medrosos ou que estranham ambientes diferentes, por exemplo, a viagem pode ser muito negativa para o pet e para a família, inclusive com a possibilidade de desdobramento em problemas de saúde.

“Outros pontos a serem avaliados são as limitações físicas, como doenças, idade avançada, sobrepeso, tolerância às condições climáticas da região. É preciso pensar no conforto do animal”, frisa a médica-veterinária.

De acordo com Cristiane, o perfil do pet também será determinante para o tipo de acomodação e de atividades e passeios que eventualmente os hotéis ou empresas parceiras ofereçam.

 

Concurso de fotografia – Carnaval Pet

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FullSizeRender (10)Clique seu Pet nesse Carnaval

 

O @nico_curtinho se vestiu de palhaço para participar do concurso. E seu pet, vai ficar de fora? Ele pode aparecer no blog e no jornal impresso. Ainda dá tempo de escolher uma fantasia bem criativa, clicar o melhor amigo, publicar no Instagram e cruzar os dedos. As cinco fotos mais caprichadas serão publicadas. As regras são simples: é preciso seguir o @cbfotografia e postar com a hastag #carnavalmaisbichos . Vale mandar as fotos dos cachorros até as 23h59 de hoje. Na quinta-feira, sai o resultado.

Não deixe de ler o regulamento

Veja só quem já está participando:

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É hora do banho, que hora mais feliz!

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Banho pet: Banhar a mascote em casa, em vez de levar ao pet shop, exige alguns cuidados, mas pode se tornar um momento de carinho e de aproximação entre o bicho e o tutor

 

(por Ailim Cabral, da Revista do Correio)

A golden retriever Berenice atende bem aos estereótipos da raça: além de ter um lindo pelo dourado, é muito simpática. Quando escuta a campainha de casa, a filhote de 10 meses corre para “atender” a porta. Pula e lambe as visitas como quem diz “sejam bem-vindos”. Ela participa das conversas e, quando alguém se senta no sofá, não se faz de rogada e se acomoda também.

No entanto, a farra de Berê acaba quando ela vê o secador de cabelo. Com um leve rosnado de medo, ela abaixa o rabo e corre para se esconder. A professora de ioga Deborah Rosa, 30 anos, explica que Berenice toma os banhos sempre em casa e não é muito fã do processo. “Quando era mais nova, ela não ligava muito, mas, hoje em dia, sempre tenta fugir quando percebe que é hora do banho. Ela só se conforma quando já está no box e não tem mais jeito”, conta.

Imagem mostra Banho pet em casa. Debora Rosa e sua cadela Berenice.
foto: Barbara Cabral/@cbfotografiaBanho pet em casa. Debora Rosa e sua cadela Berenice.

Desde que Berenice entrou na família, Deborah e seu marido são os responsáveis pelo banho. O que começou como uma recomendação da veterinária se tornou um hábito. “Quando ela era bebê, não podia ainda ir ao pet. Começamos a dar o banho e fomos nos acostumando. Hoje, preferimos assim”, garante a professora.

Berenice toma banho no box do banheiro com um xampu para filhotes. O banho leva cerca de 10 minutos, mas o processo de secagem demora um pouco mais. Deborah usa três toalhas para tirar o excesso de água e, em seguida, usa o secador de cabelo. Mesmo depois do processo, a golden ainda fica um pouco úmida e, por isso, Deborah opta por dar o banho de manhã ou nas primeiras horas da tarde, para que Berenice fique sequinha antes do anoitecer.

A tutora é motivada pela segurança — dar banho em casa é uma garantia da qualidade dos produtos usados e do carinho dispensado à mascote. Porém, há cerca de um mês, ela levou a cadela para se banhar no pet shop. A ideia é deixá-la familiarizada com o serviço “caso ela precise ir em algum momento, não vai ser um susto tão grande”, explica. Existe ainda outro aspecto: o econômico. O fato é que o valor alto dos serviços em pet shops não entusiasma muita gente.

A veterinária Salua Carolina Cataneo, da Pet Society, explica que os cães são um pouco mais tranquilos na hora de tomar banho em casa. Em geral, os gatos gostam menos de água e o momento pode ser muito estressante. Dependendo do animal, é preferível levá-lo a um especialista.

Entre os cuidados, é importante estar atenta à temperatura da água. Muitos podem achar que, nos dias mais frios, o ideal é dar banho quentinho nos animais, mas é preciso ter cautela. “A temperatura corporal deles (cães e gatos) já é muito alta, então não se pode exagerar, sob o risco de desencadear alguma reação negativa”, afirma Salua. O ideal é que a água esteja morna ou mesmo fria.

 

 

 

Outro aspecto para o qual Salua chama a atenção são os cosméticos usados. É importante que sejam sempre de uso veterinário. Aqueles feitos para humanos têm um pH (acidez) inadequado para a pele animal. Xampus a seco podem ser usados, mas a aplicação não substitui o banho, alerta a especialista. “Eles são úteis apenas para fazer a manutenção entre um banho e outro”, explica.

 

 

Cuidados adicionais
Um dos principais riscos da hora do banho é a otite causada por água ou umidade no ouvido do animal. Para animais com orelhas muito grandes, a veterinária Salua Carolina recomenda protegê-lo com algodão. Tampouco se deve jogar água diretamente no rosto do animal — gentilmente, despeje a água de cima para baixo. Por fim, a secagem deve ser minuciosa para evitar o aparecimento de fungos e dermatites. No caso dos mais peludos, deixe o pet brincar ao sol para facilitar o processo.

Higiene básica
A água do banho deve ser fria ou morna.
Use sempre produtos apropriados para animais.
O condicionador é indicado ou não, a depender da raça. Pergunte ao veterinário.
Use algodão no ouvido dos pets para evitar a entrada de água.
Seque o pet com toalha antes de usar o secador.
Mantenha o secador a uma distância de 30cm. Cuidado para não esquentar demais.
Faça a escovação diária em animais muito peludos, evitando nós.
Os banhos em cães podem ser semanais ou quinzenais, a depender da raça.
Nos gatos, os banhos são mais espaçados — mais de 15 dias de intervalo.
Para acalmar os pets, florais e música podem ajudar. O sistema de recompensa, com petiscos, também pode ser benéfico.
Faça com que o momento seja prazeroso para o bicho. Aproveite para fazer carinho.

Adestramento: Treino para um convívio feliz

Imagem mostra adestrador e uma personagem com seus cãezinhos. Adestramento.
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 Se o cão, por algum motivo, está “mal educado”, não hesite em requisitar o serviço de adestramento. Costuma dar bons resultados, não importa a idade do pet

 

 

Os cãezinhos não vêm com manual de instrução, e às vezes os donos têm dificuldade de impor limites à mascote. “Tão pequeno, ele não vai aprontar nada.” “Ele pode dormir com a gente só esta noite.” “Ele é filhote! É normal roer alguns móveis.” “Ele não gosta muito de visitas, fica assustado.” Daí o tempo passa e a bagunça foge do controle. E agora? Como mudar o comportamento de um bichinho que já tem seus hábitos e manias?

O adestrador Vilmar José de Oliveira, da Funcional Dog, atua no campo há 27 anos e garante ter a solução. É interessante educar o pet desde filhote, mas comportamentos indesejados podem ser corrigidos independentemente da idade.

“Tenho inúmeros casos de cães mais velhos, que, com o reforço positivo, tiveram hábitos transformados”, relata. Cada caso é um caso, mas o adestramento leva, em média, três meses.  “As pessoas pensam que bichos idosos são incorrigíveis, mas, na verdade, é um choque cultural. Eles apenas precisam se desestressar de alguma forma”, analisa.

Os métodos hoje usados no adestramento são baseados em estudos do comportamento e não em técnicas de punição ou agressão, como muitos pensam. Vilmar trabalha com a técnica “look at that” (olhe para isso), desenvolvida pela norte-americana Leslie McDevitt, especialista em comportamento canino. O método ensina o cão a olhar para certo objeto ou pessoa, em troca de recompensas. “É um treino de troca. Damos alguma coisa melhor do que a que ele tenta proteger”, descreve. O cão aprende que, se agir de determinada forma, será gratificado.

A gerente financeira Priscilla Matsumaga, 31 anos, tem dois spitz alemães — Kiwii, 5, e Woody, 2. O mais velho não era nada sociável e chegava a ser agressivo com quem se aproximava. Além disso, era muito possessivo com seus brinquedos, o que não facilitou a chegada de Woody. O caçula, por sua vez, era muito medroso. “Ele ficava desconfiado das pessoas, tinha medo de outros cachorros e de objetos maiores do que ele”, recorda Priscilla.

A preocupação maior de Priscilla sempre foi com o comportamento irascível de Kiwii. “Tinha muito medo de ele machucar alguém. Quando estava na cama e alguém chegava perto, às vezes acabava mordendo a pessoa.” Como as mascotes eram muito diferentes entre si, a tutora resolveu pedir a ajuda de um profissional. O adestramento logo trouxe resultados: Kiwii, que antes era agressivo, hoje é mais dócil, pede afago e divide os brinquedos com Woody. “Antes, fazíamos carinho por tempo limitado, porque ele rosnava muito. Agora, já solicita carinho e está sempre próximo de todos”, completa.

As melhorias na vida de Woody também foram significativas. Ele já aceita a companhia de cães maiores e não estranha tanto objetos. Para Priscilla, a mudança no comportamento dos pets foi um avanço. “Se eu soubesse que seria tão positivo, teria começado quando eles eram filhotes, porque várias das coisas que eu fazia (para educá-los) descobri que não funcionam.” Ela tentou, por exemplo, repreendê-los com spray de água e os deixou em cômodos separados. Nada disso adiantou… A cada nova tentativa, Kiwii e Woody respondiam com “birras”, como fazer xixi no lugar errado.

Priscilla procura reforçar o comportamento positivo em vez de focar nos erros. Para alcançar o melhor resultado, procura fazer parte do treinamento. Caso contrário, os cães entendem a mensagem que somente o adestrador sabe fazer aquelas “brincadeiras”. “O que eu sempre recomendo para pessoas com cães mais velhos é ficarem atentas aos sinais de estresse, como bocejar muito, espreguiçar-se demais ou se lamber em excesso. Quanto mais estressado, maior o nível de cortisol. É assim que problemas de comportamento e até de saúde começam a surgir”, completa Vilmar.

O beagle Thor, de 6 anos, também teve a vida transformada com o adestramento. Desde filhote, era muito bagunceiro e destruía tudo o que via pela frente. No começo, sua dona, a professora Tainah Rocha, 36, achava que era normal, pois a raça tem fama de ser agitada. Depois de tentar várias abordagens, sem sucesso, partiu para o a adestramento. “Todo dia, quando eu chegava do trabalho, ele tinha comido algum móvel ou alguma roupa. Não sabia mais como lidar e a melhor coisa foi adestrá-lo.” Depois de alguns meses, Thor começou a abandonar os comportamentos indesejados.

Foi uma surpresa positiva, admite a tutora. Hoje, caminha normalmente na rua com o cão, coisa que antes era impossível. “É ótimo ver que ele aprendeu e, agora, não é mais uma preocupação deixá-lo sozinho, por exemplo. A gente ama tanto esses bichinhos, mas, quanto eles aprontam, ficamos desesperados”, brinca.

Por Marília Padovan*,  da Revista do Correio

* Estagiário sob supervisão de Gustavo T. Falleiros.

Pet saúde: Tom saudável

Pet saúde: Imagem mostra Marcela Sardou e seu cachorro Fred.
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Pet saúde: Alguns cachorros apresentam mudança na tonalidade dos pelos. O problema pode ser causado por inúmeros fatores, como exposição solar e até alimentação.

Os cães podem ter a coloração dos pelos alterada por diversos fatores. Alergias, manchas hereditárias, doenças parasitárias (sarna, fungos e bactérias), reações inflamatórias, cicatrizes, alterações hormonais, medicamentos e até mesmo câncer de pele são algumas razões para a mudança de tom da pelagem. “Uma doença comum, em especial no verão, é a dermatite actínica, causada pela exposição solar crônica. É mais frequente em animais com pele e pelagem claras, e com pelo curto”, alerta a médica veterinária Cláudia Godoi, do Hospital Veterinário São Francisco. De acordo com ela, as raças mais afetadas são pitbull, bull terrier, boxer e dálmata, e as lesões ocorrem principalmente no nariz, focinho, pálpebras, abdômen, orelhas e lábios.

Cláudia explica que, no início da doença, a pele fica vermelha e mais espessa, o que acaba por acumular queratina e obstruir os poros do pelo do animal. Isso possibilita o surgimento de infecções oportunistas, com formação de crostas e até de pus.

“Paralelo a isso, os melanócitos (células responsáveis pela coloração da pele), na tentativa de proteger a pele do sol, liberam melanina. Assim, ela fica mais escura, sem elasticidade e espessa”, explica.

Nessas condições, podem ocorrer diversas feridas, úlceras, e neoplasias (câncer de pele). Para proteger os pets, existem os protetores solares específicos para animais. Esses produtos têm uma consistência mais firme, além de sabor amargo para impedir lambeduras e ingestão do produto. “Além disso, devemos evitar os passeios nos horários mais quentes do dia, manter sempre uma sombra para os animais em casa e água fresca disponível”, acrescenta a profissional.

Outras razões

De acordo com a também veterinária Talita Borges, da Dermatopatas, a melanotriquia — forma mais comum de hiperpigmentação do pelo — é pós-inflamatória. Acontece quando as áreas que sofreram algum trauma produzem mais pigmento ao redor da lesão. “A exposição aos raios ultravioletas é considerada um trauma, assim como a cicatrização de feridas profundas ou de vacinas, que também podem levar à alteração de coloração”, esclarece Talita.

Esse quadro é mais comumente observado em algumas raças, como yorkshire, poodle e sheepdog. “O mecanismo exato da hiperpigmentação dessas doenças é desconhecido. Estudos sugerem que a pele libera localmente fatores que estimulam as células produtoras de melanina, os melanócitos”. Talita explica que esses fatores estão presentes na pele do bichano saudável, só que em níveis baixos. Suas atividades são aumentadas em resposta ao trauma e ao estresse cutâneo. Vale ressaltar também que, nesse caso em especial, a mudança da cor do pelo pode ser considerada um problema estético, já que é decorrente de um processo pós-traumático, ou seja, o trauma não está mais ocorrendo.

O poodle Freddy, 5 anos, passou a apresentar algumas mudanças intermitentes na coloração da pelagem, logo após tomar algumas vacinas obrigatórias. O pelo dele, que é naturalmente claro, entre o branco e o creme, ganhou manchas marrons ao longo do dorso. A veterinária do animal foi quem percebeu a mudança, mas acalmou os tutores do cachorro, Rubem Sardou e a filha Marcela. “No caso dele, foi mais uma preocupação estética”, relata. Assim, não há motivos de alarde, e pai e filha restringem os cuidados com a aparência de Freddy às sessões semanais de banho e tosa.

Além do uso de medicamento, alterações no ph da pele do bicho também podem modificar a aparência dos pelos. Há indícios de que o problema seja resultado de uma alimentação altamente proteica. O quadro ainda piora os sintomas da lágrima ácida, que também agravam o processo. “Mas isso ocorre em regiões localizadas, como patas, ouvidos e olhos. Nunca no pelo todo. Geralmente, a mudança de cor é causada pelo fato de o animal estar se lambendo e coçando por causa da alteração”, esclarece Luiz Fernando Machado veterinário da clínica Hospital Veterinário Oliver.

O olho seco ou lágrima ácida modificam a coloração da pelagem por causa da secreção que produzem. Assim, afetam especialmente os pelos ao redor dos olhos, dando dicas da existência de uma possível alergia no local.

“Uma das maiores causas desses pruridos são de condições alérgicas. A exposição ao sol pode agravar os sintomas, aumentando a coceira, por exemplo”, explica Luiz. “Ao se lamber, o cão deposita uma quantidade maior de saliva na região afetada, principalmente nas patas, e é esse excesso de saliva que muda a coloração dos pelos”, acrescenta.

“Uma doença comum (que muda a cor da pelagem), em especial no verão, é a dermatite actínica, causada pela exposição solar crônica. É mais frequente em animais com pele e pelagem claras, e com pelo curto”
Cláudia Godoi, médica veterinária

 

(da Revista do Correio)

Saúde pet: Cachorro quente

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Saúde Pet: Se vai levar os pets para curtir a praia ou a piscina não se esqueça de que o organismo dos animais funciona de maneira diferente do nosso e pede cuidados específicos no verão

 

O verão é um convite para fazer atividades ao ar livre. Se você tem um animal de estimação, a companhia dos bichos é uma combinação perfeita para o momento. Pode ser em um passeio na rua, no parque, uma viagem à praia ou um mergulho de piscina. Porém, para aproveitar cada minuto com esses amigos, em temporada de clima quente, é preciso ter cuidado.

A veterinária Talita Borges conta que o primeiro passo é hidratar bem o animal. A quantidade de líquido a ser ingerido varia muito, pois depende de fatores como a umidade registrada no dia, a alimentação e algumas características individuais.

 

 

“O mais importante é manter água limpa e à vontade. Troque-a várias vezes ao longo do dia e a deixe em um local onde possa permanecer fresca e fria”, explica.

 

Segundo o veterinário Gustavo Seixas, a quantidade recomendada para cada cão é de aproximadamente 60 ml diários, por quilo de peso. Já os gatos têm a preferência por águas correntes. “Aqueles recipientes com bomba de água, que promovem circulação constante, podem ser um atrativo para os bichanos,”, sugere o especialista.

A jornalista Lorena Fortes tem sempre a companhia do fiel amigo Luke Skywalker, um maltês de 2 anos. Juntos, curtiram há poucos dias as férias no litoral do Piauí. Luke estava bem preparado para enfrentar o calor nordestino. Na bagagem dele, havia protetor solar, garrafinha de água personalizada, colete salva-vidas, óculos de sol, roupão e toalha de banho. “Ele fica doido com o mar. É a segunda vez que vai à praia”, conta Lorena.

Saúde Pet: Imagem mostra cãozinho na praia
Foto: Arquivo Pessoal. Luke Skywalker na praia

Lorena não deixa Luke mergulhar sozinho nem mesmo na piscina. Quando ele quer entrar na água, ela sempre o acompanha. Logo após a diversão, ela dá um banho completo no pet, sem esperar que os pelos sequem sozinhos, para evitar fungos. “Muitas pessoas não dão banho no cachorro depois de levá-lo ao mar ou à piscina. Isso pode causar vários problemas. Eu só o deixo molhado enquanto estamos na praia, mas quando volto para casa, dou banho e seco”, conta.

Longe do litoral, Lorena não descuida dos cuidados com Luke em dias de sol muito forte. Ela costuma levá-lo frequentemente para passear, mas, em horários que o asfalto não esteja muito quente. “Só saio quando o chão não está quente, para não queimar as patinhas dele”, acrescenta.

Aliás, essa é uma das preocupações dos veterinários. Quando o asfalto está quente, de fato, pode machucar as patinhas dos bichos. “O chão quente pode causar queimaduras nos coxins (almofadinhas das patas). Nesse caso, a queimadura não aparece imediatamente e pode demorar alguns dias até que se notem alterações no local”, alerta o veterinário Gustavo Seixas. Os cuidados valem também para a diversão na areia. A orientação é que, quando o sol estiver a pico, o ideal é passear na grama ou nas calçadas com sombras. Quando o animal estiver na praia ou perto da piscina, vale a mesma regra de manter o bicho em local fresco.

 

Mais que sombra e água fresca

Os cães não têm um sistema de transpiração como o do humano. Para isso, eles adotam uma respiração ofegante. Funciona assim: o ar passa pela língua, seca a saliva e, isso baixa a temperatura do sangue que circula pelo corpo. Os felinos, por sua vez, eliminam calor, principalmente, por meio das patas e, claro, pela respiração. Por isso, observe quando esses animais estiverem respirando com a boca aberta, pois pode ser sinal de dificuldade respiratória. Outra dica é evitar expor o gato ao sol nos dias quentes e não deixá-lo se esconder em lugares abafados. Manter o ambiente arejado, com boa ventilação e até ar-condicionado também ajuda os bichanos a se refrescarem nas altas temperaturas.

Cães das raças braquicefálicas, ou seja, com o focinho curto, devem receber uma atenção maior, porque eles sentem mais os efeitos do calor. “Buldogues e pugs sofrem com o estresse e a hipertermia (temperatura corpórea elevada). Eles podem ter obstruções respiratórias que dificultam a inspiração e a troca de calor, o que é agravado com a obesidade”, esclarece a veterinária Talita Borges.

Animais com pelagem densa também passam por dificuldades no verão, como o husky siberiano, o malamute do alasca, o chow chow e o são bernardo. Entre os gatos de pelagem comprida, os persas e os himalaios são os que mais sentem quando a temperatura sobe. Por isso, é comum pensar que o animal peludo está sofrendo com o calor e que tosá-lo resolve o problema.

 

“Todo mundo acha que o animal está morrendo de calor por eles usarem aquele ‘casaco de pele’. Mas algumas raças, como spitz, golden retriever e os felinos, em geral, não têm indicação de tosa. Para os que têm pelagens longas, como o shih tzu e yorkshire, indico optar pelo tamanho médio dos pelos”, orienta a veterinária Talita.

Isso porque os bichos não transpiram pela pele como os seres humanos. Isso faz com o que a compensação térmica deles seja diferente da nossa. Nesse caso, o pelo serve como isolamento térmico e protege contra queimaduras e câncer de pele quando há excesso de exposição solar. Inclusive uma das recomendações dos veterinários é aplicar protetor solar específico antes da exposição ao sol.

(da Revista do Correio)

 

 

Cada raça, um cuidado

Doenças genéticas: foto mostraMaira Aldalho e seu gato Luck que sofre de rins policisticos
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Doenças genéticas: Muitos donos de gatos as desconhecem. É importante ter consciência desses males para providenciar tratamentos preventivos

 

Segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de gatos em domicílios foi estimada em 22,1 milhões, o que representa aproximadamente 1,9 felino por lar, sendo persa e siamês as raças mais comuns. Normalmente, os tutores se cercam de cuidados para receber os bichanos em casa, mas ignoram o fato de que certas raças têm predisposição genética a algumas doenças.

A policial civil Maíra Abdalla (foto), 40 anos, sempre gostou muito de gatos, mas foi pega de surpresa quando o persa Luck, de 12 anos, desenvolveu a doença do rim policístico (também chamada de PKD ou policistic kidney disease). Aos 7 anos, o gatinho começou a se alimentar muito mal. O diagnóstico foi confirmado com um exame de sangue. “Eu não sabia que a PKD era comum nessa raça. Foi muito triste, porque o problema acaba com o bichinho, que fica muito fraco”, conta a policial.

A doença do rim policístico é caracterizada pelo surgimento de cistos em ambos os rins. A longo prazo, ela causa falência renal. Infelizmente, não há muito a ser feito depois que a doença é descoberta, mas alguns cuidados ajudam a aumentar a expectativa de vida dos pets. “O Luck tem seis cistos em um rim e cinco no outro. Ele foi definhando aos poucos, mesmo com os medicamentos prescritos. O que realmente ajudou foi a acupuntura, que ele faz quinzenalmente”, revela a dona. Além disso, o felino segue uma dieta especial e é estimulado a beber muita água.

A médica veterinária Cláudia Godói, especializada em reprodução animal, explica que a predisposição das raças tem um caráter hereditário.

 

“Se o pai ou mãe tiverem a doença, há chances de o filhote ter também. Se for uma patologia hereditária dominante, é certeza de que a cria também sofrerá do mesmo problema”, afirma.

 

A raça persa é uma das mais suscetíveis a males genéticos — quase todos os indivíduos têm alguma dificuldade respiratória devido ao focinho achatado (síndrome braquicefálica).

Os persas também podem desenvolver cardiomiopatias, como é o caso da gatinha Mel, de 12 anos. Há dois anos, em uma consulta de rotina, o veterinário notou algo diferente ao ouvir o coração da mascote e pediu um exame cardiológico. Com espessura maior nas paredes do coração, Mel foi ficando cada vez mais lenta. Apesar disso, a doença está controlada e os medicamentos foram interrompidos. “Sempre soube de problemas de rim na raça persa, mas não tinha ideia dessa condição cardíaca”, comenta o tutor de Mel, o analista legislativo Alexandre Delgado, 42. A felina passa por checapes cardíacos anuais, para acompanhar a evolução do quadro.

De acordo com a veterinária Daniela Figueiredo, especialista em felinos, as predisposições da raça nem sempre se confirmam. O que se sabe é que os bichanos das raças maine coon e ragdoll são fortes candidatos a desenvolver cardiomiopatia hipertrófica (CMH), principal cardiopatia dos felinos. Outra doença muito comum entre indivíduos maine coon é displasia coxofemoral — problema ortopédico caracterizado pelo desenvolvimento anormal do acetábulo e da cabeça do fêmur.

Já os felinos da raça manx têm predisposição a doenças genéticas ligadas a defeitos na coluna vertebral e do sistema nervoso. “Dependendo de como esses defeitos se manifestam, podemos observar paresia (disfunção ou interrupção dos movimentos) de membros posteriores, atonia da bexiga (falta de tônus muscular) e incontinência fecal ou urinária”, acrescenta Daniela Figueiredo. A síndrome da cauda equina também é característica da raça. A doença causa dores intensas na região lombar e pode levar à perda dos reflexos e atrofia dos músculos. “Quando se compra um gato de raça, é importante saber a procedência do gatil e dos pais do filhote, a fim de identificar eventuais patologias genéticas”, aconselha a veterinária.

Predisposições 

Siamês
Asma, amiloidose (acúmulo proteico anormal em diversos órgãos e tecidos celulares) e cardiopatias congênitas.

Angorá
Surdez, cardiomiopatia hipertrófica (músculo cardíaco ampliado) e ataxia (doença neuromuscular fatal que afeta os felinos ainda filhotes).

Bengal
Neuropatia distal (distúrbio no sistema nervoso que provoca fraqueza), luxação da patela e displasia coxofemoral.

Aby
Síndrome de hiperestesia (problema neurológico que pode levar os gatos a se limparem excessivamente), luxação da patela e atrofia progressiva da retina.

Scottish fold
Osteocondrodisplasia, doença em que ossos e cartilagens se desenvolvem de forma anormal.

Assista o vídeo:

(da Revista do Correio)

Viajar com pet: Em boa companhia

Viajar com pet ; imagem mostra cães em um carro usando cinto de segurança
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Viajar com Pet: Antes de sair de férias com os animais de estimação, saiba como garantir o conforto deles durante a viagem. Se eles não podem ir, escolha um hotel específico e seguro

 

Quem tem um animal de estimação em casa sabe que o bichinho se torna um importante membro da família. Todos os momentos são especiais com ele e, por isso, vale a pena pensar em tudo o que forem fazer juntos, inclusive uma longa viagem: seja de ônibus, seja de avião ou até mesmo uma viagem de carro na companhia deles. Mas surge a dúvida: quais os cuidados devemos ter ao viajar com os pets?

Primeiro passo, procure um veterinário. O profissional, além de fazer as orientações necessárias, verificará se as vacinas e os vermífugos estão em dia. Segundo a veterinária Lorena Andrade Nichel, ele ainda indicará métodos e remédios para evitar enjoos e vômitos. Isso porque os pets que não têm costume de passear de carro poderão apresentar esses sintomas. “Indicamos até mesmo calmantes para evitar estresses e inquietações durante a viagem. Nunca faça isso por conta própria, pois algumas medicações podem causar efeitos reversos”, alerta, Lorena.

Os animais precisam estar confortáveis e seguros em relação às temperaturas elevadas, principalmente para os bichos braquicefálicos, como pugs, bulldogs, pequinês, shih-tzu, ou qualquer outro com a “cara amassada”, que tendem a passar mal em ambientes de muito calor.

 

“A decisão do destino também é muito importante. Algumas raças de cães e gatos têm particularidades com relação à respiração e podem ter hipertermia (incapacidade de reduzir e manter a temperatura interna do corpo) nas épocas mais quentes”, ressalta.

Outra dica é fazer algumas pausas durante o percurso. “Essas paradas servem para pequenos passeios, por alguns minutos. Isso evita o estresse de passar horas dentro do carro”, orienta a profissional.

 

Dicas

Pet friendly são estabelecimentos como restaurantes, hotéis, pousadas
e lojas que aceitam a presença dos bichos. Antes da viagem, porém,
é bom pesquisar quais são esses locais que permitem
passear com os animais.

 

Se eles ficarem

Nem sempre é possível levar os animais nas viagens. Outra opção é deixá-los em hotéis especializados. Alguns cuidados devem ser tomados antes de hospedá-los, como procurar os que tenham veterinários de plantão. Assim, o dono do animal terá segurança se houver qualquer contratempo.

São muitas as exigências dos hotéis, porém. “As vacinas precisam estar em dia e devem ser comprovadas em carteira de vacinação carimbada e assinada por um veterinário. Eles precisam ter sido vermifugados há, no máximo, três meses e passarem por consulta veterinária e comportamental para saberem se estão bem de saúde, se não apresentam doenças evidentes e, principalmente, se estão livres de pulgas e carrapatos. Além disso, é preciso certificar-se de que são adaptáveis ao local da hospedagem”, detalha a veterinária Lorena

 

Desafios do percurso

Viajar com um pet exige disposição para fazer adaptações. Eles precisam estar presos e seguros durante o passeio para não atrapalhar quem está dirigindo e, também, para que não se firam em possíveis acidentes. Para isso, é recomendável o uso de uma coleira peitoral com adaptadores para fixar ao cinto de segurança do carro ou, se preferir, uma caixa própria para animais de acordo com o tamanho dos bichos. Se optar pelas caixas, observe se o pet consegue se levantar e dar uma volta em torno de si. Isso garante o conforto durante a trajetória.

A jornalista Bruna Lauermann, 23 anos, tem um fiel amigo de apenas 8 meses, o vira-lata Tobias. Ele sempre está ao lado da jovem durante as viagens. A Bruna é gaúcha, mas mora em Brasília e vai regularmente ao Rio Grande do Sul para visitar a família. Assim, desde quando ela o adotou, viaja em companhia do seu amigo.

O Tobias é acostumado a viajar de avião. Na primeira vez, a tutora seguiu todas as orientações para não causar desconforto ao cão. “A veterinária orientou dar um comprimido para evitar vômitos e enjoos”, relata. Porém, o remédio por si só não adiantou muito. O Tobias ficou exausto e a Bruna resolveu tentar outro método. “O que adiantou mesmo foi eu sair para correr e brincar bastante com ele no dia anterior à viagem. Isso fez com que ele ficasse quieto”, explica.

Pensando no bem-estar do pet, Bruna, inclusive, mudou seus planos quando decidiu passar as festividades de fim de ano com a família no Sul. Como Tobias já não é tão pequenino, resolveu pegar a estrada com o companheiro. “Ele já está grande e, para evitar que ele fosse despachado, eu e meu marido decidimos ir de carro”, conta.

A viagem na estrada rumo a Porto Alegre, normalmente, dura 20 horas. Porém, o casal fez o trajeto em dois dias porque precisou parar no caminho várias vezes para Tobias se aliviar. “Tínhamos que adivinhar quando ele queria fazer xixi e cocô. Observávamos o momento em que ele estava mais agitado, andando de um canto para o outro, e descíamos do carro. Às vezes, era alarme falso”, conta Bruna.

A maior dificuldade, porém, foi encontrar estabelecimentos pet friendly pela estrada, em que pudesse ter a companhia do animal. “O mais complicado foi nos restaurantes. Meu esposo comia e eu ficava com o Tobias no carro. Depois, era a minha vez”, relembra. Tobias, em compensação, desfrutou as refeições calmamente. No cardápio, aquilo que já estava acostumado: ração, petisco e água natural. Apesar do cuidado, no fim da viagem, ele já estava muito cansado e não queria comer. Até que chegaram ao destino.

 

(da Revista do Correio)

Adotar um animal: Um presente muito especial

adotar um animal
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Adotar um animal de estimação faz muito bem às crianças da casa. Os adultos, porém, devem estar conscientes que terão de assumir os principais cuidados

 

Nesta época do ano, milhares de crianças estão felizes com o presente mais fofo que papai Noel poderia dar: um bichinho. Essa alegria, porém, vem acompanhada de grandes responsabilidades. A primeira atitude quanto ao novo membro da família é levá-lo ao veterinário. O profissional verificará se o pet está saudável e prescreverá as primeiras vacinas e vermifugação.

Outra preocupação imediata é ensinar o pet a usar o “banheiro”, de modo a evitar mau cheiro e sujeira. Para donos de cães que moram em apartamentos menores, o veterinário Edson Júnior recomenda tapetes higiênicos.

“Há várias opções no mercado, incluindo descartáveis e laváveis. Eles têm ferormônios que chamam a atenção dos animais”, explica. Os gatos, por sua vez, costumam se adaptar facilmente à caixa de areia.

À parte o aspecto higiênico, os tutores de primeira viagem logo precisam estabelecer uma rotina de passeios (no caso dos cães). As saídas costumam coincidir com as necessidades fisiológicas dos bichos, mas seus benefícios vão muito além. “Essa regularidade é útil, principalmente, quando o dono do pequeno não pode ficar com a mascote o dia todo e tem que deixá-la sozinha”, esclarece Edson Júnior.

O veterinário alerta ainda para as doenças mais comuns dos filhotes que chegam ao seu consultório: pavavirose canina, cinomose, giardíase canina, entre outras. Ele aconselha aos donos pedir um exame de sangue completo do animal. “Antes de pensar na caminha, na roupinha e no nome, o ideal é correr para o consultório para verificar a saúde do bicho”, aconselha.

 

Adotar um animal: Foto mostra tutora com cãozinho adotado.

Stephany Castro curte a cadelinha Catarinna no Parque de Águas Claras: a shih-tzu foi, literalmente, um presente. Foto: Jhonatan Vieira/@cbfotografia.

 
A cirurgiã-dentista Stephany Castro, 21 anos, ganhou a shih-tzu Catarinna da sua mãe — a mascote anterior a ela, da mesma raça, havia sido roubada há cerca de um ano. Desde que chegou à casa de Stephany, Catarinna é cuidada com todo amor e atenção: as vacinas estão em dia e até a água da tigela é servida gelada em dias de calor. Fazem parte da sua alimentação ração, carne, verduras e petiscos.

Quando Catarinna ficar prenha, Stephany planeja doar os filhotes para seus sobrinhos. “Não daria para qualquer criança, porque temos o hábito de supervisionar e de impor a responsabilidade nelas, o que talvez não ocorra em outra família”, diz.

 

 

 

 

 

                                                                                                    Adestramento

O veterinário Edson Júnior ressalta que não se deve brigar e, muito menos, bater no animal quando ele for custoso. O bicho achará que a “arte” é uma forma de chamar a atenção. “O ideal é ensinar a atitude desejada para o pet e, quando ele agir corretamente, dar petiscos como um reforço positivo”, ressalta. Dependendo do caso, ele aconselha a procurar um adestrador, que saberá identificar os pontos a serem trabalhados.

                                                                                                                                                        

                                                                                                                                                            Fruto de um resgate

A fotógrafa Amina Freitas, 22 anos, tem em casa três cadelas: a Sophia (pinscher), a Zara (labrador) e a recém-adotada Diana (vira-lata). Diana tem cinco meses e um histórico emocionante: a mãe dela foi resgata da rua por uma conhecida de Amina. A cadela, mestiça da raça dachshund, estava prenha. “A mãe da Diana aparenta ter 6 anos de idade. Ela foi acolhida e cuidada até o nascimento dos filhotes. Idosa, tiveram dificuldade de achar um dono para. Infelizmente, ninguém quer adotar um cachorro mais velho”, lamenta.

Imagem mostra mãe e filha com a cadelinha adotada.Adotar um animal
Amina Freitas presenteou a pequena Anya com a adorável vira-lata Diana. Foto: Arquivo Pessoal.

 
Ao saber da história, a Amina Freitas se comoveu e aproveitou a oportunidade para dar um presente muito especial para sua filha, Anya, de apenas 1 ano. “Eu queria muito um filhote para crescer com ela. Fui atrás de diversos grupos de adoção de animais na internet, quando, por acaso, vi a publicação sobre Diana e seus irmãos”, relata.

A vida da Amina sempre foi repleta de cachorros. Quando ela era pequena e filha única, os pais lhe providenciaram companhia canina. A primeira foi Naya, uma cocker que viveu 12 anos. A fotógrafa acredita que a presença de animais é muito importante para a formação e a autonomia das crianças. Porém, sabe que não se dispensa o acompanhamento de um adulto. “As pessoas precisam entender que as crianças não têm capacidade de cuidar sozinhas de animais. Eu dei a Diana para a Anya, que é um bebê, porém a responsabilidade é minha”, garante.

(da Revista do Correio)

Toda ajuda é bem-vinda

abandono de animais: a imagem mostra Daniella Nardelli, fundadora do Projeto de adoção São Francisco.
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Abandono de animais: Esta época do ano, infelizmente, registra a maior taxa de abandono. Tutores irresponsáveis saem de férias e esquecem o bicho. Por isso, este é o mês crítico para os abrigos, que precisam de mais doações que o habitual

 

Durante todo o ano, é triste encarar a realidade de milhares de animais abandonados pelas ruas. A Organização Mundial da Saúde estima que, somente no Brasil, existam cerca de 30 milhões de bichinhos desamparados, sendo que 10 milhões são gatos e 20 milhões, cachorros. Em cidades de grande porte, como Brasília, esse número tende a aumentar justamente durante os festejos de fim de ano — 70% em comparação aos meses anteriores, calcula a ONG Arca Brasil.

Orcileni Arruda, responsável pelo Abrigo Flora e Fauna, confirma esse triste dado.

 

“O problema é que muita gente prioriza seu próprio entretenimento, então, quando chega o fim do ano, com férias e viagens, essas pessoas não pensam duas vezes antes de deixar o animal para trás”, aponta. Infelizmente, também é uma época em que muitas adoções acabam sendo revertidas, apesar de todo o esforço da ONG em conhecer o perfil dos adotantes.

 

Com tantos abandonos, o essencial é que as pessoas ajudem a manter os abrigos em um momento tão difícil e cheio de bichinhos carecendo de atenção e bons cuidados. “Poucos nutrem o amor pelo animal para passar por essa fase, mas, com um pouco de ajuda, podemos proporcionar uma vida de qualidade para esses animais”, completa Orcileni.

Hoje, o abrigo conta com aproximadamente 500 animais. “Investimos muito em trazer suprimentos. Pessoas que estão dispostas a ajudar são muito bem-vindas, pois estamos sempre passando por transformações para comportar todos os animais”, observa a coordenadora. O objetivo é melhorar a condição da chácara para dar mais qualidade aos pets que aguardam a adoção. Na semana passada, foi realizado um bazar natalino para arrecadar doações, como ração, medicamentos, jornais ou tapetes higiênicos.

O Projeto Adoção São Francisco tem o diferencial de contar com diversos lares temporários, em vez de um único ambiente. Daniela Nardelli, uma das responsáveis pela iniciativa, que hoje cuida de cerca de 120 animais, não deixa de destacar que o momento não é favorável para adoção. “Se não fôssemos tão rigorosos, poderia dizer que a procura por adoções aumenta, mas por impulso. Não é uma boa adoção, pois, ano que vem, nas férias, esse animal vai estar na rua de novo.” A ideia de ter um bichinho de estimação não deve nunca acontecer no entusiasmo do momento — é importante que as pessoas estejam conscientes das responsabilidades envolvidas. Para Daniela, a ajuda das pessoas com diferentes doações é essencial.

A Pet Adote, uma associação fundada com o intuito de dar suporte clínico a animais abandonados, também conta com lares temporários que ajudam os bichinhos. Alda Oliveira, a coordenadora, continua se espantando com a irresponsabilidade dos tutores nesta época do ano. “As pessoas vão viajar e não têm lugar para deixar o animal. Então, escolhem abandonar. Isso é comum, mas não deixa de ser frustrante”, desabafa. Ao longo do ano, são organizados eventos para promover doações, mas durante as festividades natalinas é que as campanhas são fortalecidas, justamente para compensar a superlotação do abrigo. “Este mês, realizamos um natal solidário para arrecadar ração e medicamentos, que são essenciais.”

Todos os projetos de proteção animal precisam de doações. Alguns têm pontos de coleta, o que facilita a vida de quem quer ajudar, mas tem dificuldade de entregar os suprimentos. Doações em dinheiro também são bem-vindas. Em razão das festas, as feiras de adoção já se encerraram. Porém, em janeiro, elas já estão de volta.

 

Como ajudar

Abrigo Flora e Fauna
A petshop Di Petti, na 108 Sul, recolhe doações diariamente. Além disso, quem quiser doar diretamente no abrigo, tem acesso à chácara no último domingo de todo mês para um mutirão.

Banco do Brasil (Orcileni Arruda de Carvalho, responsável)
Agência: 1239-4 / variação: 51
Conta: 40059-9

No site vakinha.com.br, também é possível doar qualquer quantia.
Para quem quiser pesquisar mais sobre o abrigo:
https://www.facebook.com/abrigofloraefauna
http://www.abrigofloraefauna.org.br/


Projeto Adoção São Francisco
As lojas Cia da Terra recebem doações durante todo o ano, mas quem quiser doar diretamente ao grupo, pode entrar em contato por Facebook, e-mail ou site.

Banco do Brasil (Projeto Adoção São Francisco)
Agência: 3475-4
Conta: 33.383-2

Para saber mais sobre o projeto:
adocaosaofrancisco@gmail.com
http://projetoadocaosaofrancisco.blogspot.com.br/
https://www.facebook.com/projetoadocaosaofrancisco


Pet Adote
A clínica Pet Adote, no Paranoá, recebe todos os tipos de doações. Para quem não tem disponibilidade de ir até o local, a associação conta com colabores que se prontificam em recolher suprimentos em todos os endereços do Distrito Federal. Para isso, basta entrar em contato com a equipe.

Conheça o projeto:
https://www.facebook.com/petadotee/
(61) 3532-9449 e 98441-5236
Endereço: Quadra 24, Conjunto A, Lote 11, Loja 02, na Avenida Transversal do Paranoá.