Categoria: entrevista
(da Revista do Correio) (foto: Lucas Von Glehn / Divulgação)
Ter um animal de estimação em casa é sinônimo de alegria para muitas pessoas. Eles são companheiros em qualquer situação. Quem já possui um bicho sabe disso e, com certeza, já deve ter sentido aquela vontade de aumentar a família, mas sempre surgem dúvidas. Qual o melhor momento? Como evitar o ciúme? Especialistas esclarecem e explicam que a apresentação entre dois bichinhos tem tudo para dar certo, entretanto, deve ser extremamente planejada.
Por mais inteligente que o seu animal de estimação pareça ser, ele vai ter dificuldade de compreender a chegada repentina de outro similar. Exatamente por essa razão, a introdução deve ser feita aos poucos. “Antes de decidir, devem ser avaliadas várias questões, como idade, gênero e raça, por exemplo. Não existe mágica, tem que ser gradual”, afirma o especialista em comportamento canino, Lucas von Glehn.
Um aspecto que facilita a relação entre os pets é a diferença de idade: quanto menor mais fácil. A adaptação de bichos com idades parecidas acontece de maneira mais natural, logo, é menos complicada. De acordo com Lucas, é preciso ter mais cuidados com cães idosos e cachorros muito novos. “Diferentemente dos cães mais velhos, o filhote tem muita energia”, disse. Por isso, os donos devem estar atentos para controlar um pouco do entusiasmo dos pequenos.
A servidora pública Paula Pane, 27 anos, e o marido dela sempre gostaram de bichos e adotaram uma cadelinha de rua, a Jay. Posteriormente, Paula pegou uma fêmea que morava na casa de seus pais para fazer companhia a ela. Infelizmente, pouco tempo depois Nissy faleceu e a dona percebeu que Jay passou a se sentir solitária. “Nós trabalhamos o dia inteiro, ela fica muito tempo sozinha. Achamos que precisava de companhia e compramos uma filhote da raça border collie”, contou Paula.
A escolha da raça da nova integrante da família foi uma preocupação, ainda que a servidora pública afirme que a personalidade da Jay é tranquila. Ela acreditava que adaptação não seria um problema, mas, mesmo assim, optou por uma consultoria com um especialista. “Lemos muito sobre como deveria ser a transição. Porque a Jay — que já tinha se acostumado a ser única — começaria a dividir atenção novamente”, ressalta. A mudança de comportamento ficou evidente para a dona: a cadelinha queria chamar a atenção. E conseguia. A vira-lata, que sempre foi muito obediente em relação às suas necessidades, começou a fazer xixi fora do lugar.
Foi então que os donos entenderam a importância de aprender a ignorar as atitudes de “rebeldia”. Paula percebeu que brigar com a cadela primogênita era suficiente para satisfazer sua necessidade de ser notada. “Quando eu chegava em casa e percebia que ela tinha feito xixi no lugar errado, não falava nada. Apenas limpava e ia embora”, relata a servidora pública. Jay começou a perceber que a estratégia já não funcionava mais e voltou a se comportar. Hoje, a relação entre as duas cadelinhas tem sido bem tranquila.
O primeiro conselho dos especialistas é que o contato inicial entre os novos membros da família aconteça fora de casa, para que eles possam se encontrar de forma mais casual. O motivo de se realizar a apresentação fora do lar é simples: “Dentro de casa já existe uma estrutura de matilha, à qual o animal já se adequou. Quando o outro individuo entra abruptamente, surge um comportamento de desconfiança, que pode gerar competições gratuitas”, pontua Lucas. Outra sugestão é fazer pelo menos duas ou três inserções antes de realmente introduzir o novo bichinho no lar.
É natural entre os bichos o instinto de competitividade, porém, existem formas de os donos desestimularem tal comportamento. Um jeito simples de amenizar possíveis tensões é associar algo positivo a esse encontro, para que eles entendam que existe vantagem na relação. Basta oferecer um estímulo, seja um carinho, seja um petisco. A ideia é que eles se sintam bem e vejam o encontro como algo compensador, deixando de lado a tendência ao ciúme.
A associação de animais é vantajosa, tanto para os donos quanto para os bichos de estimação. “Quando se tem dois cães, por exemplo, eles vão se bastar durante maior parte do tempo e fazer companhia um para o outro”, diz o especialista em comportamento canino, Lucas von Glehn. Porém, é importante compreender que isso não tira a responsabilidade do dono de se fazer presente. A interação com a pessoa é essencial para o animal. O profissional esclarece ainda que o mais aconselhado é que os bichos tenham gêneros diferentes e que um dos dois seja castrado para evitar crias fora de hora. “O dever em relação à procriação é dos donos”, defende. Cabe a eles manter a harmonia entre os novos amigos.
Dicas para o dia a dia:
Pense no tamanho dos bichos. É interessante que eles sejam compatíveis.
Cada animal deve ter o seu próprio pote de comida e de água.
Dê atenção individual a cada um dos pets regularmente
Cumprimente o bicho de estimação veterano primeiro, sempre.
Não permita disputa por brinquedos. Cada um deve ter o seu.
Aplicativo reconhece as raças de cães e brinca com as fotos dos próprios usuários
( fonte: tudocelular.com )
Microsoft volta a surpreender com o lançamento de mais um aplicativo para sua coleção de soluções curiosas. Depois de apresentar o Mimicker Alarm para despertar os usuários do Android de uma forma mais divertida, agora a gigante de Redmond quer oferecer a possibilidade de descobrir a raça de um cachorro com uma simples foto do animal de estimação.
Como vem acontecendo nos últimos tempos, em uma estratégia controversa da empresa, o aplicativo Fetch! chega primeiro aos dispositivos com o sistema da Apple, iOS. Mas já se sabe que uma versão beta para o Windows 10 Mobile está em desenvolvimento e, enquanto esperam, esses usuários, assim como os do sistema móvel do robozinho verde, podem recorrer à página web do projeto.
Além de revelar a raça de qualquer cão simplesmente usando uma fotografia, o app Fetch! também fornecerá informações sobre a raça. Caso o usuário prefira utilizar uma foto de si próprio também será informado qual raça de cão você mais gosta e alguns atributos. Apesar de parecer um aplicativo inútil, ele serve para demonstrar o enorme potencial do sistema de reconhecimento da Microsoft que, servirá para que os desenvolvedores trabalhem em outros aplicativos muito mais úteis.
Assista o vídeo:
Cinco diferenças entre ter cães e gatos ilustradas por artista que tem os dois animais em casa
(Por Karlla Patrícia* – Diário de Biologia ) (Ilustrações de Bird Born)
As diferenças e semelhanças entre cães e gatos já geraram desconforto aos amantes dos felinos que garantiram que seus pets são tão companheiros quanto os cães.
Mas o fato é que estes animais parecem mesmo ter o comportamento e o temperamento diferenciado. Isso é da espécie e não há o que discutir.
O artista russo Bird Born, de Moscou, que tem um cão e um gato em casa, criou uma série de ilustrações que mostram algumas das diferenças entre os dois, baseadas na sua própria experiência. Confira como ficou o trabalho:
1- A recepção
2- Hora da comida
3- Tratamento
4- Hora de dormir
5- Hora da bagunça
Karlla Patrícia é Doutora em Zoologia pelo Museu Nacional/ UFRJ.
Consultora das revistas Recreio e Ciências Hoje das Crianças.
Autora do livro “O Mundo Secreto dos Insetos”.
Administradora do site Diário de Biologia.
Carlinhos Brown interrompe desfile de carnaval para dar água para cachorro, em Salvador (BA)
(da ANDA)
Uma cena inusitada marcou o desfile de Carlinhos Brown durante este domingo (31), no circuito Barra-Ondina, em Salvador (BA). O músico interrompeu a apresentação e pediu para que um integrante da equipe desse água para um cachorro em situação de rua, que se encontrava no meio da multidão.
Sedento, o animal bebeu quase toda a garrafa que foi oferecida. Logo em seguida, a apresentação continuou normalmente a bordo do trio Caetanave em direção ao bairro da Barra, onde o desfile estava marcado para terminar. Assista o vídeo:
(da Revista do Correio) (fotos Zuleika de Souza/CB/DA Press)
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 440 mil condomínios verticais no Brasil. Como moram no país 74 milhões de cães e gatos, ainda segundo o IGBE, não é difícil concluir que muitos desses bichinhos estão nesses residenciais. A convivência, porém, nem sempre é pacífica — muitos prédios proíbem a presença de animais, gerando conflitos com os tutores.
Foi o que aconteceu com a bióloga Nina Schubart, 25 anos (fotos), quando ainda morava no Rio de Janeiro. Em 2012, ela e o companheiro alugaram um apartamento com essa restrição. Logo após a mudança, a síndica passou a pressionar. “Nossa gata não causava nenhum incômodo”, defende. O casal tinha apenas Lola, na época filhote. Depois, eles adotaram outros dois bichanos e abrigaram temporariamente um último. A situação causou descontentamento entre os vizinhos. “Já tinha um histórico de outros vizinhos que se desfizeram de seus bichos por causa da regra”, conta a bióloga. O conflito acabou gerando uma mudança na convenção do condomínio e, assim que o documento foi alterado, novos animais surgiram e o problema foi solucionado.
No prédio em que ela mora hoje, na Asa Norte, a presença de pets é permitida. Nina não chegou a formalizar a insatisfação, mas, segundo o advogado Igor Fellipe Araújo, membro da Comissão de Direito Administrativo e Controle da Administração Pública da OAB/DF, ela poderia ter judicializado a questão. “Diante de situações concretas, entendo que é possível, sim, esse tipo de vedação, mas, de uma maneira genérica, é uma invasão ao direito de propriedade”, afirma. Ainda, segundo o advogado, zelar pela limpeza das áreas comuns do prédio, evitar latidos por meio de adestramento e usar focinheira em cães de grande porte é suficiente para uma guarda responsável, que não abre precedente para proibições. “Tem que abdicar de alguns direitos em prol da coletividade. Eu sugiro que o condomínio faça uma previsão, mas só possa punir ou vedar essa presença em caso de desrespeito a outras normas”, conclui.
A operadora de telefonia Cabiria Ciulla, 25 anos, decidiu levar seu caso à Justiça após ser multada pelo condomínio. “Ganhei o processo porque eu estava dentro da lei”, conta. O gatinho dela, Joker, começou a chamar a atenção da vizinhança, pois ficava na janela. Em março de 2012, ela foi multada em um salário mínimo. Como ela não se desfez da mascote, o valor foi cobrado em dobro no mês seguinte. Cabiria procurou o Juizado Especial e, após um ano e meio de processo, foi ressarcida. Embora o prédio tivesse decisão firme sobre a questão, nada foi avisado quando Cabiria alugou o imóvel. “Eu não sabia que era proibido, jamais imaginaria”, argumenta. Cabiria acredita que a convenção do condomínio não foi alterada, mas não tem certeza porque acabou se mudando. “Era uma perseguição danada. Muito estressante”, desabafa.
O Código Civil costumava dar autonomia total aos condomínios, mas hoje as convenções podem ser relativizadas. Por exemplo: a permanência de um cão que represente ameaça à segurança ou ao sossego pode ser questionada, ainda que o documento permita animais. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) entendem que os condomínios só podem proibir animais após provar prejuízo aos vizinhos. Caso contrário, as convenções poderiam, no máximo, normatizar a circulação nas áreas comuns dos prédios. O síndico não pode, isoladamente, impor mudanças.
As decisões dos tribunais têm contemplado principalmente tutores de gatos e cães de pequeno porte, considerados mais tranquilos. Embora a tendência se baseie em decisões anteriores e não haja súmula sobre o assunto, o entendimento atual é que convenções de condomínio rígidas demais colidem com o direito a propriedade privada. A Associação dos Síndicos de Condomínios Comerciais e Residenciais do Distrito Federal (Assosíndicos-DF) aborda a temática em cursos gratuitos e compartilha da visão do Poder Judiciário. O presidente da entidade, Paulo Roberto Melo, orienta que os condôminos sejam flexíveis. “Eu acho que tem que restringir animal de grande porte. Já os pequenos, apenas se eles derem muito trabalho”, pondera.
Quem se opõe
O advogado e professor Paulo Roque Khouri acredita que questionar as convenções não é uma prática saudável, e os tribunais brasileiros, ao fazerem isso, geram insegurança e abrem precedentes para outras relativizações. “Nessa matéria, deve prevalecer a orientação da convenção do condomínio, que hoje deve disciplinar não só em relação ao cão mas também ao dono”, afirma. Em convenções que deixam a questão em aberto, uma assembleia geral definiria a nova regra, votada por um mínimo de dois terços dos moradores. O advogado pondera que, ainda que um apartamento seja uma unidade autônoma, o que ocorre dentro dele influencia os vizinhos e, por isso, as convenções que proíbem animais não feririam o direito à propriedade. “O titular do direito não o exerce isoladamente — exerce em convivência com outras pessoas”, conclui.
( Por Thaíse Torres – Da Secretaria de Comunicação da UnB) (fotos Beatriz Ferraz/Secom UnB)
Um trabalho pioneiro no país treina cães para auxiliar na detecção de produtos orgânicos de origem animal e vegetal que entram pelos aeroportos. O método é subsidiado por uma pesquisa desenvolvida na UnB, por grupo coordenado pelo professor Cristiano Melo, em parceria com a Vigilância Agropecuária Internacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Vigiagro/MAPA).
Segundo o docente, a atuação conjunta dos cães e dos Fiscais Federais Agropecuários na detecção da entrada de produtos ilegais torna o processo mais eficaz. “A velocidade de interceptação vai aumentar”, explica.
O Superintendente Federal de Agricultura no Distrito Federal, Bernardo Sayão, também defende o uso dos cachorros. “O cão faz o trabalho em cinco segundos. O scanner leva um minuto”. Outra vantagem é que o uso do animal dispensa o scanner corporal, pois o cachorro consegue farejar as malas e os passageiros.
“O cachorro é como uma extensão do fiscal que o acompanha”, diz Cristiano Melo, ao explicar como funciona o procedimento de identificação e apreensão. “O cão, a entrevista que se faz com o passageiro que chega do exterior e o scanner completam todo o sistema”, acrescenta.
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Animais, Márcio Henrique Micheletti é Fiscal Federal Agropecuário e trabalha com o labrador Romeu, que está finalizando o treinamento e deve começar a atuar no aeroporto de Brasília em menos de duas semanas.
“O cachorro facilita o processo de interceptação ao identificar uma mala que necessariamente deverá passar pelo scanner”, explica Márcio. “Provavelmente teremos um segundo cachorro trabalhando nesse sistema de prevenção antes das Olimpíadas”, conclui.
SEGURANÇA – A entrada de produtos sem o Certificado Sanitário Internacional coloca em risco a saúde da população e a economia do país.
“O programa da Vigilância Agropecuária visa fazer barreiras contra o ingresso de pragas que não existem no Brasil”, explica Fábio Schwingel, chefe da unidade do Vigiagro no aeroporto de Brasília.
O estudo conduzido pelo professor Cristiano Melo mapeou o perfil dos passageiros que entram com os produtos proibidos, além dos principais voos com probabilidade de conter itens que oferecem risco à saúde pública e animal.
O docente explica que é necessário interceptar o produto sem certificação ainda no aeroporto porque as possíveis pragas se disseminam rapidamente. “Se o passageiro não traz o certificado sanitário é impossível atestar que aquele produto é isento de agentes infecciosos, como a febre aftosa”, afirma.
A contaminação ocorre principalmente pelos porcos e outros animais que comem restos de comida. “O consumidor compra esse produto lá fora e muitas vezes não o consome, então o resto desse alimento vai parar no lixo e pode virar lavagem para um porco, por exemplo”, complementa.
(da Revista do Correio)
(fotos Juliana Bechara/Divulgaçao)
Entre a tradicional ração para os pets, petiscos e até cerveja adaptada, porém, há quem busque uma linha mais natural para os bichos, comprando os itens do cardápio especial de pequenos empresários ou mesmo preparando as refeições em casa.
A proposta da alimentação natural, chamada de AN, é suprir as necessidades dos animais com ingredientes similares aos que comemos, como carnes, frutas e verduras. Além disso, as refeições seriam mais abundantes e bem definidas, incluindo café da manhã, almoço e jantar.
A iniciativa não significa fazer um prato para o seu bichinho com o almoço de domingo, mas elaborar um cardápio específico. É preciso ter cuidado, porém, com o que se oferece a eles. Segundo a veterinária Mariana Mauger, o manjericão tem ação anti-inflamatória devido à curcumina, além de ser um excelente tempero. Já a cebola e o alho contêm tiossulfato e dissulfeto de alipropila, substâncias que oxidam os glóbulos vermelhos e podem causar anemia nos pets. Por motivos desconhecidos, as uvas e as carambolas causam insuficiência renal nos gatos e não são uma boa opção. Alimentos gordurosos, como chocolate, leite e massas com açúcar, nem pensar.
Excluindo os alimentos de risco, Mariana Mauger afirma que o animal tem muito a ganhar com o novo cardápio. “Acho mais saudável, mas é importante que tenha um veterinário ou um especialista que faça uma dieta balanceada, porque é desenvolvida de acordo com peso do animal, a necessidade energética, a quantidade ideal de vitaminas e até a raça”, alerta.
Uma das vantagens de abolir a ração é a certeza da procedência do alimento. Na composição da maioria das marcas, é possível encontrar, por exemplo, BHA (hidroxianisole butilado) e BHT (hidroxitolueno butilado). Esses conservantes são considerados cancerígenos pela Organização Mundial da Saúde e pelo Programa Nacional de Toxicologia dos Estados Unidos, e, inclusive, já foram banidos no Japão.
A demanda por alimentação alternativa nos Estados Unidos e na Europa aumentou nos últimos anos. Foi então que a veterinária Juliana Bechara viu uma chance de divulgar os benefícios da AN no Brasil e ainda empreender a favor dos bichos. “É a mesma coisa de pensar na alimentação de humanos. Como seria nossa vida se a gente só se alimentasse de industrializados?”, questiona ela. Em maio de 2012, ela fundou a La Pet Cuisine, empresa que produz e vende refeições congeladas para cães, com as orientações nutricionais de Juliana e o toque gourmet da irmã dela, a chef de cozinha Veri Noda.
Todos os pratos são feitos à base de carne cozida, apesar de correntes defenderem que os pets podem — e devem — ingerir carne crua. Até o momento, porém, nem a La Pet Cuisine nem outras empresas brasileiras podem comercializar carne crua. “Na época em que pedi o registro no Ministério da Agricultura, não consegui autorização para carnes cruas por falta de leis específicas e também porque a manipulação na cozinha é mais arriscada”, conta a veterinária. Juliana ressalta que, mesmo quando a carne já está na casa do pet, a manipulação precisa ser muito cuidadosa para evitar a contaminação, frequentemente resolvida com o cozimento.
Outras receitas são feitas sob encomenda, principalmente para bichinhos com problemas no coração ou nos rins. “A gente faz o preparo de dietas enviadas por veterinários e após avaliar exames e histórico dos animais”, conta a veterinária. A La Pet Cuisine também prepara refeições para gatos saudáveis, que, além de terem necessidade proteica mais alta, que exigem cálculos energéticos mais complexos, são mais seletivos com o que comem e podem levar semanas na adaptação da nova alimentação.
ELAS RECOMENDAM:
Thaís Villas Bôas, 29 anos, médica
Em 2013, Thaís começou a transição dos shih tzus Ziggy e Luna, de três anos, para a alimentação natural. Desde filhotes, a dupla comia ração premium, específica para a raça, mas Luna dificilmente aceitava de imediato. “Ela cheirava a comida, comia uma bolinha e saía”, conta Thaís. Quando Luna cedia à fome, acabava vomitando tudo. Além disso, os cachorros tinham alergias, infecções de ouvido e queda de pelo, que não cessavam, mesmo com o cuidado veterinário e dos exames frequentes.
Após Thaís tentar todas as rações disponíveis no mercado e começar a medicação para enjoo e proteção do estômago, sem sucesso, conheceu o mundo da AN e se animou com a ideia. Após servir fígado, batata-doce e cenoura para Luna, ela comeu tudo e não vomitou. Thaís não compra as refeições prontas, prepara toda a comida semanalmente e deixa as porções de café da manhã, almoço e jantar separadas na geladeira. “Pela saúde deles, deixo a preguiça de lado e faço”.
O resultado foi uma melhora significativa da qualidade de vida dos cães.
Maria Paula van Tol, 46 anos, publicitária
O drama do dálmata Panda, de 5 anos, começou com o ganho de peso, em 2015. Ele perdeu a vontade de brincar e de passear. A primeira hipótese de Maria Paula é que ela exagerava na quantidade de ração. Assim, diminuiu as refeições, mas logo veio o diagnóstico do hipotireoidismo, que explicava porque Panda não queimava calorias como antes. O dálmata passou a tomar remédios e o organismo reagiu, mas ele continuava triste. Foi quando a publicitária descobriu a alimentação natural e decidiu introduzir a comida cozida e, em seguida, a crua. “Ele é outro: emagreceu, melhorou o ânimo, bebe menos água — já que a ração é bem salgada —, come frutas”, diz.
(por Cristine Gentil- Blog Mais Bichos)
Por que um escritor que já vendeu mais de 1 milhão de livros com temáticas diversas, mas sobretudo sobre filosofia hindu, decide escrever sobre um método de educação para cães?
Como comportamentalista – não na vertente da psicologia, mas na da filosofia – com mais de 50 anos de magistério nessa área, passei a escrever livros sobre os diversos aspectos do comportamento, como o Método de Boas Maneiras, Método para um Bom Relacionamento Afetivo, Método de Boa Alimentação, o conto Eu me lembro… e outros. Estava na hora de abordar o comportamento do ser humano com os animais.
Logo na dedicatória, o senhor diz: “Dedico esse livro a Jaya, que me ensinou a ser gente”. Como os cães podem tornar os seres humanos melhores?
Os animais – não só os pets, mas os cavalos, as vacas, todos os bichos – têm a virtude de nos tornar pessoas melhores. Contudo, de todos os nossos amigos de quatro patas, os cães são os que despertam no ser humano os mais doces sentimentos, graças às lições de amor, alegria, entusiasmo, obediência, humildade e capacidade de nos perdoar pelas nossas impaciências, bem como pelas injustiças cometidas contra eles, a maior parte das quais nós nem tomamos consciência de que cometemos.
O senhor aconselha a não dar apenas ração aos cães e introduzir alimentos, como queijos e iogurtes, na dieta canina. Os veterinários são normalmente contrários. Não é perigoso?
Um dia, comentei com um amigo oncologista que eu dava à minha weimaraner Jaya uma alimentação sem carnes. Como médico cancerologista, ele me respondeu: “Ela vai viver mais.” Com esta alimentação, Jaya cresceu mais que os seus pais, ficou com uma musculatura atlética e hoje já tem mais de 10 anos de idade. Teve uma juventude dinâmica e está com uma velhice tranquila. Não contraiu o temido câncer que ceifa a vida de tantos cães nos dias atuais. Quando adotamos a Jaya como nossa filhinha peluda, percebi que eu não me sentiria bem em não comer carnes, mas, por outro lado, compactuar com a indústria antiecológica e sem compaixão dos matadouros (comprando carnes ou ração feita delas), para alimentar minha cachorrinha. Comecei, temeroso, mas bem informado pela experiência dos que já haviam praticado isso com bons resultados antes de mim. Consultei o primeiro veterinário. Ele foi intolerante, inflexível e hoje percebo que foi também inculto. Sua resposta foi taxativa: “Cão é carnívoro. Não pode viver sem carne.” Hoje, está provado que ele errou. Desde 2014, temos mais uma weimaraner: a Frieda. Ela também nunca provou carne de nenhuma espécie. E já começou sem comer ração. Frieda vai fazer dois anos. Nasceu com um problema genético, diagnosticado como Síndrome de Wobbler (espondilomielopatia cervical). Vários especialistas nos disseram que a pobrezinha teria que passar por duas cirurgias cervicais, uma imediatamente na época, aos quatro meses, e outra quando acabasse de crescer para trocar a prótese. Hoje, Frieda já está adulta e não precisou de nenhuma das duas cirurgias. As únicas coisas que fizemos de incomum foi a alimentação sem carnes e a acupuntura.
O que a Jaya e a Frieda comem?
Elas comem de tudo! Menos carnes e, como qualquer cão, não lhes damos frutas ácidas, nem frituras, nem açúcares. Pela manhã, eu como papaya e banana com iogurte. Elas comem as cascas bem lavadas das frutas, com iogurte feito em casa, queijo branco light e castanhas de caju. De almoço, comem um mix de sete cerais integrais cozidos com legumes e ovo. A qualquer momento, beliscam bananas e maçãs. Às vezes, outras frutas doces. À noite, ganham algumas cenouras cruas bem lavadas, congeladas, para roer. Quando saímos para comer em restaurantes, escolhemos estabelecimentos dog friendly (utilidade pública: consulte o site http://www.aquipode.com/aquipode-toto/ ) e nossas duas filhas peludas comem o mesmo que nós almoçamos ou jantamos, ajudando a reciclar aquele pouquinho a mais que pedimos, a fim de que sobre para elas.
Como o seu método de reeducação compartamental pode ser aplicado no adestramento de cães?
Como o DeROSE Method de reeducação comportamental, há muitos anos, estava funcionando com grande sucesso no relacionamento entre humanos, resolvi aplicá-lo também no relacionamento entre humanos e cães. Deu certo! Afinal, somos todos mamíferos. Tanto a Jaya quanto a Frieda (esta, ainda adolescente), são ultraeducadas. Vão soltas à feira comigo, passeiam soltas pelas ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Frequentam restaurantes, lojas, shopping centers, festas de família, lançamentos de livros e até eventos profissionais, arrancando de todo o mundo elogios de como são comportadas, obedientes e inteligentes. O segredo que o meu livro Anjos Peludos ensina é muito simples: para educar cães ou humanos, tem que ter muito amor, muita paciência, clareza e constância na educação.
(Por Mariana Rosa, Especial para o Correio)
(Fotos Luís Tajes)
O problema na hora de viajar é sempre o mesmo: com quem deixar o animal de estimação? Um parente? O vizinho? O amigo? O nem tão amigo assim, mas que gosta de cachorro… A decisão é difícil para quem pede e para quem aceita receber o bichinho. Focadas nessa situação, crescem no Brasil startups dispostas a solucionarem o impasse.
Páginas eletrônicas foram criadas para unir pessoas que recebem animais em casa e cuidam deles enquanto os donos estão ausentes. Algo como uma hospedagem domiciliar. Uma espécie de Airbnb (site oferece hospedagens em casas particulares), mas para animais. Na plataforma brasileira, o interessado escolhe o anfitrião que atende suas necessidades, entra em contato com ele, agenda os dias, os horários e fecha a reserva.
O valor da diária varia de R$ 25 a R$ 100, dependendo dos serviços oferecidos. Pagamento é feito on-line e é intermediado pelos sites de hospedagem.
Foi em 2012 que o paulista Sérgio Hernandes, 37 anos, lançou o site Pet Hub. Incomodado com a situação de não ter com quem deixar o cachorro durante uma viagem, o empresário arregaçou as mangas e saiu em uma tarde de sol perguntando aos frequentadores do Parque Ibirapuera, em São Paulo, se eles passavam pelo mesmo problema. “Todos viviam a mesma situação e 80% dos entrevistados aceitariam pagar para deixar o animal em um lugar realmente confortável.” Assim, o programador começou a desenvolver o site, que hoje possui mais de 20 mil anfitriões cadastrados e ultrapassa 200 mil noites registradas.
A escolha de uma casa para deixar o bichano vai além da questão financeira. A carioca Monique Corrêa, 34 anos, fundadora e CEO da Pet Roomie, presente em 20 estados brasileiros, conta que o momento da reserva exige atenção. “O local deve atender o pet em primeiro lugar. Por exemplo, se o bicho fica sempre acompanhado, precisa de um cuidador em tempo integral. Se é um gato, talvez seja mais interessante cuidar dele em casa. Pensando por esse lado, conseguimos conquistar 100% de satisfação nas avaliações de anfitriões”, conta. Entre os diferenciais, a Pet Rommie oferece um filtro específico para cuidadores de gatos. A própria Monique tem uma gata persa de 10 anos e é adepta a campanhas que promovem a adoção de animais.
Amor é a palavra que inspira os anfitriões. Eles cuidam dos animais porque gostam e ainda encaram a prática como uma atividade financeira (as empresas descontam, em média, 15% do valor da hospedagem). Para candidatar-se ao cargo, o interessado elabora um perfil em que conta sua experiência com os animais e o carinho que tem por eles. Adicionam fotos dos cachorros que têm, do ambiente em que vivem e informam se moram em casa ou em apartamento. A partir desses dados, o tutor do cachorro entra em contato com o anfitrião que mais lhe agrada e combina os detalhes da hospedagem.
Eduardo Baer, 31 anos, e Fernando Gadotti, 30 anos, gerenciam a Dog Hero e tranquilizam os donos dos animais. “Para garantir a segurança do serviço, o anfitrião envia, diariamente, fotos e vídeos para os responsáveis e oferecemos uma garantia de R$ 5 mil para emergências veterinárias”, pontua Eduardo.
Além disso, o candidato passar por um criterioso processo seletivo, que inclui entrevistas por telefone, análise da casa por meio de fotos e até o levantamento de antecedentes criminais. “A ideia é fazer com que o anfitrião ofereça a hospedagem porque gosta da companhia de um animal. O serviço é focado em pessoas que amam cachorros e fazem de tudo para garantir o bem-estar deles”, completa Fernando Gadotti, da Dog Hero.
Motivada pela experiência própria de precisar viajar e não ter com quem deixar os animais de estimação, Ana Paula Rodrigues de Souza, 23 anos, candidatou-se a anfitriã há seis meses. No apartamento da Asa Sul, a estudante de psicologia recebeu oito animais — alguns por mais de uma vez —, e coleciona cinco estrelas em todas as avaliações. “Achei a proposta interessante por ser menos traumática para os animais. Além disso, é uma realização poder ajudar quem passa pela mesma dificuldade que eu passei. Como tenho dois cachorros vira-latas, cuidar de um a mais não faz diferença”, conta.
Pepe é o shih tzu da oficial do Exército Thaís Madureira, 38 anos. Uma experiência traumática fez com que ela nunca mais deixasse o pet em um hotel. “Viajei por 30 dias e, quando voltei, o Pepe estava com a córnea perfurada. Gastei mais de R$ 5 mil para ele não ficar cego e o canil disse que não poderia fazer nada”, desabafa. Por meio do aplicativo para celular, a militar fez a primeira reserva. Satisfeita, está prestes a fechar outra hospedagem, desta vez para as férias do fim de ano, por 40 dias. “Ele terá o mesmo tratamento que teria se ficasse comigo. Ficará mais barato do que deixar no hotel, não vou precisar incomodar ninguém e receberei fotos diárias dele para matar a saudade”, completa.
Saiba Mais:
* Pet Sitter é um serviço em que o cuidador vai até a casa onde o animal vive e cuida dele lá. O serviço também é oferecido por alguns anfitriões, além de passeios, treinamento, day care e transporte, desde que previamente combinado.
* Caso o cão seja antissocial, agressivo ou possua necessidades especiais, é possível encontrar um cuidador especialista nessas áreas. Se for necessário, um orçamento personalizado pode ser elaborado para atender tais demandas.
* Mediante agendamento, é possível visitar a casa do cuidador antes de deixar o animal no local. É aconselhável levar a coleira, algum medicamento necessário, a caminha e a ração suficiente para todo o período que ele ficará hospedado. O cuidado evita a troca de alimento.
* Não é recomendado levar brinquedos perfumados. Os cães costumam ser ciumentos em relação e podem não gostar que outros animais se aproximem dos objetos preferidos.
Serviço:
* DogHero (https://www.doghero.com.br/) e PetHub (https://pethub.com.br/) possuem aplicativos para IOS e Android.
* A PetRoomie (http://www.petroomie.com.br/) está com os aplicativos em fase de teste.
(por Laura Tizzo ,especial para o Correio Braziliense)
(fotos Jhonatan Vieira/CB/DA Press)
Ambos vivem nas ruas, invisíveis aos olhos da sociedade. Sobrevivem do que encontram descartado e dormem ao relento. Por vezes, despertam medo; por outras, compaixão. O que não se pode negar é que, para as pessoas que vivem na rua, a convivência com animais domésticos extrapola a relação “dono” e “mascote”.
O catador José Alves de Souza , 60 anos, é um desses homens. Apesar de ser dono de uma chácara em Planaltina, ele passa os dias da semana em um terreno próximo à Casa do Ceará (910 Norte). A realidade de trabalho é intensa. Seu Zezim, como é conhecido, recicla papelão, garrafa plástica, cobre, alumínio, sucata e ferro velho. À noite, dorme em uma barraca de lona improvisada, embaixo de um pé de manga, que serve de referência a quem quiser fazer uma visita.
A solidão, no entanto, passa longe. A cadela Quira está sempre ao lado, com um carinho meio desastrado — cada balançar de rabo é um estrondo. Ao ver o dono se aproximando, Quira se transforma. Antes deitada sobre a terra batida, ela se levanta e inicia um corre-corre, até que José finalmente lhe dá a atenção devida. A cadela de grande porte põe as patas embarradas sobre os ombros do dono, que retribuiu com mimos. “Já me ofereceram R$ 1,2 mil por ela. Eu falei para deixarem a minha cachorra em paz, é minha amiga. Poderia ser R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 1 milhão, não vendo. Eu já vivo sem o dinheiro mesmo”, conta.
José nasceu em São Paulo, morou em Minas Gerais, mudou-se para a Bahia, de onde veio, há três décadas, para “caçar melhorar a vida”. O único estudo que teve foi para tirar carteira de motorista, porém, se orgulha de ter lutado pela educação das filhas. “O meu sonho era estudar. Eu não tive (estudo), mas dei para as minhas filhas. Elas terminaram a faculdade, outra está se formando”, relata.
No mesmo terreno, fica a tenda de Aurino Costa da Silva, 61, que também recorre à reciclagem para sobreviver. Cansado de testemunhar os maus-tratos que a cadela Amarela sofria do antigo dono, ele a comprou por R$ 10, o preço de uma garrafa de bebida alcoólica. “O cara vivia com ela na rua, judiando da cachorra. Andava com ela no asfalto mesmo, em tempo de algum carro atropelar”, comenta.
Amarela não é de muitos amigos. Fica sempre quietinha, no canto, sem incomodar e sem deixar que a incomodem. Alguns meses depois da adoção, veio o filhote, Leão, que de feroz só tem nome. “Valeu a pena, são as minhas companhias”, revela o piauiense, que se mudou para o Distrito Federal prestes a completar 19 anos para ajudar a criar as irmãs.
Caso semelhante é o de Guilhermina Maria da Conceição, 44, que há meses se abriga no gramado entre o Eixão Norte e o Eixinho. Baiana, trabalhava na cidade de Barreiras, capinando e arrancando feijão. Deixou a roça há quatro anos para morar em Uruaçu, município goiano a 270km de Brasília. A maior parte do ano, no entanto, fica na barraca erguida no fim da Asa Norte, que, há três meses, conta com uma moradora nova: a gatinha Nina. “É uma amiga, a gente adora ela. Quando a gente come, ela está perto, a gente dá comida. Quando eu acordo, ela sai junto. A gente pega amizade dos bichinhos”, explica.
Carência
A porta-voz da ONG ProAnima, Simone Lima, conta que, há cerca de 10 anos, foi procurada por um morador de rua que pedia ajuda para a cadelinha atropelada. A entidade encontrou um veterinário para realizar a cirurgia, e o homem fez questão de pagar R$ 1 por dia à equipe por ter salvo a vida da melhor amiga. “Os vínculos podem ser estabelecidos, independentemente de classes sociais”, conta.
O doutor em sociologia e professor dos cursos de direito e ciência política do UniCeub Edvaldo Fernandes explica que uma das consequências da exclusão social é o isolamento dos indivíduos. “É como se a sociedade buscasse eliminar essas pessoas. Como não se pode, simplesmente, destruir a vida alheia, as ignora. Essa pessoa que é tratada dessa forma acaba não se sentindo alguém, mas, sim, uma coisa”, esclarece.
Uma vez imposta a condição de segregação, a pessoa em situação de rua, por exemplo, procurará se relacionar com aqueles que não a discriminam, que pode ser tanto alguém na mesma condição, quanto animais. “Mesmo as pessoas, quando são excluídas, acabam por construir zonas de escapes e por improvisar soluções. E, às vezes, na falta de encontrar um par, elas encontram um cachorro. O bicho vai suprir a carência de interação com alguém.”
Segundo Edvaldo, os casos de cidadãos marginalizados que buscam a companhia de animais de estimação são frequentes, pois a sensação de solidão é uma constante. “Cães e gatos, por exemplo, tratam as pessoas como elas são. Eles as tocam, se aproximam e, com isso, compensam um deficit de carinho, de amor e de afeição”, conclui.