Categoria: redes sociais
ONG de adoção faz vídeo com versão canina do megasucesso. No lugar de Despacito, o refrão diz “Tu perrito, quiero que me adoptes y ser tu perrito”. Uma fofura!
“Tu perrito, quiero que me adoptes y ser tu perrito, llevo mucho tiempo soñando contigo, imagino juegos, caricias y brincos”… Assim é o refrão dessa versão mais que especial do sucesso Despacito, feita por uma organização não governamental espanhola, de adoção animal. Em português, a versão diz: “Seu cachorrinho, quero que me adote e ser seu cachorrinho, há muito tempo sonho com você, imagino jogos, carinhos e brincadeiras”. E a música continua: “Quiero llenarte de pelos, que rías conmigo, que me enseñes a sentarme y a darte la patita, la patita, la patita, baby”. (“Quero te deixar cheio de pelos, quero que ria comigo, que me ensine a sentar e te dar a patinha, a patinha, a patinha, baby”.
Todas as fofuras do vídeo estão para adoção na Los Acogidos de Lidia, em Madri. A campanha está fazendo sucesso e, por equanto, Finta e Pinta, estrelas do clip, já conseguiram um lar. Os outros aguardam a oportunidade de dar e receber amor.
A repercussão surpreendeu a responsável pelo tema: já foram quase 200 mil visualizações no Youtube, em uma semana “É espetacular o acolhimento que nossa própria versão de Despacito está tendo! Nos estão escrevendo desde rincões inesperados do planeta, simplesmente para nos contar que os fizemos sorrir”, comemorou Lidia, no perfil do Facebook.
Cãezinhos de Brasília chegam a ter 20 mil seguidores na rede social
Eles não precisam fazer novela, postar vídeos no YouTube ou sair em revistas de fofoca para aparecer. Dispensando assessores e marqueteiros, cachorrinhos de Brasília são sucesso nas redes sociais pelo simples fato de serem muito fofos. No Instagram, a plataforma preferida dos tutores, por ser voltada à divulgação de imagens, alguns cães conquistaram mais de 10 mil seguidores não só da cidade, mas de todo o país. O segredo do sucesso: fotos e vídeos do dia a dia desses “astros e estrelas”, acompanhados de legendas bem-humoradas e muita interação com os seguidores.
“Autodefinida” digital influencer e blogueirinha, a maltês Brisa Wolff atraiu 18,3 mil admiradores em apenas 10 meses de conta no Instagram (@brisa.wolff). Uma vez ao dia, a tutora da cachorrinha, Danielle Wolff Bomtempo, posta uma foto. “Prefiro imagens do dia a dia dela, mais naturais e simples, e mais próximas à realidade de quem a acompanha”, diz.
Com pinta de modelo, Brisa adora posar para as câmeras, muitas vezes, acompanhada de “amigos” e do “irmão” Chico, da mesma raça. No perfil, os seguidores podem ver a maltês nos muitos passeios que faz pela cidade – ao ar livre ou nos shopping centers, onde costuma desfilar em um carrinho apropriado. “A melhor resposta da conta dela foram as amizades criadas. A interação com todas as mãezinhas de cachorros que, assim como eu, são apaixonadas por seus filhos de quatro patas”, garante Danielle.
As amizades Brasil afora também são destacadas pela fotógrafa Paula Leon, que mantém a conta @cookieemilk, de seus quatro cãezinhos: a yorkshire Cookie e os sem raça definida Milk, Canela e Muffin. No início, em 2013, o perfil era só de Cookie e não contava com postagens muito regulares. Por não atualizá-lo com frequência, Paula chegou a perder seguidores. Contudo, quando Milk chegou, em dezembro de 2015, ela passou a registrar a interação entre os dois cachorros. “Eu voltei com tudo. O Milk rende fotos muito engraçadas. As nove mais curtidas dele no ano passado foram do Milk comendo sapato ou cavando no quintal”, diz.
Quem acompanha a conta dos “irmãozinhos” viu, no ano passado, a trupe aumentar. Paula adotou Canela e pouco depois Muffin, que levaram ainda mais graça à casa dela. Com mais de 9 mil seguidores, no perfil são publicadas, em média, quatro fotos novas por dia. “Dá um trabalho miserável”, diz a fotógrafa, que muitas vezes coloca acessórios fofíssimos nos modelos, como perucas e fantasias, para registrar as imagens.
Muitas das amizades feitas no mundo virtual se transpuseram para o real. Quando ainda estava apenas com Cookie e Milk, Paula viajou com eles para São Paulo e foi parando no caminho para conhecer outros cães que interagem com a dupla no Instagram. Fizeram pit stop em Uberlândia (MG) e em Santos (SP), além de promoverem encontros na capital paulista.
A estudante Dayane Siqueira ficou surpresa com o sucesso da conta de Chico Bento (@chicobento.golden), um simpático golden retriever que tem 14,3 mil admiradores. O perfil surgiu sem grandes expectativas, há um ano e cinco meses. “Eu lotava minhas redes sociais com fotos do Chico, aí acabou que resolvi fazer um só dele. Comecei seguindo bastantes goldens, porque sou apaixonada pela raça, e fui fazendo amigos de vários estados. Já fui ao Rio de Janeiro encontrar tutores e seus cachorros que nos seguem e nós os seguimos”, diz. Todos os dias, Dayane posta pelo menos uma foto do cão e, como agora o Instagram permite a publicação de vídeos, no estilo do Snapchat, os amigos de Chico podem vê-lo em ação duas vezes diariamente.
A vendedora Raniérica Assunção, tutora do shi-tzu Thor (@assuncao_thor), procura interagir bastante com os seguidores, que sempre deixam muitos comentários nas fotos do cãozinho. “Além de as fotos dele serem muito fofas, a interação com seguidores acaba chamando outros e com isso ele foi ficando famoso”, diz sobre o sucesso de Thor, que tem mais de 10 mil seguidores no Instagram.
“É legal compartilhar as fotos e o dia a dia com pessoas que vivem a mesma experiência. Só que o mais legal mesmo são as amizades e as histórias que temos para contar, fora os eventos pet de que participamos”, afirma. Geralmente, ela posta uma foto por dia, mas, quando o shi-tzu foge da câmera, ela não insiste. “Respeito e vou postando. Assim que ele está tranquilo e consigo uma foto fofa, acabo postando mais de uma”, conta.
Elefante baleado por caçador caminha até veterinários em busca de socorro
(da ANDA)
“É como se ele soubesse que tínhamos a intenção de ajudá-lo. Acreditamos que foi baleado fora do parque e veio para dentro em busca de refúgio”, declarou Lisa Marabini à BBC.
O elefante Pretty Boy foi até o carro dos profissionais em busca de socorro.
‘É um animal extremamente gentil e descontraído, os veterinários conseguiram localizar facilmente o buraco em sua testa”, disse um porta-voz da instituição.
Os veterinários lhe acalmaram e procuraram a bala, mas foi impossível encontrar a posição exata porque o crânio do animal é muito grande e é difícil que os raios-X mostrem os diferentes ângulos.
Os veterinários apelidaram o elefante de Pretty Boy após a remoção de fragmentos de ossos em torno da bala, que estavam cinco centímetros abaixo da superfície da ferida. Espera-se que o animal se recupere completamente.
Segundo o porta-voz da instituição, Pretty Boy recebeu antibióticos e parasiticidas.
Os veterinários estavam preocupados que suas costas fracas pudessem impedir que o animal ficasse de pé, mas ele se recuperou sem problemas e depois repousou a cabeça em uma árvore e cochilou durante meia hora.
“No dia seguinte, ele estava se sentindo muito mais feliz e muito relaxado e deixou que os veterinários chegassem mais perto para uma avaliação final”.
Onça que participou do revezamento da tocha olímpica no AM é morta após solenidade
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 usou as redes sociais na tarde de ontem para repercutir a morte de uma onça-pintada que foi utilizada durante a passagem da tocha olímpica por Manaus na segunda-feira. O animal silvestre foi abatido após fugir e tentar atacar um militar. “Erramos ao permitir que a Tocha Olímpica, símbolo da paz e da união entre povos, fosse exibida ao lado de um animal selvagem acorrentado. Essa cena contraria nossas crenças e valores. Estamos muito tristes com o desfecho que se deu após a passagem da tocha. Garantimos que não veremos mais situações assim nos Jogos Rio-2016”, disse o comitê em uma série de postagens no Twitter.
Na segunda-feira, a tocha olímpica visitou o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), em Manaus. Em determinado momento do revezamento, os condutores posaram ao lado de duas onças-pintadas, mascotes da corporação. Ambas estavam acorrentadas.
Após o evento, uma das onças que participou da cerimônia, Juma, fugiu e foi abatida com um tiro de pistola. “Uma equipe de militares composta de veterinários especializados no trato com o animal foi ao seu encontro para resgatá-la. O procedimento de captura foi realizado com disparo de tranquilizantes.
O animal, mesmo atingido, deslocou-se na direção de um militar que estava no local. Como procedimento de segurança, visando proteger a integridade física do militar e da equipe de tratadores, foi realizado um tiro de pistola no animal, que veio a falecer”, disse o Comando Militar da Amazônia (CMA), em nota.
Também em nota, o Instituto de proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) informou que as onças mantidas em cativeiro no estado foram resgatadas da natureza quando ainda filhotes, geralmente após a morte da mãe, como defesa contra predadores ou pelo tráfico de animais silvestres, para serem vendidos e criados sem autorização.
Os animais considerados incapazes de voltar ao hábitat, após avaliação feita por uma equipe técnica, são destinados a zoológicos e mantenedores licenciados. No caso de Juma, o Ipaam afirma não ter sido consultado sobre sua participação no evento da passagem da tocha. “Necessitamos ainda da confirmação através de resposta oficial da notificação enviada pelo órgão ao CIGS, sobre o que ocorreu no evento e sobre as circunstâncias do acidente. O Ipaam salienta que as medidas cabíveis serão adotadas após a resposta oficial do CIGS.”
O centro é um instituto de especialização militar, subordinado ao Comando Militar da Amazônia (CMA). Oferece cursos de combate e sobrevivência na selva. Seu símbolo é uma onça-pintada e, em seu zoológico, um dos principais pontos turísticos da região, abriga diversas espécies, sendo a onça-pintada o principal destaque. Esses animais são resgatados feridos na floresta e recuperados com a intenção de devolvê-los à natureza. Quando não é possível, são mantidos em cativeiro e tratados como mascotes.
De acordo com o Ipaam, “o CIGS está em processo de licenciamento após o repasse do processo pelo Ibama e foi vistoriado em novembro de 2015. O CMA possui licença vigente de mantenedor de fauna silvestre com a vistoria realizada em dezembro de 2015”. O Exército também divulgou nota lamentando o ocorrido. “Era um animal dócil e habituado à convivência com pessoas no interior do quartel. Diariamente, era acompanhada por uma equipe de militares experientes, integrada por veterinários e tratadores, com a tarefa de observar e garantir seu conforto”, diz o documento, que informa, ainda, que o CIGS determinou abertura de processo administrativo “para apurar os fatos”.
Jogador da NFL se torna tutor de cadela que tinha dificuldades em ser adotada
(da redação da ANDA)
Ronnie Stanley, jogador do time de futebol americano Baltimore Ravens, juntamente com sua namorada e um companheiro de equipe visitaram o abrigo de animais BARCS.
“Nós estamos procurando por um cão que esteja aqui há muito tempo e talvez tenha dificuldades em ser adotado”, disse ele, segundo um post do Facebook feito pelo abrigo, relata o Bark Post.
O trio conheceu vários cães e Winter foi o filhote escolhido.
Winter é uma cadela de seis anos de idade, que tinha sido encontrada em meados de maio, trancada dentro de um quarto em uma casa vazia, sem comida, água ou sequer ar fresco.
Ela estava desidratada e assustada, e a extrema flacidez em sua barriga sinaliza que ela deu à luz a muitas filhotes, o que não incomodou o jogador que recebeu um beijo carinhoso da cadela.
A porta-voz do BARCS Bailey Deacon está entusiasmada com a adoção de Winter e com suas possíveis repercussões.
“Se o grande e forte Ronnie escolhe adotar um animal, aqueles que o admiram farão o mesmo”, diz ela.
“E o bônus é que ele não veio adotar qualquer animal, ele pediu especificamente por um animal que estava tendo dificuldades em encontrar um lar. Isso não é fantástico?”, acrescentou Deacon.
(da Agência ANDA) (Fotos: Reprodução/YouSignAnimals.org)
O macaco foi acusado de “bagunçar” a vizinhança, roubando alimentos e quebrando alguns objetos, como é de se esperar do comportamento de um animal fora de seu habitat.
Os residentes, por sua vez, decidiram linchar o animal publicamente em um ato cruel de humilhação. Para isso, contrataram um especialista em capturar macacos, que preparou uma armadilha utilizando uma cesta de frutas como isca e em seguida o amarrou, exibindo o animal no meio da rua como se fosse um troféu.
Foi preciso expor o animal a tamanha crueldade para que as autoridades responsáveis tomassem a iniciativa de levá-lo de volta à selva.
O caso gerou revolta e está impulsionando a luta pelos direitos animais no país, exigindo leis que protejam todas as espécies. Tratar um animal inocente e indefeso dessa forma é totalmente inaceitável.
Ativistas lançaram uma petição para que macacos e outros animais recebam tratamento digno e para que o governo conscientize a população sobre como agir em encontros com animais selvagens. Já são mais de 10 mil assinaturas e a meta é de 20 mil, podendo ser facilmente alcançada com a contribuição de todos – essencial para que cenas como essa jamais se repitam.
(por Júlia Faria e Carolina Costa, da editoria de cidades do Correio Braziliense) (fotos: Marcelo Ferreira/@cbfotografia)
Os apaixonados pelos seus animais de estimação os veem como membros da família. E não adianta criticar: o amor pelos bichinhos sempre fala mais alto. O carinho é tanto que até se separar deles por algumas horas é doloroso, que dirá por dias e dias. Mas, quando há estabelecimentos que aceitam a presença dos animais, a alegria de dividir mais momentos juntos é coletiva. No Distrito Federal, os espaços pet friendly na capital têm crescido e com eles o amor pelos animais.
São cafés, bares, shoppings e até hotéis. A estudante Juliana Lauermann, 20 anos, procura esses lugares e dá preferência para eles. “Hoje, muitas pessoas têm os cachorros como filhos, então, é muito legal poder levá-los para onde for”, afirma. Assim, ela é frequentadora assídua do Ernesto Cafés Especiais. Desde o início do negócio, a dona, Juliana Pedro, sentia a necessidade de atender uma demanda dos clientes. A primeira adaptação surgiu da ideia de disponibilizar de água fresca em recipientes específicos para os pets. Aos poucos, a parte de trás do estabelecimento, carinhosamente chamada de “nosso quintal” ganhou a presença de companheiros de quatro patas.
“Como nossos clientes acabaram adotando o Ernesto como uma extensão de suas casas, passam um bom tempo aqui, com a família e o cãozinho”, explica Juliana. Entretanto, esses mimos têm restrições. Os bichinhos precisam estar com o equipamento de segurança necessário e só podem circular no jardim do café.
E que tal um hotel para os bichinhos? A arquiteta Letícia Markiewicz, 53 anos, ficou muito animada com a ideia e descobriu que na cidade também há o serviço. “A Valentina sempre viajou conosco, mas só para casa de família. Agora, ela pode nos acompanhar em outros destinos”, afirma, ao conhecer o hotel Athos Bulcão, da rede de hotéis Hplus. O propósito veio a partir de um levantamento da necessidade de se diferenciar no mercado casada com uma necessidade social.
Muitos cães
Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, no Brasil, há mais cachorros de estimação do que crianças. Cerca de 44% das residências têm cães, equivalente a mais de 52 milhões de animais, superando os 45 milhões de crianças (leia Para saber mais). O hotel permite cães de até 12kg e que nos elevadores sejam levados no colo. Julia Faure, 21 anos, idealizadora do projeto, comenta que mesmo somente com 13 dias de implantação já houve um retorno positivo. “Todos os cachorros são recebidos com um kit de boas-vindas personalizado. Ele é cadastrado como um hóspede normal.”
Os shoppings da capital também entraram na onda. Iguatemi, Casa Park, Boulevard e Brasília Shopping oferecem facilidades para os consumidores, como carrinhos específicos para os animais de pequeno porte — sem contar os cães-guia, sempre liberados. Há regras, como estarem no colo e não frequentarem a praça de alimentação. “A gente uniu essa tendência ao lazer e à convivência. Os clientes sentem-se privilegiados e têm dado um retorno muito bom. Estamos até com alguns projetos para ampliar a iniciativa”, afirma a gerente de marketing do Brasília, Maíra Garcia.
Perfil dos donos
Estudo realizado pelo Ibope revelou que o Brasil possui 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos sendo que, dos 65 milhões de domicílios do país, 44,3% possuem pelo menos um cachorro e 17,7% pelo menos um gato. A base da pesquisa quantitativa teve 900 entrevistados, sendo 300 donos de cães, 300 donos de gatos e 300 não possuidores — com intenção de ter. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador e Distrito Federal
A pesquisa mostrou que os proprietários de cães são, em sua maioria (51%), casados, têm, em média, 41 anos e 93% moram com mais de uma pessoa. Além disso, observou-se que 82% são de classe AB (na classe A são 24%), 59% moram em casas e 24% adotaram seus cães, sendo 59% deles SRD (sem raça definida). Dos entrevistados, 68% acreditam que os cães trazem conforto emocional e 44% veem seus cachorros como filhos, sendo que a maioria desses respondentes são mulheres solteiras de até 40 anos. Em relação aos donos de gatos, o levantamento mostra que 61% são mulheres, têm em média 40 anos e 62% moram em casas.
(por Gláucia Chaves, da Revista do Correio)
Quem vê cachorros percorrendo um monte de obstáculos a toda velocidade logo imagina que se trata de um treino complicado demais para levar o próprio pet. De fato, há competições de agility espalhadas por todo o mundo, mas a filosofia do esporte não é apenas competir e ganhar prêmios. Na verdade, o exercício atua em muitas frentes do comportamento animal e pode ser útil para contornar diversos problemas, de agressividade excessiva a medo. A adestradora Thaís Moysés Rodrigues explica que a competição é inspirada nos circuitos de hipismo, em que o cavalo precisa cumprir um percurso em um determinado tempo. No caso da corrida canina, os bichos têm de 30 a 50 segundos.
Além de deixar o bicho em forma, o agility serve para estreitar os laços entre tutor e animal. “O treino é feito com muito reforço positivo. O cachorro é estimulado a prestar atenção no dono e a ser recompensado por isso”, explica Thaís Rodrigues. Cada vez que acerta, ele recebe um petisco e fica mais confiante para enfrentar desafios novos. Como cão feliz também é sinônimo de dono satisfeito, todo mundo ganha. “Quando ele erra, nada acontece. Por isso, o treino é motivacional — é um momento de qualidade de vida.”
Mas não pense que só o cachorro vai se mexer. Para que o animal se sinta estimulado (e saiba o que tem que fazer), o dono também precisa agitar o esqueleto. “A superação dos obstáculos pelo cão depende da sintonia com o dono. O dono vira um foco de confiança, isso fortalece a relação”, frisa a adestradora. Fazer algo com o bichinho que não seja a burocrática voltinha pela quadra é extremamente benéfico para o pet, segundo Thaís — e é também algo pouco comum entre os tutores de hoje em dia. “A maioria das pessoas trabalha o dia inteiro e o cachorro fica sozinho. Normalmente, quando o levam para passear, são atividades mais interessantes para o humano do que para o cão”, aponta.
No agility, além de aprender coisas novas, o animal tem a chance de socializar com outros pets. Isso acontece por conta da dinâmica do treino: um por um, os cães (e seus donos) são chamados para a pista de obstáculos. Cada atividade dura em torno de cinco minutos para que o animal não se canse e perca o foco. Depois, a dupla vai para o banquinho e espera ser chamada novamente. Enquanto não chega a hora de “malhar” de novo, os cachorros brincam, correm e interagem entre si. “Apesar de não ser um trabalho específico para melhorar comportamentos como medo ou agressividade, o cão socializa e fica cansado — e todo mundo sabe que um cachorro cansado é um cachorro feliz”, completa Thaís.
Para os humanos, o agility não é passivo nem na pista nem em casa. Isso acontece porque a aula não acaba quando termina: depois da “maromba”, os tutores precisam continuar a treinar os exercícios, como uma espécie de dever de casa. “O agility exige muito dos donos, porque eles têm que se tornar um pouco adestradores”, completa a bióloga e adestradora Luíza Oliveira Dias. Treinar em casa o que foi passado na aula e procurar informações sobre técnicas de adestramento são providências interessantes para quem busca resultados consistentes.
Ficha técnica
Quem pode fazer: o agility é indicado para qualquer cachorro, de raça ou não. Se o objetivo for competir, cães velozes (como border collie e pastor-de-shetland) são os mais indicados. O treino com filhotes é um pouco diferente, já que ainda não têm a estrutura óssea totalmente formada. Animais idosos também se exercitam de forma mais leve e sem impacto, por já estarem com as articulações frágeis.
Objetivo: melhorar o condicionamento físico do animal; promover a interação tutor-animal; participar de competições.
Principais obstáculos: saltos, túneis, gangorra, passarela, rampa em “A” e o slalom (12 varetas enfileiradas para o cão desviar).
Cuidados: procure se informar sobre conceitos básicos de adestramento antes de começar. Por inexperiência, alguns donos podem levar o cão a se machucar.
Um preparo intenso
Se a ideia é competir profissionalmente, a preparação precisa ir bem além do dever de casa. Há casos de donos que precisaram entrar em forma para investir nos treinos do pet. “É um exercício de explosão, com muitas curvas e mudanças de direção”, enumera a adestradora Luíza Dias. “Para algumas pessoas, pode ser bem cansativo, já que o dono de um cão competidor faz uma média de quatro percursos com o cachorro.”
A falta de costume em adestrar o animal de estimação é o principal entrave para quem começa no agility, mas Luíza explica que a falha é cultural. Em outros países, o filhote sai do abrigo de animais direto para aulas de “boas maneiras”. “Aqui, ainda temos a cultura de deixar o cachorro no quintal. No exterior, as pessoas têm mais a noção de que o cão é parte da família e há mais responsabilização do dono se o cachorro fizer algo de errado.”
Para a médica veterinária Liziè Pereira Bufs, 34 anos, o agility salvou sua relação com Stella, uma cadela sem raça definida de 6 anos de idade. Liziè encabeça o projeto social Bicharada da Casa 7, que dá dicas e informações para evitar maus-tratos e abandono de animais. Em 2011, Stella chegou. Anarquista, a cadela latia sem parar, comia o que aparecesse pela frente e não aceitava comandos. “Eu ficava muito frustrada. Não conseguia ensinar nada. O comportamento animal não é uma ênfase da graduação em veterinária.”
Liziè tentou vários adestradores, mas não estava interessada em abordagens punitivas. Mais que comandos como “senta” e “deita”, a veterinária buscava um método que realmente ensinasse como Stella deveria se comportar em todos os momentos, dentro ou fora de casa. Quando descobriu o agility, mergulhou em leituras sobre adestramento com reforço positivo. “O mais difícil é dar atenção aos comportamentos bons em vez de focar nos ruins. Você tem que se reeducar.”
Os resultados foram rápidos: em apenas um mês, Stella já prestava atenção nos comandos e tentava se comunicar com a dona de maneira positiva. “Já resgatei mais de 60 cachorros de rua e ela foi a única que cheguei a me questionar se seria feliz comigo. Era um sentimento de derrota horrível”, reconhece Liziè. Hoje, Stella nem parece a mesma cachorra: parou de destruir as coisas e até viaja com a família.
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Sábado 18 das 11 as 16h
108 Sul
Feira de adoção SHB
Sábado 18 das 10 as 16h
Sia trecho 2
Feira de adoção ATEVI
Sábado 18 das 09 as 15h
Armazém Rural 409 Sul
Bazar beneficiente ATEVI
Sábado e domingo, 18 e 19
das 09 as 16h
Parque Olhos d’Água-Asa Norte
Primeiro Fun Show Game Dog
Domingo 19 de 09 as 12h
Parque de Águas Claras
Adotou um labrador e recebeu uma carta misteriosa. Quando leu não conseguiu segurar as lágrimas…
(Por Histórias com valor)
Era um dia feliz para o homem que ia adotar Reggie, um labrador preto. Ele estava muito contente por trazer para casa um novo companheiro de quatro patas. Mas quando já ia embora a equipa do abrigo deu-lhe uma carta que o deixou muito comovido.
Para quem ficar com o meu cão:
Bem, não posso dizer que estou feliz por estares lendo isto. Nem estou feliz por escrevê-lo. Se estás lendo isto, significa que foi a última viagem de carro com o meu labrador depois de o deixar no abrigo.
Então deixa-me falar sobre o meu labrador, na esperança de te ajudar a criar laços entre vocês os dois.
Primeiro, ele adora bolas de tênis.
Não interessa para onde as jogues, ele vai correr atrás delas, por isso tem cuidado – não o faças perto de estradas. Eu fiz esse erro uma vez, e quase lhe custou a vida.
Horário de alimentação:
Duas vezes por dia, a primeira pelas sete da manhã, e depois às seis da tarde.
Por fim, dê-lhe tempo. Ele ia comigo para todo o lado, por isso, por favor, incluí-lo nos teus passeios de carro diários, se for possível.
Eu disse ao abrigo que ninguém podia adotar o ‘Reggie’ até receberem a ordem do meu comandante.
Os meus pais morreram, não tenho irmãos nem ninguém com quem pudesse deixar o Tank.
Era o meu único pedido para o exército quando da minha ida para o Iraque, que eles fizessem uma chamada telefónica para o abrigo, em caso de, para dizer que o Tank poderia ser colocado para adoção.
O amor incondicional de um cão foi o que eu levei comigo para o Iraque como inspiração.
Espero que o tenha homenageado com o meu serviço para com o meu país e para com os meus companheiros.
Eu parto esta noite e tenho de deixar esta carta no abrigo. Mas acho que não me vou despedir do Tank outra vez.
Eu chorei muito a primeira vez. Talvez vá espiá-lo e ver se ele finalmente conseguiu colocar a terceira bola de tênis na boca.
Boa sorte com o Tank.
Dê-lhe uma boa casa, e um beijo de boa noite extra – todas as noites – por mim.
Obrigada, Paul Mallory”.
*De acordo com um informante, quem adotou o cão sabia muito bem que Paul Mallory tinha morrido no Iraque no mês anterior e tinha recebido a Estrela de Prata por ter sacrificado a vida por três companheiros.
É comovente o amor incondicional que Paul sentia pelo cão. Mesmo depois de partir, deixou uma carta para se certificar que Tank será bem cuidado.