Categoria: Sem categoria
Estudo feito na Inglaterra constatou que em dezembro e no mês da Páscoa aumentam os casos de intoxicação por chocolate. Alimento contém uma substância extremamente prejudicial aos pets e pode até matar
Pesquisadores da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, descobriram que em dezembro acontece um “pico significativo” no risco de intoxicação por chocolate em cães. A explicação está nas festas de fim de ano.
De acordo com o estudo, a maioria das pessoas sabe que o chocolate pode ser venenoso para os cachorros, mas podem não saber por quê. A culpa é de um estimulante chamado teobromina, que, nos pets, pode irritar o estômago, acelerar os batimentos cardíacos e causar desidratação, convulsões e, nos casos mais severos, morte. Apesar disso, os tutores continuam oferecendo chocolate aos cães nas datas festivas.
A pesquisa britânica foi realizada no Reino Unido com dados de 386 cães atendidos por veterinários entre 2012 e 2017, com intoxicação por chocolate. Um em cada quatro cães (26%) apresentou sintomas dentro de uma hora após ingerir a iguaria, e 56% manifestou os sinais em até seis horas. O vômito foi o sintoma mais frequentemente observado (17%), enquanto que a frequência cardíaca acima de 120 bpm foi detectada em 28 casos (7,5%). Os sinais neurológicos (agitação, inquietação) foram incomuns (12 casos, 3%), e não houve convulsão e óbito no universo investigado.
Ao analisar a época do ano em que os cães deram entrada nos hospitais, os pesquisadores constataram que dezembro é o campeão de atendimentos. Não houve aumento significativo de intoxicação por chocolate nos meses de outras datas festivas, como dia dos namorados ou das bruxas. Por outro lado, na Páscoa, o número de casos também aumenta. As principais fontes de ingestão do chocolate são barras de chocolate, ovos de Páscoa, bolos, licores, coelhos de chocolate e enfeites comestíveis na decoração da casa.
Natal – e não dois anos como o Natal. Não houve picos em torno do Dia dos Namorados ou do Dia das Bruxas.
Fontes de barras de chocolate e caixas incluídos (muitas vezes seleções do presente), ovos de Páscoa, bolo de chocolate, licores, coelhos de chocolate, figuras de Papai Noel, calendários de Advento e decorações para árvores de Natal.
“A ingestão de chocolate tem um padrão sazonal, especialmente no período de Natal e Páscoa”, escreveram os autores do artigo, publicado na revista Vet Record.
“Os cães adoram um petisco de chocolate, mas as pessoas devem manter esse alimento longe dos animais de estimação. Caso eles comam uma quantidade considerável, é melhor procurar o veterinário urgentemente”, disse o principal pesquisador, o veterinário PJ. Noble.
O movimento de solavanco dentro do carro repercute na área do ouvido responsável pelo equilíbrio, deixando alguns animais enjoados. Filhotes e idosos têm maior propensão ao problema
A viagem de fim de ano com o pet pode virar pesadelo, com o melhor amigo sofrendo de náuseas no caminho. Assim como os humanos, muitos animais podem apresentar enjoo provocado pelo movimento durante o trajeto, chamados de vômito de cinetose. Por isso, o tutor deve se precaver e procurar conversar com o veterinário responsável antes da viagem.
“O movimento e os solavancos dentro do carro repercutem nos canais internos do conduto auditivo dos pets – área responsável pelo equilíbrio deles –, causando esse tipo de sintoma”, destaca o Ítalo Cássio, médico veterinário da Petz.
De acordo com o veterinário, os filhotes são mais suscetíveis ao problema por não estarem acostumados com a movimentação dentro dos veículos. Além disso, seus dispositivos de controle de náuseas ainda não estão perfeitamente maduros, o que aumenta bastante a incidência de náusea e vomito. “Nesses casos, é imprescindível utilizar apenas medicações prescritas por um médico veterinário”, alerta.
Pets idosos também podem ser vítimas do problema, quando já tiveram crises de enjoo no passado. Caso isso tenha ocorrido, eles podem associar o passeio a mais um momento de estresse e de ansiedade, o que também pode desencadear vômito e náusea. “Para reverter essa situação é preciso dedicação por parte da família. Ela deve acostumar o bichinho em passeios mais curtos no carro, com paradas para o animal caminhar e fazer as suas necessidades”, recomenda o veterinário.
Ítalo Cássio explica que não se deve alimentar os pets pouco tempo antes da viagem. Essa medida evita que o animal fique com o estômago cheio e vomite dentro do carro. “Se, mesmo assim, esse tipo de problema acontecer é possível recorrer à medicação. Na dúvida, o dono deve pedir ao veterinário que prescreva algo para atenuar esse tipo de sintoma. Vale lembrar que toda e qualquer medicação ministrada aos pets deve ter a orientação de um médico veterinário”, recomenda.
Veja outras dicas importantes para garantir uma viagem traquila:
Evite deixar pets soltos dentro do carro: além de tirar a atenção do motorista, eles podem se machucar em freadas bruscas e, caso as janelas estejam abertas, pular para fora com o veículo ainda em movimento. Por isso, cintos de segurança e equipamentos como cadeiras especiais e caixas de transporte são indispensáveis.
Focinhos devem ficar longe da janela: embora os cães adorem, esse hábito pode trazer graves consequências à saúde deles. “Ao tomar fortes correntes de ar, o pet pode propiciar inflamação no conduto auditivo, olho seco, ceratite e até mesmo úlceras de córnea, entre outros problemas. É possível baixar um pouco mais os vidros ou ligar o ar condicionado para que o bichinho não sofra tanto com o calor, mas expô-lo à ação do vento em alta velocidade, definitivamente, não é recomendável”, adverte Ítalo Cássio.
Utilize cintos de segurança, cadeiras ou caixas de transporte: em relação às caixas de transporte, é importante que sejam arejadas e permitam que o animal possa girar em torno de seu próprio eixo para ficar confortável. Elas também não podem permanecer soltas no interior do veículo. O ideal é que fiquem presas ao cinto de segurança do carro ou sejam postas no chão para que não se desloquem durante o trajeto. “Se forem adaptados às caixas, desde filhotes, cães e gatos, por exemplo, se acostumam. Se forem mais velhos, a família deve habituá-los com paciência, oferecendo mimos e petiscos para que eles não associem a caixa a algo negativo”, explica Ítalo Cássio. Cadeirinhas e cintos de segurança para pets garantem um pouco mais de liberdade aos animaizinhos dentro do veículo. Isso porque tais acessórios não isolam os mascotes e podem ter a altura ou o tamanho regulados. Isso permite que o pet possa observar a paisagem pela janela como qualquer outro passageiro. Contudo, as cadeirinhas, especificamente, nem sempre são uma unanimidade. “Gatos mais velhos que não foram acostumados a elas, desde filhotes, são os que mais costumam estranhar. Novamente, é preciso contar com a ajuda e o carinho dos familiares para que os animais se acostumem aos poucos, até que fiquem totalmente à vontade durante o passeio “, finaliza o veterinário.
Especialista em comportamento animal explica uma das habilidades mais estranhas dos felinos: voltar para casa depois de desaparecer por um tempo
Por Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal *
Alguns comportamentos dos gatos intrigam muita gente. Um deles é a capacidade de voltar para casa depois de desaparecer por algum tempo, mesmo quando o felino nunca tinha percorrido antes os caminhos que podem conduzi-lo até a habitação. Esses retornos ocorrem, por exemplo, com gatos que saem para dar uma volta e desaparecem por meses ou anos. Ou quando os donos, infelizmente, cometem o crime de abandonar o felino em algum lugar distante. Ou, ainda, quando os donos mudam de casa, o gato desaparece e é encontrado nas proximidades do antigo endereço.
Embora muitos acreditem que os gatos possuam capacidades extrassensoriais, existem pesquisas, observações e estudos que apresentam justificativas muito mais normais para esse fenômeno, as quais explicarei neste artigo.
Memória visual
A capacidade de observar o ambiente e de memorizá-lo é enorme nos gatos. São animais bastante visuais, capazes de reconhecer árvores, prédios, praças. Basta encontrarem algo que reconheçam para, a partir daí, conseguirem se orientar e voltar para casa.
Memória olfativa
Mesmo quando estão em um lugar onde não enxergam nada conhecido, muitos gatos conseguem voltar para casa, ajudados pela m memória olfativa. Essa é a capacidade dos animais que mais nos impressiona, pois o olfato humano chega a ser ridículo quando comparado com o deles, inclusive do gato.
Casas, ruas, regiões, cidades, etc., possuem alguns cheiros específicos. Muitos desses odores podem ser reconhecidos pelos gatos e servir para orientá-los quando perdidos. São capazes de se guiar por cheiros conhecidos até chegarem a algum lugar que reconheçam visualmente, e, a partir daí, usarem a memória visual para completar o percurso.
Gatos que percorrem grandes distâncias durante o dia acabam conhecendo diversos cheiros da região e se familiarizando com eles. Mas mesmo os gatos que praticamente não saem de casa recebem uma enorme amostra dos odores existentes à volta deles, alguns trazidos de longe pela brisa e pelo vento. E, cada vez que o vento muda de direção, outros cheiros podem ser sentidos, dando a possibilidade de formar uma ampla memória olfativa.
Não basta reconhecer um cheiro para chegar ao lugar desejado. Depois de identificado o odor, é preciso saber para qual direção caminhar. Os gatos se deslocam de um lugar para outro e, assim, podem testar se a concentração do cheiro conhecido aumenta ou diminui, decifrando rapidamente de onde ele vem. Moléculas de determinados odores podem viajar por centenas de quilômetros e, se tiverem concentração suficiente para serem percebidas, poderão ser utilizadas para localizar o caminho procurado.
Influência do vento
Às vezes, o cheiro que o gato reconhece só chega até ele quando o vento sopra em um determinado sentido. Nesse caso, ele só conseguirá ir na direção de casa quando o vento colaborar – bastará uma pequena mudança na direção da brisa para ele se perder novamente.
Gato com múltiplos donos!
Muitos demoram a voltar para casa por outros motivos, bem menos angustiantes para nós e para eles. Quando o felino não fica restrito ao ambiente interno da casa, costuma frequentar outros lares. Em vários casos, ele é alimentado e adotado também por diversas pessoas. Alguns gatos tomam café da manhã em uma casa, tiram uma soneca em outra e jantam em mais outra.
Imagine que o seu gato não esteja com coleira de identificação e que um dos outros donos resolva prendê-lo dentro de casa para, por exemplo, evitar que continue se machucando em brigas na rua. Você achará que ele foi embora, morreu, etc.. Normalmente nem imagina que ele possa estar na casa do vizinho da rua de cima! Depois de alguns meses, o gato escapa ou resolvem deixá-lo passear. Aí, para sua surpresa, ele surge novamente.
Um gato mais poderoso no bairro pode restringir o acesso do seu, inclusive à sua casa. Se isso acontecer, o seu gato poderá ficar frequentando outros locais até o mandachuva morrer, perder o poder ou mudar de área.
*Esse artigo foi publicado originalmente no site do Cão Cidadão
Aprovado para fins veterinários, terapia é um complemento ao tratamento clínico e tem diversas indicações, desde o alívio da dor e das inflamações à redução de tumores
Você já ouviu falar que o gás ozônio tem ação terapêutica? Esse gás que faz parte da atmosfera é aplicado também em tratamentos de saúde. Aqui no Brasil ele é aprovado para fins veterinários e tem sido utilizado como alternativa contra a dor, inflamações e no combate a várias doenças.
“Com ação antibacteriana, anti-inflamatória e antiviral, é uma terapia complementar que, além de aliviar a dor, ajuda no controle de inflamações, acelera o processo de cicatrização e ativa os sistemas de antioxidantes e imunológico, entre outros benefícios”, explica a veterinária Marcela Michilato, do Centro Veterinário da Petz.
A sessão de ozonioterapia demora de dez a 20 minutos e não precisa de sedação. Um equipamento converte moléculas de oxigênio em gás ozônio, que é captado por meio de uma seringa conectada ao aparelho. A aplicação pode ser feita de várias formas: insuflação (retal), endovenosa, intramuscular, intra-articular e sub-cutânea. A quantidade de ozônio é controlada e existem protocolos veterinários para cada caso.
Ao reagir no organismo, o ozônio ativa as substâncias antioxidantes e promove uma grande liberação de oxigênio para as células, estimulando o sistema imunológico e o metabolismo. “Por causa de sua ação antimicrobiana, ele é indicado para casos de parvovirose, por exemplo, pois combate a doença de uma forma mais rápida, além de servir também como prevenção para outras enfermidades”, explica Marcela Michilato.
A médica veterinária orienta ainda que esse recurso pode ser combinado com outras terapias, mas que não deve substituir os tratamentos tradicionais. E só deve ser aplicado com profissionais certificados. Além das doenças infectocontagiosas, sua aplicação é indicada para problemas de coluna, musculares, artrite, artrose, displasia coxofemoral, dermatites, doenças neurológicas e no pós-operatório de diversas cirurgias para alívio de dor.
“No caso de tumores, ele ajuda a diminuir o tamanho, aumentando a expectativa de vida desses pacientes”, diz a veterinária.
A todos os leitores que nos acompanharam ao longo do ano, desejamos um Natal muito feliz, ao lado dos amigos de quatro patas. E lembre-se: nada de exagerar na ceia do pet!
Desde fevereiro, quando assumimos o blog Mais Bichos, comandado anteriormente pelos brilhantes jornalistas Cristine Gentil e Luís Tajes, eu, Paloma, e meu fiel “salsicha” Bento, temos procurado trazer novidades e dicas sobre saúde, comportamento e bem-estar pet, além de histórias engraçadas e emocionantes sobre animaizinhos do Brasil e do mundo. Agradecemos a todos que nos acompanharam até aqui e desejamos a todos um excelente Natal, cercado de amigos, familiares e, claro, CATIOROS! (e gatinhos, hamsters, porquinhos-da-índia…).
Vale relembrar que, por mais que aquelas carinhas pidonas nos cortem o coração, ao ceder aos encantos dos nossos pets, colocamos a saúde deles em risco. Então, hoje, na ceia, fique atento! Um pedacinho de peru sem gorduram um pouquinho de arroz e algumas frutas e verduras até estão liberados. Mas nada de chocolate, carnes gordas, nozes, castanhas e panetone. A onipresente uva-passa, então, pode causar até falência aguda nos rins.
Para evitar problemas e garantir um Natal só de alegrias, lembre-se do que pode e do que é proibido para os pets:
Alimentos permitidos
. Chester ou peru – As partes magras da carne, como o peito, são permitidas. As demais podem causar vomito e diarreia devido concentração de gordura.
. Arroz – Somente sem tempero e em porções pequenas.
. Frutas e legumes – Banana, batata doce, abóbora, cenoura, brócolis e maçã são permitidos. Mas tudo sem tempero, sal, açúcar e em pedaços menores para facilitar a mastigação e a digestão.
Alimentos proibidos
. Salpicão – Esse tipo de mistura é denso demais para o estômago dos pets. Além disso, quase sempre, inclui maionese e uva passa – que são terminantemente proibidos;
. Farofa – Nem pensar! Trata-se de um alimento rico em sal e gordura oxidada. Ou seja, um verdadeiro veneno para os pets;
. Molhos – São fortes demais para o estômago dos animais e podem até causar pancreatite;
. Rabanada – Pets estão proibidos de comer frituras. Além disso, doces caseiros desse tipo contêm muito açúcar, o que também é ruim para a saúde dos animais;
. Panetone – Além de conter uva passa, a massa e as outras frutas cristalizadas presentes nesse tipo de alimento têm muito açúcar;
. Chocotone – Tudo o que contém chocolate é proibido, já que o alimento tem teobromina em sua composição. Essa substância causa intoxicação e, caso seja ingerida em grande quantidade, pode até levar a óbito;
. Nozes – Também estão proibidas, mas é preciso atenção redobrada com as macadâmias e castanhas do Pará. Elas são tóxicas para os cães e podem causar alergia em alguns deles;
. Uva e uvas passas – Podem causar lesão renal aguda e até falência aguda dos rins;
. Vinho – De jeito nenhum! Os cães, principalmente, são ainda mais sensíveis aos efeitos do álcool do que os humanos. Por isso, mesmo uma quantidade muito pequena pode causar quadros graves de intoxicação.
Pulgas, carrapatos e insetos transmissores de doenças adoram calor e se reproduzem com facilidade nesta época do ano. Além das medidas preventivas, fique atento aos sintomas: falta de apetite e febre são alguns deles
Além dos cuidados com a temperatura, que já falamos aqui, o verão também exige atenção redobrada quanto a infestação por parasitas, que se proliferam nessa época. Segundo a veterinária Fernanda de Mattos, analista técnica na área pet da Ourofino, o calor favorece o aparecimento de insetos, pulgas e carrapatos. Quando não evitados, esses serzinhos minúsculos podem ser altamente prejudiciais para a saúde dos animais, causando lesões físicas, por meio das picadas, e facilitando a transmissão de doenças como a erliquiose (conhecida como doença do carrapato) e a babesiose. Então, atenção: as hemoparasitoses causadas por microrganismos transmitidos durante a picada do carrapato apresentam sintomas inespecíficos, mas entre eles estão febre, anemia e perda de apetite.
Outro problema comum aos animais infestados por pulgas e carrapatos são as dermatites alérgicas, também conhecidas como DAPE, causadas pela hipersensibilidade às substâncias presentes na saliva dos parasitas em contato com o sangue dos animais alérgicos durante a picada. A DAPE apresenta como sinais clínicos: irritação da pele, coceira intensa e queda de pelos, principalmente na região lombar, próxima à cauda. Animais portadores das dermatites alérgicas devem ter cuidados redobrados, como manutenção de uma pele saudável e hidratada e reforços relacionados à prevenção e ao combate das infestações por pulgas e carrapatos. Uma única picada desses parasitas é o suficiente para desencadear o quadro alérgico, por isso, nesses animais, o uso adequado de produtos com atividade tópica é o ideal.
“Para o sucesso no controle das infestações por ectoparasitas, ainda é preciso um acompanhamento rígido da frequência e sequência de aplicações de produtos tópicos nos cães e gatos. Além disso, é fundamental a adoção do controle integrado, que visa não somente atuar na infestação que está nos animais (que corresponde a apenas 5% do problema), mas também na contaminação do ambiente, onde estão as formas imaturas desses parasitas e que correspondem a 95% das infestações a serem controladas”, diz Fernanda de Mattos. “Aqui, vale o alerta: caso já tenha encontrado algum desses parasitas no seu pet, não compre qualquer produto antes de buscar a orientação de um veterinário”, complementa o médico veterinário da René Rodrigues Junior, da Magnus.
No verão, os pets também sofrem com as picadas de insetos, que, além de provocar incômodo, podem transmitir doenças como leishmaniose e dirofilariose. A leishmaniose visceral é um problema de saúde pública. Atualmente, existem estudos e dados suficientes para sustentar que o uso de coleiras impregnadas de substâncias com atividade contra o mosquito-palha é método imprescindível para a saúde dos cães, e um dos mais eficazes no combate à enfermidade.
Para o controle ambiental da proliferação de insetos, como o mosquito causador da leishmaniose, são recomendados: limpeza de quintais, com a remoção da matéria orgânica que se acumula pela decomposição de folhas e frutos que caem das árvores, tratamento adequado para o lixo doméstico, entre outras medidas.
Nada como uma boa tosa para deixar os pets prontos para as festas de fim de ano. O corte dos pelos também é importante para proteger contra o calor do verão. Confira os estilos de tosa que estão “fazendo a cabeça” da cachorrada
Pelos penteados e com estilo estão sempre na moda. Mas algumas tosas se destacam mais na época de Natal, réveillon e verão. A procura pelos cortes mais curtos para cães e gatos crescem 30% nesse período, conta o groomer William Galharde, gerente de estética da rede Petz. “Com o calor, os mais peludos podem sofrer se ficarem expostos a atividades ao sol. Com a tosa, eles se sentem mais aliviados. Além disso, é mais prático, banho e enxágue ficam mais rápidos e facilita a manutenção da limpeza no dia a dia”, afirma.
Um dos cortes mais pedidos é o “estilo militar”, ideal para cães e gatos de pelagem média e longa, que deixa o pelo do corpo mais curto, destacando a cabeça e a orelha raspadinha. Ele pode ser feito com a tesoura ou na máquina. Outra dica de William é o “estilo Samurai”, com um coque no alto da cabeça, que também ajuda a refrescar e a garantir glamour ao visual dos pets.
Desde os oito meses de idade, o Shih-Tzu Thor, 2 anos, é adepto da tosa bebê na tesoura, que o deixa estiloso e fresquinho. “Gosto dessa tosa por que fica bem a vontade para brincar em qualquer lugar, e com topete pra não perder o charme”, conta a tutora, Raniérica Assunção. A cada três meses, o cachorrinho apara os pelos para manter o corte.
Além de dar um toque no look, os cortes também ajudam a cuidar da higiene e da saúde dos bichinhos, evitando lesões e assaduras. “Os pets com pelagem longa acabam tento algumas limitações. Quando fazem a tosa, eles ganham mais liberdade. Mas é preciso ficar atento à necessidade de cada bichinho e raça”, orienta Galharde. A veterinária Fernanda Marques, membro da Comissão de Animais de Companhia do Sindicato Nacional de Indústria de Produtos para Saúde Animal, também lembra que nem todas as raças devem ser tosadas. “Algumas não estão adaptadas às temperaturas tropicais, e o tutor deve ficar atento, pois, neste caso, o pelo protege o animal”, diz. Esse é o caso de samoiedas e husky siberianos, por exemplo. Nesses animais, o pelo faz uma camada térmica para evitar queimaduras, e retirá-lo pode ser muito perigoso.
Para entrar no clima natalino, além de caprichar na tosa, os pets podem usar roupinhas, toucas de papai-noel, bandanas e gravatinhas natalinas.
“Mas o bichinho tem que se sentir confortável. Alguns não se estressam com nada e podem usar adereços, roupas e apliques, enquanto outros não suportam nem um pequeno laço. O tutor tem que ficar atento para não prejudicar o pet e deixá-lo desconfortável. O look deve ser harmonioso, mas é preciso se preocupar com o bem-estar do bichinho”.”, alerta o groomer William Galharde.
Na galeria de fotos, as tosas da moda, segundo William Galharde, da Petz
Estação que começa hoje é sinônimo de alegria e descontração. Mas o calor pode causar queimaduras graves nas patinhas e mesmo levar os animais a óbito. Para evitar problemas, hidrate bem o pet, passeie nos horários mais amenos e, no caso dos clarinhos e com focinho rosa, use protetor solar
O verão está chegando e os cuidados com os pets devem ser redobrados. Assim como os humanos, cães e gatos também sentem mais desconforto nessa estação. Intensificar a hidratação, manter os ambientes frescos e tosar os pelos dos animais são algumas atitudes a serem incorporadas na rotina do animal para manter seu bem-estar, evitando problemas, como insolação, queimaduras, entre outros.
Os locais onde os animais comem, brincam e dormem devem estar sempre arejados e limpos para evitar mal-estar e doenças. Se eles têm o hábito de ficarem no quintal, certifique-se de que haja locais cobertos e de sombra para se protegerem do sol.
Atenção maior para os cães das raças braquicefálicas – de focinho curto, crânio compacto e sistema respiratório superior comprimido, como os Bulldogs, Pugs, Boxers, Shitsus e Lhasas Apso e, no caso dos gatos, os Persas. Esses pets sofrem mais com as altas temperaturas pelas suas características anatômicas que não permitem troca de ar eficiente com o ambiente. A médica veterinárial, Fernanda Cioffetti Marques, da Vetnil, diz algumas precauções simples podem evitar grandes problemas. Por exemplo, oferecer e manter água fresca para o consumo do animal, inclusive espalhando vasilhas pela casa. Nos dias mais quentes, é recomendado colocar algumas pedras de gelo no recipiente para ajudar a manter a temperatura da água agradável.
“No caso dos gatos, eles normalmente bebem menos água e são mais propensos a problemas nos rins. Por isso, no verão é preciso incentivar o maior consumo de líquidos. Como alternativa, use fontes próprias para gatos, que adoram água corrente. Outra sugestão, é oferecer ração úmida”, explica Fernanda.
Um dos principais cuidados que se deve ter é com a pata do animal. Com temperaturas acima do que ele está acostumado, o asfalto ou a areia pode proporcionar queimaduras graves durante um passeio. “Por isso, evite levá-lo para um passeio entre 9h e 16h, quando o calor é muito intenso. E, se o seu cão ou gato tiver focinho rosado, é preciso usar um filtro soltar específico”, ensina o veterinário René Rodrigues Júnior, da Magnus, em São Paulo. É necessário também que os tutores fiquem atentos aos sinais que seu pet emite, lembra Fernanda Cioffetti Marques. “Se ele demonstrar muito cansaço e sua língua estiver constantemente à mostra, procure uma sombra e deixe-o descansar por alguns minutos. Leve uma garrafa de água para o passeio, para manter a hidratação do seu corpo”, complementa.
Nos passeios de carro, mantenha o ar condicionado ligado ou os vidros abertos para circular o ar. Vale sempre lembrar que deixar o animal sozinho no carro com os vidros fechados é absolutamente proibido, mesmo que seja apenas para uma “parada rápida”.
“A temperatura dentro do veículo pode subir até cinco graus em menos de 15 minutos e, consequentemente, levar o seu cão ou gato ao óbito”, afirma René Rodrigues Júnior.
A veterinária Fernanda Cioffetti Marques, lembra, ainda, que tanto para os cães acostumados a fazer exercícios físicos como para os que não estão acostumados, a água pode não ser suficiente para a hidratação. “Nesse caso, é importante fornecer um composto contendo sais eletrolíticos – potássio, cloro, sódio e magnésio – que irá reequilibrar o organismo do animal. Para auxiliar nos momentos de estresse, que podem ocorrer nos dias muito quentes, é recomendado o uso de um produto probiótico que melhora a microbiota intestinal do animal”, continua Fernanda.
É importante também que durante todo o verão, o pelo do pet esteja sempre curto, principalmente, na região da barriga. Os banhos nos cães, pelo menos uma vez por semana, também são importantes aliados para refrescar e diminuir a temperatura corporal. Use produtos próprios para a pele do pet e lembre-se de secá-la muito bem, evitando dermatites. Outra recomendação é o uso de protetor solar específico para pets para protegê-los contra problemas de pele. “Este procedimento é indicado, principalmente, para cães e gatos de cor clara, que sofrem mais com a incidência dos raios solares. O filtro deve ser aplicado em regiões sem pelos, como focinho e orelhas, em média a cada duas horas ou menos, em caso de contato com água”, ensina a médica.
Essa foto está em todos os grupos de Whatsapp e foi produzida em uma cidadezinha da Inglaterra, de apenas 8,4 mil habitantes. A imagem que rodou o mundo é uma brincadeira de um banho e tosa de Mountsorrel
Provavelmente, você recebeu essa imagem hoje. Trata-se de uma brincadeira de groomers do vilarejo de Mountsorrel, em Leicesatershire, Inglaterra. Usando toalhas de banho e, claro, cachorros fofos, eles recriaram um presépio, cena que representa o nascimento de Jesus e a visita do anjo Gabriel, dos pastores e dos reis magos. Postada no Facebook do banho e tosa, a imagem saiu da cidadezinha de 8,4 mil habitantes e ganhou o mundo. O interessante é que os groomers postaram a foto em 7 de dezembro, mas só depois que ela foi republicada por outro site (e sem os devidos créditos) é que viralizou. Até o serviço Yahoo Notícias descobrir a origem do “presépio” e publicar uma nota sobre ele.
No Reddit, a imagem fez muito sucesso. “Todos os cães parecem muito sérios, exceto o golden retriever, que está vivendo o melhor momento de sua vida”, comentou um usuário. “Tudo que fiz hoje foi chorar, mas ver essa foto de um presépio canino me fez me sentir muito melhor”, disse outro. No Facebook, os autores da foto comemoraram: “Parece que viralizamos!”.
Professora da Universidade de São Paulo inova, ao usar bichinhos de pelúcia nas aulas e, assim, evitar o sofrimento e a morte de animais em sala de aula
Há cinco anos, uma professora da USP em Ribeirão Preto usa animais de pelúcia em aulas práticas sobre diabetes mellitus. A iniciativa vem poupando sofrimento e morte de cerca de 45 ratos por ano, com benefícios ao aprendizado dos estudantes que perdiam o foco com a dor dos animais.
Responsável pela aula alternativa, cursada por alunos das faculdades de Odontologia (Forp) e de Ciências Farmacêuticas (FCFRP) da USP, a professora Maria José Alves da Rocha conta que as aulas de laboratório da disciplina de Fisiologia sobre diabetes mellitus nunca foram confortáveis. Os alunos sofriam com a coleta de sangue dos animais para dosar a glicemia, pois era necessário um corte no rabo do animal, relata. A professora explica ainda que esses ratos ficavam em estado deplorável e exalavam forte odor causado por diarreia, efeito colateral da droga que induz ao diabete.
Ao buscar uma solução para o problema, Maria José encontrou alguns artigos científicos sobre modelos de aulas de sucesso com animais artificiais e decidiu desenvolver seu próprio material. Aproveitou as gaiolas metabólicas – equipamento onde ratos de verdade ficam e têm suas fezes e urina coletados – já existentes e adquiriu os ratinhos de pelúcia em oferta numa grande loja.
Com a ajuda do técnico de laboratório Mauro Ferreira da Silva, abriu o abdômen de alguns bichinhos que, a cada aula, são preenchidos com bolas de gude para alcançar pesos diferentes. Para o sangue e urina, que também são artificiais, recebeu a colaboração do então aluno de Farmácia Paulo José Basso. Esses preparados simulam os diferentes níveis de glicemia, ou seja, a quantidade de açúcar no sangue.
As análises, comparando as aulas com animais reais e as que usam métodos alternativos, ofereceram à professora a certeza do caminho certo.
“Modelos de ensino que não envolvem experimentos nocivos ou com morte de animais são benéficos à aprendizagem”, garante a professora.
Ela Conta que era comum estudantes se distraírem do objetivo principal, a doença, ao se envolverem em discussões sobre a dor e o desconforto que os animais experimentam. “Questões éticas são importantes e devem ser incorporadas em um curso de fisiologia”, defende a professora.
Entre as vantagens das aulas com a substituição dos animais, ela aponta a oportunidade do aluno discutir as diferenças entre a diabete tipo 1 e tipo 2, oferecida pela simulação do rato obeso. Ela afirma que a técnica pode ser facilmente adaptada em todos os cursos das áreas biomédicas que ensinam fisiologia endócrina, mesmo em instituições com menos recursos, já que não requer grande suporte técnico nem equipamentos ou espaços físicos específicos.
Por esse trabalho de ensino, a professora e sua equipe receberam o Prêmio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) de Métodos Alternativos à Experimentação Animal, como o terceiro colocado na categoria Produção Acadêmica
CPI
Enquanto isso, na Unicamp, os alunos de medicina ainda treinam em porcos e coelhos procedimentos de drenagem de tórax, suturas de alças intestinais, abordagem de órgãos retroperitoniais para contenção de sangramentos e janela cardíaca para controle de ferimentos graves. Na Faculdade de Medicina do ABC, os mesmos procedimentos já são realizados há dez anos em cadáveres de animais eticamente adquiridos sem perda da qualidade do ensino, uma vez que a faculdade já atingiu nota máxima no Enade. E nos EUA e Canadá mais nenhuma escola médica utiliza cobaias no ensino, apenas modernos simuladores em forma de bonecos realísticos (alguns específicos para área de emergência) e simuladores em 3D.
Os deputados da CPI de Maus-Tratos Contra Animais da Assembleia Legislativa de SP ouviram no dia 13 de dezembro o professor Wagner Fávaro, do Instituto de Biologia da Unicamp, convocado para falar sobre o uso de animais naquela instituição que, junto com a USP e a Unesp, entregaram ofício ao governador alegando que não existem métodos substitutivos para todos os procedimentos usados no ensino. Os ofícios foram entregues por ocasião do Projeto de Lei 706/2012, do deputado estadual Feliciano Filho (PSC), que restringe o uso de animais no ensino (não na pesquisa).
Feliciano Filho considerou a reunião da CPI bastante produtiva: “O professor respondeu todos os nossos questionamentos e explicou que a Unicamp ainda mantém quatro procedimentos feitos com animais no ensino da Medicina. No entanto, disse que visitará a Faculdade do ABC para conhecer o método com cadáveres para, quem sabe, implantar na Unicamp”.
“A professora Júlia Matera, da USP, inclusive, aprimorou essa técnica e os cadáveres podem sangrar e duram até seis meses. Outra vantagem é que os alunos podem treinar também fora da aula e não sofrem dissensibilização ao assistirem tantos animais sendo arrastados para as aulas práticas. Os animais sabem que vão morrer”, explica a professora Odete Miranda, uma das responsáveis pela aboliçaõ do uso de cobaias na Faculdade de Medicina do ABC.
O professor Fávaro comentou também que nenhum outro curso da Unicamp utiliza cobaias e que o biotério da faculdade cria ratos e camundongos destinados apenas para a pesquisa.
Feliciano ressaltou que os deputados da CPI ouvirão técnicos e formularão relatório a ser encaminhado ao Ministério Público:
“Havendo método substitutivo, segundo o artigo 32 da Lei 9.605, o uso de animais no ensino é crime. Por isso, peço humildade as universidades estaduais para que aceitem que podem melhorar seu ensino sem o uso de cobaias e façam a transição para um aprendizado muito mais eficiente e sem sofrimento”.
Além da Unicamp, a CPI de Maus-Tratos Contra Animais já ouviu também a USP. A convocação da Unesp, no dia 12, não foi proveitosa porque o professor escolhido para representar a instituição alegou não ter conhecimento técnico para falar de métodos substitutivos no ensino. Os deputados pretendem convocar a Unesp para uma próxima reunião ainda sem data marcada.